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RESUMO DE FISIOLOGIA 1 - INTRODUÇAO A FISIOLOGIA E FISIOLOGIA MUSCULAR

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INTRODUÇÃO À FISIOLOGIA
Humore (latin) =humor fluido, líquido: sangue, pulmão (fleuma), bílis amarela (fígado) e bílis vermelha (baço).
Hipócrates: “O alimento é um remédio”
Sangue: plasma e substância figurada (eritrócitos, leucócitos e plaquetas)
No sangue com anticoagulante encontramos fibrinogênio. Sem o coagulante o fibrinogênio vai se transformar em fibrina no coágulo.
Diferenças entre os líquidos extra e intracelulares: o liquido extracelular contem grandes quantidade de íons sódio, cloreto e bicarbonato, mais os nutrientes para as células, tais como oxigênio, glicose, ácidos graxos e aminoácidos, além de CO2 e produtos celulares que vão ser excretados. O liquido intracelular difere, em especial, contém grandes quantidades de íons potássio, magnésio e fosfato. Essas diferenças são mantidas por mecanismos especiais de transporte de íons através das membranas celulares.
Homeostasia (manutenção do meio interno): a palavra é usada pelos fisiologistas para significar manutenção das condições constantes, ou estáticas, do meio interno. Em essência, todos os órgãos e tecidos do corpo exercem funções que ajudam a manter essas condições constantes.
O líquido extracelular é transportado para todas as partes do corpo em duas etapas distintas: a 1ª depende do movimento do sangue ao longo do sistema circulatório, e a 2ª, do movimento de liquido entre os capilares sanguíneos e as células.
Conforme o sangue circula pelos capilares, ocorre troca contínua de liquido extracelular entre a parte de plasma do sangue e o liquido intersticial que preenche os espaços entre as células: os espaços intercelulares. Assim, o liquido extracelular, por todo o corpo, tanto o do plasma com o do liquido contido nos espaços intercelulares está continuamente misturado, o que garante sua homogeneidade quase total.
Sistema: uma série de componentes que funciona no conjunto
Classificação dos sistemas: isolado (botijão de nitrogênio líquido – não há troca de energia nem de matéria), fechado (serpentina da geladeira – há troca apenas de energia) e aberto (organismos em geral – há troca de energia e de matéria).
Sistemas orgânicos: sistema nervoso, neuromuscular, respiratório, cardiovascular, endócrino, urinário e reprodutor.
Tipos de sistema: controlado (há controle de entrada e saída) e não-controlado (não há controle).
sistema controlador (ex: centro respiratório no cérebro – sensor – controla a respiração).
Entrada (input) sistema saída (output)
Retroalimentação ou feedback: estímulo sistema efeito fisiológico
Feedback negativo: quando diminui os efeitos do estímulo
Feedback positivo: quando amplifica os efeitos do estímulo.
A maioria dos sistemas de controle do corpo atua pelo processo de feedback negativo. por exemplo, na regulação da [] de CO2, uma [] elevada de CO2 no liquido extracelular provoca aumento da ventilação pulmonar e isso, por sua vez, produz redução da concentração de CO2, dado que os pulmões conseguem excretar maior quantidade de CO2 para fora do corpo. Em outras palavras, a [] elevada provoca redução da concentração, o que é negativo em relação ao estimulo inicial.
Nos mecanismos reguladores da pressão arterial, a elevação da pressão causa uma serie de rações que resultam em redução da pressão, ou a queda da pressão causa uma serie de reações que resultam em elevação da pressão. Nos dois casos, os efeitos são negativos em relação ao estímulo inicial.
Em termos gerais, se algum fator aumenta ou diminui muito, um sistema de controle ativa um feedback negativo, que consiste em uma serie de alterações que fazem com que esse fator retorne a determinado valor médio, mantendo assim, a homeostasia.
Todavia, se for considerada a natureza do feedback positivo, imediatamente será visto que ele nunca leva à estabilidade, mas, sim, à instabilidade e, muitas vezes, à morte. No feedback positivo, o estimulo inicial provoca seu próprio aumento. Ele é melhor conhecido como “ciclo vicioso”, mas, na verdade, um grau moderado de feedback positivo pode ser compensado por mecanismos de controle por feedback negativo do corpo.
