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Luiza Delamare – ATM 23 abdome II PERITÔNIO E CAVIDADE PERITONEAL Peritônio: membrana serosa; reveste a cavidade abdominopélvica e recobre as vísceras; consiste em duas lâminas contínuas: peritônio parietal e peritônio visceral; as duas lâminas de peritônio consistem em mesotélio, uma lâmina de epitélio pavimentoso simples. O peritônio parietal reveste a face interna da parede abdominopélvica. Tem a mesma vasculatura sanguínea, drenagem linfática e inervação dessa região que reveste. É sensível a dor, pressão, calor, frio e laceração geralmente a dor é bem localizada exceto na face inferior da parte central do diafragma a inervação é realizada pelos n. frênicos (sente a dor +/- no ombro). O peritônio visceral reveste vísceras como estômago e intestino. Possui a mesma vasculatura, drenagem e inervação dos órgãos que ele cobre. É insensível a toque, calor, frio e laceração, sendo estimulado somente por distensão e irritação química. A dor provocada geralmente é mal localizada. TE LIGA! A dor oriunda de derivados do intestino anterior geralmente é sentida no epigástrio; a dor proveniente de derivados do intestino médio é sentida na região umbilical; e aquela originada em derivados do intestino posterior é sentida na região púbica. Relação entre as vísceras e o peritônio: órgãos intraperitoneais: quase completamente cobertos por peritônio visceral – foram invaginados; órgãos extraperitoneais, retroperitoneais e subperitoneais estão situados fora da cavidade peritoneal – externamente ao peritônio parietal – e são apenas parcialmente cobertos por peritônio. A cavidade peritoneal está dentro da cavidade abdominal e é contínua inferiormente até a cavidade pélvica. Não contém órgãos, mas contém o líquido peritoneal – composto de água, eletrólitos e substâncias derivadas do líquido intersticial em tecidos adjacentes. Cavidade nos homens: completamente fechada; Nas mulheres: há uma comunicação com o exterior do corpo através das tubas uterinas, cavidade uterina e vagina. O líquido peritoneal lubrifica as faces peritoneais e contém leucócitos e anticorpos que resistem à infecção. Os vasos linfáticos que estão na face inferior do diafragma absorvem o líquido peritoneal. Formações peritoneais A cavidade peritoneal tem um formato complexo: Abriga uma grande extensão do intestino – a maior parte revestida por peritônio; São necessárias extensas áreas de continuidade entre o peritônio parietal e visceral para dar passagem às estruturas neurovasculares da parede do corpo até as vísceras; O peritônio é bastante convoluto. Mesentério: lâmina dupla de peritônio formada pela invaginação do peritônio por um órgão, e é a continuidade dos peritônios visceral e parietal. é um meio de comunicação neurovascular entre o órgão e a parede do corpo; une um órgão intraperitoneal à parede do corpo. Omento: extensão ou prega de peritônio em duas camadas que vai do estômago e da parte proximal do duodeno até os órgãos adjacentes na cavidade abdominal. Temos o omento maior e o omento menor. Ligamento peritoneal: dupla camada de peritônio que une um órgão ao outro ou à parede do abdome. Fígado está unido: À parede anterior do abdome pelo ligamento falciforme; Ao estômago pelo ligamento hepatogástrico; Ao duodeno pelo ligamento hepatoduodenal – da passem à tríade portal (veia porta, artéria hepática e ducto colédoco). O estômago está unido: À face inferior do diafragma pelo ligamento gastrofrênico; Ao baço pelo ligamento gastroesplênico; Ao colo transverso pelo ligamento gastrocólico. Todo o órgão precisa ter uma área que não é coberta por peritônio visceral para permitir a entrada ou saída de estruturas neurovasculares áreas nuas Prega peritoneal: reflexão de peritônio elevada da parede do corpo por vasos sanguíneos, ductos e ligamentos formados por vasos fetais obliterados subjacentes. Recesso/fossa peritoneal: bolsa de peritônio formada por