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Fisiologia geral

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1Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Fisiologia 
conceito que estuda o funcionamento de todas as partes de um organismo vivo, bem como o funcionamento 
do organismo como um todo. Estudo dos sistemas separadamente, com a consciência de que todos os sistemas se necessitam 
mutualmente para bom funcionamento. 
 A fisiologia humana é uma ciência interativa, isto é, cada sistema deve trabalhar bem, para que o todo possa trabalhar 
bem. Pode-se comparar a várias engrenagens trabalhando, tendo que ter a cooperação uma com a outra; sendo que se uma parar 
de funcionar, a outra tende a parar de funcionar igualmente. 
 Sistema muscular e esquelético formam o Sistema Osteomuscular: que nos provê o movimento, o deslocamento. 
Sistema cardiocirculatório: representação do coração e de todos os vasos sanguíneos, como as artérias, veias e capilares. 
Sistema nervoso: é composto por Sistema Nervoso Central e Periférico. O SNC é composto por encéfalo e medula espinhal, 
e o SNP é composto por nervos, que emergem do Sistema Nervoso Central. Esses nervos alcançam todas as estruturas do corpo 
humano, tanto as superficiais quanto as profundas. O grande centro processador, funcionalmente falando, é o SNC, porém, sem 
os outros sistemas ele também não funciona. 
 Sistema Linfático: é um sistema que trabalha em conjunto com o sistema cardiocirculatório, com a diferença que não possui 
uma bomba central, então depende do bom funcionamento do cardiocirculatório. Dependendo também do bom funcionamento do 
sistema muscular. Todos esses sistemas compõem o sistema humano, e todos eles separadamente precisam trabalhar em conjunto, 
sendo que nenhum é capaz de isoladamente manter o corpo humano. 
 
 
2Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
a unidade funcional básica do corpo é célula. 
 Todas as células do corpo humano possuem 
basicamente as mesmas estruturas e composição, 
diferenciando-se uma das outras somente pelo seu formato, 
que se apresentam de acordo com a função de cada sistema 
(a célula do sistema muscular apresenta formato cilíndrico 
para pode contrair e relaxar, já a do sistema nervoso 
apresenta muitas ramificações para transmitir E receber 
rápido os impulsos nervosos até o SNC e vice-versa). 
 
• As células são formadas por cinco substancias básicas: 
- Água: está presente em concentrações de 70% a 85% da 
célula, formando o citoplasma. 
- Proteínas: normalmente constituem de 10% a 20% da 
massa celular, participando da formação dos poros da 
membrana. 
- Lipídeos: constituindo cerca de 2% das células em geral, 
participam da construção da membrana celular e nuclear. 
Contudo, formam cerca de 95% das células de “gordura” - 
adipócitos. 
- Carboidratos: contém cerca de 1% da massa celular total. 
- Íons: especialmente o magnésio (Mg), potássio (K), fosfato 
(P), sulfato (S) e bicarbonato (NaHCO3), já em pequenas 
quantidades, tem-se o sódio (Na), cloro (Cl) e cálcio (Ca), na 
composição química do citoplasma. 
• Membrana plasmática, citoplasma, organelas e núcleo 
• As células contêm muitas estruturas físicas altamente 
organizadas, chamadas de organelas, cujas 
características e funções serão descritas a seguir: 
- Membrana Celular: barreira à passagem de água e de 
soluções hidrossolúveis entre o liquido extracelular (que banha 
as células) e o liquido intracelular (que se encontra no interior 
das células). Atravessando essa membrana celular existem 
proteínas, chamadas de poros, as quais representam 
passagens por onde pode fluir água e substancias 
hidrossolúveis. 
- Membrana Nuclear: separa o nucleoplasma do citoplasma 
circulante. A membrana nuclear é bem mais porosa do que a 
membrana celular, ou seja, apresenta mais proteínas. 
- Reticulo Endoplasmático: se apresenta como liso e rugoso. 
As membranas do reticulo endoplasmático são semelhantes à 
membrana celular e é na superfície dessas membranas que 
é realizado a maior parte das reações químicas da célula. 
Presos a muitas áreas do reticulo endoplasmático rugoso 
estão os ribossomos, presentes em grande número para 
sintetizar as proteínas, as quais podem passar diretamente 
para o interior reticulo endoplasmático, por onde serão 
transportadas para outras partes das células. 
- Complexo de Golgi: semelhante ao reticulo endoplasmático e 
funciona em intima associação com ele. Geralmente, as 
proteínas e as outras substancias sintetizadas pelo reticulo 
endoplasmático passam para o Complexo de Golgi, onde 
sofrem as últimas etapas do seu processamento, formando 
assim, componentes intracelulares adicionais como as 
vesículas secretórias, os lisossomos, etc. 
- Mitocôndria: muitas delas são distribuídas por todo o 
citoplasma, chegando a várias centenas em uma única célula. 
Essas estruturas são chamadas de “usinas” celulares, pois 
convertem a energia do alimento em energia que é 
armazenada sob a forma de trifosfato de adenosina (ATP). 
▪ Obtenção de O2 e nutrientes. 
▪ Execução de reações químicas geradoras de energia. 
▪ Eliminação de resíduos. 
▪ Síntese de proteínas e de outros componentes 
celulares. 
▪ Controle do trânsito de materiais entre a célula e o 
ambiente. 
▪ Movimentação de materiais por toda a célula. 
▪ Reação ao ambiente. 
▪ Reprodução. 
 
 
3Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
▪ O líquido extracelular é um tampão entre as células e o 
mundo externo. 
▪ Estado de equilíbrio das diversas funções e composições 
químicas do corpo, como por exemplo a temperatura, o 
pulso, pressão arterial, taxa de açúcar no sangue, etc. 
▪ Entre as células existe uma quantia de liquido que as 
circundam. Este liquido recebe o nome de liquido 
extracelular, liquido intersticial ou meio interno do 
organismo. 
▪ O meio interno do organismo contém os nutrientes e 
outros constituintes necessários à manutenção da vida 
celular, ou seja, tanto os nutrientes que nos alimentamos, 
quanto o oxigênio que respiramos, são levados pelo 
sangue até esse liquido, o qual ofertam para a célula aquilo 
que elas precisam para realizarem seu metabolismo. 
▪ Do mesmo modo, quando a célula realiza suas funções, 
liberam restos metabólicos e gás carbônico para o 
sangue, que transportará essas substancias até os 
órgãos encarregados de os eliminar. 
▪ O líquido que forma o meio interno é continuamente 
misturado em todo o corpo, por efeito do 
bombardeamento de sangue pelo coração e pela difusão 
de líquidos através da membrana capilar que ocorre nos 
dois sentidos, permitindo as trocas entre a parte do 
liquido extracelular do sangue (plasma) e a parte do liquido 
extracelular que ocupa os espaços entre as células, que 
é chamada de líquido intersticial. 
 
 
 
 
 
 
▪ Sistema Respiratório (Pulmões e Vias aéreas): controla 
as concentrações de oxigênio e gás carbônico no meio 
interno. 
▪ Sistema Urinário (Rins e Bexiga): manutenção da água e 
soluto do meio interno, controlando as concentrações dos 
diferentes íons. E eliminação de resíduos. 
▪ Sistema Digestório (Estômago, Intestino, Fígado e 
Pâncreas): processa os alimentos, afim de prover os 
nutrientes adequados para o meio interno. 
▪ Sistema Muscular e Esquelético (Músculos esqueléticos e 
Ossos): dão sustentação e movimento para o corpo, de 
modo que este possa buscar compensação para suas 
próprias necessidades, como obtenção de alimento e 
água para o meio interno. 
▪ Sistema Nervoso (Encéfalo e Medula espinhal/espinal): 
inerva os músculos e controla o funcionamento dos 
órgãos internos com a liberação de moléculas 
reguladoras, desempenhando papel fundamental na 
homeostasia. 
▪ Sistema Endócrino (Glândula Tireoide e Glândula 
Suprarrenal): controla a maior parte das funções 
metabólicas do corpo, bem como a velocidade e a 
intensidade das reações químicas celulares, as 
concentrações de glicose, gorduras e aminoácidos nos 
líquidos corporais. 
▪ Sistema Reprodutor (Ovários, Úteros e Testículos): 
também tem papel importante na homeostasia, levando 
a formação de novos seres humanose novos meios 
internos para substituir os mais antigos, que envelhecem 
e morrem. 
▪ Sistema Circulatório (Coração, Vasos Sanguíneos e 
Sangue): transporte de substâncias entre todas as 
células do corpo. 
▪ Sistema Imune (Timo, Baço e Linfonodos): fazem a defesa 
contra agentes invasores. 
▪ Sistema Tegumentar (Pele): proteção do ambiente 
externo. 
 
