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Legislação resoluções sobre o trabalho do Assistente Social (1)

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Disciplina: ​Práticas em Serviço Social III 
Docente:​ Joselene Gomes De Souza 
Discentes:​ Adriana Lima 
 Caroline Gentil 
 Lurian Suelleyn 
 Sandrieli Cunha 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Manaus 
2018 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 -Legislação resoluções sobre o trabalho do Assistente Social 
 
 A Legislação que dispõe sobre a Atuação do assistente social está 
na Lei 8.662, de 7 de Junho de 1993. que orienta o profissional de Serviço Social 
acerca da sua Atuação 
“A Lei 8.662/1993 está atualizada com o artigo introduzido pela Lei 
nº 12.317, de 26 de agosto de 2010, que estabeleceu a jornada 
semanal de 30 horas sem redução salarial. A conquista desse 
direito resultou de forte mobilização da categoria profissional e do 
Conjunto CFESS-CRESS e representa um imenso ganho para a 
melhoria das condições de trabalho inserindo-se em nossa luta em 
defesa dos direitos da classe trabalhadora.” 
 ( Legislação resoluções sobre o trabalho do Assistente Social ) 
 
 
 Suas resoluções são : 
Art. 1º - É livre o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território 
nacional, observadas as condições estabelecidas nesta lei. 
Art. 2º - Somente poderão exercer a profissão de Assistente Social: I - Os 
possuidores de diploma em curso de graduação em Serviço Social, oficialmente 
reconhecido, expedido por estabelecimento de ensino superior existente no País, 
devidamente registrado no órgão competente; II - os possuidores de diploma de 
curso superior em Serviço Social, em nível de graduação ou equivalente, expedido 
por estabelecimento de ensino sediado em países estrangeiros, conveniado ou não 
com o governo brasileiro, desde que devidamente revalidado e registrado em órgão 
competente no Brasil; III - os agentes sociais, qualquer que seja sua denominação 
com funções nos vários órgãos públicos, segundo o disposto no art. 14 e seu 
parágrafo único da Lei nº 1.889, de 13 de junho de 1953. 
Parágrafo Único - O exercício da profissão de Assistente Social requer prévio 
registro nos Conselhos Regionais que tenham jurisdição sobre a área de atuação do 
interessado nos termos desta lei. 
Art. 3º - A designação profissional de Assistente Social é privativa dos habilitados na 
forma da legislação vigente. 
14 
Legislação e Resoluções sobre o Trabalho do/a Assistente Social 
Art. 4º - Constituem competências do Assistente Social: I - elaborar, implementar, 
executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou 
indireta, empresas, entidades e organizações populares; II - elaborar, coordenar, 
executar e avaliar planos, programas e projetos que sejam do âmbito de atuação do 
Serviço Social com participação da sociedade civil; III - encaminhar providências, e 
prestar orientação social a indivíduos, grupos e à população; IV - (Vetado); V - 
orientar indivíduos e grupos de diferentes segmentos sociais no sentido de 
identificar recursos e de fazer uso dos mesmos no atendimento e na defesa de seus 
direitos; VI - planejar, organizar e administrar benefícios e Serviços Sociais; VII - 
planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da 
realidade social e para subsidiar ações profissionais; VIII - prestar assessoria e 
consultoria a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e 
outras entidades, com relação às matérias relacionadas no inciso II deste artigo; IX - 
prestar assessoria e apoio aos movimentos sociais em matéria relacionada às 
políticas sociais, no exercício e na defesa dos direitos civis, políticos e sociais da 
coletividade; X - planejamento, organização e administração de Serviços Sociais e 
de Unidade de Serviço Social; XI - realizar estudos sócio-econômicos com os 
usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração 
pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. 
15 
Conselho Federal de Serviço Social 
Art. 5º - Constituem atribuições privativas do Assistente Social: I - coordenar, 
elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, programas e 
projetos na área de Serviço Social; II - planejar, organizar e administrar programas e 
projetos em Unidade de Serviço Social; III - assessoria e consultoria e órgãos da 
Administração Pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades, em 
matéria de Serviço Social; IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, 
informações e pareceres sobre a matéria de Serviço Social; V - assumir, no 
magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como pós-graduação, 
disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e adquiridos em curso de 
formação regular; VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de 
Serviço Social; VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço 
Social, de graduação e pós-graduação; VIII - dirigir e coordenar associações, 
núcleos, centros de estudo e de pesquisa em Serviço Social; IX - elaborar provas, 
presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras de concursos ou 
outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam aferidos 
conhecimentos inerentes ao Serviço Social; X - coordenar seminários, encontros, 
congressos e eventos assemelhados sobre assuntos de Serviço Social; XI - 
fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal e Regionais; 
16 
Legislação e Resoluções sobre o Trabalho do/a Assistente Social 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em 
órgãos e entidades representativas da categoria profissional. 
Art. 5º - A. A duração do trabalho do Assistente Social é de 30 (trinta) horas 
semanais. (Incluído pela Lei nº 12.317, de 2010). 