uma prega peritoneal. Subdivisões da cavidade peritoneal A cavidade peritoneal é dividida em sacos peritoneais maior e menor. Ela é a parte principal e maior. O mesocolo transverso divide a cavidade abdominal em: Compartimento supracólico: contém o estômago, o fígado e o baço; Compartimento infracólico: contém o intestino delgado e os colos ascendente e descendente. Esse compartimento situa-se posteriormente ao omento maior e é dividido em espaços infracólicos direito e esquerdo pelo mesentério do intestino delgado. Sulcos paracólicos: fazem a comunicação livre entre os compartimentos supracólico e infracólico. Bolsa ometal: Situa-se posteriormente ao estômago e ao omento menor; É extensa, semelhante a um saco; Contém um recesso superior e um recesso inferior; Permite o livre movimento do estômago sobre as estruturas posteriores e inferiores a ela; Comunica-se com a cavidade peritoneal por meio do forame omental. Limites: Anterior – ligamento hepatoduodenal; Superiormente – fígado; Inferiormente – parte superior do duodeno. VÍSCERAS ABDOMINAIS Vísceras do abdome: parte terminal do esôfago, estômago, intestinos, baço, pâncreas, fígado, vesícula biliar, rins e glândulas suprarrenais. As vísceras abrangem a maior parte do sistema digestório – esôfago, estômago e intestinos. Principais glândulas do sistema digestório: pâncreas e fígado. A digestão ocorre principalmente no estômago e no duodeno. Peristalse: série de ondas de contração anulares que começa aproximadamente no meio do estômago e se desloca devagar em direção ao piloro. É responsável pela mistura do alimento mastigados ao suco gástrico e pelo esvaziamento do conteúdo no duodeno. A absorção de substâncias químicas ocorre principalmente no intestino delgado. Temos peristalse, também, no jejuno e no íleo, porém ela não é forte – exceto se houver obstrução. A maior parte da reabsorção ocorre no colo ascendente. As fezes se formam nos colos descendente e sigmoide, acumulando-se no reto antes da defecação. A irrigação do sistema digestório provém da parte abdominal da aorta – tronco celíaco, AMS e AMI. A veia porta, formada pela união das veias mesentérica superior e eplênica, recebe o sangue da parte abdominal do sistema digestório. ESÔFAGO Tubo muscular que conduz o alimento da faringe para o estômago; Normalmente, tem três constrições: Constrição cervical (esfíncter superior do estômago): em seu início na junção faringoesofágica, causada pela parte cricofaríngea do músculo constritor inferior da faringe. Constrição broncoaórtica (torácica): constrição combinada, no local onde ocorre o primeiro cruzamento no arco da aorta, e depois o cruzamento pelo brônquio principal esquerdo. Constrição diafragmática: no local onde atravessa o hiato esofágico. O esôfago tem lâminas musculares circulares internas e longitudinais externas Terço superior: músculo estriado voluntário; Terço médio: os dois tipos de músculo; Terço inferior: músculo liso. O esôfago termina entrando no estômago no óstio cardíaco do estômago; É circundado pelo plexo venoso esofágico distalmente; Está fixado às margens do hiato esofágico pelo ligamento frenicoesofágico – extensão da fáscia diafragmática inferior – o qual permite o movimento independente do diafragma e do esôfago durante a respiração e a deglutição; Parte abdominal do esôfago: vai do hiato esofágico até o óstio cardíaco do estômago; A face anterior é coberta por peritônio da cavidade peritoneal, contínuo com o que reveste a face anterior do estômago; A face posterior é coberta por peritônio da bolsa omental, contínuo com o que reveste a face posterior do estômago; A margem direita do esôfago é contínua com a curvatura menor do estômago; A esquerda é separada do fundo gástrico pela incisura cardíaca. Junção esofagogástrica: situa-se à esquerda da vértebra TXI; Linha Z: mudança da mucosa esofágica para a mucosa gástrica; Superior a junção esofagogástrica, a musculatura diafragmática