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Apostila-2015-1 Final

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Bacharelado Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia 
 
 
Química Geral Experimental 
2015.1 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO 
Fundação Instituída nos termos da Lei nº 5.152, de 21/10/1966 – São Luís - Maranhão. 
 
 
 
2 
1. Química Geral Experimental 
Código COMPONENTE CURRICULAR 
CCCT0005 
Química Experimental 
CH Créditos 
30 
T P 
Obrigatória (X) Eletiva ( ) 0 1 
CONHECIMENTOS PRÉVIOS ACONSELHADOS 
----------------------------------------------------------------------------------------------------------------- 
EMENTA 
Noções básicas de trabalho no laboratório - Determinação da densidade de sólidos e de líquidos - 
Técnicas de aquecimento e identificação dos cátions por teste de chama - Métodos de separação de 
misturas homogêneas e heterogêneas – Medidas de solubilidade - Reações químicas – Soluções - 
Titulação ácido-base . 
BIBLIOGRAFIA 
Básica: 
OLIVEIRA, E. A., “Aulas práticas de Química”, Moderna, 1990. 
CONSTANTINO, M. G., “Fundamentos de Química Experimental”, Ed. Universidade de São Paulo, São 
Paulo, 2004. 
AMARAL, L., “Trabalhos Práticos de Química”, Livro terceiro, Nobel, São Paulo, 1976. 
Complementar: 
BRADY, J. E., “Química Geral”, Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 1986. 
ARAUJO, M. B. C., AMARAL, S. T., Química Geral Experimental. Editora UFRGS, Porto Alegre, 2012. 
 
2. Apresentação 
Disciplina: Química Geral Experimental 
Período Previsto: 10 de março de 2015 a 11 de julho de 2015. 
Professores: 
Drª Janyeid Karla Sousa Drª Maira Ferreira Dr. José Renato Lima 
Drª Jemmla Trindade Dr. Márcio Almeida Drª Juliana Lima 
Carga Horária: 30 h 
Local: Laboratório de Química – Anexo PRECAM 
Horários: 
 
 
 
3 
Lab. de Química: Anexo - PRECAM 
TURNO TURMAS PROFESSORES HORÁRIO 
Matutino Turma 01 MAIRA SILVA FERREIRA (30h) 5M56 
Turma 02 JEMMLA MEIRATRINDADE MOREIRA (30h) 5M56 
Turma 03 MAIRA SILVA FERREIRA (30h) 6M56 
Turma 04 MAIRA SILVA FERREIRA (30h) 6M12 
Turma 05 JEMMLA MEIRA TRINDADE MOREIRA (30h) 6M12 
Turma 06 JEMMLA MEIRA TRINDADE MOREIRA (30h) 6M56 
Vespertino Turma 08 JANYEID KARLA CASTRO SOUSA (30h) 6T45 
Turma 12 JOSE RENATO DE OLIVEIRA LIMA (30h) 5T45 
Turma 14 JEMMLA MEIRA TRINDADE MOREIRA (30h) 4T12 
Turma 15 JANYEID KARLA CASTRO SOUSA (30h) 4T12 
Noturno Turma 07 JANYEID KARLA CASTRO SOUSA (30h) 6N12 
Turma 09 JULIANA DE FARIA LIMA SANTOS (30h) 6N12 
Turma 10 JULIANA DE FARIA LIMA SANTOS (30h) 5N12 
Turma 11 JANYEID KARLA CASTRO SOUSA (30h) 5N12 
Turma 13 JOSE RENATO DE OLIVEIRA LIMA (30h) 3N12 
Dúvida sobre horário: https://sigaa.ufma.br/sigaa/ensino/turma/busca_turma.jsf 
 
3. Programação de Experimentos 
Prática 1: Noções básicas de trabalho no laboratório 
Prática 2: Determinação da densidade de sólidos e de líquidos 
Prática 3: Técnicas de aquecimento e Identificação dos cátions por teste de chama 
Prática 4: Métodos de separação de misturas homogêneas e heterogêneas 
Prática 5: Medidas de solubilidade 
Prática 6: Reações Química 
Prática 7: Soluções e Padronização 
Pratica 8: Eletrólise de soluções aquosas 
4. Avaliação 
Os alunos serão avaliados durante as aulas, quanto ao seu desempenho na 
execução dos experimentos. São avaliados paralelamente os cadernos de 
 
 
 
4 
laboratório onde constam o pré-laboratório e o laboratório e relatórios relativos às 
práticas da disciplina. 
1 Pré-Laboratório e Laboratório 
Se dividíssemos a disciplina de Química Geral Experimental em etapas a 
primeira etapa seria denominada de “pré-laboratório”, pois ao entrar em um 
laboratório de ensino ou pesquisa já se deve ter um objetivo específico. Portanto, 
para alcançar este objetivo é necessária uma preparação prévia ao laboratório. 
Essa etapa esclarece dúvidas como: O que vou fazer? Com que objetivo? Quais os 
princípios químicos envolvidos nesta atividade? 
 
É importante que na etapa pré laboratorial sejam tomados alguns cuidados 
como: 
 (a) Estudar os conceitos teóricos envolvidos, ler com atenção o roteiro da 
prática e tirar todas as dúvidas; 
(b) Obter as propriedades químicas, físicas e toxicológicas dos reagentes que 
serão utilizados. Essas instruções são encontradas no rótulo do reagente. 
Anotar no caderno: 
 
Uma pequena introdução 
sob o tema; 
 materiais e reagentes; 
procedimento 
experimental. 
 
 
 
5 
No dia da aula experimental é imprescindível o pré-laboratório e o roteiro da 
prática. Iniciado a realização do experimento, obedecendo às normas (ver seções 7 
e 8) faça as anotações dos fenômenos observados, das massas e volumes utilizados, 
do tempo decorrido, das condições iniciais e finais do sistema. Um caderno 
específico deve ser usado especialmente para o laboratório. Este caderno de 
laboratório possibilitará uma descrição precisa das atividades de laboratório. Não 
confie em sua memória, tudo deve ser anotado. 
 
Ao finalizar o experimento é importante: 
1. Lavar todo o material, pois conhecendo a natureza do resíduo pode-se usar 
o processo adequado de limpeza; 
2. Guardar todo o equipamento e vidraria. Guardar todos os frascos de 
reagentes, não os deixe nas bancadas ou capelas. Desligar todos os aparelhos e 
lâmpadas e feche as torneiras de gás. 
Após a organização da bancada vem o trabalho de compilação das etapas 
anteriores através de um relatório. O relatório é um modo de comunicação escrita 
de cunho científico sobre o trabalho laboratorial realizado. 
 
2 Normas de apresentação do relatório 
É muito importante que o estudante tenha em mãos o caderno de laboratório 
para anotar todos os dados, observações e resultados obtidos em determinada 
 
 
 
6 
experiência. A elaboração de relatórios de aulas práticas não consiste apenas em 
responder a um questionário ou escrever aleatoriamente sobre o trabalho. No 
relatório deve constar o ponto de vista do aluno sobre a experiência realizada e a 
relação entre o vivenciado na aula teórica com a prática. 
Em sua elaboração aspectos como o assunto abordado e análise das atividades 
realizadas devem ser considerados para que o texto apresente uma sequência 
lógica. Esse texto deve conter: 
1. IDENTIFICAÇÃO (CAPA): Título, nome dos autores, data, etc. 
2. SUMÁRIO: Identificação das etapas do relatório. 
3. RESUMO: Inicialmente, deve ser feito um resumo dos principais aspectos a 
serem abordados no relatório, tomando por base, as etapas constantes do 
procedimento experimental desenvolvido e dos resultados obtidos. Este 
item deve ser elaborado de forma clara e sucinta para proporcionar ao 
leitor os tipos de informações fornecidas no documento. 
4. INTRODUÇÃO: Apresentar os pontos básicos do estudo ou atividades 
desenvolvidas, especificando as principais aquisições teórico-
metodológicas, referentes às técnicas empregadas. Neste item é dado um 
embasamento teórico do experimento descrito. Para situar o leitor naquilo 
que se pretendeu estudar no experimento. A literatura é consultada, 
apresentando-se uma revisão do assunto. 
5. MATERIAIS E MÉTODOS: Descrição detalhada do experimento realizado, 
dos métodos analíticos e técnicas empregadas, bem como descrição dos 
instrumentos utilizados. Este item precisa conter elementos suficientes 
para que qualquer pessoa possa ler e reproduzir o experimento no 
laboratório. Utilizam-se desenhos e diagramas para esclarecer sobre a 
montagem de aparelhagem. Não deve incluir discussão de resultados. 
6. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Esta é a parte principal do relatório, onde 
serão mostrados todos os resultados obtidos, que podem ser numéricos ou 
não. Deverá ser feita uma análise dos resultados obtidos, com as7 
observações e comentários pertinentes. Em um relatório desse tipo espera-
se que o aluno discuta os resultados em termos dos fundamentos 
estabelecidos na introdução, mas também que os resultados inesperados e 
observações sejam relatados, procurando uma justificativa plausível para o 
fato. Em textos científicos utilizam-se tabelas, gráficos e figuras como 
suporte para melhor esclarecer o leitor do que se pretende dizer. 
7. CONCLUSÕES: Neste item deverá ser feita uma avaliação global do 
experimento realizado, são apresentados os fatos extraídos do experimento, 
comentando-se sobre as adaptações ou não, apontando-se possíveis 
explicações e fontes de erro experimental. Não é uma síntese do que foi 
feito (isso já está no sumário) e também não é a repetição da discussão. 
8. REFERÊNCIAS OU BIBLIOGRAFIA: Listar a bibliografia consultada para 
elaboração do relatório, utilizando-se as normas recomendadas pela ABNT, 
conforme exemplo abaixo: 
Sobrenome do autor, iniciais do nome completo. Título do livro: subtítulo. 
Tradutor. Nº da edição. Local de publicação, casa publicadora, ano de 
publicação. Páginas consultadas. 
 