Art. 6º - São alteradas as denominações do atual Conselho Federal de Assistentes 
Sociais (CFAS) e dos Conselhos Regionais de Assistentes Sociais (CRAS), para, 
respectivamente, Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS). 
Art. 7º - O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais 
de Serviço Social (CRESS) constituem, em seu conjunto, uma entidade com 
personalidade jurídica e forma federativa, com o objetivo básico de disciplinar e 
defender o exercício da profissão de Assistente Social em todo o território nacional. 
§1º Os Conselhos Regionais de Serviço Social (CRESS) são dotados de autonomia 
administrativa e financeira, sem prejuízo de sua vinculação ao Conselho Federal, 
nos termos da legislação em vigor. 
§2º Cabe ao Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e aos Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS), representar, em juízo e fora dele, os 
interesses gerais e individuais dos Assistentes Sociais, no cumprimento desta lei. 
Art. 8º - Compete ao Conselho Federalde Serviço Social (CFESS), na qualidade de 
órgão normativo de grau superior, o exercício das seguintes atribuições: 
17 
Conselho Federal de Serviço Social 
I - orientar, disciplinar, normatizar, fiscalizar e defender o exercício da profissão de 
Assistente Social, em conjunto com o CRESS; II - assessorar os CRESS sempre 
que se fizer necessário; III - aprovar os Regimentos Internos dos CRESS no fórum 
máximo de deliberação do conjunto CFESS-CRESS; IV - aprovar o Código de Ética 
Profissional dos Assistentes Sociais juntamente com os CRESS, no fórum máximo 
de deliberação do conjunto CFESS-CRESS; V - funcionar como Tribunal Superior 
de Ética Profissional; VI - julgar, em última instância, os recursos contra as sanções 
impostas pelos CRESS; VII - estabelecer os sistemas de registro dos profissionais 
habilitados; VIII - prestar assessoria técnico-consultiva aos organismos públicos ou 
privados, em matéria de Serviço Social; IX - (Vetado). 
Art. 9º - O fórum máximo de deliberação da profissão para os fins desta lei dar-se-á 
nas reuniões conjuntas dos Conselhos Federal e Regionais, que inclusive fixarão os 
limites de sua competência e sua forma de convocação. 
Art. 10 - Compete aos CRESS, em suas respectivas áreas de jurisdição, na 
qualidade de órgão executivo e de primeira instância, o exercício das seguintes 
atribuições: I - organizar e manter o registro profissional dos Assistentes Sociais e o 
cadastro das instituições e obras sociais públicas e privadas, ou de fins filantrópicos; 
II - fiscalizar e disciplinar o exercício da profissão de Assistente Social na respectiva 
região; 
18 
Legislação e Resoluções sobre o Trabalho do/a Assistente Social 
III - expedir carteiras profissionais de Assistentes Sociais, fixando a respectiva taxa; 
IV - zelar pela observância do Código de Ética Profissional, funcionando como 
Tribunais Regionais de Ética Profissional; V - aplicar as sanções previstas no 
Código de Ética Profissional; VI - fixar, em assembléia da categoria, as anuidades 
que devem ser pagas pelos Assistentes Sociais; VII - elaborar o respectivo 
Regimento Interno e submetê-lo a exame e aprovação do fórum máximo de 
deliberação do conjunto CFESS-CRESS. 
Art. 11 - O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) terá sede e foro no Distrito 
Federal. 
Art. 12 - Em cada capital de Estado, de Território e no Distrito Federal, haverá um 
Conselho Regional de Serviço Social (CRESS) denominado segundo a sua 
jurisdição, a qual alcançará, respectivamente, a do Estado, a do Território e a do 
Distrito Federal. §1º - Nos Estados ou Territórios em que os profissionais que neles 
atuam não tenham possibilidade de instalar um Conselho Regional, deverá ser 
constituída uma delegacia subordinada ao Conselho Regional que oferecer 
melhores condições de comunicação, fiscalização e orientação, ouvido o órgão 
regional e com homologação do Conselho Federal. §2º - Os Conselhos Regionais 
poderão constituir, dentro de sua própria área de jurisdição, delegacias seccionais 
para desempenho de suas atribuições executivas e de primeira instância nas 
regiões em que forem instalados, desde que a arrecadação proveniente dos 
profissionais nelas atuantes seja suficiente para sua própria manutenção. 
19 
Conselho Federal de Serviço Social 
Art. 13 - A inscrição nos Conselhos Regionais sujeita os Assistentes Sociais ao 
pagamento das contribuições compulsórias (anuidades), taxas e demais 
emolumentos que forem estabelecidos em regulamentação baixada pelo Conselho 
Federal, em deliberação conjunta com os Conselhos Regionais. 
Art. 14 - Cabe às Unidades de Ensino credenciar e comunicar aos Conselhos 
Regionais de sua jurisdição os campos de estágio de seus alunos e designar os 
Assistentes Sociais responsáveis por sua supervisão. 
Parágrafo Único - Somente os estudantes de Serviço Social, sob supervisão direta 
de Assistente Social em pleno gozo de seus direitos profissionais, poderão realizar 
estágio de Serviço Social. 