Um importante uso do feedback positivo é representado pela geração de sinais neurais. Isto é, quando a membrana de uma fibra nervosa é estimulada, isso causa pequeno influxo de íons sódio, através dos canais de sódio da membrana neural, para o interior da fibra. Esses íons sódio que penetram na fibra modificam o potencial da membrana, o que causa abertura de mais canais, levando a maior variação do potencial, abertura de mais canais adicionais, e assim por diante. Assim, de um inicio bem pequeno, ocorre explosão de influxo de sódio que gera o potencial de ação. Por sua vez, esse potencial de ação excita a fibra nervosa em ponto adiante, o que faz com que esse processo progrida ao longo de todo o comprimento da fibra. 
 Dor/hipovolemia/stress
A dor estimula uma parte do cérebro a produzir um hormônio (hormônio corticoliberina – CRH) que age na hipófise produzindo acetilcolina (ACTH) que atua na região cortical do fígado que libera cortisol no sangue. Esse cortisol vai produzir ação anti-inflamatória entre outras respostas. Quando o cortisol chega ao cérebro, ele causa a diminuição da produção de ACTH – feedback negativo.
Nível de cortisol alto no sangue indica stress. Eu-stress = stress bom. Di-stress = stress ruim.
 Pressão arterial volta ao normal!
Quando a pressão arterial diminui, essa informação é mandada para o cérebro (centro vasomotor). Resposta: aumento da força de contração e aumento da freqüência cardíaca.
Centro da sede – sistema nervoso central (cérebro) controla o nível de água no corpo.
Termorregulação: Receptores cutâneos e centrais Hipotálamo.
Frio vasoconstrição (diminui a superfície de troca de calor), tremores - termogênese.
Calor vasodilatação, sudorese (perda de água para o meio) e ofego. 
Controle da glicemia:
Hiperglicemia: alto nível de glicose no sangue – sinalização para as células de que não precisa produzir energia, a célula começa a estocar sua energia (gordura e glicogênio). INSULINA
Hipoglicemia: quando o nível de glicose está abaixo do normal – sinalização para a célula liberar energia (produzir energia), usar do seu estoque. GLUCAGON
 
Reostasia: o nível de um parâmetro pode ser mantido próximo ao nível de referência por mecanismos homeostáticos (homeostase). Contudo, sabe-se que ao longo do tempo o nível de referência pode ser modificado (reostase) possibilitando as adaptações e a evolução das espécies.
Ritmos biológicos: podem durar ms ou anos.
Ciclo claro/escuro – 24h ciclo circadiano 20-28h
Ciclos não-circadianos (ex: cortisol tem seu nível aumentado de manhã e diminuído durante a noite): infradianos: menor freqüência (>28h) ex: ritmo cardíaco e respiração ;e ultradianos: maior freqüência (<20h) ex: ciclo menstrual e estral.
BASES DA FISIOLOGIA CELULAR: núcleo, RER, REL, complexo de Golgi, mitocôndria, membrana plasmática.
Núcleo: possui poros; é uma região bem delimitada contendo material genético; a sua membrana possui projeções que dão origem ao RE.
RER: síntese de proteínas. OBS: a mensagem para a produção de prot. sai pelos portos do núcleo. 
REL: síntese de hormônios e de lipídeos
Aparelho de Golgi: completa a formação das proteínas.
Mitocôndrias: respiração celular – ela capta o O2 na produção de ATP liberando H2O e CO2; possui material genético – consegue se multiplicar sozinha. 
OBS: o excesso de glicose vence a capacidade da mitoc. O acetil-CoA é convertido em ácido graxo e reservado – lipogênese. Na falta de glicogênio, pega-se o triglicerídeo e quebra-o para liberar energia – lipólise.
Reações químicas ou hormônios ativam fatores de transcrição gênica que iniciam a produção de RNAm a partir do DNA.