5. Normas gerais para aulas práticas de Química Geral Experimental 
a. O prazo de tolerância para o atraso nas aulas é de 15 minutos, após esse 
prazo o aluno não poderá assistir à aula prática. No início de cada aula prática, caso 
necessário, o professor fará uma explanação teórica sobre o assunto e discutirá os 
pontos relevantes, inclusive em relação à segurança dos experimentos. 
IMPORTANTE: um aluno que não tenha assistido a pelo menos uma parte dessa 
discussão irá atrasar seus colegas e poderá até mesmo colocá-los em risco; 
b. É proibido o uso de “short”, “saia” e/ou “mini-saia”, “chinelos” ou 
“sandálias”, “lentes de contato” e “bonés” ou “chapéus” de qualquer espécie; 
c. Não serão toleradas brincadeiras durante as aulas, o grupo deve se 
concentrar na realização das atividades propostas, pois o tempo é curto e a 
 
 
 
8 
experimentação exige máxima atenção. IMPORTANTE: Acidentes em laboratório 
de ensino advêm da falta de atenção por parte do aluno experimentador; 
d. Cada grupo será responsável pelo material utilizado durante a aula prática, 
ao final do experimento o material deverá ser lavado, enxaguado com água 
destilada e ordenado em bancada, exatamente como foi inicialmente encontrado; 
e. Para poder participar da aula prática o aluno deverá portar o jaleco, o 
caderno de laboratório (onde fará todas as anotações sobre o experimento) e o 
roteiro de prática. A falta de algum desses itens poderá impedir o aluno de 
participar da aula prática; 
f. O aluno deverá realizar antes da aula prática um pré-laboratório que deverá 
estar contido em seu caderno de laboratório. Caso o aluno não tenha feito o pré- 
laboratório este ficará impedido de assistir à aula prática; 
g. O caderno de laboratório deve conter todo o registro das atividades 
realizadas no laboratório, numa linguagem direta e resumida, mas de forma 
COMPLETA. Estas anotações devem ser realizadas, na maior parte, durante a 
própria aula. Os preparativos pré-laboratoriais devem ser feitos antes da 
realização do experimento, enquanto que as discussões e conclusões podem ser 
registradas depois. Entretanto, os dados e observações devem ser anotados 
durante a própria aula, para evitar que se percam informações armazenadas 
apenas na memória. Seguindo este procedimento, economiza-se tempo e trabalho; 
h. Após data preestabelecida pelo professor o grupo deverá apresentar um 
relatório sobre a aula pratica que realizou; 
i. Caso o aluno falte a uma aula prática não haverá reposição da mesma. Isso 
acarretará a perda da pontuação referente a essa aula. 
 
6. Normas gerais de segurança no laboratório 
A segurança e o desenvolvimento eficiente dos experimentos no laboratório 
são determinados pelo comportamento do professor e aluno. Sendo o laboratório 
 
 
 
9 
um local de trabalho sério e, portanto o aluno deve evitar brincadeiras que 
dispersem sua atenção e de seus colegas. Acidentes são na maioria das vezes 
ocasionados por descuido. Por isso deve-se ter a máxima atenção a partir do 
momento em que se entra no laboratório, tornando-se imprescindível para o bom 
desenvolvimento das atividades e segurança no mesmo que sejam seguidas 
algumas normas, tais como: 
 Ao entrar no laboratório, observe o local dos acessórios de segurança, tais 
como: chuveiro de segurança, lava-olhos, pontos de água corrente, extintores de 
incêndio etc. Verifique os tipos de fogo que os extintores podem apagar. Localize a 
chave geral de eletricidade e aprenda como desligá-la. Identifique as saídas de 
emergência. 
 Procure deixar seu material (mochila, pastas e fichários) em local no 
laboratório de forma que este não obstrua a passagem ou as portas entrada. 
 Não use saia, bermuda, ou calçados abertos (chinelo ou sandália). 
 Pessoas com cabelos compridos devem mantê-los presos enquanto 
estiverem no laboratório. 
 Não fume, não coma e não beba dentro do laboratório. 
 Obedeça às orientações do professor/monitor durante as aulas práticas. 
 Mantenha total atenção sobre o que está manipulando. 
 Não deixe frascos ou vidrarias próximos à borda das bancadas. 
 Evite circular com frascos pelo laboratório. 
 Antes de usar reagentes que não conheça, consulte a bibliografia ou o 
professor/monitor. 
 Assim que retirar a quantidade necessária de reagente do frasco, feche-o. 
 Não retorne reagentes aos frascos originais, mesmo que não tenham sido 
usados. 
 
 
 
10 
 Não introduza espátulas úmidas ou contaminadas nos frascos de 
reagentes. 
 Nunca pipete líquidos com a boca. Utilize a pêra de sucção. 
 Não use a mesma pipeta para medir soluções diferentes. 
 Nunca adicione água sobre ácidos e sim ácidos sobre água. 
 Ao testar o odor de produtos químicos, nunca coloque o produto ou frasco 
diretamente sob o nariz. 
 Quando estiver manipulando frascos ou tubos de ensaio, nunca dirija sua 
abertura na sua direção ou na de outras pessoas. 
 As operações com manipulação de ácidos, compostos tóxicos e reações que 
exalem gases nocivos devem ser realizadas na capela de exaustão. 
 Identifique as soluções e reagentes dispostos em béquers, tubos de ensaio 
ou balões volumétricos etiquetando-os. 
 Fique atento às operações onde for necessário realizar aquecimento. Não 
deixe vidros ou objetos quentes em lugares de onde pessoas possam pegá-los 
inadvertidamente. 
 Use luvas de isolamento térmico ao manipular material quente. 
 Não jogue restos de reagentes nas pias. Caso seja orientado seu descarte 
na pia, abra bem a torneira deixando correr água em abundância para diluir o 
reagente. Os resíduos aquosos ácidos ou básicos devem ser neutralizados antes do 
descarte. 
 Lembre-se de lavar bem as mãos antes de deixar o recinto. 
 
 
 
 
11 
7. Riscos e acidentes mais comuns no laboratório 
Aulas experimentais devem ser realizadas de forma cuidadosa para isso é 
muito importante que os alunos estejam cientes sobre os fundamentos de 
segurança. Acidentes normalmente ocorrem de forma inesperada e a redução dos 
mesmos pode ocorrer se forem adotadas as regras básicas de segurança. Riscos 
comuns que ocorrem no laboratório de química estão quase sempre relacionados 
ao uso de substâncias tóxicas, corrosivas, inflamáveis, explosivas ou voláteis. Outra 
forma de ocorrer acidente é a distração no manuseio de material de vidro, 
experimentos que envolvam altas temperaturas ou ainda pressões diferentes da 
atmosférica. 
Alguns acidentes que podem ocorrer no laboratório de química são: 
- Queimaduras: As queimaduraspodem ser térmicas ou químicas. As 
queimaduras térmicas são comumente ocasionadas por chamas ou materiais 
aquecidos. Já as queimaduras químicas são causadas por ácidos, álcalis, fenol, etc... 
Neste caso cada queimadura por reagente é tratada de forma diferente, por 
exemplo, se a queimadura for ocasionada por um ácido deve-se lavar 
imediatamente o local com água em abundância e em seguida, lavar com solução 
de bicarbonato de sódio a 1% e, novamente com água. 
- Cortes: Os cortes que podem ocorrer durante um experimento são na sua 
maioria pequenos e superficiais e são tratados com os cuidados normais, 
verificação de fragmentos de vidro e desinfecção do local. Caso seja profundo e 
grande, deve-se tentar estancar o sangue com pressão e se necessário procurar um 
médico. 
- Contato de reagentes com os olhos: Normalmente pode ocorrer devido o 
contato das mãos “sujas” levadas aos olhos. Até que se informe a algum 
responsável deve-se lavar com água em abundância, pois o procedimento de 
primeiros socorros depende da substância em questão. 
Outros acidentes como intoxicação por via respiratória e ingestão de 
substâncias tóxicas podem ocorrer e devem ser informadas ao responsável pelo 
laboratório. 
 