Art. 15 - É vedado o uso da expressão Serviço Social por quaisquer pessoas de 
direito público ou privado que não desenvolvam atividades previstas nos arts. 4º e 5º 
desta lei. 
Parágrafo Único - As pessoas de direito público ou privado que se encontrem na 
situação mencionada neste artigo terão o prazo de noventa dias, a contar da data 
da vigência desta lei, para processarem as modificações que se fizerem necessárias 
a seu integral cumprimento, sob pena das medidas judiciais cabíveis. 
Art. 16 - Os CRESS aplicarão as seguintes penalidades aos infratores dos 
dispositivos desta Lei: I - multa no valor de uma a cinco vezes a anuidade vigente; II 
- suspensão de um a dois anos de exercício da profissão ao Assistente Social que, 
no âmbito de sua atuação, deixar de cumprir disposições do Código de Ética, tendo 
em vista a gravidade da falta; III - cancelamento definitivo do registro, nos casos de 
extrema gravidade ou de reincidência contumaz. 
20 
Legislação e Resoluções sobre o Trabalho do/a Assistente Social 
§1º Provada a participação ativa ou conivência de empresas, entidades, instituições 
ou firmas individuais nas infrações a dispositivos desta lei pelos profissionais delas 
dependentes, serão estas também passíveis das multas aqui estabelecidas, na 
proporção de sua responsabilidade, sob pena das medidas judiciais cabíveis. §2º No 
caso de reincidência na mesma infração no prazo de dois anos, a multa cabível será 
elevada ao dobro. 
Art. 17 - A Carteira de Identificação Profissional expedida pelos Conselhos 
Regionais de Serviço Social (CRESS), servirá de prova para fins de exercício 
profissional e de Carteira de Identidade Pessoal, e terá fé pública em todo o 
território nacional. 
Art. 18 - As organizações que se registrarem nos CRESS receberão um certificado 
que as habilitam a atuar na área de Serviço Social. 
Art. 19 - O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) será mantido: I - por 
contribuições, taxas e emolumentos arrecadados pelos CRESS, em percentual a ser 
definido pelo fórum máximo instituído pelo art. 9º desta lei; II - por doações e 
legados; III - por outras rendas. 
Art. 20 - O Conselho Federal de Serviço Social (CFESS) e os Conselhos Regionais 
de Serviço Social (CRESS) contarão cada um com nove membros efetivos: 
Presidente, Vice-Presidente, dois Secretários, dois Tesoureiros e três membros do 
Conselho Fiscal, e nove suplentes, eleitos dentre os Assistentes Sociais, por via 
direta, para um mandato de três anos, de acordo com as normas estabelecidas 
21 
Conselho Federal de Serviço Social 
em Código Eleitoral aprovado pelo fórum instituído pelo art. 9º desta lei. 
Parágrafo Único - As delegacias seccionais contarão com três membros efetivos: 
um Delegado, um Secretário e um Tesoureiro, e três suplentes, eleitos dentre os 
Assistentes Sociais da área de sua jurisdição, nas condições previstas neste artigo. 
Art. 21 - (Vetado). 
Art. 22 - O Conselho Federal e os ConselhosRegionais terão legitimidade para agir 
contra qualquer pessoa que infringir as disposições que digam respeito às 
prerrogativas, à dignidade e ao prestígio da profissão de Assistente Social. 
Art. 23 - Esta lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 24 - Revogam-se as disposições em contrário e, em especial, a Lei nº 3.252, de 
27 de agosto de 1957. 
Brasília, 7 de junho de 1993; 172º da Independência e 105º da República. 
 
 
 
2- CFESS Manifesta, atuação profissional do Assistente Social - 
 
O Assistente Social 
A profissão Serviço Social foi regulamentada no Brasil em 1957, mas as primeiras 
escolas de formação profissional surgiram a partir de 1936. É uma profissão de nível 
superior e, para exercê-la, é necessário que o graduado registre seu diploma no 
Conselho Regional de Serviço Social – Cress – do Estado onde pretende atuar 
profissionalmente. Há 24 Cress e três delegacias de base estadual e o Conselho 
Federal de Serviço Social – CFESS –, órgãos de fiscalização do exercício 
profissional no país, dando cobertura a todos os Estados. 
A lei que a regulamenta é a 8662/93. Desde seus primórdios aos dias atuais, a 
profissão tem se redefinido, considerando sua inserção na realidade social do Brasil, 
entendendo que seu significado social se expressa pela demanda de atuar nas 
sequelas da questão social brasileira, que, em outros termos, revela-se nas 
desigualdades sociais e econômicas, objeto da atuação profissional, manifestas na 
pobreza, violência, fome, desemprego, carências materiais e existenciais, dentre 
outras. 
A atuação profissional faz-se, prioritariamente, por meio de instituições que prestam 
serviços públicos destinados a atender pessoas e comunidades que buscam apoio 
para desenvolver sua autonomia, participação, exercício de cidadania e acesso aos 
direitos sociais e humanos. Podem ser da rede do Estado, privada e ONGs. A 
formação profissional é generalista, permitindo apreender as questões sociais e 
psicossociais com uma base teórico-metodológica direcionada à compreensão dos 
processos relacionados à economia e política da realidade brasileira, contexto onde 
se gestam as políticas sociais para atendimento às mazelas da sociedade. 