que formao hiato esof. funciona como um esfíncter inferior do esôfago fisiológico que se contrai e relaxa; Irrigação arterial da parte abdominal: Artéria gástrica esquerda – ramo do tronco celíaco; Artéria frênica inferior esquerda. Drenagem venosa da parte abdominal: Das veias submucosas do esôfago se faz para o sistema venoso porta, através da veia gástrica esquerda, e para o sistema venoso ázigo, pelas veias esofágicas que entram na veia ázigo. Linfática: Se faz para os linfonodos gástricos esquerdos – drenam principalmente para os linfonodos celíacos. Inervação: Plexo esofágico – formado pelos troncos vagais; Troncos simpáticos torácicos por meio dos nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maiores e plexos periarteriais. ESTÔMAGO Parte expandida do sistema digestório entre o esôfago e o intestino delgado; Especializado pelo acúmulo do alimento ingerido – prepara química e mecanicamente para a digestão e passagem para o duodeno; Mistura os alimentos e atua como reservatório; Principal função: digestão enzimática; Suco gástrico: converte gradualmente a massa de alimento em quimo. O tamanho, o formato e a posição do estômago varia de pessoa para pessoa – e pode variar no mesmo indivíduo, dependendo da posição corporal, do conteúdo nele, entre outros. O estômago tem 4 partes: Cárdia: parte que circunda o óstio cárdico (abertura superior do estômago). Fundo gástrico: parte superior dilatada que está relacionada com a cúpula esquerda do diafragma, limitada inferiormente pelo plano horizontal do óstio cardíaco. A incisura cardíaca está situada entre o esôfago e o fundo gástrico. Corpo gástrico: parte principal do estômago. Parte pilórica: região afunilada de saída do estômago; a parte mais larga, o antro pilórico, leva ao canal pilórico, a parte mais estreita. O piloro é a região esfincteriana distal da parte pilórica. músculo liso – controla a saída do conteúdo gástrico através do óstio pilórico para o duodeno. O estômago tem duas curvaturas: Curvatura menor: margem direita côncava. A parte inferior da curvatura – a incisura jugular – indica a junção do corpo gástrico com a parte pilórica do estômago. Curvatura maior: margem convexa mais longa. Interior do estômago: Mucosa gástrica: a superfície lisa é castanho-avermelhada no indivíduo vivo, exceto na parte pilórica, onde é rósea; Em vida: é coberta por uma camada de muco contínua (protege a superfície contra o ácido gástrico secretado pelas glândulas gástricas); Quando contraída a mucosa forma as pregas gástricas; Durante a deglutição, forma-se um sulco/canal gástrico temporário entre as pregas longitudinais ao longo da curvatura menor; A saliva e pequenas quantidades de alimento mastigo e outros líquidos drenam ao longo do canal gástrico para o canal pilórico quando o estômago está quase vazio. Relações do estômago: É coberto por peritônio, exceto nos locais em que há vasos sanguíneos ao longo de suas curvaturas em uma pequena área posterior ao óstio cárdico; As duas lâminas do omento menor estendem-se ao redor do estômago e separam-se de sua curvatura maior como omento maior; Anteriormente: estômago se relaciona com o diafragma, o lobo hepático esquerdo e a parede anterior do abdome; Posteriormente: com a bolsa omental e o pâncreas; O colo transverso tem relação inferior e lateral, e segue ao longo da curvatura maior do estômago até a flexura esquerda do colo; Leito do estômago: formado pelas estruturas que formam a parede posterior da bolsa omental – de superior para inferior cúpula esquerda do diafragma, baço, rim e glândula suprarrenal esquerdos, artéria esplênica, pâncreas e mesocolo transverso. Vasos e nervos do estômago: Irrigação arterial: Tem origem no tronco celíaco e em seus ramos; A maior parte provém de anastomoses formadas ao longo da curvatura menor pelas artérias gástricas direita e esquerda; Ao longo da curvatura maior pelas artérias gastromentais direita e esquerda; O fundo