O DNA forma RNAm que vai para o RER que sintetiza proteína. Essa proteína sai na forma de vesículas e se agrega ao complexo de Golgi. Quando a prot. sai do CG elaestá pronta para ser utilizada.
Todas as organelas celulares são revestidas por membranas, formadas, em sua maior parte, por lipídeos e por proteínas. Os lipídeos dessas membranas formam barreiras que impedem o livre deslocamento da água e das substancias solúveis em água entre os diferentes compartimentos da célula. As moléculas de proteína, por sua vez, penetram, com certa freqüência, através de toda a espessura dessas membranas, o que interrompe a continuidade da barreira lipídica e, por conseguinte, formam pertuitos para a passagem de substâncias especificas através dessas membranas.
Membrana plasmática - sua estrutura básica é uma bicamada lipídica (fosfolipídios e colesterol) com proteínas globulares dispersas (glicoproteínas). As regiões hidrofóbicas da camada lipídica ficam localizadas centralmente, enquanto a porção hidrofílica fica voltada para a superfície em contato com a água que banha a célula.
O vírus da raiva possui uma mol. de gordura envolvendo-o, o que facilita sua passagem na membrana celular.
O2, CO2 e álcool são lipossolúveis. Íons, glicose e uréia são hidrossolúveis.
A membrana é uma estrutura fluida, e não sólida. 
São encontrados dois tipos de proteínas: as integrais, que atravessas toda a espessura da membrana, e as proteínas periféricas, que ficam apenas presas à superfície da membrana.
Muitas das proteínas integrais formam canais estruturais, pelos quais podem difundir as substancias hidrossolúveis, especialmente os íons, entre os líquidos intra a extracelular. Outras proteínas integrais atuam como proteínas carreadoras para o transporte de substancias na direção oposta à natural de sua difusão, o que é chamado de “transporte ativo”.
Proteínas integrais ou transmembranas: canais protéicos e receptores – 1º mensageiro
Proteínas periféricas: via de sinalização – 2º mensageiro.
Junção GAP: comunicação entre as células.
No encontro de duas células, algumas proteínas transmembranas se justapõe formando um canal comunicante.
Propriedades da membrana plasmática: lipossolubilidade, semi-permeabilidade, permeabilidade seletiva e potencial redox (potencial de oxi-redução – a membrana plasmática é dotada de eletricidade).
Forças que influenciam na cinética das moléculas (potencial eletroquímico):
Potencial físico-químico: concentração, pressão e temperatura
Potencial elétrico: DDP (voltagem)
	Substratos
	
	
	Na+
	LIC <	 LEC
	
	K+
	LIC	 >	LEC	
	
	Ca2+
	LIC	<	LEC
	
	Cl-
	LIC	<	LEC
	
	HCO3-
Fosfato
Glicose
	LIC	<	LEC
LIC	 >	LEC
LIC	 < LEC 
	
Concentração de várias substâncias nos líquidos intra e extracelulares
Transporte através da membrana:
Passivo (do mais concentrado para o menos): osmose; e difusão: simples (canais protéicos e espaços intermoleculares) ou facilitada (carreadores protéicos).
Ativo (do menos concentrado para o mais): exige gasto de energia além da cinética.
A difusão simples pode ser feita entre as camadas de fosfolipídeos ou através de canais protéicos. Alguns desses possuem comportas que controlam a abertura do canal enquanto outros permanecem sempre abertos. A abertura e o fechamento das comportas são controlados por dois modos principais:
1. Comportas voltagem-dependentes: nesse mecanismo, a conformação molecular da comporta depende do potencial elétrico através da membrana celular. Por exemplo, quando existe forte carga negativa no interior da membrana celular, os canais de sódio permanecem fortemente fechados; por outro lado, quando o interior da membrana celular perde sua carga negativa, as comportas se abrem, permitindo a passagem de quantidades imensas de sódio para o interior da célula, por meio dos poros de sódio. Essa é a causa básica dos potenciais de ação dos nervos, responsáveis pelos sinais neurais. As comportas de potássio também abrem quando o interior da membrana celular fica carregado positivamente.