 
 
12 
 
8. Equipamentos básicos no laboratório 
No laboratório de Química você terá contato com uma série de materiais que 
são utilizados para a realização dos experimentos, dentre estes materiais podemos 
citar equipamentos e vidrarias. Cada um destes itens possui uma finalidade 
específica de uso e a manipulação adequada pelo aluno é fundamental. Abaixo, uma 
relação dos materiais mais comuns encontrados no laboratório de Química. 
 
8.1. Material de vidro 
Tubos de ensaio – utilizado principalmente para efetuar reações químicas em 
pequena escala. 
Béquer ou Bécher – recipiente com ou sem graduação, utilizado para o 
preparo de soluções (onde a concentração seja aproximada), aquecimento de 
líquidos, recristalizações, etc. 
Erlenmeyer – frasco utilizado para aquecer líquidos ou soluções e, 
principalmente, para efetuar um tipo de análise química denominada titulação. 
Kitassato – frasco de paredes espessas, munido de saída lateral e usado em 
filtrações sob sucção. 
Balão de fundo chato – frasco destinado a armazenar líquidos e soluções. 
Balão volumétrico – recipiente calibrado, de exatidão, fechado através de 
rolha esmerilhada, destinado a conter um determinado volume de solução, a uma 
dada temperatura É utilizado no preparo de soluções de concentrações bem 
definidas. 
Proveta – frasco com graduações, destinado a medidas aproximadas de um 
líquido ou solução. 
 
 
 
13 
Cilindro graduado – frasco com graduações, semelhante à proveta, mas que 
possui rolha esmerilhada permitindo assim que, além de ser usado para efetuar 
medidas, possa também ser utilizado no preparo de soluções, desde que não haja 
um grande rigor no que se refere à concentração da mesma. 
Bureta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e 
soluções. Permite o escoamento do líquido ou solução através de uma torneira 
esmerilhada e é utilizada em um tipo de análise química denominada titulação. 
Pipeta – equipamento calibrado para medida exata de volume de líquidos e 
soluções. Diferentemente da proveta, que conterá o volume desejado, na pipeta 
deixamos escoar o volume necessário à nossa experiência. Existem dois tipos de 
pipetas: pipeta graduada e pipeta volumétrica. A primeira é usada para escoar 
volumes variáveis, enquanto, a segunda é usada para escoar volumes fixos de 
líquidos ou soluções. Em termos de exatidão de medida, a pipeta graduada possui 
uma exatidão menor que a volumétrica. 
Funil – utilizado na transferência de líquidos ou soluções de um frasco para 
outro e para efetuar filtrações simples. Existem funis que possuem haste curta e de 
grande diâmetro, adequados para transferência de sólidos secos de um recipiente 
para outro. 
Vidro de relógio – usado geralmente para cobrir béchers contendo soluções, 
em pesagens, etc. 
Dessecador – utilizado no armazenamento de substâncias, quando se 
necessita de uma atmosfera com baixo teor de umidade. Também pode ser usado 
para manter substâncias sob pressão reduzida. 
Pesa-filtro – recipiente destinado à pesagem de substâncias que sofrem 
alteração em contato com o meio ambiente (absorção de umidade, de gás 
carbônico, volatilização, etc.). 
Bastão de vidro – usado na agitação e transferência de líquidos e soluções. 
Quando envolvidos em uma de suas extremidades por um tubo de látex é chamado 
“policial” e é empregado na remoção quantitativa de precipitados. 
 
 
 
14 
Funil ou ampola de separação (também chamado de decantação) – 
equipamento usado para separar líquidos imiscíveis (mistura heterogênea de 
líquidos). 
Condensador – equipamento destinado à condensação de vapores, em 
destilações ou aquecimento a refluxo. 
Balão de destilação - recipiente, também de vidro, que possui uma saída 
lateral na qual o condensador estará acoplado e que é utilizado caso de destilações 
simples. 
Balão de fundo redondo - é o recipiente acoplado ao condensador no caso do 
aquecimento a refluxo ou destilação fracionada, quando estará acoplado à uma 
coluna de fracionamento. 
Em ambos os casos, a forma arredondada dos recipientes permite um 
aquecimento homogêneo. 
Cuba de vidro ou cristalizador – recipiente geralmente utilizado para conter 
misturas refrigerantes e finalidades diversas. 
8.2. Material de porcelana 
Funil de Büchner – utilizado em filtrações por sucção, devendo ser acoplado a 
um kitassato. 
Cadinho – usado para a calcinação de substâncias. 
Almofariz (ou gral) e pistilo – destinado à pulverização de sólidos. Além de 
porcelana, podem ser feitos de ágata, vidro ou metal. 
8.3. Material metálico 
Suporte universal, mufa e garra – peças metálicas usadas para montar 
aparelhagens em geral. 
 
 
 
15 
Pinças – peças de vários tipos, como Mohr e Hoffman, cuja finalidade é 
impedir ou reduzir o fluxo de líquidos ou gases através de tubos flexíveis. Existe 
um outro tipo de pinça usado para segurar objetos aquecidos. 
Bico de Bunsen – bico de gás, usado como principal fonte de aquecimento de 
materiais não inflamáveis. 
Tela de amianto – tela metálica, contendo amianto, utilizada para distribuir 
uniformemente o calor, durante o aquecimento de recipientes de vidro à chama de 
um bico de gás. 
Triângulo de ferro com porcelana – usado principalmente como suporte em 
aquecimento de cadinhos. 
Tripé – usado como suporte, principalmente de telas e triângulos. 
Banho de água ou banho–maria – utilizado para aquecimento indireto até 
100 ºC. 
Argola – usada principalmente como suporte para funil de vidro. 
Espátula – usada para transferência de substâncias sólidas. 
8.4. Materiais diversos 
Suporte para tubos de ensaio 
Pinça de madeira – utilizada para segurar tubos de ensaio. 
Pisseta – frasco, geralmente plástico, contendo água destilada, álcool ou 
outros solventes, usado para efetuar a lavagem de recipientes ou materiais com 
jatos de líquido nele contido. 
Estufa – equipamento empregado na secagem de materiais, por aquecimento, 
em geral até 200 ºC. 
Mufla ou forno – utilizado na calcinação de substâncias, por aquecimento em 
altas temperaturas (até 1000 ou 1500 °C). 
 
 
 
16 
Manta elétrica – utilizada no aquecimento de líquidos inflamáveis contidos 
em balão de fundo redondo. 
Centrífuga – instrumento que serve para acelerar a sedimentação de sólidos 
em suspensão em líquidos. 
Balança – instrumento para determinação de massa. 
 
 
 
 
17 
8.5. Materiais18 
 
 
 
 
19 
 
 
 
 
20 
9. Observações importantes para medidas experimentais 
- Medidas de Massa (balança e pesagem): 
A balança é um dos equipamentos mais utilizados no laboratório, pois a 
utilizamos para determinar a massa de substâncias químicas. Para a pesagem das 
mesmas costuma-se utilizar um vidro de relógio ou outra vidraria. 
Alguns erros durante a pesagem são muito comuns e influenciam diretamente 
nos resultados pretendidos. Dentre estes erros podemos citar: efeito da 
temperatura; entrada de ar; absorção de umidade; em caso de pesadas sucessivas, 
modificações nas condições do recipiente onde estão sendo realizadas as pesagens, 
entre outros. Precauções para um bom uso da balança devem ser tomadas de modo 
a evitar o erro na pesagem ou ainda danos à balança. É importante, por exemplo, 
ter cuidado para não provocar corrosão à balança, em especial, ao prato. Neste 
caso os materiais utilizados para pesagem devem ser metais inertes, plásticos ou 
vidros. Já durante a pesagem centralize o tanto quanto possível a carga no prato da 
balança. Em caso de dúvidas o professor poderá sempre ajudar a esclarecê-las. 
Quanto ao procedimento de pesagem você pode realizá-los de duas formas. A 
primeira e menos usual é a prévia pesagem da vidraria seguido da adição da 
substância química. Deste modo por diferença, você obtém a massa que deseja. E a 
segunda forma e mais comum é zerar a balança com a vidraria em que se deseja 
pesar a substância química, obtendo assim a massa. 
Independente da forma que irá realizar as pesagens algumas observações 
devem ser levadas em consideração: i) verificar se a balança está no nível 
(normalmente a indicação do nível fica atrás); ii) para a pesagem abre-se a porta, 
coloca-se o que se deseja pesar e fecha-se a porta; iii) deve-se aguardar que não 
haja mais oscilação no número digital para que se anote a massa. 
- Medidas de Volume: 
Para medidas exatas de volume é necessário o uso de materiais volumétricos 
como pipeta volumétrica, balão volumétrico e também buretas, que são calibrados 
pelo fabricante em temperatura padrão de 20°C. Caso a medida do volume não 
 
 
 
21 
precise ser exata o uso de materiais graduados é permitido. Dentre estes se pode 
usar o bécher graduado, proveta ou pipeta graduada. 
Assim como na massa alguns critérios devem ser considerados nas medidas de 
volume. É importante e imprescindível que o líquido a ser medido esteja a 
temperatura ambiente, visto que dilatações e contrações podem ser provocadas 
por variações na temperatura. Para o procedimento de leitura do volume deve-se 
observar a graduação da vidraria e o menisco, através de uma comparação de 
ambos, assim como na figura II abaixo. 
 