 
 
 
 
4Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 . Os compartimentos 
corporais encontram-se em um estado de estabilidade 
dinâmica, mas não estão em equilíbrio. As concentrações 
iônicas são muito diferentes entre o liquido extracelular (LEC) 
e o liquido intracelular (LIC). 
▪ Potássio, Magnésio e Fósforo – LIC 
▪ O funcionamento da maior parte dos órgãos que formam 
o corpo, é dirigido no sentido de manter constantes 
(equilibradas) as condições físicas e as concentrações das 
substâncias dissolvidas nesse meio interno. 
 
▪ É o ciclo de eventos em que o estado de uma condição 
corporal é monitorado, avaliado, alterado, remonitorado, 
reavaliado e aí por diante. 
▪ É a informação que o emissor obtém da reação do 
receptor à sua mensagem, e que serve para avaliar os 
resultados da transmissão, ou até mesmo dar uma 
resposta. 
▪ Existem dois tipos de feedback, o negativo e o positivo! 
 
Reverte uma variação em uma condição controlada.
Quando um fator aumenta ou diminui muito, o sistema 
de controle ativa o feedback negativo, que consiste em uma 
série de alterações que fazem com que esse fator retorne 
a determinado valor médio, mantendo, assim, a homeostasia. 
 
 Exemplos: 
▪ A elevação da PA (Pressão Arterial) causa uma serie 
de reações que resultarão na redução da pressão. 
Como a queda da mesma causará uma serie de 
reações que resultará na elevação da pressão. 
▪ O aumento do nível de glucose no sangue, provocado 
pela ingestão de alimentos ricos em açúcar, dispara a 
produção de insulina no pâncreas que uma vez no 
sangue converte a glucose em glicogênio estabilizando 
os níveis de açúcar, assim este mecanismo tem a 
finalidade de anular variações indesejadas de glicose 
no sangue. 
▪ Se a temperatura ambiente atingir valores muito 
baixas o sensor (hipotálamo) detecta a discrepância 
entre o valor ideal e o monitorizado, neste caso é 
enviado ao hipotálamo a sensação de frio e são 
acionados comportamentos e respostas fisiológicas, 
tal como os arrepios ou a necessidade de agasalhos, 
que tendem a combater a diminuição da temperatura. 
 
Tende a aumentar ou reforçar uma mudança em uma 
condição. Nunca leva à estabilidade, e sim, a instabilidade, e, 
muitas vezes, a morte.
 É melhor conhecido como “ciclo vicioso”.
 Exemplos: 
▪ Quando um indivíduo perde muito sangue ocorre a queda 
da pressão e diminuição do fluxo sanguíneo no coração, 
essa diminuição faz com que o coração enfraqueça e 
bombeie menos sangue, desencadeando um 
enfraquecimento cada vez maior, nesse caso o indivíduo 
pode morrer em consequência desse processo. Porém 
isso não significa que ele é, apenas, um mecanismo ruim 
e que produz a destruição orgânica, há situações em que 
de fato ele é destrutivo, mas há outras em que ele é 
essencial. 
▪ Temos como por exemplo o parto. Em uma gravidez o 
MIOMÉTRIO, que é a parede do útero, é cheio de 
sensores, estes sensores avisam o sistema nervoso 
central (SNC), o qual é o seu controlador que você está 
saindo do equilíbrio, ou seja, ao chegar em 8 meses e 28 
dias os sensores do MIOMÉTRIO irão enviar uma 
mensagem para o SNC, avisando que ali não cabe mais 
aquele bebê, diante disto o SNC mandará outra 
mensagem para a HIPÓFISE que produzirá o hormônio 
OXITOCINA, esse hormônio irá agir na parede do 
MIOMÉTRIO para faze-la contrair, a cada contração é 
enviado uma nova mensagem pedindo mais hormônio, 
novos hormônio irão descer para realizar novas 
contrações, entrando em um ciclo vicioso que só 
finalizará com a saída do bebê do útero parando a 
produção de hormônios e consequentemente cessando 
as contrações. 
 
 
5Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Membranas Biológicas 
Barreira Biológica Seletiva que gera 
compartimentação, separação entre os meios intracelular e 
extracelular. 
Temos na membrana plasmática uma estrutura 
fluida, sendo esta composta por fosfolipídios em camada 
dupla conferindo a célula uma barreira física. Esta barreira é 
seletivamente permeável, permitindo à célula fazer uma 
troca com o meio, havendo a entrada de substâncias 
necessárias e a saída de resíduos do metabolismo. Sendo 
assim, há uma constante comunicação intracelular e 
extracelular. 
Presente na membrana plasmática, pode-se 
observar a presença de proteínas, que são como portas 
seletivas para a passagem de substâncias. Estas porta têm 
propriedades muito específicas para a passagem de 
substâncias entre o meio intracelular e o extracelular, a 
passagem é chamada de transporte transmembrana. Há dois 
tipos de transportes transmembrana: o passivo e o ativo. 
• Isolamento físico; 
• regulação de trocas com o meio; 
• comunicação entre a célula e o meio circundante; 
• suporte estrutural; 
1. A espessura da membrana — quanto maior, mais 
lenta será a difusão. 
2. A lipossolubilidade — quanto maior for a solubilidade 
da substância nos lipídios da membrana celular, maior 
será a quantidade de substância que pode dissolver-
se nessa membrana e atravessá-la. 
3. O número de canais protéicos pelos quais a 
substância pode passar — a velocidade da difusão 
é diretamente proporcional ao número de canais por 
unidades de área. 
4. A temperatura — quanto maior for a temperatura, 
maior vai ser o movimento térmico das moléculas e 
dos íons em solução, de modo que a difusão aumenta 
na proporção direta com a temperatura. 
5. O peso molecular da substância difusora. 
 
6Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
A maioria desses componentes são proteínas, e elas 
vão funcionar como estruturas que permitem determinadas 
substâncias penetrar na célula. 
• Poros ou canais – permitem a comunicação entre o 
lado interno e o externo da célula. Podem ser vistos 
como uma falha na continuidade da membrana. 
• Zonas de difusão facilitada – regiões que possuem 
moléculas de uma determinada espécie química em alta 
concentração; aí moléculas afins se difundem com mais 
facilidade através dessas zonas. 
• Receptores – sítios capazes de receber moléculas 
específicas. Com a ligação dessas moléculas uma 
mensagem é transmitida e a célula aciona mecanismos 
de abertura ou fechamento de poros, entrada ou saída 
de substâncias. Normalmente os receptores estão 
associados aos operadores. 
• Operadores – maquinismos moleculares capazes de 
transportar substancias através da membrana em 
sentido único. Os operadores que transportam para 
fora não transportam para dentro e vice-versa. 
 O liquido ou fluido extracelular, também chamado de 
meio interno está em constante dinâmica, é 
constantemente modificado, pois faz troca com a corrente 
sanguínea e também com as células. 
 O liquido intracelular preenche todo o espaço dentro 
da célula, neste liquido tem organelas celular. As organelas 
representam os órgãos das células que vão cumprir o 
metabolismo celular. 
As estruturas que compõem a membrana plasmática 
são proteínas diferentes e essas diferenças garantem que 
substâncias diferentes possam atravessar a membrana 
plasmática. É muito comum que uma substancia que 
ultrapasse a superfície da membrana através de uma 
proteína, não ultrapassaria através de outra proteína. 
Sendo assim, pode-se concluir que cada tipo de proteína vai 
garantir a passagem de substâncias diferentes para que 
essa célula tenha bom funcionamento. 
A manutenção constante da concentração dos 
solutos que estão distribuídos neste meio interno mantém a 
célula em equilíbrio, sendo que a comunicação do intracelular 
com o extracelular ajuda neste equilíbrio. 
A concentração do meio interno, que é o fluido 
extracelular, deve ter uma concentraçãomaior de sódio, 
cloreto e bicarbonato, enquanto a concentração do meio 
intracelular maior de potássio e fosfato. Isso não quer dizer 
que esses fatores não estejam presentes nos lugares 
opostos, mas apenas que há mais deles nesses 
determinados lugares. 
 
Nesta representação temos proteínas de cores 
diferentes, para representar que são diferentes, para a 
passagem de substâncias diferentes. Nela também 
observamos o gradiente eletroquímico onde o ambiente que 
tem a concentração maior de solutos doa solutos para o 
ambiente que tem a concentração menor, sendo essa a 
direção de passagem de substâncias. Mas deve-se observar 
que isso não é regra, pois isso não se aplica no transporte 
ativo, levando como exemplo a bomba de sódio-potássio. 
Na primeira passagem representada na imagem, 
chamada difusão simples, a substância atravessa a barreira 
da membrana plasmática, e essa passagem não utiliza 
nenhuma proteína de superfície para acontecer. Essa 
condição considera a lipossolubilidade da substância, tendo 
como exemplos substâncias que se dissolvem muito 
facilmente, como o Oxigênio para entrar e o carbônico para 
sair da célula; as substâncias alcoólicas também atravessam 
livremente; e a água, pois apesar da membrana ser lipídica, 
o movimento cinético das moléculas de água permitem que 
ela atravesse a barreira muito facilmente, lembrando que 
ela é liquida. Algumas vitaminas que fazem parte da dieta 
humana, alguns alimentos ingeridos, tendem a se dissolver, 
sendo consideradas lipossolúveis. 
Chamamos também de difusão simples a possibilidade 
que um determinado íon ou substância atravesse a 
membrana plasmática simplesmente porque a porta está 
aberta. Tendo como exemplo quando há um túnel em uma 
proteína e algumas substancias suficiente pequenas 
conseguem passar por este. Esta passagem é considerada 
 
7Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
difusão simples pelo fato da proteína não precisar ajudar a 
substância a passar. 
Difusão facilitada: proteína facilita a passagem das 
substâncias. 
Temos na representação a proteína na cor azul, 
esta proteína não tem o canal aberto, facilitando a 
passagem de apenas determinadas substâncias, isso vai 
depender de qual é a substancia e de como essa substância 
faz combinação com a proteína, podendo fazer combinação 
química, ou uma combinação elétrica, considerando a carga 
elétrica deste íon que quer passar pela proteína. Essa 
difusão tem esse nome pelo fato da proteína facilitar a 
passagem da substância. 
 O exemplo mais típico de transporte ativo nas 
nossas células é a bomba de sódio-potássio, e esta está 
presente na superfície de membranas celulares de tecidos 
excitáveis, porém, praticamente, todos os tecidos do nosso 
corpo são excitáveis de alguma forma. 
A bomba de sódio potássio é muito especial nas 
superfícies da membrana plasmática dos neurônios, do 
musculo estriado esquelético e do musculo estriado cardíaco. 
Esta bomba é uma proteína de superfície de membrana que 
depende do ATP celular para ela funcionar. 
 A teoria celular básica diz que a célula, faz 
metabolismo a partir das suas organelas, no final metabólico 
dessa célula o objetivo principal é na mitocôndria produzir ATP 
e esse ATP é produzido na presença do oxigênio. O ATP serve 
para que a bomba de sódio potássio possa trabalhar, sendo 
fundamental no tecido nervoso e no musculo estriado 
cardíaco e esquelético. Ela dá energia pelo fato de que essa 
bomba precisa fazer transporte transmembrana com 
gradiente de concentração. Essa bomba transporta 
substancias do ambiente onde elas estão em menor 
concentração para um ambiente de maior concentração. É o 
tipo de transporte que quem tem menos doa para quem tem 
mais, utilizando muita energia celular, muito ATP. 
No ambiente intracelular, há muito potassio e pouco 
sódio, e se a membrana é seletivamente permeável, os íons 
precisam ser controlados para se manter em ordem 
desproporcional entre os ambientes intra e extra celular. O 
normal, o equilíbrio é a desproporcionalidade entre esses 
ambientes, sendo que o extracelular tem muito sódio e pouco 
potássio. A bomba de sódio potássio garante essa condição, 
essa natureza, do muito sódio fora e do muito potássio 
dentro, sendo que há a oresença de ambos nos dois 
ambientes. 
A proteína do tipo bomba tem esta denominação pois 
consome energia, sendo que sua função é manter o 
desequilíbrio estável. É chamada de transporte ativo pois ela 
tem autonomia de trabalho, dependendo do ATP celular. 
Não esquecer: 
CADA TIPO DE PROTEÍNA DE SUPERFÍCIE DE 
MEMBRANA FUNCIONA PARA PASSAGEM DE UM TIPO DE 
SUBSTÂNCIA EM ESPECÍFICO. 
 Proteína bomba apresenta três sítios de ligação para 
sódio, e dois sítios de ligação para potássio. Quando a bomba 
está aberta para o lado interno o sódio automaticamente se 
prende, mas para essa proteína soltar o sódio para o lado de 
fora ela precisa consumir o ATP. 
 
 
 
 
 
 
8Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Importante: 
• Os espaços entre as células são preenchido pelo 
líquido extracelular. 
• Esse líquido é chamado de meio interno do 
organismo. Este contém os nutrientes e os íons 
necessários à manutenção da vida celular. 
• Sódio, cloreto e bicarbonato - LEC 
• Potássio, magnésio e fosforo – LIC 
 
Relembrando: 
temos dois meios: hipertônico e 
hipotônico. Esta difusão é basicamente a capacidade das 
substâncias de atravessar a membrana plasmática 
sempre obedecendo o gradiente de concentração, que é 
a regra de quem tem mais doa para quem tem menos. 
Este movimento é espontâneo, sem gasto de energia, 
sendo que essas substâncias são lipossolúveis e só 
atravessarão a membrana quando os ambientes 
estiverem em diferentes concentrações ele leva ao 
equilíbrio. 
na mesma condição de meios 
hipertônico e hipotônico, essa difusão será facilitada pela 
proteína por combinação química ou por carga elétrica 
da substância. Movimento de soluto do meio hipertônico 
para o meio hipotônico (meio hipertônico = meio com 
maior concentração de solutos). Transporte acelerado 
pela ação das permeases (proteínas de membrana). Leva 
ao equilíbrio. Transporta Glicose e Aminoácidos. Sem 
gastos de energia. 
consideramos os meios tônicos a partir da 
presença de solutos. A água tem a tendência de ser 
atraída do ambiente menos tônico, com menor 
concentração de solutos, para o mais tônico, com maior 
concentração de solutos, esse comportamento sendo 
chamado de osmose. Essa passagem torna o ambiente 
que recebeu a água mais volumoso, mas os dois são 
considerados isotônicos, porque em concentração eles 
estão iguais, apesar de em volume estarem 
desproporcionais. 
 Movimento de solvente do meio hipotônico para o 
meio hipertônico. Leva ao equilíbrio (isotônicod). 
movimento natural e 
espontâneo, sem gato de energia (passivo) . Movimento 
de soluto: difusão simples e difusão facilitada. Movimento 
de solvente: osmose. 
é necessário uma proteína 
para ele acontecer, considerando a tonicidade dos dois 
ambientes, sendo que o de menor tonicidade doa para 
quem tem mais. A proteína carregadora irá precisar de 
energia celular, ATP para realizar esse transporte. O 
desiquilíbrio estável causado deste transporte é uma 
condição necessária para manter a homeostasia das 
células auto excitáveis, como tecido nervoso, tecido 
estriado esquelético e cardíaco. 
 Movimento de soluto do meio hipotônico para o meio 
hipertônico. Gasto de Energia (ATP). Aumenta o 
desequilíbrio entre os dois meios. 
 Movimento de soluto 
do meio hipotônico para o meio hipertônico. Gasto de 
energia (ATP). Aumenta o desequilíbrio entre os dois 
meios. 
 
