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Gerenciamento de resíduos solídos (81)

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PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS 
SÓLIDOS – PGRS DO MUNICÍPIO DE VERA CRUZ 
DO OESTE/PR 
 
 
Vera Cruz do Oeste/PR, Maio de 2011. 
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Engenharia & Assessoria 
 Eng. Ambiental – Eng. de Segurança e Medicina do Trabalho 
 
LLA ENGENHARIA E ASSESSORIA 
Av. Tiradentes, Nº. 2711/Centro/CEP: 85880-000/Itaipulândia/Paraná 
CNPJ: 05.017.195/0001-04/Fone/Fax: (45)3559-1433 
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LISTA DE FIGURAS 
 
Figura 1: Imagem do atual caminhão responsável pela recolha dos 
resíduos do município de Vera Cruz do Oeste.............................................. 
 
15 
Figura 2: Imagem da caçamba do caminhão responsável pala recolha dos 
resíduos no município de Vera Cruz do Oeste.............................................. 
 
15 
Figura 3: Imagem da atual situação do aterro municipal de Vera Cruz do 
Oeste............................................................................................................. 
 
17 
Figura 4: Imagem da área de implantação do novo aterro sanitário de Vera 
Cruz do Oeste................................................................................................ 
 
18 
Figura 5: Imagem interna do barracão da ACMR.......................................... 21 
Figura 6: Imagem da prensa utilizada na ACMR........................................... 21 
Figura 7: Imagem do carrinho elétrico e ao fundo carrinho manual, 
utilizados na coleta de materiais pela ACMR................................................ 
 
22 
Figura 8: Modelo de contêiner para acondicionamento de resíduos............. 59 
Figura 9: Contêiner com rodas...................................................................... 60 
Figura 10: Contêineres estacionários............................................................ 60 
Figura 11: Imagens ilustrativas de modelos de papeleiras para colocação 
em vias públicas............................................................................................ 
 
62 
Figura 12: Contêiner metálico para resíduos de construção civil.................. 63 
Figura 13: Caixas para armazenamento de lâmpadas fluorescentes............ 64 
Figura 14: Embalagens para resíduos hospitalares...................................... 68 
Figura 15: Equipamentos para varrição......................................................... 73 
Figura 16: Veículo compactador.................................................................... 74 
Figura 17: Veículo coletor sem compactação................................................ 75 
Figura 18: Caminhão de içamento de contêineres metálicos estacionários.. 76 
Figura 19: Veículo para coleta de resíduos de serviço de saúde.................. 78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SUMÁRIO 
 
1.JUSTIFICATIVA.......................................................................................... 4 
2.OBJETIVOS................................................................................................ 5 
3.DESCRIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA................................................. 6 
4.DIAGNÓSTICO ATUAL DOS RESÍDUOS DO MUNICÍPIO....................... 14 
5.EMPREENDIMENTOS EXISTENTES NO MUNICÍPIO.............................. 26 
6.LEGISLAÇÕES DE INTERESSE............................................................... 34 
7.IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS............................................................ 41 
8.COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS.............................................. 43 
9.SEGREGAÇÃO........................................................................................... 46 
10.ACONDICIONAMENTO............................................................................ 56 
11.COLETA E TRANSPORTE DO RESÍDUOS SÓLIDOS........................... 70 
12.TRATAMENTOS DOS RESÍDUOS.......................................................... 79 
13.DISPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS............................................................... 83 
14.CONSIDERAÇÕES FINAIS..................................................................... 94 
BIBLIOGRAFIA............................................................................................. 95 
ANEXOS........................................................................................................ 97 
 
 
 
 
 
 
 
 
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SIGLAS E NOMECLATURAS DE INTERESSE 
 
ACMR – Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Vera Cruz do Oeste 
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas 
CONAMA – Conselho Nacional do Meio Ambiente 
COOAAFI – Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu 
CRAS – Centro de Referencia da Assistência Social 
EMATER – Instituto Paranaense de Assistência Técnica e Extensão Rural 
FUNASA – Fundo Nacional de Saúde 
IAP – Instituto Ambiental do Paraná 
IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
KG – Quilogramas, unidade de medida 
L – Litros, unidade de medida 
M – Metros, unidade de medida 
NBR – Denominação de norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas 
PAIF – Programa de Atenção Integral a Família 
PEV – Programa de Entrega Voluntária 
PGRS – Programa de Gerenciamento de Resíduos Sólidos 
PET – Polietileno Tereftalato 
SANEPAR – Companhia de Saneamento do Paraná 
UNIOESTE – Universidade Estadual do Paraná 
VIGIAGUA – Vigilância em Saúde Ambiental relacionada à qualidade da água para 
consumo humano 
 
 
 
 
 
 
 
 
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1. JUSTIFICATIVA 
 
A elaboração e execução do PGRS tem por objetivo atender a Lei Estadual 
N°. 12.493 de 22 de Janeiro de 2009 que estabelece princípios, procedimentos, 
normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, armazenamento, coleta, 
transporte, tratamento e destinação final dos resíduos sólidos no Estado do Paraná, 
visando controle da poluição, da contaminação e a minimização de seus impactos 
ambientais e adota outras providências. 
Segundo Lei Estadual 12.493, resíduos sólidos são: 
 
Art. 2º. Para os fins desta lei, entende-se por resíduos sólidos qualquer forma 
de matéria ou substância, nos estados sólido e semi-sólido, que resulte de 
atividade industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços, de 
varrição e de outras atividades da comunidade, capazes de causar poluição 
ou contaminação ambiental. 
Parágrafo único. Ficam incluídos entre os resíduos sólidos definidos no 
caput deste artigo, os lodos provenientes de sistemas de tratamento de água 
e os gerados em equipamentos e instalações de controle de poluição, bem 
como os líquidos cujas características tornem inviável o seu lançamento em 
rede pública de esgotos ou corpos d' água ou exijam, para tal fim, solução 
técnica e economicamente inviável, em face da melhor tecnologia disponível, 
de acordo com as especificações do Instituto Ambiental do Paraná - IAP. 
 
Não bastante, todo gerador de resíduos sólidos deve, em forma de Lei 
Estadual, oportunizar meios de diminuir a geração, reutilizar materiais e ao mesmo 
tempo ser um facilitador a reciclagemde materiais passiveis dos mesmos. 
 
Art. 3°. I - a geração de resíduos sólidos, no território do Estado do Paraná, 
deverá ser minimizada através da adoção de processos de baixa geração de 
resíduos e da reutilização e/ou reciclagem de resíduos sólidos, dando-se 
prioridade à reutilização e/ou reciclagem a despeito de outras formas de 
tratamento e disposição final, exceto nos casos em que não exista tecnologia 
viável; 
 
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2. OBJETIVOS 
 
O objetivo do PGRS é contribuir para a redução da geração de resíduos 
sólidos no Município de Vera Cruz do Oeste/PR, orientando o correto 
acondicionamento, armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação 
final. 
Além de levantamento qualitativo e quantitativo dos resíduos gerados no 
município, assim como levantamento de suas principais características, este PGRS 
irá apontar e descrever as ações relativas ao manejo de resíduos sólidos, 
contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, 
coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final do Município de 
Vera Cruz do Oeste. 
Ainda será feita a proposição de campanhas de Educação Ambiental para 
toda a população do Município, desta forma, delegando responsabilidades aos 
próprios geradores de resíduos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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3. DESCRIÇÃO DA ÁREA DE INFLUÊNCIA 
 
A área de influência direta deverá ser considerada todo o Município de Vera 
Cruz do Oeste, localizado no Oeste do Paraná. 
 