Figura II. Procedimento de leitura. 
Deve-se lembrar de que o líquido embora tenha a aparência de uma superfície 
plana ele apresenta uma superfície curva, podendo ser côncava ou convexa, 
dependendo das forças intermoleculares existentes. Ciente disto, na leitura do 
volume o olho deve está no nível da superfície do líquido. 
 
10. Sistema Internacional de Unidades (SI) e Algarismos Significativos 
Uma Conferência Geral formada de delegados de todos os Estados Membros da 
Convenção do Metro definiu oficialmente todas as unidades de base do SI, essas 
definições foram aprovadas em 1889 e mais recentemente em 1983. Uma medida é 
feita através da comparação entre a grandeza a ser medida e a grandeza padrão. 
Portanto, o valor de uma grandeza física é representado como um produto entre 
um valor numérico e uma unidade. 
As unidades fundamentais do SI são: 
 
 
 
22 
 
Antecedendo a unidade existe um valor numérico que quase sempre vem 
acompanhado dos algarismos significativos. Algarismos significativos expressam o 
valor de uma grandeza determinada experimentalmente. Estes referem-se à 
precisão de uma medida. Abaixo se observa as regras de arredondamento do dígito 
a direita do último algarismo significativo: 
 
O número de algarismos significativos, expressa a precisão de uma medida. 
Precisão e exatidão em medidas experimentais apresentam significado diferente 
do usado cotidianamente. Diz-se que uma medida é exata quando o valor obtido é 
muito próximo do valor real. Já a precisão está relacionada à repetibilidade de 
resultados encontrados. Bons exemplos encontram-se abaixo: 
 
1-Baixa precisão e baixa 
exatidão 
 
2-Baixa precisão e alta 
exatidão 
 
3-Alta precisão e baixa 
exatidão 
 
4-Alta precisão e alta 
exatidão 
 
 
 
 
23 
11. Técnicas Básicas de Laboratório 
11.1. Aquecimento 
Em laboratório, antes de aquecer qualquer substância, é preciso que você 
conheça sua natureza. Acidentes graves têm ocorrido provocando cegueira, 
deformações da pele, entre outros, simplesmente pela inobservância desta regra 
elementar. Água e éter de petróleo, por exemplo, são líquidos com propriedades 
inteiramente distintas e, por isso, devem ser aquecidos diferentemente. 
No Laboratório Químico, o aquecimento pode ser feito através de aquecedores 
elétricos (chapas, fornos, mantas elétricas, etc), bico de gás, vapor d´água ou 
banhos (de óleo, de água, de areia, etc), lâmpadas incandescentes que emitem 
raios infravermelhos ou de outro tipo. 
Aquecimento com bico de gás: É um dos aparelhos mais usados em laboratórios 
para fins de aquecimento, permitindo alcançarem-se temperaturas da ordem de 
1500 ºC. Seu uso restringe-se apenas ao aquecimento de sólidos e líquidos não 
inflamáveis, a não ser em condições extremas de segurança. É proibido, por 
medidas de segurança, aquecer líquidos inflamáveis sobre bico de gás. O bico de 
gás é usado somente para aquecimento de porcelana e outros materiais 
resistentes, e para evaporação de soluções aquosas. Quando se vai aquecer um 
líquido à ebulição, recomenda-se colocar algumas esferas de vidro, pedaços de 
algum material poroso (cerâmica, porcelana, carborundum, etc.), a fim de evitar 
uma ebulição violenta, provocada pelo superaquecimento. Contudo, faça isto antes 
de iniciar o aquecimento. 
Banho-maria: Utilizado para aquecimento de substâncias inflamáveis e de baixo 
ponto de ebulição (inferior a 100°C). Os mais sofisticados banhos-maria são 
aquecidos eletricamente e permitem a estabilização de temperaturas através de 
termostatos. A forma mais simples de um banho-maria (banho de água) consiste 
num béquer com água, aquecido através de uma chama. Esse processo pode ser 
usado somente para líquidos não inflamáveis. Para líquidos inflamáveis, deve-se 
usar um banho de água eletricamente aquecido, juntamente com um dispositivo 
para manter o nível de água. 
 
 
 
24 
Banhos líquidos de alta temperatura: São usados para aquecer substâncias de 
ponto de ebulição superior ao da água. Os líquidos mais comumente empregados 
são a glicerina (ponto de ebulição de 220°C) e os óleos minerais ponto de ebulição 
variando entre 250 e 300°C. Os banhos de óleo são usados quando o aquecimento é 
feito até cerca de 220°C. A máxima temperatura alcançada para tais banhos irá 
depender do tipo de óleo usado. A parafina medicinal pode ser empregada para 
temperaturas até 220°C. Para temperaturas até cerca de 250°C recomenda-se o 
óleo de semente de algodão; é claro e não é viscoso. Os fluidos de silicone são 
provavelmente os melhores líquidos para banhos de óleo, pois podem ser 
aquecidos até 250°C sem perda e escurecimento apreciáveis; são, no entanto, 
atualmente, muito caros para o uso geral. Os banhos de óleo devem, sempre que 
possível, serem realizados em capela; deve-se colocar sempre um termômetro no 
banho para evitar aquecimento excessivo. Os banhos de óleo são aquecidos,geralmente, por um bico de gás ou uma resistência elétrica. 
Utilizado para aquecimento de substâncias inflamáveis e de baixo ponto de 
ebulição (inferior a 100°C). Os mais sofisticados banhos-maria são aquecidos 
eletricamente e permitem a estabilização de temperaturas através de termostatos. 
A forma mais simples de um banho-maria (banho de água) consiste num béquer 
com água, aquecido através de uma chama. Esse processo pode ser usado somente 
para líquidos não inflamáveis. Para líquidos inflamáveis, deve-se usar um banho de 
água eletricamente aquecido, juntamente com um dispositivo para manter o nível 
de água. 
 
 
 
25 
EXPERIMENTO I 
- Noções básicas de trabalho no laboratório - 
- Medidas de massas e volumes - 
Medir a massa e volume de um sólido ou líquido é uma atividade rotineira em 
um laboratório de Química. Quase sempre para iniciar um experimento 
realizaremos esse procedimento. No Experimento I o objetivo é realizar medidas 
de forma precisa e aproximada da água utilizando várias vidrarias e verificando a 
sua precisão a partir da diferença entre as vidrarias volumétricas e graduadas. 
1. Materiais e Reagentes 
Pisseta; Balança, Béquer, Pipeta Volumétrica; Erlenmeyer, Pipeta de Pasteur 
descartável, Água. 
2. Procedimento Experimental 
Medidas de Volume 
 Pesar inicialmente um béquer e anotar sua massa. 
 Medir 2 mL de água em uma pipeta de Pasteur descartável e transferir para 
o béquer de massa conhecida. Após transferência, pesar novamente o béquer com 
água e anotar a nova massa. Repetir esse procedimento três vezes. 
 Pipeta de Pasteur 
Massa do béquer antes da adição da água 
Após a adição de 2 mL água 
Massa da água 
Volume medido 
Massa da 1º medida de água 
Massa da 2º medida de água 
Massa da 3º medida de água 
Média das três medidas de massa 
Desvio de cada medida com relação à média 
Média dos desvios 
Valor da medida ( ± )g 
 
 
 
 
26 
 Pipetar 10 mL de água com uma pipeta volumétrica. Transferir para um 
béquer previamente pesado e, em seguida, verificar sua massa usando uma 
balança analítica. Anote o resultado da massa. 
 Repetir o item anterior fazendo a medida de 20 mL de água com um béquer 
(previamente pesado). Pesar em balança analítica e anotar a massa. 
 Repetir o item anterior medindo 20 mL de água em um erlenmeyer 
(previamente pesado). Pesar em balança analítica e anotar a massa. 
 Verificar a precisão das três vidrarias usando como base a densidade da 
água. 
 Pipeta Béquer Erlenmeyer 
Massa antes da adição da água 
Após a adição de água 
Massa da água 
Volume real medido 
 
3. Questões e Discursões 
Compare a precisão de todas as vidrarias utilizadas no experimento. O valor 
tabelado de 25 ml de água a 25°C é 24,9262g. Comparando o resultado da massa 
pesada na parte experimental, foi a pipeta volumétrica, o béquer ou o erlenmeyer 
que deu o resultado mais próximo do valor pesado? 
4. Conceitos complementares: 
Erro absoluto (Eabs): é a diferença entre o valor exato (ou verdadeiro) da 
grandeza física e o seu valor determinado experimentalmente. 
Eabs= X - Xv, onde: X= valor medido e Xv = valor verdadeiro da grandeza. 
Erro relativo (Erel): expressa a incerteza da determinação como uma fração da 
quantidade medida, sendo calculada através da relação: Erel= Eabs / Xv. O erro 
relativo é adimensional e é frequentemente expresso em partes por cem: 
Erel percentual= Erel(%)= (Eabs/ Xv) x 100 
Desvio médio ou absoluto (DM): é uma medida de dispersão dos dados em 
relação a média de uma sequência. 
DM= ∑│X-Xm│/ N, onde: Xm = média das medidas e N = número de medidas.
 