2. Comportas ligando-dependentes: algumas comportas dos canais protéicos são abertas quando outra molécula se fixa à proteína; isso produz alteração conformacional da molécula de proteína que abre ou fecha a comporta. Um dos exemplos mais importantes de comportas ligando-dependentes é o efeito da acetilcolina sobre o chamado canal de acetilcolina (ou canal colinérgico). Essa substancia abre a comporta desse canal permitindo a passagem de todas as moléculas e íons positivos com diâmetros menores que o do canal. Essa comporta é especialmente importante na transmissão de sinais de uma célula nervosa a outra e de uma célula nervosa à célula muscular.
3. Comportas controladas por sinal: a comporta abre (fecha) em resposta a uma molécula especifica intracelular.
4. Comportas abertas por segundos mensageiros: um neurotransmissor se conecta ao receptor; uma G-proteína acoplada no interior da membrana é ativada; a G-proteína se une a uma proteína efetora que modula o canal protéico ou a G-proteína vai diretamente modular o canal.
OBS: canal de Na+ é voltagem dependente (neurônios possuem muitos canais de sódio)
Na+, Ca2+ e K+ passam pelo canal colinérgico (canal com ligante acetilcolina)
Neurotransmissores de dentro da célula causam uma serie de respostas (msgs). O nt se liga a uma prot que manda sinal para uma outra prot que abre seu canal.
Difusão facilitada possui a participação de proteína carreadora especifica. Isto é, o carreador facilita a difusão da substancia para o outro lado. A molécula se agrega a um sítio da proteína (dotada de alosterismo – mudança de forma conforme a necessidade).
Os diversos fatores que influenciam a permeabilidade da membrana celular são:
1. A espessura da membrana
2. A lipossolubilidade
3. O numero de canais protéicos pelos quais a substância pode passar
4. A temperatura
5. O peso molecular da substância difusora
Transporta ativo:
O processo da difusão simples tende sempre a equilibrar as concentrações nas duas faces da membrana. No entanto, alguma fonte de energia deve provocar o movimento “ladeira acima” dos íons potássio, para o interior da célula, e, também, o movimento dos íons sódio para fora da célula. Quando a membrana celular transfere moléculas ou íons “ladeira acima” contra um gradiente de concentração, o processo é chamado de transporte ativo.
No transporte ativo primário, a energia é derivada diretamente da degradação do ATP ou de qualquer comporto de fosfato rico em energia. No transporte ativo secundário, a energia é derivada, secundariamente, de gradientes iônicos que foram criados, em primeiro lugar, por transporte ativo primário. Nos dois dados, o transporte depende de proteínas carreadoras, que atravessam toda a espessura da membrana, com acontece na difusão facilitada. Contudo, no transporte ativo, a proteína carreadora funciona de modo distinto, pois ela é capaz de transferir energia para a substância transportada, a fim de que possa mover-se contra o gradiente eletroquímico.
Transporte ativo primário (bomba de sódio-potássio): o mecanismo de transporte ativo estudado mais detalhadamente é a bomba sódio-potássio, o processo de transporte que bombeia os íons sódio para fora, através da membrana celular, enquanto, ao mesmo tempo, bombeia os íons potássio de fora para dentro. Essa bomba está presente em todas as células do corpo e é responsável pela manutenção das diferenças de concentração de sódio e de potássio através da membrana celular, além de estabelecer um potencial elétrico negativo no interior das células. A parte interna dessa proteína tem atividade de ATPase. A quebra do ATP gera bastante energia capaz de lançar dois íons de potássio para dentro da célula e três íons de sódio para fora.
Transporte ativo secundário (co-transporte e contratransporte): quando os íons sódio são transportados para fora das células por transporte ativo primário, forma-se, na maioria das vezes, um gradiente de concentração de sódio muito intenso – concentração muito elevada no exterior e muito baixa no interior. Esse gradiente representa um reservatório de energia, visto que o excessode sódio, no exterior da célula, tende sempre a se difundir para o interior. Sob condições adequadas, essa energia de difusão do sódio pode, literalmente, puxar outras substâncias, junto com o sódio, através da membrana. Esse fenômeno é chamado de co-transporte; é uma das formas do transporte ativo secundário.
