Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Conceitos Principais Breve Histórico Sistemas e Equipamentos de Medição de EE para Faturamento Aspectos Regulatórios, Tarifários e Normativos Tópicos Especiais em Medição de EE Exercícios e Aplicações SUMÁRIO 1 1 2 CONCEITOS PRINCIPAIS Exatidão Inviolabilidade Segurança Física Segurança de Dados Relação Comercial Exclusividade 2 3 CONCEITOS PRINCIPAIS EXATIDÃO – Medidas de Energia e Demanda Ativa e Reativa Manter os desvios das medições de energia e demanda ativa e reativa (kWh/kW e kvarh/kvar) em relação às grandezas-padrão dentro dos limites máximos permitidos pelos organismos metrológicos legais, pelas Normas Brasileiras e /ou internacionais e especificações com as quais estão subordinadas. Exemplo: Controle metrológico legal INVIOLABILIDADE: Os equipamentos de medição de faturamento devem estar acondicionados de tal forma que minimizem a possibilidade de adulteração e dispor de selagem e procedimentos associados que garantam a sua inviolabilidade ou deixem sinais visíveis de que ocorreram manipulações indevidas. Exemplos: medição externa, proteção depois da medição, etc. 3 CONCEITOS PRINCIPAIS SEGURANÇA FÍSICA: Uma vez que a maioria dos equipamentos de medição para faturamento estão instalados no interior das unidades consumidoras (propriedade privada), os padrões de instalação, os procedimentos associados e todas as tarefas envolvidas devem seguir rígidos controles de segurança, notadamente nas instalações consumidoras, por envolver vidas e patrimônios de terceiros, podendo afetar a qualidade do fornecimento. Exemplo: Explosão de TC em subestação da Unidade Consumidora. Achei interessante colocar uma foto de uma instalação real. 4 5 CONCEITOS PRINCIPAIS SEGURANÇA DE DADOS: Manter os registros internos preservados por meio de senhas ou criptografia (memória, configurações, parâmetros, constantes , etc). Exemplo: Alteração indevida de programação interna das constantes do medidor. EXCLUSIVIDADE: Os equipamentos e sistemas de medição de faturamento devem possuir suas instalações, características e funções associadas (operação e manutenção) para uso exclusivo, de modo a evitar que eventuais operações indevidas afetem seu funcionamento. Exemplo: Medição de qualidade de energia/medição operacional e medição de faturamento em sistemas e instalações separados 5 6 CONCEITOS PRINCIPAIS MANTER OS SISTEMAS DE MEDIÇÃO DE FATURAMENTO COM NÍVEL DE EXATIDÃO DE ACORDO COM OS REGULAMENTOS METROLÓGICOS.(CARACTERÍSTICAS DISTINTAS DA MEDIÇÃO OPERACIONAL). PRESERVAR A RECEITA DA EMPRESA DE EVENTUAIS PERDAS (ENERGIA E DEMANDA NÃO FATURADAS)DE ORIGEM EXTERNA E INTERNA. GARANTIR QUALIDADE DE ATENDIMENTO AO CONSUMIDOR. CUMPRIR AS QUESTÕES CONTRATUAIS E REGULATÓRIAS DA RELAÇÃO COMERCIAL DE COMPRA E VENDA DE ENERGIA ELÉTRICA. 7 CONCEITOS PRINCIPAIS Medição Direta – A tensão e a corrente fornecidas ao medidor são obtidas diretamente no circuito da carga. Medição Indireta – A tensão e a corrente são obtidas indiretamente, via transformadores de corrente (TCs) e transformadores de potencial (TPs). Correntes superiores a 200 A e tensões acima 380 V fase-fase, na maioria dos casos. Na BT, em geral, utilizam-se apenas TCs. Para MT e AT utilizam-se TPs e TCs. 7 8 CONCEITOS PRINCIPAIS 8 9 CONCEITOS PRINCIPAIS R$ 8 Bilhões (2015). 9 10 CONCEITOS PRINCIPAIS PAÍS 1960 2014 AUSTRALIA 13 % 5 % AUSTRIA 8 % 5 % BELGICA 5 % 5 % CANADÁ 9 % 9% INDIA -------------- 19% JAPÃO 11 % 4% USA 9 % 6% BRASIL --------------- 14 % Perdas Totais – Transmissão e Distribuição 10 11 BREVE HISTÓRICO 1882 – Edison - Contador químico de Ampere – hora: duas chapas de zinco ligadas através de um shunt no circuito do cliente. A cada mês os eletrodos do cliente eram pesados e determinados os gastos a partir desse processo. Método era ineficiente e ocorriam muitos erros. 