 
 
27 
EXPERIMENTO II 
- Determinação da densidade de sólidos e de líquidos - 
A densidade é uma propriedade física que pode ser utilizada para identificar 
uma substância, sendo definida pela razão da massa (m) por unidade de volume 
(v), cuja fórmula é d=m/v. Embora com os sólidos a temperatura não influencie 
muito na densidade, com os líquidos a temperatura deve ser sempre mencionada 
devido a variação de volume. O objetivo no experimento Experimento II é 
determinar experimentalmente a densidade de alguns líquidos e sólidos e 
comparar estes valores com os encontrados na literatura. 
1. Materiais e Reagentes 
Proveta; Béquer; Balança; Água; Hexano; Óleo de Soja; Leite, Cubos: Chumbo, 
Ferro, Cobre, Latão, Zinco, Alumínio, Borracha endurecida e Madeira. 
2. Procedimento Experimental 
Como mencionado anteriormente a temperatura é um aspecto que devemos 
ficar atentos, neste caso iremos medir inicialmente a temperatura em que será 
realizado o experimento: colocar água destilada em um erlenmeyer de 125 mL, até 
cerca da metade de seu volume; inserir um termômetro e, após cerca de 5 minutos, 
medir a temperatura da água. 
Densidade de Líquidos 
 Pesar ou tarar um béquer de 25 mL, limpo e seco. 
 Com uma pipeta volumétrica de 10,0 mL, transferir 10,0 mL do líquido 
fornecido para o béquer previamente pesado ou tarado. Pesar imediatamente o 
conteúdo do béquer, e anotar a massa com precisão de 0,01g no modelo da Tabela 
fornecida ao final do procedimento. 
 Recolher o líquido utilizado, num frasco apropriado. Repetir o 
procedimento com todas as amostras, iniciando cada determinação com um novo 
béquer de 25 mL, limpo e seco. 
 
 
 
28 
Densidade de Sólidos 
 Pesar cada amostra e anotar a massa com precisão na Tabela fornecida 
abaixo. 
 Em uma proveta de 50,0 mL, adicionar água até aproximadamente a 
metade. Anotar cada volume com precisão de 0,1 mL. 
 Colocar, cuidadosamente, cada amostra metálica dentro da proveta. 
Certificar-se de que não há bolhas aderidas ao metal. Ler e anotar o novo volume. 
Assumindo que o metal não se dissolve e nem reage com a água, a diferença entre 
os dois níveis de água na proveta, representa o volume da amostra. Anotar o 
resultado na Tabela. 
 Recuperar a amostra, secá-la cuidadosamente e guardá-la no estojo onde a 
encontrou. Repetir o procedimento com todas as amostras. 
-Modelo de Tabela para Dados de Densidade de Líquidos e Sólidos 
Amostras Massa obtida (g) Volume usado (mL) Densidade 
Experimental (g/mL) 
 
 
 
 
 
3. Questões e Discussões 
De posse dos dados, efetue o cálculo da densidade dos sólidos e líquidos, 
observando os algarismos significativos que deverão ser considerados. Faça uma 
busca na literatura (livros ou internet) e compare os valores experimentais com os 
encontrados em sua busca. Ordene de forma crescente as densidades calculadas 
para os sólidos. Faça o cálculo de densidade considerando o volume de cada 
amostra igual ao volume do cubo (Vc =a³) e compare com os resultados obtidos 
experimentalmente. 
 
 
 
 
29 
EXPERIMENTO IIIa 
- Técnicas de aquecimento e Identificação dos cátions por teste de chama – 
Manuseio de um Bico de Bunsen e Aquecimento de Tubos de Ensaio e Béquer 
Uso do bico de Bunsen 
Há vários tipos de bicos de gás usados em laboratório, tais como: bico de 
Bunsen, bico de Tirril, bico de Mecker, etc. Todos, entretanto, obedecem ao mesmo 
princípio de funcionamento: o gás combustível é introduzido em uma haste 
vertical, onde há uma abertura para a entrada de ar atmosférico, sendo queimado 
na sua parte superior. Tanto a vazão do gás como a entrada de ar, podem ser 
controlados de forma conveniente. 
Como se vê na Figura IIIa, com o regulador de ar primário parcialmente 
fechado, distinguimos três zonas de chama. Abrindo-se registro de ar, dá-se 
entrada de suficiente quantidade de O2 (do ar), dando-se na região intermediária 
combustão mais acentuada dos gases, formando,além do CO, uma maior 
quantidade de CO2 e H2O, tornando assim a chama quase invisível. 
 
Figura IIIa–Queimador de gás 
(Bico de Bunsen) 
a) Zona externa: Violeta pálida, quase invisível, onde os 
gases fracamente expostos ao ar sofrem combustão 
completa, resultando em CO2 e H2O. Esta zona é chamada 
de zona oxidante (Temperaturas de 1560-1540°C).b) 
Zona intermediaria: Luminosa, caracterizada por 
combustão incompleta, por deficiência do suprimento de 
O2. O carbono forma CO, o qual se decompõe pelo calor, 
resultando diminutas partículas de C (carbono) que, 
incandescentes, dão luminosidade à chama. Esta zona é 
chamada de zona redutora (Temperaturas abaixo de 
1540°C). 
c) Zona interna: Limitada por uma “casca” azulada 
contendo os gases que ainda não sofreram combustão - 
mistura carburante (Temperaturas em torno de300oC). 
 
 
 
30 
O bico de Bunsen é usado para a quase totalidade de aquecimentos efetuados 
em laboratório, desde os de misturas ou soluções de alguns graus acima da 
temperatura ambiente, até calcinações, feitas em cadinhos, que exigem 
temperaturas de cerca de 600°C. Procedimentos mais avançados de laboratório 
podem requerer mantas com aquecimento elétrico, chapas elétricas, banhos 
aquecidos eletricamente, maçaricos oxiacetilênicos, fornos elétricos e outros. 
Para se aquecerem bequer, erlenmeyer, balões etc., não se deve usar 
diretamente o bico de Bunsen; estes aquecimentos são feitos através da tela de 
amianto, cuja função é deixar passar o calor uniformemente e não permitir que 
passe a chama. 
Para acender o bico do gás, proceda da seguinte maneira: 
a) Feche completamente a entrada de ar no bico; 
b) Abra lentamente a válvula do gás e aproxime a chama de um fósforo 
lateralmente, obtendo uma chama grande e luminosa, de cor amarela; 
c) Abra vagarosamente a entrada de ar de modo que a chama fique completamente 
azul; 
d) Caso a chama se apague ou haja combustão no interior do tubo, feche a entrada 
do gás e reinicie as operações anteriores. O gás combustível é geralmente o gás de 
rua ou o G.L.P. (gás liquefeito de petróleo). O comburente, via de regra, é o ar 
atmosférico. 
Aquecimento de tubos de ensaio 
Os tubos de ensaio com líquidos podem ser aquecidos diretamente na chama 
do bico de Bunsen. A chama deve ser média e o tubo deve estar seco por fora, para 
evitar que se quebre ao ser aquecido. O tubo deve ficar virado para a parede ou 
numa direção em que não se encontre ninguém, pois é comum, aos operadores 
sem prática, deixar que repentinamente o líquido quente salte fora do tubo, o que 
pode ocasionar queimaduras. O tubo é seguro próximo de sua boca, pela pinça de 
madeira e agita-se brandamente, para evitar superaquecimento do líquido. 
 
 
 
31 
 
Figura IIIb - Aquecimento de tubos de 
ensaio 
 
Assim, tubos de ensaio, ao serem aquecidos, 
devem ser ligeiramente inclinados e seguros 
através de uma pinça, conforme mostrado na 
Figura IIIb, aquecendo-o na superfície do liquido 
(e não no fundo) e agitando-o, vez por outra, 
fora da chama. Mantenha a boca do tubo em 
direção oposta do seu rosto e certifique-se de 
que nenhum colega será atingido caso seja 
expelido algum líquido. 
 
Aquecimento de Béquer 
 
Figura IIIc – Aquecimento de tubos de 
béquer 
 
Se um béquer ou algum outro frasco de 
vidro precisar ser aquecido com algum 
líquido, coloque-o sobre um tripé contendo 
uma tela de amianto ou sobre um anel, 
adaptado a um suporte universal, em uma 
altura conveniente; neste caso, não se 
esqueça, de colocar uma tela de amianto 
sobre o anel a fim de evitar danos ao frasco 
sob aquecimento direto (Figura IIIc). 
Os objetivos destes experimentos são: Aprender a utilizar o bico de Bunsen 
e a aquecer tubos de ensaio e béquer em laboratório. 
 