 
3.1. HISTÓRICO 
 
A Região Oeste do Paraná iniciou efetivamente o seu desenvolvimento a 
partir da década de 1950. Uma das medidas importantes de colonização e do 
povoamento foi a criação do Território Federal do Iguaçu, fundado em 1943 e extinto 
em 1946, cuja capital foi Laranjeiras do Sul. Este fato incrementou o movimento 
migratório de famílias sulinas para a região. Evento importante para a história da 
região foi a passagem da “Coluna Prestes”, 1924 a 1925, movimento que 
desencadeou a implementação de políticas públicas para ocupação e uso dessa 
parte do território. As cidades foram surgindo inicialmente às margens da estrada 
aberta ainda no século XIX entre Guarapuava e Foz do Iguaçu (atual BR 277). Vera 
Cruz do Oeste teve seu início com a chegada das primeiras famílias na década de 
1950. Em 1960, no Norte do Município de Céu Azul, houve uma grande corrente 
migratória do Norte do Estado do Paraná e do país. Antonio Vilas Boas, fundador do 
Município, pretendia fundar o povoado para oferecer melhores condições para seus 
moradores. Iniciou então, o processo de divisão de áreas para colonização, pela 
empresa Bentem e Banco do Estado do Paraná. Traçado o loteamento de sua 
gleba, no ano de 1964, deu-se o início da cidade. A 22 de setembro de 1965, 
celebrou-se a primeira missa, tendo as mesmas características da primeira missa do 
Brasil, por isso seu fundador resolveu prestar uma homenagem à nossa pátria, 
dando-lhes um de seus nomes, e às ruas nomes de personagens brasileiros 
inesquecíveis. O registro legal do Patrimônio, com uma área de 730.247,4m2 (Céu 
Azul e Vera Cruz do Oeste) deu-se em 22 de setembro de 1966, e em menos de um 
ano é criado o Município de Céu Azul e o Distrito Administrativo e Judiciário de Vera 
Cruz do Oeste, aprovado pela Lei Estadual nº 5.572/67. 
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Alguns dados do Município de Vera Cruz do Oeste devido a algumas 
características pessoais de seu fundador Antonio Vilas Boas, que nasceu em Santa 
Rita de Sapucaí (MG), em 25 de novembro de 1908, que por ser devoto de Santa 
Catarina, quis colocar à cidade, que acabara de fundar, sob a proteção da Santa, 
dando sua data ao nome da Paróquia, que conserva até os dias de hoje. O 
povoamento cresceu rapidamente havendo a necessidade de ampliar o número de 
salas de aula e implantação da infra-estrutura básica para atendimento à população 
nos diversos setores. Como a população do Distrito Administrativo de Vera Cruz do 
Oeste ultrapassou o número de habitantes da sede (Céu Azul), sendo inclusive o 
prefeito eleito Geraldo Batista Chaves, residente no distrito de Vera Cruz do Oeste. 
Iniciado o movimento de emancipação, criou-se o Município pela Lei Estadual nº 
7.269 de 27 de dezembro de 1979, e instalado em 1º de fevereiro de1983. 
Pelo Decreto Municipal nº 25/83, foi declarado feriado municipal o dia 25 de 
novembro, consagrado ao dia da Padroeira do Município, Santa Catarina. 
 
 
3.2. GEOGRAFIA 
 
Situação Geográfica: região Oeste do Estado do Paraná. Situada junto às 
rodovias estaduais PR-488 e PR-585, a 54 quilômetros de Cascavel e a 550 
quilômetros de Curitiba. Limites: ao Norte, com o Município de São Pedro do Iguaçu, 
ao Leste e Sul, com o Município de Céu Azul, e ao Oeste, com o Município de 
Diamante do Oeste e Matelândia. (ANEXO 1) 
 
 
3.3. ÁREA TERRITORIAL TOTAL 
 
A área total do Município segundo Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste 
é de 332,625 Km2, sendo que a área urbana é de aproximadamente 14.500 Km² e a 
área rural de 318.125 Km². (ANEXO 2) 
 
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3.4. RELEVO 
 
O Município apresenta topologia ligeiramente ondulada. Faz parte do 3º 
Planalto do Paraná ou Planalto de Guarapuava. Altitude: a sede do Município está 
situada a uma altitude de 620 metros acima do nível do mar. O solo do Município 
caracteriza-se por solos argilosos (terra roxa), próprios a todas as culturas. 
 
 
3.5. CLIMA 
 
Geograficamente classificado como Clima Subtropical, tem características 
predominantes de clima tropical com regular índice pluviométrico e temperaturas 
médias anuais entre 18°C e 22°C. 
 
 
3.6. VEGETAÇÃO 
 
Predominância de matas pluvio tropicais. 
Segundo Mantovani (1993, apud Adams, 2000), a floresta encontrada sobre 
serrarias costeiras denomina-se Floresta Pluvial Tropical, Floresta Ombrófila Densa 
ou, genericamente, Mata Atlântica. A Mata Atlântica é a segunda floresta neotropical 
em tamanho, depois da Floresta Amazônica (Adams, op.cit.). Localiza-se sobre uma 
antiga cadeia de montanhas, que se estende ao longo da costa brasileira. 
Os primeiros estudos e registros sobre a Mata Atlântica, desenvolvidos a 
partir do Século XIX, mostram que esta floresta cobria boa parte do litoral brasileiro, 
estendendo-se desde o Rio Grande do Norte até o Rio Grande do Sul, de forma 
quase contínua. 
Atualmente, seus remanescentes correspondem a menos de 8% da cobertura 
original (SOS Mata Atlântica, 1995), sendo que as maiores áreas estão nas regiões 
Sul e Sudeste. 
 
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3.7. HIDROGRAFIA 
 
Os principais rios são: Corvo Branco, São Francisco Falso-Braço Norte, São 
Francisco Falso-Braço Sul, São Pedro, Barro Preto, Santa Inês, Ramona e Pavão. 
 
 
3.8. ABASTECIMENTO DE ÁGUA 
 
A Empresa concessionária SANEPAR é responsável dentro do saneamento 
básico pela captação, tratamento e distribuição de água no Município de Vera Cruz 
do Oeste como também coleta, tratamento e lançamento de esgoto sanitário. A 
Secretaria Municipal de Administração acompanha o contrato de concessão com a 
SANEPAR, sendo a Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos 
Hídricos responsável pelo suporte técnico e monitoramento junto a esta 
concessionária. 
O abastecimento de água na maioria das comunidades é realizado por poço 
artesiano. A Secretaria Municipal de Saúde por meio do setor de Vigilância Sanitária 
realiza mensalmente o controle da qualidade da água consumida pela população 
destas localidades através do Programa VIGIAGUA do Ministério da Saúde. 
Segundo a Portaria 518/2004 do Ministério da Saúde é estabelecido para o 
Município a realização de cinco exames amostrais mensais de água coletadas em 
pontos cadastrados no sistema, que são realizados no Laboratório credenciado da 
UNIOESTE. Os exames realizados são: Cloro Residual Livre – CRL, Turbidez – TB, 
Flúor – FL, Contagem Total Bacteriana – CT e Escherichia coli – EC. A Vigilância 
Sanitária analisa os resultados das amostras e verifica a necessidade de condutas 
cabíveis frente às amostras que apresentaram resultados insatisfatórios. 
O Departamento de Engenharia da Prefeitura Municipal é responsável pela 
parte de drenagem urbana do município. 
 
 
 
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3.9. POPULAÇÃO 
 
Segundo dados do IBGE, 2010: 
População recenseada: 8.973 
Homens: 4.411 (49,16%) 
Mulheres: 4.562 (50,84) 
 
População Urbana: 6.897 (76,87%) 
População Rural: 2.076 (23,13%) 
 
TABELA 1: Número de habitantes recenseados no Município de Vera Cruz do 
Oeste. 
Taxas e Indicadores 
Demográficos 
1991 1996 2000 2007 2009 2010 
População Total 11.370 10.302 9.651 9.099 9.257 8.973 
Média de moradores por domicílio 4,26 3,86 3,59 3,38 - 3,12 
Razão de sexo 101,81 101,98 99,36 97,8 - 96,69 
Razão de dependência 0,59 0,6 0,57 0,53 - 0,5 
Taxa de crescimento anual - -1,95 -1,82 -0,88 - -0,73 
Taxa de urbanização 0,58 0,65 0,72 0,75 - 0,76 
Percentual de pessoas com mais 
de 69 anos 
2,55 3,66 4,61 5,66 - 6,75 
Percentual de pessoas menores de 
3 anos 
6,09 6,22 5,22 4,02 - 3,72 
Fonte: IBGE. Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste, 2011. 
 
 
 
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TABELA 2: Domicílios existentes no Município de Vera Cruz do Oeste. 
Domicílios Particulares 1991 1996 2000 2007 2010 
Domicílios Particulares Permanentes 
Ocupados 
2.657 2.670 2.654 2.683 2.872 
Domicílios Particulares Improvisados 
Ocupados 
- 14 2 2 2 
Domicílios Fechados 0 0 2 4 0 
Domicílios Vagos 193 229 320 184 160 
Domicílios de Uso Ocasional 19 21 29 16 59 
Domicílios Coletivos 
Domicílios Coletivos com Morador 0 0 7 3 3 
Domicílios Coletivos sem Morador - - - - 1 
Fonte: IBGE. Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste, 2011. 
 