1885: Galileo Ferraris de Turim preparou o caminho para o desenvolvimento de um tipo de medidor de kWh (o fluxo magnético produzido por duas bobinas, agindo sobre um rotor metálico, produz uma força, que o faz girar). 1894 – Shallenberger Este conceito foi refinado no primeiro medidor de watthora de indução comercialmente produzido. 12 Medidores eletromecânicos BREVE HISTÓRICO Medidores eletromecânicos com iniciadores de pulsos(externos ou internos)+ Registradores Digitais. 12 13 Medidores eletrônicos / “smart meters”/ medidores inteligentes BREVE HISTÓRICO Sistemas Integrados – Centros de Controle de Medição 13 14 BREVE HISTÓRICO 14 15 BREVE HISTÓRICO MEDIDOR COMO PARTE INTEGRANTE DE UMA REDE INTELIGENTE 16 BREVE HISTÓRICO TEMPO DE VIDA ÚTIL – DEPRECIAÇÃO MEDIDOR ELETROMECÂNICO : 25 A 30 ANOS MEDIDOR ELETRÔNICO : 13 ANOS. EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA - REESTRUTURAÇÃO DO SETOR ELÉTRICO – TARIFAS HOROSAZONAIS – TELEMEDIÇÃO 16 17 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO A MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO APRESENTA DIFERENTES CONFIGURAÇÕES E TOPOLOGIAS, P.EX.: MEDIÇÃO DIRETA (SEM TCs / TPs) MEDIÇÃO INDIRETA (COM TCs / TPs) CIRCUITOS MONOFÁSICOS A 2 OU 3 FIOS, BIFÁSICOS(3 fios) OU TRIFÁSICOS (3 ou 4 fios) Teorema de Blondel (1893): “Em um sistema de fornecimento de energia elétrica com N condutores, são necessários apenas N-1 elementos de medição (um elemento composto por uma sensor de potencial e um sensor de corrente), apropriadamente conectados, para medir a energia entregue à carga. A conexão deve ser feita de tal modo que todos os sensores de potencial estão ligadas em um ponto de um dos condutores no qual não está ligada nenhuma bobina de corrente”. 17 18 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO Teorema de Blondel (1893): Válido para qualquer sistema polifásico com qualquer número de fios. Sem restrição de desequilíbrio nas tensões, correntes e fator de potência. Algumas soluções podem não atender totalmente ao teorema mas são comercialmente aceitas sob determinadas condições.(monofásico a três fios, por exemplo). 18 19 Subestação 34,5 kV/13,8 kV Subestação 69 kV/34,5 kV SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 19 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO X1 X2 X3 V -V 2 x V 20 21 X1 X2 X3 X0 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO Va Vb Vc 21 22 SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO H1 H3 H2 VA VB VC VAB VBC VCA 22 23 H1 H2 H3 X2 X3 X0 X1 X2 X3 Subestação 34,5 kV/13,8 kV SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 23 24 gerador carga fase neutro I V elemento de medição EXEMPLO: FORNECIMENTO A DOIS FIOS, MONOFÁSICO. SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO + _ P = V . I . cos (Ɵ) watts Q = V . I . sen (Ɵ) vars V I V I V Ɵ Ɵ I + _ Sensor de tensão Sensor de corrente 24 25 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATUARMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, TRIFÁSICO, SEM NEUTRO. cargas Vb Va Vc Vcb Ia Ic Ib Vab Y ou + _ _ + Vb Va Vc -Vb Vab Ia Vcb Ic Ib Neste tipo de medição NÃO pode haver cargas com conexão à terra, uma vez que esta constituiria o quarto fio, produzindo erros no sistema de medição. Deste modo todas as cargas devem ser de ligação estrela isolada ou em delta. Condição: soma fasorial Ia + Ib + Ic =0 25 26 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATUARMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, TRIFÁSICO, SEM NEUTRO. Delta ou Estrela isolada – Média Tensão Neste tipo de configuração temos