 um exemplo é o glóbulo 
vermelho, sendo que as proteínas transportadoras estão 
distribuídas de maneira regular por toda a sua membrana. 
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/transporte-ativo-passivo.htm
https://brasilescola.uol.com.br/biologia/transporte-ativo-passivo.htm
 
9Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 éuma célula de revestimento, 
sendo que as paredes dos órgãos são compostas por 
elas. Quando um órgão é oco, as células têm proteínas de 
transportes específicos, para substâncias especificas, e 
outras proteínas de absorção ou secreção no ambiente 
que representa a estrutura oca do órgão, que faz a 
função deste. Exemplo de órgão oco é estômago, que 
inicia a digestão química dos alimentos ingeridos. Cada tipo 
de célula, de cada tipo de tecidos, diante das 
especializações que essas células tem, ela terão em sua 
superfície mecanismos de transportes específicos para 
garantir que essa célula cumpra seu papel funcional. 
ISOTÔNICO: o glóbulo está em um ambiente isotônico, 
isto é, em um ambiente onde a concentração das 
substâncias está iguais entre o os ambientes intra e 
extra celular. 
 A água entra e sai ao mesmo tempo, a água 
atravessa o plasma sem modificar a célula, pois ela tem 
moléculas cujo movimento cinético é muito acelerado, 
facilitando sua passagem; e a superfície das membranas 
são hidrofilicias, apesar da parte interna da membrana 
ser hidrofóbica. 
 HIPERTÔNICO: a célula está em uma solução 
hipertônica. A tendência natural e fisiológica da água, no 
compartimento intra e extra celular, é que a água migre 
do ambiente que existe uma menor concentração de 
solutos para onde a concentração está aumentada. Nesta 
condição o glóbulo vermelho tende a murchar, e murcho 
(sem o seu formato original) ele não é eficiente para 
transportar oxigênio. Em fisiologia temos um mecanismo 
chamado feedback que tenta modificar essa grande 
concentração para que essa célula não sofra essas 
consequências de perder água para o ambiente. Por isso 
toda vez que você come muito sal, você terá sede, sendo 
um mecanismo de feedback negativo que tenta ir contra 
a variável modificada, sendo neste exemplo a presença 
do sal. 
 HIPOTÔNICO: neste ambiente a concentração de 
solutos extracelular tem uma concentração menor de 
solutos quando comparada a contração interna da célula. 
A tendência da água é buscar o ambiente de maior 
concentração para tentar igualar a proporção. Entre 
agua e soluto dos ddois ambientes. Nesse comportamento 
da agua entrar na celular, a célula ficará turgida (inchada) 
e se esta ficar muito inchada ela terá um rompimento de 
superfície, sendo que uma superfície se romperá e os 
constituintes internos irão se perder. Este rompimento 
da superfície celular representará uma lesão celular, e 
normalmente quando acontece este rompimento a célula 
lesionada não se reabilita, sendo removida pelo sistema 
imunológico do ambiente que ela ocupa. 
 
1. CANAIS NÃO REGULADOS – considera a lipossolubilidade 
das substancias. 
Por exemplo, a lipossolubilidade do oxigênio, do 
nitrogênio, do dióxido de carbono e dos álcoois é muito 
alta, sendo assim esses compostos são capazes de se 
dissolver diretamente na bicamada lipídica e se difundir 
através da membrana celular, de modo idêntico ao da 
difusão em solução aquosa. 
A velocidade de difusão dessas substâncias através 
da membrana é diretamente proporcional às suas 
lipossolubilidades. 
Observação: Quantidades extremamente grandes de 
oxigênio podem ser transportadas por esse modo; como 
resultado, o oxigênio chega ao interior da célula como se 
a membrana celular não existisse. 
2. CANAIS REGULADOS PELA VOLTAGEM – proteínas 
integrais atravessam a membrana, dependem de 
voltagem específica para abertura. 
Nesse mecanismo, a conformação molecular da 
comporta depende do potencial elétrico através da 
membrana celular. 
Por exemplo, enquanto existe forte carga negativa no 
interior da membrana celular, os canais de Na permanecem 
fortemente fechados. Quando o interior da membrana celular 
perde sua carga negativa, as comportas se abrem, 
permitindo a passagem de quantidades imensas de Na para o 
interior da célula, por meio dos canais específicos. 
Essa é a causa básica dos potenciais de ação dos nervos, 
responsáveis pelos sinais neurais. 
 
10Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
3. CANAIS REGULADOS PELA MODALIDADE – 
extremamente insolúvel nos lipídios da membrana, a água 
a atravessa facilmente; em parte, ela passa, de modo 
direto, através da bicamada lipídica e, em sua maior 
parte, pelas proteínas de canal. 
Rapidez: a quantidade total de água que se difunde, nas 
duas direções, através da membrana da hemácia, a cada 
segundo, é, aproximadamente, 100 vezes maior que o volume 
da hemácia. 
A razão: as moléculas de água são pequenas e sua 
energia cinética grande , assim elas penetram como projéteis 
na parte lipídica da membrana, antes que sua característica 
"hidrofóbica" consiga detê-las. 
Outras moléculas insolúveis em lipídios também podem 
atravessar a bicamada lipídica do mesmo modo como a água, 
desde que sejam suficientemente pequenas. 
4. CANAIS REGULADOS PELO LIGANDO - Algumas 
comportas dos canais protéicos são abertas quando 
outra molécula se fixa à proteína; isso produz alteração 
conformacional da molécula de proteína que abre ou 
fecha a comporta. 
Elas são chamadas de comportas ligando-dependentes, e 
a substância que se fixa à proteína é o ligando. 
Um dos exemplos mais importantes de comportas 
ligando-dependentes é o efeito da acetilcolina sobre o 
chamado canal de acetilcolina. Essa substância abre a 
comporta desse canal, criando um poro com diâmetro que 
permite a passagem de todas as moléculas e íons positivos 
com diâmetros menores que o do poro. 
Essa comporta é especialmente importante na 
transmissão de sinais de uma célula nervosa a outra e de uma 
célula nervosa à célula muscular. 
Bioeletrogênese 
Propriedade natural de produzir e consumir 
eletricidade. 
Razão: células vivas apresentam diferenças de 
potencial nos dois lados da membrana – onde o interior é 
sempre negativo e o exterior sempre positivo. 
Células nervosas e musculares, em especial as 
estriadas e algumas lisas, são "excitáveis” isto é, capazes de 
autogerar impulsos eletroquímicos em suas membranas e, na 
maioria dos casos, utilizar esses impulsos para a transmissão 
de sinais ao longo das membranas. 
A bomba de Na+ K+ (Sódio e Potássio) é uma bomba 
eletrogênica (eletro = energia elétrica; gênica = 
início/propiciar/produzir), pois mais cargas positivas são 
bombeadas para fora do que para dentro (três íons Na para 
o exterior para cada dois íons K para o interior), deixando 
déficit efetivo de íons positivos no interior; 
É o mesmo que criar carga negativa no interior da 
membrana celular. 
Quando a bomba de sódio e potássio joga três sódios 
pra fora, deixando muitos sódios fora da célula, e dois 
potássios dentro para deixar muitos potássios dentro da 
célula, provoca um déficit de íons positivos no interior da 
membrana, deixando-a eletronegativa. Não significando que na 
face interna terá apenas voltagem negativa e nem que na 
face externa terá apenas voltagem positiva. 
a arquitetura da 
membrana plasmática permite à célula manter diferentes 
concentrações iônicas entre os meios intra e extracelular. 
Razão: pois tem na superfície transporte ativo e 
permeabilidade seletiva – fundamentais na gênese (criação) 
do movimento de íons transmembrana (da membrana) e na 
produção e transmissão de sinais elétricos. 
Essas comportas de superfície de membrana, essas 
proteínas, que controlam a entrada e saída de solutos do meio 
intracelular e extracelular, funcionam como uma bomba 
geradora de energia, de cargas elétricas (principalmente a 
bomba de sódio/potássio). 
Estruturas especializadas e formam os canais 
iônicos. 
Atravessam a membrana plasmática inteiras, 
abrindo um canal onde vão passar as substâncias para dentro 
ou fora da célula. 
PROPRIEDADES: 
• Condutância 
• Reconhecem e selecionam íon específicos 
• Abrem e fecham em resposta a sinais 
específicos (elétricos, químicos ou mecânicos) – chamados 
canais controlados ou gated. 
 
11Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
• Outros abrem e fecham independentes do 
estimulo – canais passivos ou nongated.é o resultado da separação de 
cargas somente na superfície da membrana.
•Convenção: eletronegatividade interna e eletropositividade 
externa, porém, representam uma fração muito pequena da 
quantidade de íons dentro e fora da célula. 
A eletropositividade externa e a eletronegatividade 
interna são uma condição proporcionada pelo transporte 
transmembrana em especial a bomba de sódio/potássio, mas 
essa condição não é exclusiva visto que vários íons de outras 
várias cargas elétricas também estão presentes nesse meio 
celular intra e extra. 
Potencial de repouso, potencial de membrana, 
significa que esta célula está em repouso, está sem atividade 
funcional, sendo uma condição muito própria dos neurônios, 
que para comunicarem-se entre si no Sistema Nervoso 
Central ou para se comunicarem-se com os órgãos alvos, que 
são os órgãos da periferia, precisam conduzir um impulso 
eletroquímico; ao conduzir este impulso a membrana sai do 
potencial de repouso e entra no potencial de ação, entrando 
em atividade para que esse impulso seja transmitido para um 
próximo neurônio ou para um órgão alvo. 
Todas as células vivas tem um Potencial de 
membrana em repouso resultante da distribuição desigual de 
íons através da membrana celular. 
Fatores que influenciam o potencial de membrana: 
1. gradiente de concentração dos íons através da 
membrana celular 
2. permeabilidade da membrana a esses íons. 
 
Importante: 
 Quando o neurônio encontra-se no estado de 
repouso, as correntes de K e Na resultantes da difusão 
passiva dos íons através dos canais da membrana são 
balanceadas por transporte ativo pela Na+_K+ ATPase 
 Desse modo, nesse circuito elétrico a bomba 
seria o gerador de corrente, ou seja, manteria as baterias 
iônicas carregadas. A célula, por sua natureza, possui a 
habilidade de separar cargas de sinais opostos na sua 
superfície. 
 Algumas regras dessa separação se aplicam 
na física, sendo que os fenômenos físicos interferem 
diretamente no funcionamento biológico de nosso corpo. 
Na face interna da membrana das fibras nervosas existe um 
potencial elétrico de cerca de -90 mW 
 É um potencial elétrico causado por diferenças de 
concentração iônica, entre as duas faces da membrana 
celular (interna e externa). 
 Fundamental: na transmissão dos sinais neurais, no 
controle da contração muscular, da secreção glandular e 
outras funções celulares. 
 Em condições de repouso o potencial é negativo no 
interior da membrana 
 A concentração de íon K, é mais elevada na face interna 
da membrana, enquanto que na face externa da membrana 
é maior a concentração de íon Na. 
 
É a variação sequencial do potencial de membrana de negativo 
a positivo e, de novo volta para o negativo, em milésimos de 
segundo. 
 Um PA que ocorra em qualquer ponto da membrana de 
uma fibra nervosa, provoca a passagem de uma corrente 
elétrica pelo interior do axônio. 
 Essa corrente abre os canais de Na nas áreas vizinhas, 
fazendo com que o PA se propague por toda fibra. 
 Para conduzir um sinal neural, o PA se desloca, ao longo 
da fibra nervosa, até atingir seu término, transmitindo 
informações de uma parte do organismo para outra. 
 
12Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Esse potencial de ação tem dois estágios: 
1. O primeiro estágio do potencial de ação, onde muda sua 
polaridade de negativo para positivo, chama-se 
despolarização da membrana (membrana permeável 
aos íons Na) 
2. O segundo estágio do potencial de ação, onde retorna 
a polaridade para negativa, chama-se repolarização da 
membrana (fechamento dos canais de Na e abertura 
dos canais de K) 
. Lei do Tudo ou Nada: Um estímulo fraco não é capaz de 
excitar apenas uma parte da fibra nervosa. Ou o estímulo é 
bastante forte para despolarizar toda a fibra, ou 
simplesmente, não a despolariza. 
 Dos dois lados da membrana, temos os lados interno e 
externo, sendo o interno o citoplasma , tendo o aumento dos 
íons potássio e uma organização das cargas elétrica negativas 
de outros íons que participam da membrana plasmática, já 
que estão próximos da membrana pelo lado interno dela. Na 
região extracelular tem o acúmulo dos íons sódio e cargas 
elétricas positivas organizadas/acumuladas próximas a 
membrana em sua face externa, sendo esta uma condição 
nomeada “Polar”, tendo cargas negativas na face interna e 
positivas na face externa. 
 O neurônio é um tipo de célula especial, e tem a partir 
do seu corpo um prolongamento da membrana plasmática 
chamado axônio, alguns neurônios têm um prolongamento 
muito longo, sendo que é neste prolongamento que 
acontecerá a despolarização, que é o potencial de ação. 
 A membrana em repouso, o sódio e o potássio ficam nas 
posições descritas anteriormente, e quando este neurônio 
inicia uma atividade a fim de dar ordens a um órgão, o impulso 
nervoso irá trafegar pela superfície da membrana por 
despolarização (troca de polos). Temos uma abertura imediata 
dos canais de sódio, o sódio entrando na célula, provocando 
um feedback positivo. 
 O feedback positivo não compete com a condição 
funcional, exceto com algumas condições muito específicas. 
Um exemplo é a contração do músculo uterino sob a ação do 
hormônio ocitocina, também tem como exemplo a abertura 
dos canais de sódio para o sódio entrar, também como de 
potássio para o potássio sair, sendo neste momento que 
ocorre a inversão desses polos e a transmissão desse impulso 
elétrico, essa sequencia é muito rápida, acontece me 
milésimos de segundos. 
 Um impulso elétrico exemplar é quando furamos o dedo 
e tiramos o dedo do objeto furante, sem nem percebermos; 
sendo que terminações nervosas desta área foram ativadas, 
e a partir de um processo de despolarização de membrana, 
essa terminação nervosa levou a informação nociva até o seu 
sistema nervoso central que processou a informação nociva 
e mandou uma ordem para seu musculo contrair e retirar seu 
dedo dali. Isso aconteceu através de um mecanismo de sinais 
eletroquímicos que percorrem a superfície de membrana 
celular, em especial dos neurônios. Outras células de nossos 
tecidos e órgãos irão participar, mas elas possuem outras 
funções e outros mecanismos funcionais associados. 
 Esta condição de: estar polar, despolariza (troca os 
polos), repolariza (volta os polos para o lugar). No estado de 
repouso o negativo dentro e positivo fora. 
 