O Município de Vera Cruz do Oeste não possui nenhum distrito legalmente 
constituído, o que existe são apenas comunidades e vilas localizadas na zona rural. 
A seguir disponibilizamos uma tabela com o número de domicílios rurais e 
infra-estrutura disponível na área rural do Município segundo dados da Secretaria 
Municipal de Assistência Social, ano 2010: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELA 3: Dados das comunidades existentes do Município de Vera Cruz do Oeste. 
Zona Rural Número de 
propriedades 
Número de 
Moradias 
Água Luz Saneamento Transporte 
Placa São Pedro 95 80 22 Sim Não Escolar 
Barro Preto 35 32 02 Sim Não Escolar 
Trinta e Dois 50 29 0 Sim Não Escolar 
Querubim 60 51 0 Sim Não Escolar 
Cherenga 15 11 01 Sim Não Escolar 
Jangada 35 29 0 Sim Não Escolar 
Jacutinga 90 85 0 Sim Não Escolar 
Água da Madeira 82 70 0 Sim Não Escolar 
São Sebastião 106 90 0 Sim Não Escolar 
Tonico Braga 47 42 28 Sim Não Escolar 
Cachoeirinha 20 17 0 Sim Não Escolar 
Feijão Cru 20 18 0 Sim Não Escolar 
Três Coroas 80 68 0 Sim Não Escolar 
Quatro S 80 68 0 Sim Não Escolar 
Fazenda Céu 
Azul 
30 25 0 Sim Não Escolar 
Ouro Fino 25 21 10 Sim Não Escolar 
Gramado 52 44 0 Sim Não Escolar 
Vila Rural 
Amanhã Feliz 
25 25 25 Sim Não Escolar 
Vila Rural 
Primavera 
28 28 28 Sim Não Escolar 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste, 2011. 
 
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Obs. Nota-se que nas zonas rurais ainda não há estrutura para coleta de 
efluentes sanitários que deveria seguir para uma estação de tratamento do esgoto. 
Atualmente o principal sistema utilizado é de apenas sumidouro. Desta formo 
propomos a Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste a conscientização para 
instalação de um sistema mais adequado para o tratamento deste efluentes, 
recomendamos a adoção de um sistema formado por fossa séptica, seguida de um 
filtro biológico com o destina final o sumidouro, este sistema e de fácil instalação e 
baixo custo, diminuindo de forma significativa os impactos provenientes dos esgotos 
domésticos e sanitários das residências rurais. Atendendo a Norma 7229/83 da 
ABNT nos aspectos construtivos e memoriais de dimensionamento. 
Os resíduos resultantes do sistema deverão ser coletados periodicamente ou 
conforme necessidade, estes devem ser armazenados em tambores próprios para 
este fim e destinados a empresa especializada para controle e destinação final. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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4. DIAGNÓSTICO ATUAL DOS RESÍDUOS NO MUNICÍPIO 
 
A Secretaria Municipal de Viação, Obras e Urbanismo é responsável pela 
realização da coleta e transporte dos Resíduos Sólidos do Município em especial os 
resíduos de varrição de rua, orgânicos, poda de árvores urbana e entulhos, como 
também na operacionalização do aterro sanitário. 
Segundo delegação de responsabilidades da Prefeitura Municipal de Vera 
Cruz do Oeste, fica sob a responsabilidade da Secretaria Municipal de Agricultura, 
Meio Ambiente e Recursos Hídricos, a elaboração, fiscalização implementação de 
programas, projetos e campanhas deconservação do meio ambiente. Seguindo, 
portanto a lei municipal em seu Artigo 30, in verbis: 
 
Art. 30°. – À Secretaria Municipal de Agricultura e Meio Ambiente incumbe 
prestar assistência técnica aos agricultores e pecuaristas; promover 
programas educativos e de extensão rural, integrado aos órgãos federais e 
estaduais que atuam na área; promover programas de conservação de solos 
e água; e atuar, dentro dos limites da competência municipal, como elemento 
regularizador e fiscalizador do abastecimento da população. 
 
Esta secretaria por sua vez, trabalha fortemente em parceria com a Secretaria 
Municipal de Educação, Cultura e Esporte e Secretaria Municipal de Saúde, 
promovendo a Educação Ambiental nos estabelecimentos de ensino (rede formal) e 
comunidade (informal) por meio de palestras, visitas técnicas, divulgação, 
sensibilização porta a porta etc. com o objetivo de reduzir, reutilizar e reciclar a 
quantidade de materiais produzidos como também evitar/eliminar os focos do 
mosquito Aedes Aegypti. Inclusive na grade curricular municipal está prevista a 
disciplina de Educação Ambiental, o que certamente fortalece ainda mais as ações 
de separação e coleta de resíduos sólidos bem como os inúmeros trabalhos 
realizados em relação ao meio ambiente. 
O veículo de coleta segue nas imagens a seguir. (Figura 1 e 2): 
 
 
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Figura 1: Imagem do atual caminhão responsável pela recolha dos resíduos do município de 
Vera Cruz do Oeste. 
 
 
Figura 2: Imagem da caçamba do caminhão responsável pala recolha dos resíduos no 
município de Vera Cruz do Oeste. 
 
A Associação de Catadores de Materiais Recicláveis do Município de Vera 
Cruz do Oeste – ACMR assessorada pela Secretaria Municipal de Assistência Social 
é a que auxilia a Prefeitura realizando coleta e separação dos materiais recicláveis. 
Esta associação de catadores recolhe o material reciclável todos os dias de 
forma alternada entre os bairros e o centro da cidade. A coleta de materiais 
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recicláveis na zona rural é realizada às sextas – feiras de acordo com o 
agendamento por parte dos produtores rurais. Os resíduos orgânicos das 
comunidades rurais são enterrados ou aproveitados para a compostagem e posterior 
utilização em hortas caseiras. Infelizmente ainda a queima de alguns resíduos (por 
exemplo, folhas de árvores e papéis usados) é prática comum de muitos agricultores 
e donas de casa. 
Atualmente, a disposição dos resíduos orgânicos na zona urbana do 
Município de Vera Cruz do Oeste é em Aterro Sanitário com Licença de Operação, o 
qual recebe diariamente materiais orgânicos provindos da coleta de resíduos na 
área urbana. Os materiais recicláveis são recolhidos separadamente, como descritos 
anteriormente, pela Associação de Catadores de Materiais Recicláveis – ACMR do 
Município. 
A coleta dos resíduos orgânicos na zona urbana é realizada uma vez ao dia, 
sendo feita continuamente no centro e alternada entre os bairros. 
Quanto ao sistema de varrição e limpeza de vias públicas, ocorre da seguinte 
forma. 
A varrição das vias públicas é realizada por meio de 6 (seis) varredores que 
realizam a limpeza de segunda – feira a sexta – feira em toda a cidade. Não existe 
um local específico nem cronograma definido dos pontos de varrição, Os varredores 
agem de forma rotacional dentro da área urbana. 
 
 
4.1. ATERRO SANITÁRIO 
 
O Aterro Sanitário está localizado no Lote nº 35-L Gleba nº 7 Colônia Rio 
Quarto na Estrada para Ouro Fino, distante 2.500m da sede da Prefeitura Municipal, 
possuindo como coordenadas geográficas 250°04’19”S e 53058’09”O. A área útil do 
aterro Sanitário é de 12.100m2 ou 1,21ha. A data de desapropriação amigável da 
área consta de 20 de Setembro de 1999, com vida útil projetada para 10 anos a 
contar do início da operação. Como este prazo já se excedeu uma nova área ao lado 
do aterro está sendo adquirida pela Prefeitura Municipal e o Licenciamento 
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Ambiental está sendo providenciado junto ao Instituto Ambiental do Paraná – IAP. 
(Figura 3) 
 
 
Figura 3: Imagem da atual situação do aterro municipal de Vera Cruz do Oeste. 
 
A nova área adquirida pela Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste para a 
implantação do novo Aterro Sanitário será no Lote Rural Nº. 35-A-1, desapropriação 
do Lote Rural nº 35-A, da Gleba Nº. 07 Colônia Rio Quarto, Polígono I. Com uma 
área total de 24.200m2 ou 2,4200 ha. Portanto, sendo uma provável vida útil de 20 
anos, porem com correta operação poderá aumentar este prazo. (Figura 4). 
 
 
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Figura 4: Imagem da área de implantação do novo aterro sanitário de Vera Cruz do Oeste. 
 