gástrico e a parte superior do corpo gástrico recebem sangue das artérias gástricas curtas e posteriores. Drenagem venosa: Veias gástricas acompanham as artérias; Veias gástricas direita e esquerda drenam para a veia porta; Veias gástricas curtas e gastromentais esquerdas drenam para a veia esplênica (ela se une à VMS para formar a veia porta); Veia gastromental direita drena para a VMS; Uma veia pré-pilórica ascende sobre o piloro até a veia gástrica direita. Drenagem linfática: Vasos linfáticos gástricos acompanham as artérias ao longo das curvaturas; Drenam a linfa para os linfonodos gástricos e gastromentais. Inervação: Inervação parassimpática provém dos troncos vagais anterior e posterior e de seus ramos. Tronco vagal anterior: deriva principalmente do nervo vago esquerdo. Emite ramos hepáticos, duodenais e gástricos anteriores. Tronco vagal posterior: deriva principalmente do nervo vago direito. Emite um ramo celíaco, e ramos gástricos posteriores. Inervação simpática provém dos segmentos de T6 a T9 da medula espinal, e segue para o plexo celíaco por intermédio do nervo esplâncnico maior e é distribuída ao redor das artérias. INTESTINO DELGADO Formado pelo duodeno, jejuno e íleo; Estende-se do piloro até a junção ileocecal, onde o íleo se une com o ceco (1ª parte do intestino grosso); Compreende aproximadamente 7 metros; Principal local de absorção de nutrientes dos alimentos ingeridos. Duodeno Primeira parte do intestino delgado, mais curta, mais larga e mais fixa; Começa no piloro do lado direito, e termina na flexura/junção duodenojejunal do lado esquerdo; A admissão duodenal do quimo é controlada pelo piloro; Faz um trajeto de C ao redor da cabeça do pâncreas; A maior parte dele está fixada pelo peritônio a estruturas na parede posterior do abdome parcialmente retroperitoneal; Sua parede interna tem aspecto ondulado, com várias pregas, cobertas por vilosidades intestinais que aumentam muito a área de absorção dos nutrientes. Duodeno é dividido em 4 partes: Parte superior: curta (aprox. 5 cm), está situada anterolateralmente ao corpo da vértebra L1. Os primeiros 2 cm dela têm mesentério e são móveis, sendo esta parte livre chamada de ampola (bulbo duodenal); Os 3 cm distais e o restante do duodeno, não têm mesentério e são imóveis porque são retroperitoneais; É coberta por peritônio anteriormente; Possui o ligamento hepatoduodenal fixado superiormente e o omento maior fixado inferiormente. Parte descendente: mais longa (7 a 10 cm), desce ao longo das faces direitas das vértebras L1 a L3 Área mais importante para absorção de nutrientes; Recebe os ductos colédoco e pancreático principal, os quais se unem para formar a ampola hepatopancreática, que se abre na papila maior do duodeno. Parte inferior/horizontal: 6 a 8 cm de comprimento, cruza a vértebra L3. É cruzada pelos vasos mesentéricos superiores e pela raiz do mesentério do jejuno e do íleo; Tem a face anterior coberta por peritônio – exceto onde é cruzada pelos vasos. Parte ascendente: curta (5 cm), começa a esquerda da vértebra L3 e segue até a margem superior da vértebra L2. Ela é suspensa/sustentada por uma prega de peritônio que contém o músculo suspensor do duodeno e forma a flexura duodenojejunal; Essa prega de peritônio é chamada de Ligamento de Trietz. Vascularização e inervação do duodeno: Irrigação arterial: se originam do tronco celíaco ou da AMS. O tronco celíaco, por intermédio da artéria gastroduodenal e seu ramo, a artéria pancreaticoduodenal superior, supre a parte do duodeno proximal à entrada do ducto colédoco; A artéria mesentérica superior, por meio da artéria pancreaticoduodenal inferior, supre o duodeno distal à entrada do ducto colédoco. Drenagem venosa: acompanham as artérias e drenam para a veia porta (diretamente ou indiretamente) Drenagem linfática: para os linfonodospancreaticoduodenais, linfonodos pilóricos e linfonodos mesentéricos superiores. Inervação: os nervos do duodeno derivam do nervo vago e dos nervos esplâncnicos (abdominopélvicos) maior e menor por meio dos plexos celíaco e mesentérico superior. Jejuno e íleo3ª parte do int. delgado; Termina na junção ileocecal. 