as seguintes combinações de correntes e tensões nos elementos do medidor para se obter a potência/energia ativa das cargas: 1° elemento: Vab (circuito de potencial) e Ia (circuitode corrente) 2° elemento: Vcb (circuito de potencial) e Ic( circuito de corrente) Potência p/ Medidor = Vab ^ Ia + Vcb ^ Ic = Potência da Carga Considerando que Ia + Ib + Ic = 0 (fasorialmente) 26 27 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATUARMENTO 27 28 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, TRIFÁSICO, SEM NEUTRO. Potência ativa = 60*0,95 = 57 kW Considerando que Ia + Ib + Ic = 0 (fasorialmente) 28 29 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, TRIFÁSICO, SEM NEUTRO. Conexão fase-terra (DESEQUILIBRADO)produz erro na medição Soma fasorial Ia + Ib + Ic ǂ 0 ɛ = + 50,87 % 29 30 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A QUATRO FIOS FIOS, TRIFÁSICO, COM NEUTRO. cargas Vcn Ia Ic Ib Vbn neutro Y Van + + + _ _ _ Vb Va Vc Ia Ic Ib 30 31 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, MONOFÁSICO (RURAL). I1 I2 V/2 V/2 + _ Sensores de I1 e I2 ajustados com fator de multiplicação ½. Desvios na exatidão devido a pequenos desbalanços nas tensões de saída do trafo são considerados desprezíveis( < 0,2 %) V/2 V/2 V I1/2 ou I2/2 31 32 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO EXEMPLO: FORNECIMENTO A TRÊS FIOS FIOS, BIFÁSICO COM NEUTRO. I1 Van Vbn + _ + _ I2 Van Vbn I1 I2 32 33 TIPOS DE MEDIDORES Monofásico de medição direta 33 34 Bifásico de medição direta 34 35 Bifásico de medição direta 2 35 36 Trifásico de medição direta 36 37 Trifásico de medição indireta 37 38 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ATIVA MEDIÇÃO INDIRETA (TERMINAIS DE CORRENTE E TENSÃO SEPARADOS) Terminais de potencial e corrente separados para conexão aos TCs e TPs. 38 39 39 40 40 41 41 42 42 43 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ATIVA ELETROMECÂNICOS Registrador de ponteiros Registrador ciclométrico 43 44 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ELETROMECÂNICOS PRINCÍPIO BÁSICO DE FUNCIONAMENTO: Interação eletromagnética (fluxos magnéticos da Bp e Bc e correntes induzidas no disco), de modo a produzir, no disco, um conjugado proporcional à energia que deve ser medida e registrada pelo referido equipamento, de acordo com a seguinte equação: WATT-HORA = Tensão(V) x Corrente (A) x Fator de potência (F.P.) x Tempo (Horas). 44 45 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO Perdas do circuito de potencial são de responsabilidade da concessionária. 45 46 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ELETROMECÂNICOS Registrador de ponteiros 46 47 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 47 48 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 48 49 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ATIVA ELETROMECÂNICOS Bobina de potencial Bobina de corrente ± ± kWh Elemento de medição MEDIÇÃO DIRETA 49 50 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 50 51 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 51 52 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS DE MEDIÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA - MEDIDORES DE ENERGIA ELETROMECÂNICOS Principais componentes: · Bobina de potencial, altamente indutiva, com grande número de espiras de fio fina, ligada em paralelo com a carga a ser medida; · Bobina de corrente, com poucas espiras de fio grosso de cobre, para ser ligada em série com a carga a ser medida; · Núcleo de material ferromagnético; · Imã permanente para produzir um efeito frenador proporcional à velocidade do disco, em qualquer condição de carga; · Disco de alumínio associado a um sistema mecânico de engrenagens e um registrador; Ajustes de Calibração. 