 
13Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 
 
Um feedback positivo abre os canais de sódio. 
1. Enquanto a membrana da fibra nervosa permanecer sem 
sofrer qualquer perturbação, nenhum potencial de ação 
ocorre no nervo normal. 
2. Se algum fator produzir uma elevação inicial suficiente do 
potencial de membrana, a partir do valor de -90 mV em 
direção ao zero, essa elevação da voltagem irá fazer com que 
muitos canais de Na voltagem-dependentes comecem a se 
abrir. 
3. Isso permite o influxo rápido de íons Na, o que produz 
elevação ainda maior do potencial de membrana, abrindo, 
assim, número ainda maior de canais de sódio voltagem 
dependentes e resultando em jorro mais intenso de íons Na 
para o interior da fibra. 
4. Obviamente, esse processo é um ciclo vicioso de feedback 
positivo que, caso esse feedback seja suficientemente 
intenso, irá prosseguir até que todos os canais de sódio 
voltagem-dependentes fiquem ativados (abertos). 
5. Em seguida, dentro de fração de milissegundo, a elevação 
do potencial de membrana produz o início da inativação dos 
canais de sódio, além da abertura dos canais de potássio, e o 
potencial de ação logo chega a seu fim. 
EVENTOS SEQUENCIAIS QUE OCORREM DURANTE E LOGO 
APÓS O POTENCIAL DE AÇÃO: 
• Durante o período de repouso, antes do início do 
potencial de ação, a condutância do K- é de 50 a 100x 
maior que a do Na+. 
• Com o início do potencial de ação, os canais de Na ficam 
instantaneamente ativados, permitindo aumento de 
5.000 vezes da condutância. 
• Em seguida,o processo de inativação fecha os canais 
de Na dentro de fração de milissegundo. 
• O início do potencial de ação também leva à ativação, 
pela voltagem, dos canais de K, fazendo-os abrir em 
fração de milissegundo após a abertura dos canais de 
sódio. 
• E, ao término do potencial de ação, volta a seu estado 
original. O retorno do potencial de membrana a seu 
estado negativo faz com que os canais de K se fechem 
• Em axônio não mielinizado: cada PA injeta cargas + que se 
disseminam para as regiões adjacentes. A região seguinte 
não tendo sido estimulada previamente é parcialmente 
despolarizada. Como consequência, seus canais de Na 
voltagem-dependentes abrem-se e o processo se repete. 
Desse modo segmentos sucessivos do axônio conduzem o 
potencial de ação. 
• Em axônio mielinizado: a bainha de mielina impede a corrente 
de NA para o interior, os PA somente podem ser produzidos 
nos espaços da bainha de mielina denominados nódulos de 
Ranvier. Este”salto” do PA de um nódulo a outro é conhecido 
como condução saltatória. 
Os axônios terminam próximos ou no ponto de contato 
com outra célula. Quando potenciais de ação atinge o terminal 
axônico, eles estimulam ou inibem direta ou indiretamente outra 
célula. 
 
 
14Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Transmissão Sináptica 
A parte central do Sistema Nervoso Central é composto pelo 
encéfalo e pela medula espinhal, então toda porção de tecido 
nervoso presente na porção vertical da medula espinhal 
fortememente protegida pelo arcabouço costal das vértebras e 
a porção central da cabeça protegida pela calota craniana é o 
SNC. 
 Função do SNC: processar e coordenar todas as atividades 
de todos os sistemas de nosso corpo, tendo a porção endócrina, 
motora, sensitiva, voluntária, autônoma (simpático e 
parasimpático). 
 O Sistema Nervoso Periférico são essas fibras periféricas 
que emergem desse SNC, estas sendo chamdas de fibras 
nervosas, que têm porções motoras e sensitivas. 
 Próximo ao encéfalo, temos os nervos cranianos, estes 
nervos compreendem atividades funcionais muito específicas, 
em especial da cabeça e de alguns órgãos viscerais. 
 Próximos à medula espinhal, temos os nervos espinhais, 
sendo que estes fazem comunicação direta com as nossas 
estruturas musculares e as nossas estruturas superficiais. 
Estes nervos podem ter segmentos muito longos, como do braço 
e da perna. Todas as estruturas musculares e viscerais fazem 
conecção com os nervos espinhais, sejam elas voluntárias, 
motoras ou não. 
 o neurônio é a unidade básica 
do sistema, sendo que existem vários tipos de neurônios para 
várias funções específicas, mas o neurônio tipico é o que 
apresenta o soma, também chamado de corpo celular, os 
dentritos, que são as estruturas presas ao corpo celular, o 
axônio, que é o prolongamento da membrana e o terminal 
axônico, que é a forma que o neurônio irá se comunicar com 
outro neuronio ou com um órgão alfa. 
 
Relembrando Bioeletrogênese, observa-se que as células auto 
excitáveis têm a capacidade de produzir e consumir energia 
elétrica. Essa capacidade se dá pela natureza funcional da 
membrana dessas células, esta membrana plasmática é 
contituida, além de lipídios, de muitas proteínas que vão 
selecionar as muitas substâncias que irão compor os 
ambientes intra e extra celular. Considerando a separação dos 
íons nas duas faces da membrana, esta membrana também 
é capaz de armazenar na superfície um certo potencial 
elétrico, sendo ele eletro-químico, em função da bomba de 
sódio e potássio e dos íns que participam do nosso 
metabolismo. 
 A célula auto excitável mais tipica que temos é o 
neurônio, tendo vários formatos para cada ambiente do 
Sistema Nervoso. 
 
15Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
O tecido nervoso do SNC e SNP, contém dois tipos de células:
1. Neurônios: conduzem os sinais pelo sistema nervoso (existem 
cerca de 100 milhões dessas células em todo o SNC) 
2. Células de suporte ou de isolamento: evitam que os sinais 
sejam dispersados entre os neurônios e suas estruturas 
intercelulares. 
• Neuróglia no SNC e, 
• célula de Schwann no SNP. 
 Relembrando anatomia: o SNC é composto por dois 
hemisférios cerebrais, e na base do cérebro por uma 
estrutura chamada cerebelo, e o tronco encefálico composto 
por ponte, bulbo e mesencéfalo. A partir do tronco encefálico 
alcançando todo o comprimento da coluna vertebral temos a 
medula espinhal. 
 As celulas de suporte, ou gliais, dão sustentação aos 
neurônios, também preenchendo os espaços que há entre um 
neurônio e outro e dão todo um suporte funcional para estes 
neurônios. 
 Essas células se diferem em formas e em funções, entre 
elas nós temos: astrócitos, micróglias, oligodendrócitos e 
células ependimárias. 
 No SNC existe, em sua região mais interna, um espaço 
vazio chamado ventrículos laterias (direito e esquerdo), III e IV 
ventrículo e arqueduto da medula espinhal. Há um pequeno 
canal, um espaço oco dentro desse tecido nervoso, ele tem 
um epitélio de revestimento e células de tecido nervoso, que 
não são neurônios, que são responsáveis de revestir este 
espaço oco. Este espaço oco poossui um liquido chamado líquor 
ou Líquido Cefalorraquidiano, que preenche este espaço. 
 As células Ependimárias são células que dão suporte, e 
fazem o revestimento, sendo então epitélio de revestimento 
para as cavidades do Sistema Nervoso Central. 
 As Micróglias são células nervosas muito pequenas, cujo 
suporte que elas oferecem ao sistema é a imunidade, defesa. 
As micróglias no Tecido Nervoso são análogas aos macrófagos 
nos outros tecidos (macrófagos teciduais). Elas são 
responsáveis em remover do ambiente extracelular possíveis 
detritos, restos de metabolismos celulares e até mesmo 
microinvasores que invadem este ambiente. 
 Os Oligodendrócitos são as células que abraçam o axônio 
dos neurônios, para o SNC apenas eles são responsáveis por 
formar a bainha de mielina para o axônio dos neurônios do 
SNC. 
 Os Astrócitos são células de suporte que fornecem uma 
condição chamada Barreira hematoencefálica. Os pés dos 
astrócitos revestem externamente os vasos sanguíneos, 
fazendo uma proteção externa, esta proteção é chamada de 
Barreira hemato-sangue encefálica cérebro, tecido do SNC. 
 Os vasos sanguíneos a nivel de capilar são vasos muito 
delgados, muito finos, sendo que suas paredes são igualmente 
finas, rompendo-se com muita facilidade. Quando os 
astrócitos revestem esses vasos sanguíneos, esses 
capilares, externamente, além de tornar esta parede capilar 
mais protegida, eles também fazem a absorção dos 
nutrientes e também passam esses nutrientes para os 
neurônios. 
 