2ª parte do int. delgado; Começa na flexura duodenojejunal, onde o sistema digestório volta a ser intraperitoneal. Juntos, têm de 6 a 7 metros de comprimento; Não há uma linha de demarcação nítida entre os dois, porém existem características distintas que são cirurgicamente importantes; Possuem mesentério, uma prega de peritônio que os fixa a parede posterior do abdome. Como diferenciar os dois em um corpo vivo? O jejuno possui uma cor vermelho vivo, enquanto o íleo é de um tom rosa claro; O jejuno tem uma parede mais espessa e mais pesada, enquanto a do íleo é fina e leve; O calibre do jejuno é maior; As pregas circulares do jejuno são grandes, altas e bem próximas; enquanto as do íleo são baixas e espessas, sendo ausentes na parte distal. Irrigação arterial: Jejuno – artérias jejunaisramos da artéria mesentérica superior Íleo – artérias ileais *essas artérias se unem para formas os arcos arteriais, que dão origem aos vasos retos. Drenagem venosa: São drenados pela veia mesentérica superior, a qual se une à veia esplêica para formar a veia porta. Drenagem linfática: LACTÍFEROS – vasos linfáticos especializados em absorver gordura. Drenam para os vasos linfáticos entre as camadas do mesentério; Do mesentério, a linfa atravessa três grupos sequencialmente: linfonodos justaintestinais linfonodos mesentéricos linfonodos centrais superiores. Alguns vasos drenam para os linfonodos mesentéricos superiores e ileocólicos. Inervação: Plexo nervoso periarterial (circunda a artéria mesentérica superior e seus ramos) – conduz os nervos até as partes do intestino irrigadas por essa artéria; Fibras simpáticas – originadas dos segmentos de T8 a T10 da medula – nos nervos para o jejuno e o íleo chegam ao plexo mesentérico superior por intermédio dos troncos simpáticos e nervos esplâncnicos (maior, menor e imo) torácicos abdominopélvicos. Fibras parassimpáticas provém dos troncos vagais. Possuem fibras sensitivas, mas é insensível à maioria dos estímulos. Sensível à distensão: cólica. INTESTINO GROSSO Local de absorção da água dos resíduos indigeríveis do quimo líquido, convertendo-o em fezes semissólidas até que haja defecação; Formado pelo ceco, apêndice vermforme, colos (ascendente, transverso, descendente e sigmoide), reto e canal anal. O que distingue ele do intestino delgado? Apêndices omentais do colo: projeções pequenas, adiposas; Tênias do colo: faixas longitudinais distintas Tênia mesocólica – onde se fixam os mesocolos transverso e sigmoide; Tênia omental – onde se fixam os apêndices omentais; Tênia livre – não estão fixados mesocolos ou apêndices. Saculações; Calibre maior. Divertículo intestinal cego; Contém massa de tecido linfoide; Se origina inferior à junção ileocecal; Possui mesoapêndice; Posição geralmente é retrocecal. Ceco e apêndice vermiforme 1ª parte do intestino grosso; Situa-se na fossa ilíaca do QID; É quase totalmente revestido por peritônio; Não tem mesentério; Costuma estar ligado à parede lateral do abdome por uma ou mais pregas cecais de peritônio; A parte terminal do íleo entra no ceco e invagina-se em parte para seu interior; O óstio ileal entra no ceco entre os lábios superior (ileocólico) e inferior (ileocecal), pregas que formam cristas chamadas de frênulos do óstio ileal; Esse óstio é fechado por contração tônica atuando como válvula unidirecional impedindo o refluxo do ceco para o íleo. Vascularização e Inervação Irrigação arterial: Artéria ileocólica (ramo terminal da AMS) irriga o ceco; Artéria apendicular (ramo da ileocólica) irriga o apêndice vermiforme. Drenagem venosa: segue por uma tributária da veia mesentérica superior, a veia ileocólica. Drenagem linfática: segue até os linfonodos do mesoapêndice e até os linfonodos