 
4.2. COLETA 
 
A coleta, transporte e operação dos resíduos urbanos até o Aterro Sanitário é 
realizado pela Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste, especificamente pela 
Secretaria Municipal de Obras. 
A coleta de resíduos sólidos é realizada de forma contínua, todos os dias no 
período da tarde no centro da cidade seguindo para os demais bairros, atendendo 
100% dos domicílios do município. 
A coleta de resíduos sólidos é realizada 1(uma) vez ao dia de acordo com o 
cronograma abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELA 4: Cronograma de recolha de resíduos sólidos do município de Vera Cruz 
do Oeste. 
Dias Bairros Período 
Segunda - feira Jardim América, Vila Graciosa, Vila Rural Manhã 
Feliz, BNH, Conjunto Habitacional 1º de Maio, CTG e 
Casa Familiar Rural 
Manhã 
Terça - feira Jardim Bandeirantes, Prefeitura Municipal e Jardim 
Olinda 
Manhã 
Quarta - feira Jardim América, Vila Graciosa, Vila Rural Manhã 
Feliz, BNH, Conjunto Habitacional 1º de Maio, CTG e 
Casa Familiar Rural 
Manhã 
Quinta - feira Jardim Bandeirantes, Prefeitura Municipal e Jardim 
Olinda 
Manhã 
Sexta - feira Jardim América, Vila Graciosa, Vila Rural Manhã 
Feliz, BNH, Conjunto Habitacional 1º de Maio, CTG e 
Casa Familiar Rural (Nos sítios coleta seletiva de 
acordo com a demanda de cada comunidade rural) 
Manhã 
Sábado Jardim Bandeirantes, Prefeitura Municipal e Jardim 
Olinda 
Manhã 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste, 2011. 
 
No quadro funcional para realização das coletas, consta um Motorista, quatro 
coletores de lixo, os quais trabalham juntos percorrendo o Município. Ainda mais 
seis varredores que percorrem todos os bairros e um operador de pá carregadeira, o 
qual estará disponível junto ao Aterro Sanitário Municipalpara movimentação e 
aterramento dos resíduos. 
Entre os materiais e insumos utilizados destaca-se o uso de combustíveis, e 
os equipamentos de segurança dos trabalhadores, tais como: luvas, sacarias e 
vassouras. 
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4.3. COLETA DOS MATERIAIS RECICLÁVEIS 
 
O Município de Vera Cruz do Oeste possui o Projeto Coleta Solidária, que 
visa à coleta seletiva dos materiais recicláveis por meio da Associação de Catadores 
de Materiais Recicláveis – ACMR do Município, estes trabalhadores que, há mais de 
50 anos coletavam nas ruas, hoje em Associações, coletam os materiais e 
encaminham para a reciclagem, daí tirando seu sustento e o de sua família. Além de 
contribuir com a economia dos recursos naturais, o trabalho dos catadores contribui 
com a limpeza da cidade, com a saúde pública, com o meio ambiente e com a vida 
útil dos aterros. O Projeto faz parte das ações do Programa Cultivando Água Boa da 
Itaipu Binacional em parceria com a Prefeitura Municipal. 
 
 
4.4. ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS DE 
VERA CRUZ DO OESTE – ACMR 
 
No ano de 2000, com o início da readequação do espaço de destinação final 
dos resíduos sólidos, atendendo as normas da Associação Brasileira de Normas 
Técnicas – ABNT, para aterros sanitários, tornou-se necessário a organização do 
trabalho dos catadores de materiais recicláveis. No Município de Vera Cruz do Oeste 
a ACMR – Associação de Catadores de Materiais Recicláveis foi fundada em 30 de 
Maio do ano de 2006. Ela se caracteriza por ser uma entidade de natureza civil, sem 
fins lucrativos. Está instalada no Parque Industrial do Município em um barracão 
cedido por comodato num período de 20 (vinte) anos pela Prefeitura Municipal. 
Em 26 de Agosto de 2009 a ACMR adquiriu por meio de projeto 04(quatro) 
carrinhos elétricos, 01(uma) balança, 01(uma) prensa e 6(seis) carrinhos manuais 
bem como 13(treze) kits de uniformes, que foram repassados pela COOAAFI – 
Cooperativa de Agentes Ambientais de Foz do Iguaçu e doados pela Itaipu 
Binacional por meio do Termo de Compromisso firmado que contempla apoio 
financeiro para o desenvolvimento do projeto Coleta Solidária – Programa 
Cultivando Água Boa. (Figura 5, 6 e 7) 
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Figura 5: Imagem interna do barracão da ACMR. 
 
 
Figura 6: Imagem da prensa utilizada na ACMR. 
 
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Figura 7: Imagem do carrinho elétrico, e ao fundo carrinho manual, utilizados na coleta de 
materiais pela ACMR. 
 
Atualmente a ACMR encontra-se em pleno funcionamento, contando com 
CNPJ próprio, Estatuto e participação em vários eventos municipais. A partir de sua 
fundação, vários catadores ingressaram na Associação que conta hoje com dez 
integrantes. 
O trabalho na Associação funciona de forma compartilhada e com divisão 
igualitária dos lucros entre equipes especiais para coleta, transporte e seleção do 
material. O resultado da venda dos materiais é dividido entre os associados de 
acordo com a presença diária no trabalho. A renda mensal de cada catador 
corresponde a R$ 300,00 (trezentos reais). Valor este, que oscila de acordo com o 
volume coletado e o valor dos materiais vendidos. 
Os catadores ativos na ACMR são todos advindos de famílias extremamente 
carentes em vulnerabilidade e risco social, quase todos são analfabetos tendo como 
única renda o Bolsa Família e os ganhos adquiridos através da Associação. Nos 
últimos três anos pode-se afirmar que foram beneficiados diretamente 
aproximadamente 100 (cem) catadores e indiretamente 500 (quinhentas) pessoas. 
Segundo levantamento da Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente 
e Recursos Hídricos, os materiais vendidos são: papelão, mistão, papel branco, 
plástico cristal, garrafa PET, sucata, sacola plástica, copinho, garrafinha colorida, 
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PET óleo, ráfia, latinha, alumínio, ferro, metal, isopor, leitoso, bloco, inox, bateria e 
motor. 
A área de atuação da Associação é em todo o município, tanto na zona rural 
como urbana. Recentemente um projeto foi elaborado para aquisição de um 
caminhão para a Associação a fim de melhorar a eficiência da coleta e o mesmo foi 
aprovado junto a FUNASA – Fundo Nacional de Saúde com previsão para liberação 
do recurso no início de 2011. 
Para facilitar o trabalho da coleta seletiva tanto para os catadores como para 
a comunidade foi desenvolvido um cronograma com dias de coleta por bairros, 
sendo assim definido: 
 
TABELA 5: Recolha nas comunidades rurais do município de Vera Cruz do Oeste. 
Dias Bairros Período 
Segunda - feira Jardim Bandeirantes Manhã 
Terça - feira Centro Manhã 
Quarta - feira Jardim América Manhã 
Quinta - feira Vila Graciosa e Vila Rural Manhã 
Sexta - feira Área Rural (sítios) Dia todo 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. 2011. 
 
Para o bom andamento das atividades de coleta seletiva no Município é 
fundamental compreender a realidade local permitindo um planejamento preciso e 
adequado a gestão dos resíduos sólidos. Para tanto, a Secretaria Municipal de 
Assistência Social é responsável pelo acompanhamento dos catadores e suas 
famílias por meio do Centro de Referência da Assistência Social – CRAS através do 
Programa de Atenção Integral à Família – PAIF bem como no assessoramento em 
relação à capacitação da Diretoria da ACMR no que diz respeito ao processo de 
negociação, comercialização e divisão da receita entre os associados. A Secretaria 
Municipal de Educação, Cultura e Esporte juntamente com a Secretaria Municipal de 
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Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos e Secretaria Municipal de Saúde, 
trabalham com a Educação Ambiental nos estabelecimentos de ensino (rede formal) 
e comunidade (informal) por meio de palestras, visitas técnicas, divulgação, 
sensibilização porta a porta etc. com o objetivo de reduzir, reutilizar e reciclar a 
quantidade de materiais produzidos como também evitar/eliminar os focos do 
mosquito Aedes Aegypti. Inclusive na grade curricular municipal está prevista a 
disciplina de Educação Ambiental, o que certamente fortalece ainda mais as ações 
de separação e coleta de resíduos sólidos bem como os inúmeros trabalhos 
realizados em relação ao meio ambiente. 
As principais vantagens da utilização de cooperativas de catadores são: 
� Geração de emprego e renda; 
� Resgate da cidadania dos catadores, em sua maioria moradores de rua; 
� Redução das despesas com os programas de reciclagem; 
� Organização do trabalho dos catadores nas ruas evitando problemasna 
coleta de lixo e o armazenamento de materiais em logradouros públicos; 
� Redução de despesas com a coleta, transferência e disposição final dos 
resíduos separados pelos catadores que, portanto, não serão coletados, 
transportados e dispostos em aterro pelo sistema de limpeza urbana da 
cidade. Essa economia pode e deve ser revertida às cooperativas de 
catadores, não em recursos financeiros, mas em forma de investimentos em 
infraestrutura (galpões de reciclagem, carrinhos padronizados, prensas, 
elevadores de fardos, uniformes), de modo a permitir a valorização dos 
produtos catados no mercado de recicláveis. 
 