 
Potenciais elétricos da membrana plasmática
Potencial de equilíbrio iônico – refere-se à diferença de potencial na membrana plasmática para um determinado íon de acordo com o seu gradiente de equilíbrio.
Equação de Nernst-Planck Ex= [(R.T)/F.z] x In[Xe]/[X]i
Potencial de repouso da membrana plasmática (Em): refere-se ao potencial de equilíbrio eletroquímico da membrana plasmática.
Equação de Goldman. Técnica de Patch-Clamp.
Potencial de ação (PA):
Célula despolarizada é quando as cargas se invertem: o interior da célula fica mais eletropositivo do que o exterior. Despolarização é marcada pela abertura dos canais de sódio. A repolarização é marcada pela abertura dos canais de potássio. Na hiperpolarização, a membrana fica ainda mais negativa do que o normal.
Fase de repouso: é o potencial de membrana em repouso, antes que comece o potencial de ação. Diz-se que a membrana está polarizada durante esta fase, devido ao elevado potencial de membrana presente. 
Anestesia (geral) diminui o potencial de despolarização da célula (o potencial de sensibilidade da célula).
Propriedade do potencial de ação:
Principio do tudo-ou-nada: uma vez tenso sido produzido um potencial de ação, em algum ponto da membrana de fibra normal, o processo de despolarização irá se propagar, se as condições forem adequadas, por toda a membrana e, caso as condições não sejam adequadas, poderá não se propagar. Isso é aplicado a todos os tecidos excitáveis normais.
Período refratário: um novo potencial de ação não pode ser produzido enquanto a membrana estiver despolarizada pelo potencial de ação precedente. A razão disso é que, logo depois que se inicia um potencial de ação, os canais de sódio ficam inativados e qualquer quantidade de sinal excitatório que seja aplicada a esses canais nessa fase não irá abrir as comportas de inativação. A única condição que as reabrirá é o retorno do potencial de ação ao valor (ou quase) do potencial de membrana em repouso. Absoluto (a célula não responde a um novo estimulo subseqüente) ou relativo (dependendo da intensidade do estimulo a célula pode entrar e um novo PA).
O impulso nervoso é um Potencial de Ação.
O canal de sódio (voltagem dependente) recebe estimulo e vai despolarizando (se abrindo).
Fibra nervosa amielínica tem despolarização mais lenta que a fibra nervosa mielínica porque a segunda possui despolarização saltitante (condução saltatória).
Basicamente, qualquer fator que faça com que os íons sódio possam fluir para o interior, através da membrana, em número significativo, irá deflagrar a abertura regenerativa, automática, dos canais de sódio. Isso pode resultar de perturbação mecânica na membrana, de efeitos químicos sobre a membrana ou da passagem de eletricidade através dela. Todos esses processos ocorrem em diferentes territórios do corpo para a produção de potencias de ação nos nervos e nos músculos.
Transmissão sináptica:
Eletrica: através das junções do tipo gap, que estão presentes nas células epiteliciasm da glia e musculares lisa e cardíaca.
Química: quando a transmissão sináptica ocorre por intermédio de um neurotransmissor entre células nervosas ou ainda entre neurônios e células efetoras (muscular e glandular).
Os neurotransmissores são produzidos e armazenados em vesículas, quando liberados ligam-se a membrana de outras células (acoplamento).
Potencial pós-sináptico:
excitatório (PPSE): quando o potencial pós-sináptico for despolarizante. Ele diminui o tempo entre um impulso e outro. Taquicardia.
inibitório (PPSI): quando o potencial pós-sináptico for hiperpolarizante. Bradicardia.
Somação de potenciais pós-sinapticos:
Espacial: aumenta o numero de sinapses (os locais de ação da sinapse)
Temporal: diminui o tempo entre os PA.