 
 
16Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 está relacionado com o 
Sistema Nervoso Periférico, aquele cujo os feixes nervosos 
emergem do centro e alcançam todos os órgãos de periferia. 
 Os axônios deste sistema podem ser muito longos, podem 
emergir da coluna vertebral no nível sacral e chegar até a 
ponta do dedo do pé. 
 No Sistema Nervoso Periférico Motor (voluntário) 
somente um neurônio fazendo a comunicação entre o ccentro 
e a periferia, não tendo comunicação em cadeia para o SNP 
motor. 
 Cada célula de Schawann promove o revestimento do 
Axônio, que forma a bainha de mielina, também sendo uma 
substância lipídica que, revestindo o axônio, protege ele, 
mantendo-o isolado dos outros tecidos. Essa formação da 
bainha de mielina acontece porque a célula de Schawann 
envolve o feixe nervoso, o axônio, em várias camadas e essas 
várias camadas de membrana lipídica forma a bainha de 
mielina protetora, isoladora da atividade protetora do axônio. 
 Todos os feixes nervosos mielinezados tem como 
propriedade uma condução de impulsos nervosos muito mais 
velozes do que nos neurônios não mielinezados, sendo que 
estes estão principalmente no SNC e em algumas redes dosistema nervoso autônomo periférico. 
 Essas celulas são muito sensíveis, um feixe de fibra 
nervosa tem muitos axônios de muitos neurônios juntos. O 
axônios apenas se rompe através de circunstâncias 
traumáticas, como uma batida ou uma cirurgia. O neurônio do 
Sistema Nervoso Periférico tem como propriedade a 
capacidade de regenaração se o soma (o corpo) permanecer 
íntegro. Essa capacidade de regenaração é atribuída pela 
presença das células de Schwann, que estão presentes neste 
ambiente e são auto-replicativas quando há necessidade de 
raparar um axônio que sofreu lesão. 
 A raiz que permanece ligada ao soma tende a se 
prolongar, assim como a membrana plasmática. E outras 
células de Schwann tendem a revestir este axônio até que 
ele alcance o órgão inervado novamente e a sensibilidade seja 
retomada. 
 
Sensitivos ou aferentes: têm terminações dentriticas muito 
próximas ao órgão alvo. Tem um dentrito muito longo, sendo 
que seu corpo fica próximo à medula espinhal, esses corpos 
ficam dentro de gânglios, que são dilatações nos feixes 
nervosos muito próximos da medula espinhal, também sendo 
considerados uma “reunião” de corpos de neurônios. 
 O sinal da sensibilidade é captado pelas terminações 
nervosas dendriticas, esse sinal vai percorrer através de um 
processso de despolarização, percorrendo essa fibra 
nervosa até chegar ao corpo do neurônio, que é a parte ativa 
deste neurônio. E a partir do seu axônio, que para as fibras 
sensitivas este axônio é bem perto, pois o corpo está próximo 
a medula espinhal. A partir do seu axônio esse sinal vai ser 
transmitido para um neurônio denomidado interneurônio ou 
neurônio de associação ou conector. Esse neurônio tem o seu 
corpo e seu axônio totalmente dentro do SNC. 
 Motores ou eferentes: anatomicamente, este neurônio 
tem o corpo todo dentro do SNC e a parte transmissora 
(axônio) fora do SNC, sendo muito longo. Sua comunicação é 
com o órgão alvo, o tecido muscular estriado esquelético. 
Entendido o sinal explicado anteriormente, o SNC dá uma 
ordem de comando que será transmitida por um neurônio 
motor, cujo corpo está todo dentro do SNC para a periferia, 
da mesma maneira essa ordem vai ser transmitida em 
formato de despolarização de membrana até chegar ao órgão 
alvo, que neste caso é o músculo. 
 Há vários tipos de estímulos que os neurônios podem 
apresentar, sendo: químicos, traumáticos, térmicos e 
mecânicos. Cada recptor terá autonomia de cada estímulo que 
chegar no SNC. 
 Resumindo: os neurônios sensitivos irão conduzir os 
estímulos da periferia para o centro, sendo essa sempre a 
direção do estímulo, este entra pelo dendrito, passa pela soma 
e passa pelo axônio, que é curto pois fica dentro do gânglio 
nervoso perto da medula. O interneurônio compreende a 
informação do estímulo (pelos dendritos) e produz uma 
resposta adequada. A resposta é enviada a um neurônio 
motor através de seus dendritos e conduz essa ordem pelo 
seu axônio que emerge da medula espinhal até a região 
muscular que sofreu o estímulo, este músculo responde com 
algum movimento a respeito. 
Uma mesma fibra sensitiva na 
superfície da pele se ramifica em um tipo de terminação 
nervosa, sendo o exceptor, podendo também se ramificar 
nos discos de Merkel ou nos corpusculos de Ruffini. Essa 
ramificação dessa celulas nervosas perifericas sensitivas, que 
pegam a sensação para levarr ao SNC. Nas estremidades 
delas existem diversas estruturas especializadas em captar 
sinais diferentes. 
 
 
 
17Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Transmissão Sináptica 
 É a região onde os sinais passam da porção terminal de 
um neurônio (botão sináptico), para o neurônio seguinte ou 
órgão efetor (membrana superficial). 
 O botão sináptico libera substâncias transmissoras que 
atua na membrana, que pode ser tanto excitatória quanto 
inibitória. 
Sinapses elétricas: são mais simples e permitem a 
transferência direta bidirecional da corrente iônica de uma 
célula para outra; muito rápidas e permitem a sincronização 
de uma população de neurônios (neurônios do tronco 
encefálico controlam a respiração ritmicamente) ; junção gap 
– fenda muito estreita atravessada por proteína 
comunicante (conexina); presente no SNC. 
Sinapses químicas: são quase que a totalidade das sinapses do 
SN humano. Apresentam membranas pré e pós sinápticas, 
separadas pela fenda sináptica. 
A passagem do impulso nervoso se dá pela liberação de 
neurotransmissores na fenda sináptica. 
sinápse elétrica: presente somente no 
Sistema Nervoso Central representam a minoria dos 
mecanismos de comunicação entre células nervosas. 
 O primeiro neurônio secreta, na junção, 
uma substância química chamada neurotransmissor, e esse 
transmissor, por seu lado, atua sobre proteínas receptoras 
localizadas na membrana do neurônio seguinte para o excitar, 
inibir ou modificar sua sensibilidade. 
 Despolarização de membrana chegou, no terminal 
axônico deste neurônio existem canais de cálcio que irão se 
abrir e o cálcio que estiver no ambiente extracelular irá 
entrar neste neurônio pré-sináptico. As vesículas que contém 
no neurotransmissor, em contato com o cálcio, tendem a se 
fundir com a membrana plasmática, e fundidas promovem a 
exocitose. O neurônio pós-sináptico possui em sua superfície 
receptores de membrana quimicamente sensíveis a presença 
da acetil-colina, que é o neurotransmissor utilizado como 
exemplo. 
 Comumente os terminal axônico do neurônio pré-
sináptico, passa os sinais para os dendritos do neurônio pós-
sinaptico. 
• Com a chegada do PA (1), os canais de Ca++ voltagem 
dependentes abrem-se e ocorre a difusão de Ca++ 
para o interior (2). 
• O aumento de Ca++ intracelular estimula a exocitose dos 
NT para a fenda sináptica (3, 4). 
• A função da enzima acetilcolinesterase é degradar a 
acetil-colina. 
• Os NT ligam-se a receptores da membrana pós-
sinaptica (5) e causam mudanças de permeabilidade 
iônica. 
• O fluxo resultante de íons muda o potencial de 
membrana pós-sinaptico transitoriamente, causando 
uma resposta pós-sináptica. 
• Os NT por outro lado, são inativados por enzimas 
específicas (6). 
 