Um dos principais fatores que garantem o fortalecimento e sucesso de uma 
cooperativa de catadores é a boa comercialização dos materiais recicláveis. Para 
tanto é fundamental que sejam atendidas as seguintes condições: 
• Boa qualidade dos materiais (seleção por tipo de produto, baixa 
contaminação por impurezas e formas adequadas de 
embalagem/enfardamento); 
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• Escala de produção e de estocagem, ou seja, quanto maior a produção ou o 
estoque à disposição do comprador, melhor será a condição de 
comercialização; 
• Regularidade na produção e/ou entrega ao consumidor final. 
 
Após a implantação de uma cooperativa de catadores é importante que o 
poder público continue oferecendo apoio institucional de forma a suprir carências 
básicas que prejudicam o bom desempenho de uma cooperativa, notadamente no 
início de sua operação. 
 
 
4.5. DADOS QUANTITATIVOS E QUALITATIVOS DOS RESÍDUOS 
COLETADOS 
 
Segundo levantamento realizado pela Secretaria de Agricultura, Meio 
Ambiente e Recursos Hídricos do Município de Vera Cruz do Oeste, apresenta-se os 
resíduos gerados: 
a) O PESO (KG/SEMANA); 
São gerados 19.236 Kg/semana de resíduos orgânicos e 1.000 Kg/semana de materiais 
recicláveis. 
 
b) VOLUME (m³/SEMANA); 
São gerados 19,236 m3/semana de resíduos orgânicos e 1 m3/semana de materiais 
recicláveis 
 
c) PESO MÉDIO DIÁRIO (KG). 
São gerados 3.206 Kg/dia de resíduos orgânicos e 200 Kg/semana de materiais recicláveis. 
 
d) QUANTIDADE DE CAMINHÕES UTILIZADOS PARA A COLETA. 
Para a realização da coleta é utilizado 1(um) caminhão tipo caçamba. 
Com base nestes dados, pode-se realizar uma avaliação dos trabalhos 
realizados e a proposição de medidas corretivas e de melhoria continua. 
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5. EMPREENDIMENTOS EXISTENTES NO MUNICÍPIO 
 
Após analise no Município de Vera Cruz do Oeste e com base em seus 
alvarás de funcionamento emitidos dos anos 2010/2011, conseguimos verificar os 
empreendimentos geradores de resíduos dentro do Município e seus principais 
resíduos. Separamos em grupos por periculosidade dos resíduos gerados, dando 
mais atenção a resíduos químicos e de serviço de saúde, após resíduos com 
características especiais e resíduos comuns, já identificando as devidas 
responsabilidades e destinação final adequada. Os métodos de segregação, 
acondicionamento, tratamento e destinação final devem seguir conforme texto 
atendendo as legislações federais, estaduais e municipais. 
Para um melhor entendimento e após considerações classificamos os 
resíduos segundo Lei Estadual 12.493, artigo 2°: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 1 – Resíduos sólidos Agrícolas. 
CLASSIFICAÇÃO: AGRÍCOLA – Resíduos sólidos das atividades agrícolas e 
da pecuária, como, por exemplo, embalagens de adubos e 
agrotóxicos, defensivos agrícolas, ração, restos de 
colheita, etc. Em várias regiões do mundo, este tipo de lixo 
vem causando preocupação crescente, destacando-se as 
enormes quantidades de esterco animal gerados nas 
fazendas de pecuária intensiva. Também as embalagens 
de agroquímicos diversos, em geral tóxicos, tem sido alvo 
de legislações específicas. 
GERADORES: Propriedades rurais, Clinicas veterinárias, Revendedores 
de insumos e etc. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Apresentam resíduos com qualidades especiais, como 
medicamentos e produtos químicos, necessitando 
segregação, tratamento e destinação final adequada e 
especializada. 
RESPONSABILIDADE: Cabe ao órgão ambiental (IAP) fiscalizar, e aos geradores 
e revendedores, conforme Lei Estadual 12.493, realizar a 
recolha de todas as embalagens de agrotóxicos e 
medicamentos, em seguida segregar e dar devida 
destinação final conforme legislação vigente. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Segregação e contratação de empresa especializada para 
destinação final e/ou tratamento adequado. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
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QUADRO 2 – Resíduos sólidos industriais. 
CLASSIFICAÇÃO: INDUSTRIAL – É aquele originado nas atividades 
industriais, dentro dos diversos ramos produtivos 
existentes. O lixo industrial é bastante variado e pode 
estar relacionado ou não com o tipo de produto final de 
atividade industrial. É constituído por resíduos de cinzas, 
óleo, lodo, substâncias alcalinas ou ácidas, escórias, 
corrosivos, etc. 
GERADORES: Fábrica de móveis, Construtoras e artefatos de cimento, 
Pintores e gráficas, Pintores e gráficas, Revendedoras de 
celulares, Salões de beleza e cabeleireiros, Oficinas 
Mecânicas e auto elétricas, Lava carros e comércio de 
combustíveis, Transportadoras, Cerâmicas, Refrigeração e 
revenda de eletrônicos e etc. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Apresentam resíduos com qualidades especiais, como 
inflamabilidade, corrosão e/ou potencial poluidor através 
de seus produtos utilizados, produzidos ou revendidos, 
necessitando de correta segregação, tratamento e 
destinação final adequada e/ou especializada. 
RESPONSABILIDADE: Cabe ao órgão ambiental (IAP) fiscalizar, e aos geradores 
segregar e dar devida destinação final conforme legislação 
vigente. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Cabe aos empreendimentos geradores realizar a devida 
segregação e destinação final, podendo realizar a 
contratação de empresa especializada para destinação 
e/ou tratamento adequado. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
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QUADRO 3 – Resíduos sólidos especiais. 
CLASSIFICAÇÃO: ESPECIAL – É o lixo encontrado em portos, aeroportos, 
terminais rodoviários ou ferroviários. Constituído de 
resíduos sépticos, pode conter agentes patogênicos 
oriundos de um quadro de endemia de outrolugar, cidade, 
estado ou país. Estes resíduos são formados por material 
de higiene e anseio pessoal, restos de alimentação, etc. 
GERADORES: Terminal Rodoviário. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Apresentam resíduos comuns que podem apresentar 
qualidades patogênicas, sendo considerados especiais. 
RESPONSABILIDADE: Do município, Vigilância Sanitária, regido pelo Ministério 
da Saúde. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Incineração. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 4 – Resíduos sólidos hospitalares. 
CLASSIFICAÇÃO: HOSPITALAR – Constituído de resíduos sépticos que 
contém ou potencialmente podem conter germes 
patogênicos. Este lixo é constituído de agulhas, seringas, 
gases, bandagens, algodões, órgãos e tecidos removidos, 
meios de cultura, animais usados em teste, sangue 
coagulado, remédios, luvas descartáveis, filmes 
radiológicos, etc. 
GERADORES: Clínicas médicas e odontológicas, Hospitais, Farmácias, 
Serviços funerários, etc. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Perigosos, riscos patogênicos, químicos, físicos e 
biológicos. 
RESPONSABILIDADE: Dos próprios Geradores. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Cabe, conforme a Lei Estadual 12.493, aos 
empreendimentos geradores realizar a segregação e 
destinação final adequada, poderá ser realizada a 
contratação de empresa especializada para destinação 
e/ou tratamento adequado. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 5 – Resíduos sólidos públicos. 
CLASSIFICAÇÃO: PÚBLICO – É aquele originado de serviços de limpeza 
pública urbana, incluindo o resíduo de varrição das vias 
públicas, limpeza de praias, de galerias, córregos e 
terrenos baldios, podas de árvores, etc. Fazem parte ainda 
desta classificação a limpeza de locais de feiras livres ou 
eventos públicos. 
GERADORES: Prefeitura através de varrição e limpeza pública. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Variáveis, resíduos comuns orgânicos e recicláveis, não 
recicláveis ou de características especiais a exemplo de 
pilhas e lâmpadas fluorescentes. 
RESPONSABILIDADE: Do município. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Devem ser recolhidos, segregados, podendo ser dispostos 
no Aterro Municipal, repassados a ACMR ou dispostos 
como resíduos especiais sendo repassados a empresas 
especializadas para tratamento e destinação final. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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QUADRO 6 – Resíduos sólidos comerciais e serviços. 
CLASSIFICAÇÃO: COMERCIAL E SERVIÇOS – É aquele originado nos 
estabelecimentos comerciais e de serviços, como 
supermercados, bancos, lojas, bares, restaurantes, etc. O 
lixo destes estabelecimentos tem um forte componente de 
papel, plástico, embalagens diversas, como papel-toalha, 
papel higiênico, etc. 
GERADORES: Borracharias e Bicicletarias, Escritórios contábeis, 
financeiros e engenharia, Revenda de peças e 
assessórios, Lanchonetes, bares, sorveterias, padarias, 
restaurantes, supermercados, Comércio de vidros e 
espelhos, Telecomunicações, lan house, provedores 
internet, Escolas, auto-escolas, escolas de idioma, 
Templos e Igrejas, Distribuidor de bebidas, Revenda de 
móveis e esquadrias, Bancos, etc. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Variáveis, resíduos comuns orgânicos e recicláveis, não 
recicláveis ou de características especiais a exemplo de 
pilhas e lâmpadas fluorescentes. 
RESPONSABILIDADE: Dos Geradores, podendo ter auxilio da Prefeitura para os 
resíduos comuns. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Devem ser recolhidos, segregados, podendo ser dispostos 
no Aterro Municipal, repassados a ACMR ou dispostos 
como resíduos especiais sendo repassados a empresas 
especializadas para tratamento e destinação final. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
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QUADRO 7 – Resíduos sólidos domiciliares. 
CLASSIFICAÇÃO: 
 