Receptores ionotrópicos a sua proteína funciona como canal e como receptor. Quando um neurotransmissor se liga a esse tipo de proteína o seu canal se abre.
Receptores metabolotrópicos o neurotransmissor acoplada no domínio não determina a abertura do canal porque a proteína do receptor não é um canal. Ele é apenas receptor. O acoplamento ativa uma proteína periférica ocasionando a via de sinalização que no final ativa a abertura de um canal iônico.
Receptor colinérgico: reage a acetilcolina
Receptor nicotínico: no músculo esquelético; SN pós-ganglionar
Receptor adrenérgico: reage a adrenalina.
Neurotransmissores: excitatórios (geram PPSE) e inibitórios (geram PPSI)
Fatores que podem interromper a sinapse: mudança conformacional do receptor, hidrolise do neurotransmissor, difusão do neurotransmissor pelo interstício e/ou retorno à célula pré-sináptica, internalização do receptor por endocitose e ligação do neurotransmissor a um receptor na membrana do terminal pré-sináptico (auto-receptor).
Fisiologia neuromuscular:
Tipos musculares: músculo estriado esquelético, músculo estriado cardíaco e músculo liso.
Os músculos esqueléticos são compostos por numerosas fibras. Cada uma dessas fibras é formada por diversas subunidades, cada uma menor que a outra.
Propriedades dos músculos: contratilidade, tonicidade (tônus postural), condutibilidade (junção gap) e termorregulação.
As fibras nervosas que chegam aos músculos são mielinizadas.
Cada fibra muscular contém de muitas miofibrilas. Cada miofibrila, por sua vez, contém vários filamentos de miosina e filamentos de actina, que são grandes moléculas poliméricas, responsáveis pela contração muscular. 
A partir do disco Z, os filamentos de actina se estendem, nas duas direções, para interdigitar os filamentos de miosina. O disco Z, que é formado por proteínas filamentosas diferentes das dos filamentos de actina e de miosina, passa de miofibrila a miofibrila, fixando-as entre si, ao longo de toda a espessura da fibra muscular. Por conseguinte, toda a fibra muscular apresenta faixar claras e escuras, como acontece com a miofibrila. Essas faixas dão ao músculo esquelético e cardíaco sua aparência “estriada”.
A região de uma miofibrila situada entre duas linhas Z consecutivas é chamada de sarcômero. 
Sarcoplasma: citoplasma muscular possui um número imenso de mitocôndrias que produzem grande quantidade de ATP.
Retículo sarcoplasmático.
O receptor pós-sináptico do músculo é nicotínico (colinérgico).
Miastenia grave: doença autoimune que destrói os receptores nicotínicos interrompe a sinapse – o músculo vai parando de contrair. É chamada de ELA nos humanos.
Paresia: diminuição dos movimentos
Paralisia: não há movimentos
Hemiparesia: diminui os movimentos de um dos lados do corpo.
Toxina botulínica: inibe a liberação da Ach, não deixa o Ca2+ agir na fusão da vesícula sináptica para a exocitose de Ach Paralisia flácida (músculo relaxado).
Neostigmia: impede a hidrolise da Ach (inibe a AchE – acetilcolisterase). Paralisia fásica.
Organofosforato: possui o mesmo efeito da neostigmia. Provoca sialorréia (salivação em excesso). É produzido pelo carrapato.
Curare (dardos de índios): vem de uma planta que compete com o Ach. Existe uma droga parecida que é uma pré-medicação para anestesia e conteção de animal.
Atropina: mais eficiente na musculatura lisa (paralisia flácida).
Hipocalcemia em vacas leiteiras: diminui a concentração de Ca2+ no soro não libera Ach.
Toxinas de animais peçonhentos: bloqueia os canais de cálcio no neurônio não libera Ach.
O mecanismo geral da contração muscular:
1. Um potencial de ação percorre um axônio motor até suas terminações nas fibras musculares
2. Em cada terminação, há secreção de pequena quantidade de substancia neurotransmissora, chamada acetilcolina.
3. A acetilcolina atua sobre área localizada da membrana da fibra muscular, abrindo numerosos canais protéicos acetilcolina dependentes.4. A abertura desses canais permite o influxo de grande quantidade íons sódio para o interior da membrana da fibra muscular, no ponto da terminação nervosa. Isso produz um PA na fibra muscular.