Para um competente exercício profissional é necessário um continuado investimento 
na qualificação, podendo dispor de cursos de aperfeiçoamento, especialização, 
mestrado e doutorado disponíveis, capacitando-se em suas práticas específicas. 
Áreas de Atuação 
O profissional de Serviço Social realiza um trabalho essencialmente socioeducativo 
e está qualificado para atuar nas diversas áreas ligadas à condução das políticas 
sociais públicas e privadas, tais como planejamento, organização, execução, 
avaliação, gestão, pesquisa e assessoria. 
O seu trabalho tem como principal objetivo responder às demandas dos usuários 
dos serviços prestados, garantindo o acesso aos direitos assegurados na 
Constituição Federal de 1988 e na legislação complementar. Para isso, o assistente 
social utiliza vários instrumentos de trabalho, como entrevistas, análises sociais, 
relatórios, levantamento de recursos, encaminhamentos, visitas domiciliares, 
dinâmicas de grupo, pareceres sociais, contatos institucionais, entre outros. 
O assistente social é responsável por fazer uma análise da realidade social e 
institucional, e intervir para melhorar as condições de vida do usuário. A adequada 
utilização desses instrumentos requer uma contínua capacitação profissional que 
busque aprimorar seus conhecimentos e habilidades nas suas diversas áreas de 
atuação. 
A atuação do assistente social faz-se desenvolvendo ou propondo políticas públicas 
que possam responder pelo acesso dos segmentos de populações aos serviços e 
benefícios construídos e conquistados socialmente, principalmente, aquelas da área 
da Seguridade Social. 
De modo geral, as instituições que requisitam o profissional de Serviço Social 
ocupam-se de problemáticas relacionadas a: crianças moradoras de rua, em 
trabalho precoce, com dificuldades familiares ou escolares, sem escola, em risco 
social, com deficiências, sem família, drogadas, internadas, doentes; adultos 
desempregados, drogados, em conflito familiar ou conjugal, aprisionados, em 
conflito nas relações de trabalho, hospitalizados, doentes, organizados em grupos 
de interesses políticos em defesa de direitos, portadores de deficiências; idosos 
asilados, isolados, organizados em centros de convivência, hospitalizados, doentes; 
minorias étnicas e demais expressões da questão social. 
Devido à experiência acumulada no trabalho institucional, o assistente social tem-se 
caracterizado pelo seu interesse, competência e intervenção na gestão 
de políticas públicas e hoje contribuindo efetivamente na construção e defesa delas, 
a exemplo do Sistema Único de Saúde – SUS –, da Lei Orgânica da Assistência 
Social – Loas – e do Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA –, participando de 
conselhos municipais, estaduais e nacionais, bem como das conferências nos três 
níveis de governo, onde se traçam as diretrizes gerais de execução, controle e 
avaliação das políticas sociais. 
Características Profissionais 
A formação do assistente social é de cunho humanista, portanto, comprometida com 
valores que dignificam e respeitam as pessoas em suas diferenças e 
potencialidades, sem discriminação de qualquer natureza, tendo construído como 
projeto ético-político e profissional, referendado em seu Código de Ética 
Profissional, o compromisso com a liberdade, a justiça e a democracia 
Para tal, o assistente social deve desenvolver como postura profissional a 
capacidade crítica/reflexiva para compreender a problemática e as pessoas com as 
quais lida, exigindo-se a habilidade para comunicação e expressão oral e escrita, 
articulação política para proceder a encaminhamentos técnico-operacionais, 
sensibilidade no trato com as pessoas, conhecimento teórico, capacidade para 
mobilização e organização. 
Condições de Trabalho 
O assistente social deve dispor de condições adequadas e dignas, asseguradas 
pelas instituições contratantes, que lhes permitam proceder à escuta, reunião, aos 
contatos e encaminhamentos necessários à atuação técnica-operativa, em 
cumprimento aos artigos 4º. e 5º. da Lei 8662/93, das competências e atribuições 
profissionais. 
É preciso garantir recursos materiais e humanos para que sua atuação se realize de 
forma competente e efetiva, bem como que permitam o exercício do sigilo e dos 
princípios profissionais. Em geral, os assistentes sociais são 
contratados/assalariados, mas registram-se, também, as práticas de caráter 
autônomo, afinal, legalmente reconhecido como “profissional liberal”A carga horária 
de trabalho deve considerar as atividades de planejamento, execução, 
estudos/pesquisas, avaliação e a relação com a “população” atendida, 
quantitativamente e qualitativamente. Assim, tem variado de 6 a 8 horas, ou até 
menos em casos de assessorias e consultorias. 
QualificaçãoRequerida 
O curso, promovido por universidades públicas, privadas e comunitárias, tem se 
realizado em quatro anos, no mínimo. Essas praticam currículos orientados pela 
Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social – Abepss –, com 
base nas Diretrizes Curriculares Nacionais, aprovadas em 1996. 