DOMICILIAR – É aquele originado na vida diária das 
residências, constituído por resto de alimento, produtos 
deteriorados, jornais, revistas, garrafas, embalagens, 
papel higiênico, fraldas descartáveis, ou ainda uma 
infinidade de itens domésticos. 
GERADORES: Residências urbanas e rurais. 
CARACTERISTICAS 
DOS RESÍDUOS: 
Variáveis, resíduos comuns orgânicos e recicláveis, não 
recicláveis ou de características especiais a exemplo de 
pilhas e lâmpadas fluorescentes. 
RESPONSABILIDADE: Município. 
DESTINAÇÃO FINAL 
ADEQUADA: 
Devem ser segregados diretamente nas fontes geradoras, 
seguida de coleta dos materiais recicláveis pela ACMR 
através de Programa de Coleta Porta a Porta, e nas zonas 
rurais através do Programa de Pontos de Entrega 
Voluntária. Os resíduos orgânicos podem ser utilizados 
para compostagem, sendo que atualmente são destinados 
juntamente com os resíduos não recicláveis ao Aterro 
Sanitário. 
Fonte: Prefeitura Municipal de Vera Cruz do Oeste. LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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6. LEGISLAÇÕES DE INTERESSE 
 
Lei Nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010, a qual Institui a Política Nacional de 
Resíduos Sólidos, altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras 
providências. 
 
Art. 1. § 1º- Estão sujeitas à observância desta Lei as pessoas físicas ou 
jurídicas, de direito público ou privado, responsáveis, direta ou indiretamente, 
pela geração de resíduos sólidos e as que desenvolvam ações relacionadas à 
gestão integrada ou ao gerenciamento de resíduos sólidos. 
 
Ainda como incentivo a implementação do Plano, a lei supracitada dispõe o 
seguinte em seu Artigo 18: 
 
§ 1o Serão priorizados no acesso aos recursos da União referidos no 
caput os Municípios que: 
I - optarem por soluções consorciadas intermunicipais para a gestão 
dos resíduos sólidos, incluída a elaboração e implementação de plano 
intermunicipal, ou que se inserirem de forma voluntária nos planos 
microrregionais de resíduos sólidos referidos no § 1o do art. 16; 
II - implantarem a coleta seletiva com a participação de cooperativas 
ou outras formas de associação de catadoresde materiais reutilizáveis 
e recicláveis formadas por pessoas físicas de baixa renda. 
 
A elaboração e execução do PGRS têm por objetivo também, atender a Lei 
Estadual N°. 12.493 de 22 de Janeiro de 2009 que estabelece princípios, 
procedimentos, normas e critérios referentes à geração, acondicionamento, 
armazenamento, coleta, transporte, tratamento e destinação final dos resíduos 
sólidos no Estado do Paraná, visando controle da poluição, da contaminação e a 
minimização de seus impactos ambientais e adota outras providências. 
Alguns artigos desta lei delegam responsabilidades aos geradores de 
resíduos, sendo que a Prefeitura Municipal cabe: 
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Art. 9º Os resíduos sólidos urbanos provenientes de residências, 
estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços, bem como os de 
limpeza pública urbana, deverão ter acondicionamento, coleta, transporte, 
armazenamento, tratamento e destinação final adequados, nas áreas dos 
Municípios e nas áreas conurbadas, atendendo as normas aplicáveis da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as condições 
estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP, respeitadas as 
demais normas legais vigentes. 
 
Art. 20. Todos os Municípios do Estado do Paraná, para fins de cumprimento 
da presente Lei, deverão disponibilizar áreas e/ou reservar áreas futuras para 
efetivação da destinação final dos resíduos sólidos urbanos, mediante prévia 
análise do Instituto Ambiental do Paraná - IAP. 
 
As instituições responsáveis pelos resíduos sólidos municipais e perigosos, 
no âmbito nacional, estadual e municipal, são determinadas através dos seguintes 
artigos da Constituição Federal de 1988, quais sejam: 
• Incisos VI e IX do art. 23, que estabelecem ser competência comum da 
União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios proteger o meio 
ambiente e combater a poluição em qualquer das suas formas, bem como 
promover programas de construção de moradias e a melhoria do 
saneamento básico; 
• Já os incisos I e V do art. 30 estabelecem como atribuição municipal 
legislar sobre assuntos de interesse local, especialmente quanto à 
organização dos seus serviços públicos, como é o caso da limpeza 
urbana. 
Tradicionalmente, o que ocorre no Brasil é a competência do Município sobre 
a gestão dos resíduos sólidos produzidos em seu território, com exceção dos de 
natureza industrial, mas incluindo-se os provenientes dos serviços de saúde. 
As responsabilidades dos resíduos seguem determinação da Lei Estadual 
12.493, assim citam-se abaixo. 
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Para empreendimentos industriais, revendedores ou prestadores de serviço 
que produzem resíduos cabe a responsabilidade de disposição final adequada, 
conforme descreve o Artigo 4°, in verbis: 
 
Art. 4º As atividades geradoras de resíduos sólidos, de qualquer natureza, 
são responsáveis pelo seu acondicionamento, armazenamento, coleta, 
transporte, tratamento, disposição final, pelo passivo ambiental oriundo da 
desativação de sua fonte geradora, bem como pela recuperação de áreas 
degradadas. 
 
Para serviços de grande circulação de pessoas e mercadorias como terminais 
rodoviários segue obrigações conforme Artigo 7°, in verbis: 
 
Art. 7º Os resíduos sólidos provenientes de portos, aeroportos e terminais 
rodoviários e ferroviários deverão atender as normas aplicáveis da 
Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT e as condições 
estabelecidas pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP, respeitadas as 
demais normas legais vigentes. 
 
Para hospitais, laboratório de análises clinica, clínicas médicas e 
odontológicas, farmácias, etc. que utilizam e geram resíduos de Classe I – 
Perigosos, deve-se tomar maior atenção como enfatiza Artigo 8°: 
 
Art. 8º Os resíduos sólidos provenientes de serviços de saúde, portadores de 
agentes patogênicos, deverão ser adequadamente acondicionados, 
conduzidos em transporte especial, e deverão ter tratamento e destinação 
final adequados, atendendo as normas aplicáveis da Associação Brasileira de 
Normas Técnicas - ABNT, e as condições estabelecidas pelo Instituto 
Ambiental do Paraná - IAP, respeitadas as demais normas legais vigentes. 
 