52 53 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIDORES DE ENERGIA ATIVA ELETROMECÂNICOS CONSTANTES ASSOCIADAS AO MEDIDOR DE ENERGIA ELÉTRICA ELETROMECÂNICO 1) constante de disco KD: O medidor eletromecânico produz um conjugado CM proporcional à VI cos , onde é o ângulo do fator de potência da carga a ser medida. No projeto do medidor é definida uma velocidade nominal, em geral 500 rph, 1000 rph ou 1800 rph, nas condições de corrente nominal e tensão nominal, com fator de potência unitário. A partir daí podemos estabelecer a constante do disco do medidor (KD) que indica o número de Watts-hora equivalente a uma rotação do disco do medidor, considerando medidor monofásico e fator de potência unitário, nas condições nominais. 53 54 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO CONSTANTES ASSOCIADAS AO MEDIDOR DE ENERGIA ATIVA ELETROMECÂNICO 1) constante de disco KD: Potencia (watts) =Vn * In * 1.0, na velocidade nominal Wn (rotações por hora), logo: KD = Vn * In * 1 Wn Para um medidor monofásico de 120 Volts, 15 Amperes e velocidade nominal 1000 rotações por hora teremos um valor de KD = 120 x 15 /1000 = 1,8 Wh/rotação. Esta constante é utilizada para aferir o medidor tanto em campo quanto em laboratório. 54 55 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO Principais características de especificação: Tensão Nominal Corrente Nominal e Corrente Máxima Freqüência nominal Constante do Registrador e Constante do Disco Relação de Acoplamento e Relação do Registrador Número de elementos Terminal de prova interno (evitar manipulação) Tipo do mancal (magnético/mecânico) Classe de Exatidão MEDIDORES DE ENERGIA ATIVA ELETROMECÂNICOS 55 56 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE DEMANDA (CONCEITOS) O termo demanda quando aplicado no setor elétrico significa: média das potências elétricas ativas ou reativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado. A demanda é expressa pela grandeza kW (quilowatts) ou MW (megawatts) e pode ser obtida pela seguinte expressão: DEM = Energia elétrica absorvida pela carga no intervalo de tempo T Intervalo de tempo T 56 57 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO CONSUMIDOR INDUSTRIAL PLÁSTICO INDUSTRIAL METALÚRGICO DEMANDA (kW) 1800 600 UTILIZAÇÃO 8 HORAS/DIA 24 HORAS/DIA CONSUMO (kWh)/MÊS 432.000 432.000 MEDIÇÃO DE DEMANDA – PORQUE? Maior necessidade de investimento – MT e AT Consumidores com fornecimento em BT, que compartilham de forma mais capilar uma mesma rede e equipamentos de transformação, com menor nível de investimento por unidade consumidora são faturadas com base somente no consumo (kWh – tarifa monômia). 58 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE DEMANDA (CONCEITOS) PRINCIPAIS CONCEITOS ASSOCIADOS À DEMANDA Demanda Máxima: maior valor obtido, em ciclo mensal de faturamento, a partir da média das potências elétricas ativas oureativas, solicitadas ao sistema elétrico pela parcela da carga instalada em operação na unidade consumidora, durante um intervalo de tempo especificado (15 minutos). 59 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO kWh kWh 60 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE DEMANDA (CONCEITOS) PRINCIPAIS CONCEITOS ASSOCIADOS À DEMANDA Reposição de Demanda OU Fechamento de Fatura: Número de vezes em que é atuado o dispositivo de um medidor ou registrador de demanda, de modo a retroceder ou retornar a zero seu valor e iniciar um novo período de medição. Esta atuação também registra e atualiza o valor da demanda acumulada no período. 