Em todo o país, há cerca de 90 escolas cadastradas e muitas dispõem de cursos de 
pós-graduação lato e stricto sensu. Inserção no mercado de trabalho: por meio de 
concursos públicos, processos seletivos, amplamente divulgados em órgãos de 
imprensa, ou em modalidades escolhidas para oferta de emprego ou solicitação de 
serviços técnicos especializados. 
É uma profissão que considera uma questão ética o submeter-se a processos 
transparentes, públicos, na medida em que se publica e defende princípios de 
democracia e de probidade. Mercado de Trabalho: as instituições que têm 
contratado o assistente social, em geral são prefeituras, associações, entidades 
assistenciais e de apoio à luta por direitos, sistema judiciário e presidiário, sistema 
de saúde, empresas, sindicatos, sistema previdenciário, ONGs, centros 
comunitários, escolas, fundações, universidades, centros de pesquisa e assessoria. 
Como as injustiças sociais e a desigualdade são persistentes e estruturais, 
enquanto permanecerem haverá campo de atuação profissional. Nesse sentido, é 
sempre possível expandir o “mercado de trabalho”, ao tempo em que, 
contraditoriamente, fruto das mesmas injunções políticas e econômicas que 
enxugam o emprego no país, também se retraem alguns campos, 
proporcionalmente ao universo de profissionais no país. 
Há que se considerar em expansão, por exemplo, o contrato de prefeituras para 
planejamento/programação de políticas sociais, devido à 
interiorização/descentralização das políticas públicas; solicitação de assessorias 
ou consultorias em projetos e programas sociais; solicitação de projetos para 
captação de recursos; e outros. Remuneração: não há uma lei de piso salarial. A 
categoria organiza-se, em sua maioria, em sindicatos por ramos de atividade, tendo 
sua remuneração definida pelos contratos coletivos nas diversas áreas de trabalho. 
Assim, considerando-se as disparidades regionais e a lógica econômica, os salários 
têm variado, praticando-se de R$ 400,00 a R$ 5.000,00, a depender da área e da 
experiência profissional, da natureza técnica/política e teórico/metodológica. 
 
 
 
 
 3 - Parâmetros para Atuação do Assistente Social na Política de Saúde 
 
A área da saúde, para os profissionais de Serviço Social é vista como um 
desafio profissional por conta das vulnerabilidades sociais e econômicas 
apresentadas como demandas diárias. É necessário que esse profissional conheça 
as políticas que norteiam a área e as referências específicas como as principais 
patologias, para compreender o contexto o qual está inserido. 
Segundo Martinelli (2007, p.23) o assistente social trabalha com pessoas 
vulnerabilizadas que pedem um gesto humano: um olhar, um sorriso, uma palavra, 
uma escuta atenta, um acolhimento, para que possam se fortalecer na sua própria 
humanidade. 
Abordar sobre o profissional de Serviço Social na saúde é necessário, levando 
em conta todo o processo de trabalho que envolve sua atuação. 
O trabalho em saúde, por fazer parte do setor de serviços e ser compreendido 
como um trabalho que se efetiva no momento do encontro entre trabalhador e 
usuário, apresenta peculiaridades e o assistente social, inserido nesse processo, se 
apresenta como profissional que tem uma intervenção de natureza essencialmente 
política. 
Mioto & Nogueira (2006, p. 282) evidenciamos que por estar situado no 
processo de trabalho coletivo em saúde, o assistente social, pautado na lógica dos 
direitos e da cidadania, a organização do seu trabalho “abarca os fatores de ordem 
política, econômica e social que condicionam o direito a ter acesso aos bens e 
serviços necessários para se garantir a saúde, bem como exige uma consciência 
sanitária que se traduz em ações operativas na concretização dos direitos.”. 
3.1 A Reforma Sanitária 
A Reforma Sanitária nasceu na luta contra a ditadura, com o reflexo das lutas e 
mobilizações de trabalhadores da saúde e movimentos populares na busca de um 
modelo universal. 
O Projeto de Reforma Sanitária, que influenciou a formação do Sistema Único 
de Saúde – SUS. 
Segundo os Parâmetros da Atuação do Assistente Social na saúde (2009 p.19) 
a principal proposta de Reforma Sanitária é a defesa da universalização das 
políticas sociais e a garantia dos direitos sociais e busca da efetivação desse 
acesso, enfocando a descentralização da gestão e o controle social, com 
fundamentos legais garantidos na Constituição Federal de 1988, que regulamenta a 
política de saúde com a implementação do Sistema Único de Saúde – SUS. 
A consciência sanitária, conceito fundamental da Reforma Sanitária para 
Berlinguer (1978, p.5), é compreendida como a tomada de consciência de que a 
saúde é um direito da pessoa e um direito da comunidade. Como este direito é 
sufocado e este interesse descuidado, consciência sanitária é a ação individual e 
coletiva para alcançar este objetivo. Podem ter um papel relevante na formação da 
consciência sanitária, dependendo da orientação e dos instrumentos as forças 
sindicais e políticas. 