 
 
32 
1. Materiais e Reagentes 
Bico de Bunsen; Cápsula de porcelana; Tripé de ferro; Fio de cobre; Tela de 
amianto; Fita de magnésio; Suporte universal; Tubo de ensaio; Anel de ferro; Pinça 
de madeira; Mufa; Pinça metálica; Béquer de 300 mL; Termômetro. 
2. Procedimento Experimental 
Uso do bico de Bunsen 
2.1. Luminosidade da chama 
 Note o que acontece à chama quando cada uma das partes ajustáveis do 
bico é movimentada, particularmente quando a válvula de ar é aberta e fechada; 
qual ajuste das partes reguláveis do bico produz uma chama não luminosa e qual 
produz chama luminosa? 
 Mantenha, segurando com as próprias mãos, por alguns segundos, uma 
cápsula de porcelana contendo um pouco de água fria, na chama luminosa por 2-3 
segundos. No que consiste o depósito preto formado na cápsula? Por que se coloca 
água na cápsula? 
2.2. Regiões da chama: 
 Ajuste o bico e a velocidade de fluxo de gás de forma que a chama seja não 
luminosa. Note que ela forma um cone bem definido e faça um esquema da chama 
indicando as 3 regiões bem definidas. 
2.3. Temperatura da chama: 
Para ter uma ideia das temperaturas relativas em diferentes regiões de uma 
chama não luminosa proceda da seguinte forma: 
 Mantenha horizontalmente por 30 seg. um fio de cobre e uma fita de 
magnésio nas seguintes posições da chama: 
a) no topo da chama 
b) no topo do cone inferior 
 
 
 
33 
c) na base do cone inferior 
Observação: O cobre funde a 1083oC e o Alumínio a 660oC. 
Aquecimento de líquidos em béquer 
 Colocar cerca de 100 mL de água em um béquer de 250mL; acrescente à 
água, algumas pérolas de ebulição; 
 Colocar o béquer sobre a tela de amianto, suportada pelo anel ou pelo tripé 
de ferro (Figura IIIc); 
 Aquecer o béquer com a chama forte do bico de Bunsen (janelas abertas e 
torneira de gás totalmente aberta). Observar a ebulição da água e anotar sua 
temperatura de ebulição. T = ---------°C. 
 Apagar o bico de Bunsen e deixar o béquer esfriando no mesmo local. 
Aquecimento de líquidos em tubo de ensaio 
 Coloque cerca de 4ml de água em um tubo de ensaio; 
 Com pinça de madeira, segurar o tubo, próximo a boca, conforme Figura 
IIIb; 
 Aquecer a água, na chama média do bico de bunsen (torneira de gás aberta 
pela metade e janelas abertas pela metade), com o tubo voltado para a parede, 
com inclinação de cerca de 45° e com pequena agitação, até a ebulição da água. 
 Retirar o tubo do fogo e deixá-lo esfriar na estante para tubos de ensaio. 
 
 
 
 
 
 
 
 
34 
EXPERIMENTO IIIb 
- Técnicas de aquecimento e Identificação dos cátions por teste de chama – 
Identificação dos cátions por teste de chama 
 
Esse experimento identifica os constituintes presentes numa amostra de um 
material. No Experimento IIIb o objetivo é observar a cor da chama associada à 
presença de elementos químicos – no caso cátions - metálicos presentes em sais, 
observando espectros associados à presença de elementos químicos metálicos. 
Através da observação das cores produzidas na chama do bico de Bunsen, 
durante o aquecimento de certas substâncias e comparando-as com as cores da 
chama produzidas durante o aquecimento de compostos é possível uma 
identificação da amostra utilizada, pois existe uma correspondência entre a cor da 
chama e os componentes da substância aquecida. 
1. Materiais e Reagentes 
Bastão de vidro; algodão; bico de Bunsen; fósforos; copos descartáveis; cloreto de 
sódio NaCl; cloreto de potássio KCl; cloreto de bário BaCl2; cloreto de lítio LiCl; 
cloreto de cobre II CuCl2; cloreto de cálcio CaCl2; cloreto de estrôncio SrCl2. 
2. Procedimento Experimental 
 
 Colocar um pouco de soluções de NaCl, KCl, BaCl2, LiCl, CuCl2, CoCl2, SrCl2 e 
BiCl2 em cada copinho descartável devidamente identificado com suas 
respectivas fórmulas; Pegar um bastão de vidro e algodão, e preparar “COTONETES” para cada 
solução; 
 Acender o bico de Bunsen. Com cuidado, ajustar a cor certa da chama para 
que não fique com fuligem; 
 Umedecer o cotonete na primeira solução e passar sob a chama. Verificar a 
coloração e anotar na tabela que segue abaixo; 
 Retirar o cotonete e limpar o bastão; 
 
 
 
35 
 Repetir o procedimento com os demais sais relacionados no experimento. 
 
Preencher o quadro abaixo 
Reagente Cátion Cor observada Reagente Cátion Cor observada 
NaCl CoCl2 
KCl SrCl2 
BaCl2 BiCl2 
LiCl CaCl2 
CuCl2 
 
3. Questões e Discussões 
O que é análise química qualitativa? 
Quais as zonas da chama (do Bico de Bunsen)? 
 
 
 
36 
EXPERIMENTO IV 
- Métodos de separação de misturas homogêneas e heterogêneas – 
Técnicas de separação são comumente empregadas em procedimentos 
experimentais realizados no laboratório de Química. No Experimento IV veremos 
em algumas situações simples, o emprego de alguns métodos de separação. 
Filtração 
- Filtração: é um processo de separação entre um sólido e um líquido e consiste em 
fazer passar a mistura por uma parede ou superfície porosa de modo que o sólido 
fique retido. Esse tipo de filtração é denominado de simples, mas também pode ser 
realizado à pressão reduzida. Um tipo de separação e misturas que utiliza a 
filtração é conhecido como dissolução fracionada. Neste caso trata-se a mistura 
com um solvente que dissolva apenas um dos componentes e depois usa-se o 
processo de filtração. 
_____________________________________________________ 
Decantação 
- Decantação: é um processo em que a mistura é deixada em repouso por certo 
tempo, até que as partículas de sólido se depositem. É muito utilizada em sistemas 
bifásicos como líquido-líquido, líquido-gás, sólido-líquido e sólido-gás. 
_____________________________________________________ 
Centrifugação 
- Centrifugação: é um processo que consiste em acelerar a decantação pelo uso de 
centrifugadores. Essa aceleração acontece utilizando um equipamento chamado de 
centrífuga. Nela, devido ao movimento de rotação, as partículas de maior 
densidade, por inércia, são arremessadas para o fundo do tubo. 
 
_____________________________________________________ 
 
 
 
37 
Destilação 
- Destilação: Quanto à destilação existem alguns tipos: destilação simples, 
destilação fracionada, destilação por arraste a vapor, etc. Independente do tipo a 
destilação se baseia na combinação sucessiva dos processos de vaporização e de 
condensação. 
Destilação simples: A mistura é aquecida em uma aparelhagem apropriada, de tal 
maneira que o componente líquido inicialmente evapora e, a seguir, sofre 
condensação. 
Destilação fracionada: Consiste no aquecimento da mistura de líquidos miscíveis, 
cujos pontos de ebulição não sejam muito próximos. Os líquidos são separados na 
medida em que cada um dos seus pontos de ebulição-PE é atingido. Enquanto este 
destila, a temperatura se mantém constante. Terminada a destilação do primeiro 
líquido, a temperatura volta a subir até que se atinja o PE do segundo. 
_____________________________________________________ 
Cromatografia 
- Cromatografia: é um método físico-químico de separação. Esta separação é 
realizada através da distribuição destes componentes em duas fases, uma fase 
estacionária (FE) e uma móvel (FM). Existem várias classes de cromatografia, da 
mais simples como a cromatografia em papel a mais complexa e eficiente como a 
cromatografia líquida de alta eficiência. Os critérios utilizados para a classificação 
das mesmas variam, sendo os mais comuns àqueles relacionados à técnica 
empregada, ao mecanismo de separação envolvido e aos diferentes tipos de fases 
utilizadas. 
_____________________________________________________ 
1. Materiais e Reagentes 
Almofariz com pistilo; funil; erlenmeyer; béquer copo alto; pipeta Pasteur ponta 
longa; proveta graduada; tesoura; papel de filtro; placa de alumina (fase 
estacionária polar); etanol; areia grossa e folhas vegetais verdes. 
 
 
 
38 
2. Procedimento Experimental 
2.1. Extração de componentes da folha vegetal 
 
 Cortar a folha em pedaços o menor possível. Colocar no almofariz e 
adicionar duas espátulas de areia grossa. Adicionar então 10 mL de etanol para 
então começar a esmagar a folha com o pistilo. Realizar este processo buscando 
esmagar todos os pedaços da folha até observar uma mistura homogênea. Adicione 
mais 10 mL de etanol e triture por mais 1 minuto. 
 