As empresas fabricantes e/ou importadoras de pneus assim como empresas 
produtoras e/ou comercializadoras de agrotóxicos, tem deveres de recolha dos 
devidos produtos inservíveis e frascos e/ou embalagens, condizendo com os Artigos 
11 e 12, in verbis: 
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Art. 11. As empresas fabricantes e/ou importadoras de pneus são 
responsáveis pela coleta e reciclagem dos produtos inservíveis, obedecidas 
as condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - 
IAP. 
 
Art. 12. As empresas produtoras e/ou comercializadoras de agrotóxicos, seus 
componentes e afins, em todo o território do Estado do Paraná, são 
responsáveis pelo estabelecimento de mecanismos de coleta e recebimento e 
pela destinação das embalagens vazias dos produtos por elas fabricados 
e/ou comercializados, bem como pelos produtos apreendidos pela ação 
fiscalizatória e pelos tomados impróprios para utilização, obedecidas as 
condições e critérios estabelecidos pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP. 
 
Sendo que todas estas atividades estão sujeitas a sanções da lei: 
 
Art. 17. As atividades geradoras de quaisquer tipos de resíduos sólidos ficam 
obrigadas a cadastrarem-se junto ao Instituto Ambiental do Paraná - IAP, 
para fins de controle e inventário dos resíduos sólidos gerados no Estado do 
Paraná. 
 
Art. 18. A responsabilidade pela execução de medidas para prevenir e/ou 
corrigir a poluição e/ou contaminação do meio ambiente decorrente de 
derramamento, vazamento, lançamento e/ou disposição inadequada de 
resíduos sólidos é: 
I - da atividade geradora dos resíduos, quando a poluição e/ou contaminação 
originar-se ou ocorrer em suas instalações; 
II - da atividade geradora de resíduos e da atividade transportadora, 
solidariamente, quando a poluição e/ou contaminação originar-se ou ocorrer 
durante o transporte; 
III - da atividade geradora dos resíduos e da atividade executora de 
acondicionamento, de tratamento e/ou de disposição final dos resíduos, 
solidariamente, quando a poluição e/ou contaminação ocorrer no local de 
acondicionamento, de tratamento e/ou de disposição final. 
 
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Art. 19. Sem prejuízo das sanções civil e penais, as atividades geradoras, 
transportadoras e executoras de acondicionamento, de tratamento e/ou de 
disposição final de resíduos sólidos, no Estado do Paraná, que infringirem o 
disposto na presente Lei, ficam sujeitas às seguintes penalidades 
administrativas, que serão aplicadas pelo Instituto Ambiental do Paraná - IAP: 
I - multa simples ou diária, correspondente no mínimo a R$ 500.00 eno 
máximo, a R$ 50.000.00, agravada no caso de reincidência específica: 
II - perda ou restrição de incentivos e benefícios fiscais concedidos pelo 
Poder Público; 
III - perda ou suspensão de participação em linhas de financiamento em 
estabelecimento oficial de crédito; 
IV - suspensão da atividade; 
V - embargo de obras; 
VI - cassação de licença ambiental. 
 
 
6.1. LEGISLAÇÃO MUNICIPAL 
 
Lei Municipal N°. 24/1983 que estabelece o Código tributário do município, em 
seu Titulo III – Taxas, Capítulo II – Taxas de Serviços Urbanos, descreve in verbis: 
 
Art. 64. – As taxas de serviços urbanos compreendem: 
I. Taxa de coleta de lixo; 
II. Taxa de iluminação pública; 
III. Taxa de conservação de vias. 
 
Art. 66. – As taxas serão calculadas nas seguintes bases anuais: 
I. Coleta de lixo: 
a) Imóveis residenciais: 0,2% (zero vírgula dois por cento) da 
Unidade de Referencias p m2 construído/ano); 
b) Comércio/serviço/indústria: 0,3% (zero vírgula três por cento) 
da Unidade de Referencias p m2 construído/ano); 
II. Iluminação pública: 50% da Tarifa de Iluminação Pública; 
III. Conservação de vias: 0,7% (zero vírgula sete por cento) da 
Unidade de Referencias p m2 construído/ano); 
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Lei Municipal N°. 65/1985, institui o Código de Posturas do Município de Vera 
Cruz do Oeste, no Estado do Paraná. 
 
Art. 3°. – Constitui infração toda ação ou omissão contrária as disposições 
deste Código ou de outras leis, decretos e resoluções ou atos baixados pelo 
Governo Municipal no uso de seu poder de ficalização. 
 
Art. 4°. – Será considerado infrator todo aquele que constar mandar, 
constranger ou auxiliar alguém a praticar infrações e, os encarregados da 
execução das leis que, tendo conhecimento da infração deixaram de autuar o 
infrator. 
 
Art. 5°. – A pena, além de impor obrigações de fazer ou desfazer será 
pecuniária e constituirá em multa, observados os limites máximos 
estabelecidos neste código. 
 
Art. 7°. – As multas serão impostas em grau mínimo, médio e máximo. 
€ Único – Na imposição de multa, e para graduá-la, ter-se-á em vista: 
a) A maior ou menor gravidade da infração; 
b) Na circunstancias atenuantes ou agravantes; 
c) Os antecedentes do infrator, com relação às disposições 
deste código. 
 
Art. 21°. – A fiscalização sanitária abrangera especialmente: 
a) A higiene de vias públicas; 
b) A higiene das habitações; 
c) A higiene de estabelecimentos em geral; 
d) A limpeza e desobstrução dos cursos de água e valas. 
 
Art. 23°. – O serviço de limpeza de ruas, praças e lagradouros públicos será 
executado diretamente pela prefeitura ou por concessão. 
 
Art. 31°. – O lixo das habitações será recolhido em vasilhames apropriados, 
providos de tampa, para ser removido pelo serviço de limpeza pública. 
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€ Único – Não são considerados como lixo: resíduos de fábricas, 
oficinas e estabelecimentos comerciais, restos de material de 
construção, entulhos provenientes de demolição, terra, folha, galhos e 
lama, que serão removidos a custa dos respectivos inquilinos ou 
proprietários. 
 
Art. 32°. - Os conjuntos de apartamentos e prédios de habitação coletiva 
deverão ser dotados de instalação própria para coleta de lixo, 
convenientemente disposta, perfeitamente vedada e dotada de dispositivos 
para limpeza e lavagem. 
 
Art. 104°. – Nenhum estabelecimento comercial, industrial ou prestador de 
serviços poderá funcionar dentro do Município, sem a devida licença a qual 
será concedida após observadas as disposições deste Código e normas 
legais e regulamentares pertinentes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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7. IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS 
 
Quanto à classificação do lixo, os detalhes são obtidos através da nova NBR-
10004/04, esta norma trata da classificação dos rejeitos de uma forma ampla, 
dividindo-os em Classe I, perigosos, e Classe II, não perigosos, sendo que essa 
ultima está subdividida em Classe II A Não Inertes, e em Classe II B Inertes. 
Conforme a ABNT NBR 1004: 2004 
• Resíduos Classe l – Perigosos: São aqueles que em função de suas 
propriedades físicas, químicas ou infecto-contagiosas, podem apresentar 
risco a saúde pública ou ao meio ambiente. Também apresentar 
características como: inflamabilidade, corrosividade, reatividade, toxicidade 
e patogenicidade. 
• Resíduo Classe ll – Não perigosos: São descritos a seguir, segundo o 
anexo H da ABNT NBR 10004:2004. São estes: resíduos de restaurante 
(restos de comida), sucatas de metais ferrosos, sucata de metais não 
ferrosos (latão, etc.), resíduo de papel e papelão, resíduos de plásticos 
polimerizados, resíduos de borracha, resíduos de madeira, resíduos de 
materiais têxteis, resíduos de minerais não-metálicos, areia de fundição, 
bagaço de cana e outros resíduos não perigosos. 
• Resíduo Classe ll A – Não inertes: São aqueles que não se enquadram 
nas classificações de resíduos classe l – Perigosos ou de resíduos classe ll 
B – Inertes. Os resíduos desta classe não podem apresentar propriedades 
de biodegradabilidade, combustibilidade ou solubilidade em água. 
• Resíduos Classe ll B – Inertes: São os resíduos que, quando amostrados 
de uma forma representativa, segundo a ABNT NBR 10007:2004, e 
submetidos a um contato dinâmico e estático com água destilada e 
desionizada, à temperatura ambiente, conforme ABNT NBR 10006:2004, 
não tiverem nenhum de seus constituintes solubilizados a 12 concentrações 
superiores aos padrões de potabilidade de água, excetuando-se aspecto, 
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cor, turbidez, dureza e sabor, conforme anexo G da ABNT NBR 
10004:2004. 
 