O período pós-constitucional é marcado pelo projeto societário neoliberal, que 
contraria a Constituição Federal que afirma que a saúde é um direito de todos e 
dever do Estado, tendo como uma das principais propostas o Estado mínimo, 
refletindo a ausência do Estado ante as demandas da questão social. 
Para Vasconcelos (2009, p.25) houve nos anos 90, uma disputa na área da 
saúde de dois projetos políticos: o projeto privatista e o projeto da reforma sanitária 
que apresentaram diferentes exigências para o Serviço Social. 
Para Bravo & Matos (2008, p.206): 
O projeto privatista vem exigindo ao assistente social a seleção socioeconômica 
dos usuários, atuação psicossocial por meio de aconselhamento, ação fiscalizatória 
aos usuários dos planos de saúde, assistencialismo através da ideologia do favor e 
predomínio de abordagens individuais. 
O Projeto de Reforma Sanitária vem apresentando como demandas que o 
assistente social trabalhe na busca de democratização do acesso às unidades e aos 
serviços de saúde, atendimento humanizado, estratégias de interação da instituição 
de saúde com a realidade, interdisciplinaridade, ênfase nas abordagens grupais, 
acesso democrático às informações e estímulo à participação cidadã. 
 
 3.2 - A Política de Humanização do Sistema Único De Saúde - SUS 
De acordo com CFESS (2009, p.26) a Humanização é uma temática que 
aparece com destaque no final de 1990 e início dos anos 2000, conseguindo 
legitimidade a partir da 11ª Conferência Nacional de Saúde, realizada em Brasília, 
em 2000. Em 2001 foi criado o Programa Nacional de Humanização da AssistênciaHospitalar pelo Ministério da Saúde com o objetivo de promover a cultura de um 
atendimento humanizado na área da saúde. 
Segundo Casati (2205): 
Os assistentes sociais têm sido chamados para viabilizar junto com outros 
trabalhadores esta política. Uma das questões fundamentais é ter clareza das 
diversas concepções de humanização, pois a mesma envolve aspectos amplos que 
vão desde a operacionalização de um processo político de saúde calcado em 
valores como a garantia dos direitos sociais, o compromisso social e a saúde, 
passando pela revisão das práticas de assistência e gestão (Casati e Correia , 2005 
p.77). 
A Política Nacional de Humanização - PNH é uma resposta do Ministério da 
Saúde para as constantes e inúmeras denúncias de mau atendimento e filas 
desumanas. Entre as prioridades da PNH podemos destacar a redução de filas, 
ampliação do acesso, o atendimento integral, acolhedor, resolutivo com base em 
critérios de risco, os usuários conhecerem os profissionais e a rede de serviços, a 
educação permanente para os trabalhadores e a participação dos usuários e 
trabalhadores na gestão. 
O assistente social necessita debater o significado da humanização com a 
equipe com o propósito de evitar visões distorcidas que levem a uma percepção 
romântica ou residual da atuação, focalizado somente na escuta e redução de 
tensão (CFESS, 2009, p.26). 
Cabe aos profissionais estimularem um método de discussão, com a 
participação dos usuários, para revisar o projeto da unidade de saúde, das rotinas 
dos serviços e ruptura com o modelo centrado na doença. 
O desafio da Humanização é a criação de uma nova cultura de atendimento, 
traçada na centralização dos sujeitos na construção coletiva do SUS. Para 
consolidar essa proposta é necessário que os trabalhadores estejam motivados, 
com condições de trabalho dignas e salários compatíveis (CFESS, 2009, p.26). 
Devem ser elaborados protocolos assistenciais e rotinas de trabalho e 
investimentos na educação permanente das equipes, para refletir o modelo de 
atenção à saúde, e no processo coletivo de trabalho em saúde, sendo também de 
grande importância a participação dos usuários nesse processo. 
A Política de Humanização não pode estar dissociada dos fundamentos 
centrais da política de saúde e a garantia dos princípios do SUS, e deve ter como 
referencial o Projeto de Reforma Sanitária (CFESS, 2009, p.27). 
3.3. A atuação do Assistente Social na Política de Saúde 
A Política de Saúde, reconhecida no texto Constitucional como “Direito de 
Todos e Dever do Estado”, vem sendo implementada e efetivada através do 
Sistema Único de Saúde – SUS (CFESS, 2009 p.20). 
O assistente social é reconhecidamente um profissional da saúde. As 
resoluções do Conselho Nacional de Saúde nº. 218, de 06 de março de 1997, e do 
Conselho Federal de Serviço Social nº. 383, de 1999, além da Resolução nº. 196 de 
1996 tratam da ética em pesquisa, envolvendo seres humanos. (ROSA et al, 2006, 
p.63-64) são expressões concretas desta afirmativa. 
Para o CFESS (2009, p.15) a nova configuração da política de saúde impactou 
o trabalho do assistente social em diversas dimensões: nas condições de trabalho, 
na formação profissional, nas influências teóricas, na ampliação da demanda e na 
relação com os demais profissionais e movimentos sociais. Ampliou-se o trabalho 
precarizado e os profissionais são chamados para amenizar a situação da pobreza 
absoluta a que a classe trabalhadora é submetida. 