61 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO Medidores de demanda eletro-mecanicos, de princípio térmico e registradores digitais de demanda são considerados obsoletos com a obrigatoriedade da tarifa diferenciada (horosazonal) para todas as unidades consumidoras de MT e AT e a obsolescência natural desses tipos de medidores, que deixaram de ser fabricados e instalados. Nas UCs que necessitam da medição de faturamento da DEMANDA são utilizados medidores eletrônicos. MEDIÇÃO DE DEMANDA (CONCEITOS) 62 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) A energia reativa (varh), diferente da energia ativa (Wh), não é convertida em trabalho, porém é necessária para produzir os fluxos magnéticos (presentes equipamentos instalados no sistema elétrico, como transformadores, motores, geradores, reatores, etc) ou campos elétricos nas cargas capacitivas (linhas de transmissão, por exemplo). A quase totalidade das instalações elétricas das unidades consumidoras apresenta uma predominância de cargas indutivas A potência total requerida pela carga e na qual é baseada no dimensionamento dos sistemas elétricos é definida como potência aparente e é expressa em VA, e pode ser obtida da soma vetorial das potências ativa e reativa. 62 63 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATUARMENTO Para um circuito monofásico: VA = V x I WATTS = V x I x COS VARS = V x I x SEN = V x I x COS( 90 - ) MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) 64 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO As instalações com baixo fator de potência apresentam uma série de desvantagens tanto para a concessionária quanto para o consumidor entre as quais podemos destacar as seguintes: · Redução da capacidade de fornecimento do sistema elétrico da concessionária; · Queda de tensão nas instalações da unidade consumidora; · Aumento das perdas de energia ativa nos condutores; · Aumento das faturas de energia elétrica. IMPACTOS NOS INVESTIMENTOE E NOS CUSTOS DE OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO DO SISTEMA ELÉTRICO. SINAL ECONÔMICO VIA TARIFA PELO SISTEMA DE MEDIÇÃO. MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) 65 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO A legislação prevê que unidades consumidoras, em determinadas situações devem possuir medição de energias e demandas reativas para que a concessionária venha a faturar valores de modo a incentivar que o fator de potência dessas instalações fique o mais próximo possível da unidade e acima de um valor pré-estabelecido, que no Brasil é de 0,92, com critérios específicos determinados por Resolução 414 da ANEEL. É importante esclarecer que o valor que a concessionária fatura está associado à energia ativa que seria liberada pelo sistema caso o fator de potência estivesse acima de 0,92 e não à energia reativa propriamente dita. AS TARIFAS APLICADAS SÃO EM R$/kWh (para energia) e R$/kW(demanda) MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) 66 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) P-capacidade liberada ao sistema pela redução da energia reativa. kW kvar P kVA 67 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO Q1 Q2 PL MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) PL como função de P, φ1 e φ2. P= S1 x cos φ1 P + PL = S1 x cos φ2 PL = S1 x cos φ2 - P PL = P x cos φ2 - P cos φ1 PL = P ( cos φ2 - 1 ) cos φ1 68 Este conceito está de acordo com as expressões do faturamento: MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO 69 SISTEMAS E EQUIPAMENTOS PARA MEDIÇÃO DE E. E. PARA FATURAMENTO MEDIÇÃO DE ENERGIA E DEMANDA REATIVAS (CONCEITOS) PRINCIPAIS MÉTODOS DA MEDIÇÃO DE ENERGIA REATIVA AUTOTRAFO DEFASADOR MÉTODO Q MEDIÇÃO ELETRÔNICA (Usados atualmente) (Foram muito utilizados em medidores eletromecânicos – Medição Indireta)
Compartilhar