 
7.1. MATERIAIS RECICLÁVEIS 
 
 Vidro: Garrafas, vidros de conserva, lâmpadas incandescentes, cacos de 
vidro. Objetos pontiagudos devem ser embalados em jornal, evitando acidentes de 
trabalho. 
Plástico: Embalagens de produtos de limpeza, garrafas plásticas, tubos e 
canos, potes de creme e xampu, baldes e bacias, restos de brinquedos, sacos, 
sacolas, copos descartáveis e saquinhos de leite. 
Papel: Jornais, listas telefônicas, folhetos comerciais, folhas de caderno, 
revistas, folhas de rascunho, papéis de embrulho, caixas de papelão, caixas de 
brinquedo, caixas de leite longa vida. 
Metais: tubos de pasta de dente, latinhas de cerveja e refrigerante, enlatados, 
objetos de cobre, alumínio, lata, chumbo, bronze, ferro, zinco. 
Lixos Úmidos ou Orgânicos: Serve como material para enriquecimento do 
solo através da compostagem e minhocultura’. Entre eles destacam-se: cascas de 
frutas, folhas secas, cascas de ovos, restos de alimentos, papéis molhados e 
engordurados. 
 
 
7.2. MATERIAIS NÃO RECICLÁVEIS 
 
Lixo de Banheiro: Papel higiênico,lenço de papel, curativo com sangue, 
fraldas descartáveis, absorventes higiênicos. 
Outros: Cerâmicas, pratos, pirex e similares, trapos de roupas sujas, toco de 
cigarro, cinza e ciscos, acrílico, lâmpadas fluorescentes, papéis plastificados, 
metalizados ou parafinados, papel carbono, fotografias, fitas e etiquetas adesivas, 
espelhos, vidros planos, cristais, pilhas. 
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8. COMPOSIÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS 
 
Segundo o IBGE, 2005, a média de produção de lixo do brasileiro oscila em 
torno de 1,2kg de lixo por habitante/dia. 
Segundo estudo realizado e apresentado por NUNESMAIA (2002) “Os dados 
da caracterização física dos resíduos das cidades estudadas apontam os principais 
materiais encontrados nos resíduos sólidos domiciliares: a fração orgânica (acima de 
50%, na forma de restos de alimentos), seguida de papéis (acima de 10%), e 
plásticos (superior a 10%). Outras frações secas, potencialmente recicláveis, embora 
representem pequena parcela do total dos resíduos, têm valor econômico no 
mercado informal de reciclagem.” 
 
QUADRO 8 – Distribuição percentual de materiais potencialmente recicláveis 
contidos nos resíduos domiciliares de 5 cidades brasileiras. 
 
“O percentual médio de materiais recicláveis encontrados nos resíduos 
sólidos domésticos das 5 cidades é da ordem 27%. Os dados da caracterização 
física dos resíduos domiciliares de Curitiba foram obtidos com o lixo descarregado 
normalmente no aterro de Cachimba, representando uma diferença de 16 pontos 
percentuais em relação à média das outras 4 cidades. Justificado pela separação 
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na fonte (coleta seletiva municipal e coleta informal) dos materiais antes deles serem 
encaminhado ao aterro sanitário.” 
Desta forma, elaboramos algumas considerações: 
Com base nos estudos realizados e no número de habitantes existentes no 
Município de Vera Cruz do Oeste, o qual é um total de 8.973 habitantes segundo 
ultimo senso do IBGE, e sabedores que a produção média de lixo/habitante/dia é de 
1,2 Kg, tem-se o valor aproximado de lixo gerado diariamente no Município: 
 
- Total de lixo gerado no Município = N° habitantes X Média de lixo gerado 
Kg/dia 
- Total de lixo gerado no Município = 8.973 habitantes X 1,2 Kg/dia 
- Total de lixo gerado no Município = 10.767,6 Kg/dia 
 
Desta forma, considerando conforme estudos realizados por NUNESMAIA 
(2002), que em média 27% do lixo é formado por materiais recicláveis, e ainda 
afirma que 50% do lixo domiciliar é formado por materiais orgânicos, o qual é um 
material ainda que poderá vir a ser aproveitado através de compostagem, 
(atualmente o município ainda não dispõe de área de pátio para realização do 
processo, os resíduos seguirão para o aterro municipal), desta forma, pode-se 
realizar algumas conclusões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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TABELA 6: Considerações sobre o lixo gerado em Vera Cruz do Oeste. 
TOTAL DE LIXO GERADO 10.767,6 Kg/dia 
Percentual a ser 
considerado 
Quantidade 
Kg/dia 
Destinação Final adequada 
27% Resíduo passível de 
reciclagem 
2.907,252 Kg/dia Separação direta da fonte 
geradora seguindo para 
Cooperativa de Catadores de 
Materiais Recicláveis de Vera 
Cruz do Oeste 
50% Material orgânico 5.383,8 Kg/dia Seguirá para o Aterro 
Municipal de Vera Cruz do 
Oeste. 
23% Materiais 
resultantes/não reciclável 
2.476,548 Kg/dia Seguirá para o Aterro 
Municipal de Vera Cruz do 
Oeste. 
LLA Engenharia e Assessoria Ambiental. 2011. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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 Eng. Ambiental – Eng. de Segurança e Medicina do Trabalho 
 
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Av. Tiradentes, Nº. 2711/Centro/CEP: 85880-000/Itaipulândia/Paraná 
CNPJ: 05.017.195/0001-04/Fone/Fax: (45)3559-1433 
llaengenharia@hotmail.com 
 
9. SEGREGAÇÃO 
 
Com o aumento da cultura capitalista e consequentemente aumento do 
consumo de materiais industrializados acaba-se gerando uma quantidade maior de 
resíduos per capta. Ao se evidenciar isto, varias preocupações começaram a surgir 
no entorno do assunto, tanto por parte de ambientalistas como da sociedade civil. 
Desta forma, começaram a surgir normas e leis para diminuir a quantidade de 
resíduos assim como diminuir os impactos dos mesmos quando dispostos no meio 
ambiente. Analisando-se as alternativas disponíveis e avaliando a que melhor se 
adapta a realidade, nota-se que entre as alternativas de tratamento a que mais é 
aceita e interessa a população em geral, é a de Reciclagem. 
Os principais benefícios ambientais da reciclagem dos materiais existentes no 
lixo (plásticos, papéis, metais e vidros) são: 
• Economia de matérias-primas não-renováveis; 
• Economia de energia nos processos produtivos; 
• Aumento da vida útil dos aterros sanitários. 
Este método também desperta a consciência ambiental, envolvendo não só o 
tema de reciclagem, mas toda a revisão de proteção do meio ambiente, uma quebra 
de paradigma facilita outras mudanças de comportamento, facilitando adoção de 
mais práticas de proteção ambiental. 
Indica-se para o Município, formas de educação ambiental e conscientização 
da população, para realizar a separação direta nas fontes geradoras. Para atender 
este objetivo, alguns métodos devem ser empregados de forma a incentivar e 
educar a população. 
 
 
9.1. COLETA SELETIVA PORTA A PORTA 
 
É o modelo mais utilizado atualmente, será empregado em toda a extensão 
da área urbana do Município. Este método propõe a separação pela população dos 
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resíduos produzidos, segregando os materiais recicláveis existentes dos resíduos 
domésticos para que os mesmos sejam mais facilmente recolhidos pelos meios 
específicos, ou seja, pelos catadores da ACMR ou veículos próprios da Prefeitura 
Municipal. 
A separação dos materiais recicláveis nas residências pode ser feita 
individualizando-se os materiais recicláveis e acondicionando-os em sacolas ou 
contêineres diferenciados ou agrupando-os em um único recipiente. Propõe-se, a 
utilização de sacos plásticos ou bolsas de volume 60 Litros, distribuídos pela 
Prefeitura Municipal em todas as moradias do centro urbano, para a colocação dos 
resíduos passiveis de reciclagem, a exemplo de papéis, plásticos, metais e vidros. 
 Quanto aos resíduos orgânicos e não recicláveis, poderão ser dispostos em 
sacolas plásticas conforme descrição no item de Acondicionamento. 
Portanto, o modelo prevê que a população separe os resíduos domésticos em 
dois grupos: 
• Materiais orgânicos (úmidos), compostos por restos de alimentos e 
materiais não recicláveis (lixo). Devem ser acondicionados em um 
único recipiente e/ou contêiner e coletados pelo sistema de coleta

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