O Serviço Social tem na questão social a base de sua fundamentação enquanto 
especialização do trabalho. A atuação profissional deve estar pautada em uma 
proposta que vise o enfrentamento das expressões da questão social que refletem 
nos diversos níveis de serviços que se organizam a partir de ações de média e alta 
densidade tecnológica (CFESS, 2009 p. 20). 
A inserção do assistente social vem sendo escrita ao longo dos anos, e é 
caracterizada por um profissional que, articula o recorte social nas diferentes formas 
de promoção de saúde, identificar causalidades e multiplicidade dos fatores que 
afetam a qualidade de vida da população. 
Os assistentes sociais na saúde atuam em quatro grandes eixos: atendimento 
direto aos usuári 
os; mobilização, participação e controle social; investigação, planejamento e 
gestão; assessoria, qualificação e formação profissional (CFESS, 2009, p.41) 
Segundo os parâmetros para a atuação dos assistentes sociais (2009, p.23) é 
essencial para uma atuação competente do Serviço Social na área da saúde estar 
articulado e sintonizado ao movimento dos trabalhadores da saúde e de usuários 
que lutam pela real efetivação do SUS; facilitar o acesso de todo e qualquer usuário 
aos serviços de saúde; tentar construir e efetivar, em conjunto com outros 
trabalhadores da saúde, espaços nas unidades que garantam a participação 
popular; elaborar e participar de projetos de educação permanente; buscar 
assessoria técnica e sistematizar o trabalho desenvolvido; potencializar a 
participação dos sujeitos sociais contribuindo no processo de democratização das 
políticas sociais, ampliando os canais de participação da população na formulação, 
fiscalização e gestão das políticas de saúde, visando o aprofundamento dos direitos 
conquistados. 
As ações socioeducativas consistem em orientações reflexivas e socialização 
de informações realizadas através de abordagens individuais, grupais ou coletivas 
ao usuário, família e população de determinada área programática, sua finalidade é 
proporcionar uma visão reflexiva e participativa aos usuários de serviços de saúde. 
Os grupos de convivência podem ser: mães/acompanhantes de pacientes, 
gestantes, hipertensos, diabéticos entre outros, proporcionando ao grupo a reflexão 
de suas condições de doenças e possibilidades de controle ou mesmo cura, bem 
como grupos que possam trabalhar com possíveis perdas. Deve ser o eixo central 
de atuação do profissional de Serviço Social e recebem também a denominação de 
educação em saúde (CFESS, 2009 p.28). 
As principais ações desenvolvidas nesse âmbito são: informação e debate 
sobre rotinas e funcionamento das unidades, objetivando a democratização da 
mesma e as necessárias modificações; análise dos determinantes sociais na 
situação apresentada pelos usuários; democratização dos estudos realizados pela 
equipe; análise da política de saúde e dos mecanismos de participação popular 
(CFESS, 2009 p. 28). 
As ações socioeducativas ou educação em saúde não devem ficar baseadas no 
fornecimento de informação ou esclarecimentos que levem a simples adesão do 
usuário, fortalecendo a perspectiva de subalternização*+ e controle dos mesmos, 
intencionando a dimensão da libertação na construção de uma nova cultura e 
ressaltar a participação dos usuários no conhecimento crítico da sua realidade 
potencializando os sujeitos para a construção de estratégias coletivas (CFESS, 
2009 p.29) 
Pararealizar ações socioeducativas e assistenciais faz-se necessário à 
investigação, que deve ser um dos recursos utilizados pelo assistente social para 
concretizar e fundamentar sua atuação em todas as áreas das quais o serviço social 
abrange. 
Ter consciência desse desafio faz do assistente social um profissional apto a 
intervir nas questões sociais, bem como nas relações dos usuários com os serviços 
de saúde. 
O assistente social tem como objetivo cruzar o caráter emergencial e 
burocrático, direcionando suas ações rumo à mobilização e participação dos 
cidadãos na garantia de direitos à saúde. 
Através da procura espontânea ocorre o atendimento aos usuários que 
procuram o serviço social para buscar soluções e apoio em suas necessidades que 
passam de dificuldade econômica a reclamações por conta da má qualidade dos 
serviços. 
As ações assistenciais referem-se aos atendimentos sociais mediante as 
demandas que os usuários trazem ao assistente social da sua prática cotidiana. 
Por meio da convivência com pacientes e seus familiares, deve ocorrer a 
mediação em relação a direitos constitucionais, embasando-se sempre em 
fundamentos teóricos, as legislações vigentes e a garantia de acesso universal à 
saúde. 
O profissional de Serviço Social na saúde deve ter claras as suas atribuições e 
competências, como também a garantia de acesso a direitos para com isso 
caminhar em busca de uma sociedade menos desigual, bem como considerar que o 
Projeto Ético-Político do Serviço Social, adota a liberdade como princípio central e 
propõe a construção de uma nova ordem social, sem dominação ou exploração de 
classe, etnia ou orientação sexual (CFESS, 2009 p. 33). 