 Utilizando papel de filtro e funil no suporte, faça a filtragem do material 
triturado para um erlenmeyer. Se necessário, lavar o almofariz com etanol ao 
tempo que transfere o moído para o funil. Tampe o erlenmeyer com o filtrado e 
descarte o material retido no filtro em lixo comum. 
 
2.2. Cromatografia do extrato 
 Na placa cromatográfica (alumina/papel filtro/sílica) faça uma suave 
marcação de 1,0 cm a partir de sua base utilizando grafite. Nesta altura far-se-há a 
aplicação da amostra (extrato do item 2.1). 
 
 
 Para a aplicação da amostra utilize uma pipeta Pasteur, imergindo sua 
ponta no extrato do erlenmeyer (transfira para outro recipiente se necessário) até 
que o tubo se preencha. 
 Coloque a placa sobre a bancada (na horizontal) e cuidadosamente aplique o 
extrato na placa cromatográfica de forma pontual, como mostrado acima. Aguarde 
 
 
 
39 
algum tempo até observar a secagem desta aplicação. Depois de seco, repita o 
processo para reforçar a aplicação e facilitar a identificação dos compostos a serem 
separados. 
 Em um béquer de copo alto (verifique se o tamanho do béquer comporta a 
placa de alumina) coloque solvente (etanol) até a altura de 0,5 cm 
aproximadamente. Coloque a placa cromatográfica dentro do béquer com etanol 
de modo que o solvente jamais alcance a amostra. Cubra o béquer com um 
anteparo e aguarde a eluição da amostra. Observe que o solvente irá subir pela 
placa lentamente. Fique atento, pois deve retirar a placa de dentro do béquer assim 
que o solvente estiver a 1 cm da borda superior. 
 Deixe a placa em repouso ao tempo em que o solvente evapora e então 
pode-se observar com clareza as fases separadas a partir do extrato. 
 
3. Questões e Discussões 
Pesquise na literatura outras técnicas de separação e mencione o que há de 
mais diferente e inovador entre as mesmas. 
Qual outro tipo de técnica cromatográfica poderia ser aplicado para 
identificar diferentes fases do extrato. Comente! 
 
 
 
40 
EXPERIMENTO V 
- Medidas de Solubilidade - 
A solubilidade de uma substância em outra está relacionada à semelhança 
das forças atuantes nas mesmas (iônicas ou intermoleculares). Daí a famosa frase 
muito usada em vários livros e aulas do Ensino Médio - “semelhante dissolve 
semelhante”. Neste contexto a frase quer dizer que substâncias apolares tendem a 
se solubilizar em solventes apolares, enquanto que substâncias iônicas e 
substâncias moleculares polares tendem a se solubilizar em solventes também 
polares. Quando o solvente neste caso é aquoso denomina-se este processo de 
hidratação do soluto e para os demais solventes o termo empregado é solvatação. 
1. Materiais e Reagentes 
Experimento Va: Pipeta com tampa de borracha; Tubos de ensaio; suporte para 
tubo de ensaios; Querosene, Etanol, Água. 
Experimento Vb: proveta; pipeta; gasolina e água destilada. 
2. Procedimento Experimental 
Experimentos Va e Vb 
Como neste experimento os resultados obtidos serão de modo comparativo é 
importante que sejam utilizados massas e volumes muito próximos. Observe 
nos experimentosse houve solubilização e aquecimento. 
Procedimento Va: Estudo da miscibilidade entre solventes 
 Identifique os tubos de ensaio de 1 a 3 e coloque-os no suporte. Identifique 
também as pipeta. 
 Encha o primeiro tubo de ensaio (Tubo 1) com aproximadamente 1cm de 
altura de água. Com ajuda da pipeta adicione a mesma quantidade de etanol ao 
tubo 1. Tampe o tubo, agite fortemente e observe o resultado. 
 
 
 
41 
 Realize o mesmo procedimento anterior substituindo o etanol pelo 
querosene (Tubo 2). No Tubo 3 realize o mesmo procedimento anterior, mas neste 
caso misture etanol e querosene. 
 Verifique se suas observações encontram sustentação na literatura. É 
possível generalizar algum(s) resultado obtido? 
Procedimento Vb: Verificação do teor de etanol na gasolina 
 Medir 20 mL de gasolina em uma proveta de 50,00 mL, ajustando o 
menisco, e em seguida, adicionar mais 20,00 mL de água destilada e também 
ajustar o menisco. 
 Agitar a mistura resultante por cerca de 2 minutos para devida 
homogeneização. 
 Esperar a interação (tempo de 2 minutos). Observar a formação de uma 
mistura bifásica. 
 Anotar o resultado (volume final de água + álcool) e efetuar os cálculos. 
 
3. Questões e Discussões 
 Descreva e explique todos os fenômenos que ocorreram em cada tubo de ensaio, 
em especial, explique por que alguns reagentes são solúveis e outros não. Busque 
na literatura (Handbook) a solubilidade em água dos reagentes utilizados neste 
experimento. Quais mudanças poderiam ocorrer se houvesse variação na 
temperatura? Quais mudanças poderiam ser observadas com o aumento da 
concentração dos solutos que foram solúveis no solvente? 
Questão a) Calcular a % v/v de álcool na gasolina analisada. 
Questão b) Verificar se valor em porcentagem de álcool na gasolina está dentro dos 
limites especificados pela ANP (Agência Nacional de Petróleo). 
 
 
 
42 
EXPERIMENTO VI 
- Reações Químicas - 
 
 O processo pelo qual espécies químicas transformam-se em outras 
diferentes é chamado de reação química. As espécies originais são chamadas 
reagentes e as que resultam após a reação são os produtos. 
 Numa reação de síntese, partimos de mais de um reagente e obtemos um 
único produto. Na reação de decomposição, obtemos mais de um produto a partir 
de um único reagente. Nas reações de simples troca ou deslocamento, uma 
substância simples reage com uma substância composta, deslocando desta última 
uma nova substância simples. Nas reações de dupla troca, dois reagentes 
permutam seus íons ou radicais entre si, dando origem a dois novos compostos. 
Nas reações de oxi-redução ocorre a troca de elétrons entre as espécies reagentes. 
As espécies que cedem elétrons são redutoras, e as que recebem elétrons são 
oxidantes. Em muitas reações químicas há desprendimento de calor e são 
classificadas como reações exotérmicas. Quando o calor é absorvido, a reação é 
endotérmica. Em solução aquosa os principais tipos de reações são: 
 Reações de precipitação 
 Reações ácido-base 
 Reações com liberação de gases 
 Reações de oxi-redução 
 Reações de complexação 
 
1. Reação A 
Em uma estante, coloque seis (6) tubos de ensaio e numere-os. Coloque na 
sequência, 2 mL solução de H2SO4 20% em cada. Na sequência, adicione no tubo 1, 
uma pequena quantidade de ferro granulado (arame), tubo 2, uma pequena 
quantidade de ferro em pó. Faça o mesmo para os outros metais (Zn e Cu) nos 
respectivos tubos, e observe. 
 
 
 
 
43 
2. Reação B 
Em uma estante coloque quatro tubos de ensaio. 
 No tubo 1 adicione 2 mL de solução Pb(NO3)2 0,1 mol.L-1 e 2 mL de solução 
de Na2SO4 0,1 mol.L-1; 
 No tubo 2 adicione 2 mL de solução SnCl2 0,1 mol.L-1 e 2 mL de solução de 
NaOH 0,2 mol.L-1; 
 No tubo 3 adicione 2 mL de água destilada e 2 mL de solução AgNO3; 
 No tubo 4 adicione 2 mL de água da torneira e 2 mL de solução AgNO3; 
 Observe. 
 
3. Reação C 
Em uma estante, coloque dois tubos de ensaio, no tubo 1, adicione 2 mL de solução 
de FeCl3 0,01 mol.L-1 e adicione 2 mL de solução de KSCN 0,1 mol.L-1.. No tubo 2 
adicione 2 mL de solução de sulfato de cobre e 2 mL de solução de K2[Fe(CN)6], e 
observe. 
4. Reação D 
Em um béquer, adicione 10 mL de solução de H2SO4 0,1 mol.L-1 e duas gotas de 
fenolftaleína. Na sequência, adicione 10 mL de solução de NaOH 0,2 mol.L-1, e 
observe. Adicione mais 5 mL da solução de NaOH e explique quantitativamente o 
que ocorre no meio reacional. 
Questionário 
1. Quais os tipos de reações ocorrem em A, B, C, e D? 
2. Quais são os produtos formados em todas as reações? 
3. Em algumas práticas, foram formados compostos solúveis de Fe2+, Zn2+ e Cu2+. 
Como você faria para tratar estes compostos de forma que fosse jogado o 
mínimo de resíduo no meio ambiente. 
 