5. O potencial de ação se propaga ao longo da membrana da fibra muscular do mesmo modo como o faz nas membranas neurais.
6. O potencial de ação despolariza a membrana da fibra muscular e também penetra profundamente no interior dessa fibra. Aí, faz com que o reticulo sarcoplasmático libere, para as miofibrilas, grande quantidade de íons cálcio, que ficam armazenadas em seu interior.
7. Os íons cálcio geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que deslizem um em direção ao outro, o que constitui o processo contrátil.
8. Após uma fração de segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o reticulo sarcoplasmático, onde permanecem armazenados até que ocorra novo potencial de ação muscular; termina a contração muscular.
Miofibrilas são formados pór miofilamentos protéicos grosso (miosina) e fino (actina, tropomiosina e troponina.
O RE (ou RS) envolve as miofibrilas. Existe um Tubo T (transverso) que mantem contato intimo com o RS formando uma tríade. 
Quando a membrana é despolarizada, o tubo T também despolariza. Esse tubo, que segue pelo interior do miofilamento, leva essa despolarização até o RS.
Aumento da força de contração depende de: aumento da freqüência de PAs (somação temporal) e recrutamento de unidades motores (somação espacial).
Fibras musculares lisas: formato fusiforme, contém filamentos de miosina II e actina-F, não possui troponina e miofibrilas, não possui um sistema T pronunciado.
Excitabilidade: através de um sincício funcional, neurotransmissores (noradrenalina, acetilcolina), hormônios. 
Sintese de proteína:
A informação de necessidade de certa proteína chega ao núcleo e a partir disso é feita a cópia do DNA, ( denominado transcrição , produção de RNAm através do DNA) expondo o DNA será construída uma molécula de RNA ( a cópia é feita pela enzima RNA polimerase) essa cópia é o RNAm. Após fazes essa copia o DNA se fecha e volta ao normal e o RNAm atravessa o núcleo em direção ao RER. No RER existe um RNS glândular (por isso é chamado de rugoso: RNAr) o RNAm então se liga ao RNAr. O RNAr faz uma leitura do RNAm (tradução) ai o RNAt se liga a um tipo especifico de aa e o RNAt se liga ao RNAr liberando o aa (ao iram se ligando pelos códons, a fita de RNAm vai se movimentar). E o RNAt que deixa o seu aa no RER volta ao citoplasma e se liga a novos aa, esses aa juntos formam o proteína que precisam adquirir sua forma para ter e exercer algum tipo de função. Então essa proteína vai ate o CG onde ocorre um processo de maturação proteica ( ela ganha outros componentes ) a partir dai é englobada em uma vesícula e vai para a próxima pilha do CG. A proteína se dirige para a membrana, se funde com ela e ganha o espaço extra celular.
Contração muscular:
Após o estimulo chegar ao axônio motor, até as terminações nas fibras musculares é secretada acetilcolina. A acetilcolina vai atuar sobre a área da membrana da fibra muscular, abrindo vários canais proteicos acetilcolina dependentes. A abertura desses canais permite o influxo de grande quantidade íon sódio para o interior da membrana da fibra muscular, isso produzirá um potencial de ação. O potencial vai se propagar ao longo da membrana do mesmo modo como nas fibras neuronais. O potencial de ação despolariza a membrana e também penetra no interior da mesma, fazendo com que o reticulo sarcoplasmático libere para as miofibrilas ,grande quantidade de íons cálcio que vão ser armazenadas no seu interior. Os íons cálcio geram forças atrativas entre os filamentos de actina e miosina, fazendo com que a actina deslize sobre a miosina constituindo o processo contrátil. Após alguns segundo, os íons cálcio são bombeados de volta para o reticulo sarcoplasmático onde são armazenados até que ocorra um novo potencial de ação muscular.

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