ioleocólicos. Inervação: Provém dos nervos simpáticos e parassimpáticos do plexo mesentérico superior; Fibras simpáticas se originam na parte torácica inferior da medula espinal; As fibras parassimpáticas provêm dos nervos vagos; As fibras aferentes do apêndice vermiforme acompanham os nervos simpáticos até o segmento T10 da medula espinal. Colo Circunda o intestino delgado: Colo ascendente: direita do intestino delgado; Colo transverso: superior e/ou anterior; Colo descendente: esquerda; Colo sigmoide: inferior. Colo ascendente: Segue para cima na margem direita da cavidade abdominal, do ceco até o lobo direito do fígado, onde vira para esquerda na flexura direita do colo (flexura hepática); É retroperitoneal – coberto por peritônio anteriormente e nas suas laterais; Separado da parede anterolateral do abdome pelo omento maior; Entre sua face lateral e a parede adjacente do abdome temos o sulco paracólico direito (revestido por peritônio parietal); Suprimento arterial: provém da artéria ileocólica e da artéria cólica direita (ramos da AMS). Essas artérias se anastomosam entre si com o ramo direito da artéria cólica média começa uma série de arcos anastomóticos arco justacólico (artéria marginal). Dreagem venosa: segue através das veias cólica direita e ileocólica, tributárias da veia mesentérica superior. Drenagem linfática: segue primeiro para os linfonodos epicólicos e paracólicos, e daí para os linfonodos mesentéricos superiores; Inervação: derivada do plexo mesentérico superior. Colo transverso: Parte mais larga e mais móvel; Atravessa o abdome da flexura direita do colo até a flexura esquerda do colo (flexura esplênica); Essa flexura se fixa ao diafragma pelo ligamento frenocólico; Tem posição variável; A raiz do mesocolo transverso situa-se ao longo da margem inferior do pâncreas e é contínua com o peritônio parietal posteriormente; Suprimento arterial: provém da artéria cólica média, ramo da AMS. *pode receber sangue das artérias cólicas direita e esquerda, por meio de anastomoses (dos arcos da artéria marginal) Drenagem venosa: feita pela veia mesentérica superior. Drenagem linfática: se dá para os linfonodos cólicos médios e, daí, para os linfonodos mesentéricos superiores. Inervação: plexo mesentérico superior. Colo descendente: É retroperitoneal; Está entre a flexura esquerda do colo e a fossa ilíaca esquerda; Peritônio o cobre anterior e lateralmente, e o liga a parede posterior do abdome; Assim como o colo ascendente, possui um sulco paracólico (esquerdo) em sua face lateral. Colo sigmoide: Caracterizado por sua alça em forma de S com comprimento variável; Se estende da fossa ilíaca até o segmento S3, onde se une ao reto na junção retossigmoide; Possui um longo mesentério – o mesocolo sigmoide – que o permite ter grande movimento; Os apêndices omentais são longos e desaparecem quando o mesocolo sigmoide termina; As tênias também desaparecem com o término desse colo. Vascularização e inervação dos colos descendente e sigmoide: Suprimento arterial: provém das artérias cólica esquerda e sigmóidea, ramos da artéria mesentérica inferior. Drenagem venosa: feita pela veia mesentérica inferior, geralmente fluindo para a veia esplênica e depois para a veia porta. Drenagem linfática: conduzida para os linfonodos epicólicos e paracólicos, depois para os cólicos intermediários e, seguidamente, para os mesentéricos inferiores. Inervação: a inervação simpática provém da parte lombar do tronco simpático, via nervos esplâncnicos lombares (abdominopélvicos), do plexo mesentérico superior e dos plexos periarteriais; a inervação parassimpática provém dos nervos esplâncnicos pélvicos, através do plexo e nervos hipogástricos (pélvicos)inferiores. RETO E CANAL ANAL O reto é a parte terminal fixa do intestino grosso. Ele é contínuo com colo sigmoide no nível da vértebra S3, e contínuo inferiormente com o canal anal.
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