 
 
44 
EXPERIMENTO VIIa 
- Soluções - 
O preparo de soluções é atividade rotineira no laboratório e é quase sempre a 
primeira etapa experimental. Soluções são misturas homogêneas de duas ou mais 
substâncias que podem ser iônicas ou moleculares. A substância que encontra-se 
em maior quantidade é o solvente e a outra denomina-se de soluto. A proporção de 
soluto no solvente é a característica que diferencia uma solução quanto a sua 
classificação, podendo ser diluída ou concentrada. O valor da concentração de uma 
solução pode ser calculado de diversas formas, as duas mais comuns são: Comum - 
em que se tem a massa do soluto presente em cada litro de solução (C=m/V) e 
Molar - que indica a concentração em número de mols do soluto em cada litro de 
solução (C= n/V), onde n= número de mols do soluto. 
1. Materiais e Reagentes 
Balão volumétrico; Ácido sulfúrico (H2SO4); Hidróxido de sódio (NaOH); Bastão de 
vidro; Bécker; Espátula; Funil simples; Pipeta; Pisseta. 
2. Procedimento Experimental 
Preparo de Solução Ácida 
- Solução de H2SO4 0,5 mol/L 
 Calcular o volume necessário de ácido sulfúrico concentrado, para preparar 
100 mL de uma solução de H2SO4 0,5 mol L-1; 
 Em uma capela, meça o volume calculado de H2SO4 concentrado; 
 Coloque cerca de 50 mL de água destilada no balão volumétrico de 100 mL e 
transfira o volume de ácido medido para este balão; 
 Espere o balão esfriar até a temperatura ambiente e complete, até o 
menisco com água destilada; Faça uma homogeneização por inversão; Transfira a 
solução preparada para um frasco de vidro e rotule com os dados da solução. 
 
 
 
45 
Com o preparo da solução de H2SO4 0,5 mol/L faremos o processo de 
diluição para obtermos uma solução menos concentrada. A concentração de 
um ácido pode ser avaliada através de seu pH. Quanto mais baixo for o valor 
do pH, maior a concentração do ácido. 
- Solução de H2SO4 0,1 mol/L 
 Calcule quantos mL da solução anterior é necessário para preparar a 
solução diluída de H2SO4 0,1 mol/L para um balão de 25 mL; 
 Complete com água destilada até o menisco do balão, seguindo o 
procedimento de preparo indicado anteriormente. 
Preparo de Solução Básica 
Solução de NaOH 0,5 mol/L 
 Calcule a massa de NaOH necessária para preparar 100 mL de uma solução 
de concentração 0,5 mol/L. Pese a quantidade calculada de NaOH, em um béquer 
limpo e seco; 
 Dissolva-o, no próprio béquer, com água destilada; Transfira a solução para 
um balão de 100 mL, e siga os procedimentos de preparo de soluções. Guarde a 
solução em um frasco de plástico e rotule; 
 As soluções preparadas devem ser guardadas para utilização nas próximas 
experiências. 
3. Questões e Discussões 
Se o mesmo procedimento realizado para a solução ácida, quanto a diluição, 
fosse realizado com a solução de NaOH, qual resultado seria esperadoquanto ao 
valor de pH? Descreva o que ocorre na massa do soluto e na concentração quando 
uma solução de concentração fixa passa sobre as seguintes alterações: (1) Retira-
se 25,00 mL da solução do frasco; (2) Divide-se o volume total do frasco em duas 
partes iguais; (3) Adiciona-se água de modo a dobrar o volume de solução; (4) Sem 
que haja alteração de volume, acrescentamos mais soluto. 
 
 
 
46 
EXPERIMENTO VIIb 
- Padronização de Soluções (Titulação)- 
O processo de padronização de soluções é realizado para verificar o quanto o 
valor da concentração da solução preparada é próximo do valor teórico (real). Este 
processo é feito através de uma simples titulação que é realizada para a correção 
da concentração utilizando padrões primários. Os padrões primários são 
substâncias de referência e devem ter características bem conhecidas como a sua 
pureza, possuir alta solubilidade, ter uma massa molar elevada e especialmente de 
reagir quantitativamente com a substância a ser padronizada. O objetivo do 
Experimento VIIb é padronizar uma solução de NaOH através de uma titulação. 
1. Materiais e Reagentes 
Solução de NaOH 0,1 mol/L; Biftalato de potássio; Solução alcoólica de 
fenolftaleína 1%; Bureta (50 mL); Suporte com garra; Erlenmeyer (250 mL). 
2. Procedimento Experimental 
Padronização da Solução de NaOH 0, 1 mol/L 
 Secar o biftalato de potássio em uma estufa a 110°C, por 2 horas. Deixar 
esfriar no dessecador. 
 Calcular a massa de biftalato de potássio necessária para reagir com 25,00 
mL da solução de NaOH. 
 Pesar em triplicata a massa calculada e transferir para um erlenmeyer de 
250 mL. Adicionar 25 mL de água destilada, 2-3 gotas de fenolftaleína e titular com 
uma solução de NaOH, até a viragem. 
3. Questões e Discussões 
Calcule a concentração exata do NaOH e inclua no relatório todos os 
cálculos de massas realizados para a padronização. Pesquise na literatura quais 
outras formas de padronização podem ser realizadas. 
 
 
 
47 
EXPERIMENTO VIII 
- Eletrólise de soluções aquosas - 
Eletrólise é a parte da eletroquímica que estuda a transformação de energia 
elétrica em energia química, ou seja, a eletrólise é um processo eletroquímico, 
caracterizado pela ocorrência de reações de oxirredução em uma solução 
condutora quando se estabelece uma diferença de potencial elétrico. 
A eletrólise é realizada em circuitos eletrolíticos, que, em geral, são 
constituídos por dois eletrodos, onde ocorrerão duas semi-reações: uma reação de 
oxidação (perda de elétrons) e uma reação de redução (ganho de elétrons). O 
eletrodo no qual acontece a oxidação recebe o nome de ânodo, enquanto o eletrodo 
em que ocorre a redução é chamado de cátodo. Esses eletrodos costumam ser 
inertes, podendo ser formados por platina ou grafita. Além dos eletrodos, o circuito 
eletrolítico também é formado por um eletrólito, que é o meio (geralmente uma 
solução) em que os eletrodos são imersos, cuja função é conduzir a corrente 
elétrica do ânodo para o cátodo sob a forma de íons. No circuito, essa solução fica 
armazenada num recipiente denomina célula (ou cuba) eletrolítica. Por fim, o 
circuito é fechado por um gerador elétrico, que fornece a energia necessária para 
provocar a reação. O objetivo do Experimento VIII é mostrar experimentalmente o 
que ocorre quando há uma passagem de corrente elétrica numa solução aquosa. 
 
1. Materiais e Reagentes 
Placa de petri; Bastão de Vidro; Pinças crocodilo, desprotegidas; Cabo de ligação 
vermelho; Cabo de ligação azul; Pilha, 4,5 V; Dois eletrodos de grafite ou de platina 
(pode-se substitui-los com parafusos de aço inoxidável); 50 mL de solução de 
sulfato de sódio; Indicador azul de bromotimol 0.1% 
 
Obs: Sugerimos que tragam carregadores de celulares que não utilizam mais para 
substituir a pilha. 
 
 
 
 
48 
 
 
2. Procedimento Experimental 
 Coloque 40ml da solução de sulfato de sódio na placa de Petri e com auxílio 
da pipeta acrescente o indicador azul de bromotimol até que a mesma adquira uma 
coloração esverdeada. 
 Prenda as pinças crocodilo nos eletrodos de aço inoxidável e posicione-os 
de lados opostos na placa de Petri. 
 Una os eletrodos através dos cabos de ligação e pinças crocodilo à pilha. 
 Termine o experimento após 5 minutos, interrompendo a ligação à pilha. 
 
 
Figura IV - Esquema da montagem do experimento 
3. Questões e Discussão 
Quais as conclusões que se pode obter a partir da finalização do experimento. 
Quem foi o cátodo, quem foi o ânodo? Qual era a função da solução aquosa de 
sulfato de sódio? Quais foram as semi reações envolvidas e em quais polos elas 
ocorreram? Qual é a reação global? Por que a solução muda de cor? Explique por 
que ocorre uma diferença de cor com o decorrer da reação entre a região próxima 
do cátodo e a do ânodo justificando desta forma o uso do indicador? 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
Básica: 
OLIVEIRA, E. A., “Aulas práticas de Química”, Moderna, 1990. 
CONSTANTINO, M. G., “Fundamentos de Química Experimental”, Ed. Universidade 
de São Paulo, São Paulo, 2004. 
AMARAL, L., “Trabalhos Práticos de Química”, Livro terceiro, Nobel, São Paulo, 
1976. 
Complementar: 
BRADY, J. E., “Química Geral”, Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 1986. 
ARAUJO, M. B. C., AMARAL, S. T., QUIMICA GERAL EXPERIMENTAL. Editora UFRGS, 
Porto Alegre, 2012. 
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