 
4- Atribuições Privativas e competências do Assistentes Sociais 
 
As atribuições privativas e competências dos profissionais de Serviço Social, 
sejam aquelas realizadas na saúde ou em outro espaço sócio-ocupacional, são 
orientadas e norteadas por direitos e deveres constantes no Código de Ética 
Profissional e na Lei de Regulamentação da Profissão, que devem ser observados e 
respeitados, tanto pelos profissionais quanto ​pelas instituições empregadoras. No 
que se refere aos direitos dos assistentes sociais, o artigo 2º do Código de Ética 
assegura: 
a) garantia e defesa de suas atribuições e prerrogativas, estabelecidas na Lei 
de Regulamentação da Profissão e dos​ ​princípios firmados neste Código; 
b) livre exercício das atividades inerentes à profissão; 
c) participação na elaboração e gerenciamento das políticas sociais e na 
formulação e implementação de programas sociais; 
d) inviolabilidade do local de trabalho e respectivos arquivos e documentação, 
garantindo o sigilo profissional; 
e) desagravo público por ofensa que atinja a sua honra profissional; 
f) aprimoramento profissional de forma contínua, colocando-o a serviço dos 
princípios deste Código; 
g) pronunciamento em matéria de sua especialidade, sobretudo quando se 
tratar de assuntos de interesse da população; 
h) ampla autonomia no exercício da profissão, não sendo obrigado a prestar 
serviços profissionais incompatíveis com as suas atribuições, cargos ou funções; 
i) liberdade na realização de seus estudos e pesquisas, resguardados os 
direitos de participação de indivíduos ou grupos envolvidos em seus trabalhos. 
No que se refere aos deveres profissionais, o artigo 3º do Código de Ética 
estabelece: 
a) desempenhar suas atividades profissionais, com eficiência e 
responsabilidade, observando a legislação em vigor; b) utilizar seu número de 
registro no Conselho Regional no exercício da profissão; c) abster-se, no exercício 
da profissão, de práticas que caracterizem a censura, o cerceamento da liberdade, o 
policiamento dos comportamentos, denunciando sua ocorrência aos órgãos 
competentes. 
Tendo em vista o disposto acima, o perfil do assistente social para atuar nas 
diferentes políticas sociais deve afastar-se das abordagens tradicionais 
funcionalistas e pragmáticas, que reforçam as práticas conservadoras que tratam as 
situações sociais como problemas pessoais que devem ser resolvidos 
individualmente. 
As competências e atribuições dos assistentes sociais, nessa direção e com 
base na Lei de Regulamentação da Profissão, requisitam do profissional algumas 
competências gerais que são fundamentais à compreensão do contexto 
sócio-histórico em que se situa sua intervenção, a saber: 
• apreensão crítica dos processos sociais de produção e reprodução das relações 
sociais numa perspectiva de totalidade; 
• análise do movimento histórico da sociedade brasileira, apreendendo as 
particularidades do desenvolvimento do capitalismo no país e as particularidades 
regionais; 
• compreensão do significado social da profissão e de seu desenvolvimento 
sócio-histórico, nos cenários internacional e nacional, desvelando as possibilidades 
de ação contidas na realidade; 
• identificação das demandas presentes na sociedade, visando formular respostas 
profissionais para o enfrentamento da questão social, considerando as novas 
articulações entre o público e o privado (ABEPSS, 1996). 
Art. 5º - Constituem atribuições privativas do Assistente Social: 
I - coordenar, elaborar, executar, supervisionar e avaliar estudos, pesquisas, planos, 
programas e projetos na área de Serviço Social; 
II - planejar, organizar e administrar programas e projetos em Unidade de Serviço 
Social; 
III - assessoria e consultoria e órgãos da Administração Pública direta e indireta, 
empresas privadas e outras entidades, em matéria de Serviço Social; 
IV - realizar vistorias, perícias técnicas, laudos periciais, informações e pareceres 
sobre a matéria de Serviço Social; 
V - assumir, no magistério de Serviço Social tanto a nível de graduação como 
pós-graduação, disciplinas e funções que exijam conhecimentos próprios e 
adquiridos em curso de formação regular; 
VI - treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários de Serviço Social; 
VII - dirigir e coordenar Unidades de Ensino e Cursos de Serviço Social, de 
graduação e pós-graduação; 
VIII - dirigir e coordenar associações, núcleos, centros de estudo e de pesquisa em 
Serviço Social; 
IX - elaborar provas, presidir e compor bancas de exames e comissões julgadoras 
de concursos ou outras formas de seleção para Assistentes Sociais, ou onde sejam 
aferidos conhecimentos inerentes ao Serviço Social; 
X - coordenar seminários, encontros, congressos e eventos assemelhados sobre 
assuntos de Serviço Social; 
XI - fiscalizar o exercício profissional através dos Conselhos Federal Conselho Federal 
de Serviço Social 15 e Regionais; 
XII - dirigir serviços técnicos de Serviço Social em entidades públicas ou privadas; 
XIII - ocupar cargos e funções de direção e fiscalização da gestão financeira em 
órgãos e entidades representativas da categoria profissional.WWW.CFESS.ORG.BR

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