As sinapses químicas têm 
uma característica extremamente importante: transmitem 
os sinais em uma só direção, isto é, do neurônio que secreta 
o transmissor, denominado neurônio pré-sináptico, para o 
neurônio sobre o qual o transmissor atua, denominado 
neurônio pós-sináptico. 
• Este é o princípio da condução unidirecional, através 
das sinapses químicas 
• É diferente da condução através das sinapses 
elétricas, que são capazes de transmitir os sinais em 
ambas as direções. 
 
 Acetilcolina – utilizada como neurotransmissor de 
neurônio motor somático, 
 Noradrenalina – utilizadas pelos neurônios simpáticos do 
SNP e alguns neurônios do SNC, 
 
18Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 Serotonina - regulação do humor e comportamento, 
do apetite e da circulação encefálica, 
 Dopamina – igual a noradrenalina. 
• ácido gama aminobutírico (GABA), 
• glicina 
• dopamina (somente nos núcleos da base). 
 NT tem 
como características típicas: 
1. ser sintetizado pelos neurônios pré-sinápticos; 
2. ser armazenado dentro de vesículas e armazenados nos 
terminais axônicos; 
3. ser exocitado para a fenda sináptica com a chegada do PA; 
4. possuir receptores pós-sinápticos cuja ativação causa 
potenciais pós-sináptico (excitatórios ou inibitórios); 
5. uma vez purificado, mimetizar os mesmos efeitos 
fisiológicos. 
Os NT exocitados não podem permanecer ligados aos 
receptores permanentemente. 
• O sistema de recepção precisa voltar rapidamente 
ao seu estado de repouso, prontificando-se para 
receber novas mensagens. 
• Há três maneiras de inativar os mediadores químicos: 
a. difusão lateral; 
b. degradação enzimática e 
c. recaptação (pela membrana pré-sináptica via 
proteínas especificas de transporte, com consumode ATP, e assistida pelos astrócitos). 
• A acetilcolina é o único NT que não sofre recaptação. 
Contração Muscular 
• Os músculos esqueléticos compõem cerca de 40% do corpo 
e quase outros 10% são formados por músculo liso e cardíaco. 
• Muitos dos princípios básicos da contração são comuns a 
todos esses tipos de músculos. 
onsiderando a velocidade de contração: 
• Fibras de contração lenta ou tipo I – oxidativas 
(vermelhas): capazes de sustentar contração durante 
longo período sem fadiga (possuem rico suprimento 
capilar, mitocôndrias e enzimas respiratórias aeróbias e 
alta concentração de mioglobina que aumenta a liberação 
de oxigênio. 
• Fibras de contração rápida ou tipo II – brancas, possuem 
menos capilares e mitocôndrias, são adaptadas para 
respirar de modo anaeróbio por meio da reserva de 
glicogênio. 
o II A rápidas oxidativas (fibras intermediarias de 
alta capacidade oxidativa); 
o II B rápidas glicolíticas (adaptadas 
anaerobiamente). 
▪ Obs: Entram em fadiga mais rápido.
 
FIBRAS RÁPIDAS ou BRANCAS: 
(1) fibras muito maiores para uma maior força de contração; 
(2) retículo sarcoplasmático extenso, para a liberação rápida 
de íons cálcio, para desencadear a contração; 
(3) grande quantidade de enzimas glicolíticas para a liberação 
rápida de energia; 
(4) vascularização pouco extensa, pela importância secundária 
do metabolismo oxidativo; 
(5) pequeno número de mitocôndrias, igualmente por ser o 
metabolismo oxidativo secundário. 
FIBRAS LENTAS OU VERMELHAS: 
(1) fibras menores; 
(2) também inervado por fibras nervosas mais finas; 
(3) vascularização bem mais extensa, com muitos capilares 
para fornecimento de quantidades adicionais de oxigênio; 
(4) número muito grande de mitocôndrias, permitindo a 
manutenção de alto nível do metabolismo oxidativo; 
(5) contêm grande quantidade de mioglobina, proteína 
contendo ferro, semelhante à hemoglobina das hemácias. A 
mioglobina se combina com o oxigênio, armazenando-o até que 
 
19Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
seja necessário, e acelera muito o transporte de oxigênio 
para as mitocôndrias. 
• As fibras rápidas são adaptadas para contrações 
musculares muito rápidas e fortes, como as que ocorrem 
nos saltos e na corrida curta. 
• As fibras lentas são adaptadas para a atividade muscular 
prolongada e contínua, como a de sustentação do corpo 
contra a gravidade e atividades esportivas de longa 
duração, como a maratona. 
• Eventos na junção neuromuscular: converte um sinal de 
acetilcolina em um sinal elétrico na fibra muscular. 
• Acoplamento excitação contração: processo no qual o 
potencial de ação no musculo iniciam os sinais de Ca que 
por sua vez ativam o ciclo contração relaxamento 
• Ciclo contração / relaxamento em nível molecular: teoria 
do deslizamento dos filamentos
 
• Todos os músculos esqueléticos são compostos por 
numerosas fibras. 
• Por sua vez, cada uma dessas fibras é formada por 
diversas subunidades – MIOFIBRILAS 
• Na maioria dos músculos, as fibras se estendem por todo 
o comprimento do músculo.
• Unidade contrátil: sarcômer.
• Sarcolema: é a membrana celular da fibra muscular. 
• Miofibrilas: Cada fibra muscular contém de muitas 
centenas a vários milhares de miofibrilas. Cada miofibrila, 
por sua vez, contém, lado a lado, cerca de 1.500 
filamentos de miosina e 3.000 filamentos de actina, que 
são grandes moléculas poliméricas, responsáveis pela 
contração muscular. 
• O sarcoplasma: As miofibrilas, no interior da fibra 
muscular, ficam suspensas em uma matriz, chamada de 
sarcoplasma, que contém grandes quantidades de 
potássio, de magnésio, de fosfato e de enzimas 
protéicas. Além de um número imenso de mitocôndrias 
que ficam entre e paralelas às miofibrilas.
• O retículo sarcoplasmático: Corresponde ao RE. Os tipos 
de músculo de contração mais rápida possuem retículo 
sarcoplasmático extremamente longo, indicando que essa 
estrutura é importante para a produção de contração 
muscular rápida.
Unidade funcional contrátil do musculo estriado esquelético: 
actina e miosina. 
• O arranjo dos filamentos finos e grossos da miofibrila 
formam um sarcômero – unidades que se repetem por 
todo o comprimento da fibra muscular 
• Discos Z – atuam como sítios de fixação para os 
filamentos finos 
• Banda I – região formada somente por filamentos finos 
• Banda A – todo o comprimento do filamento grosso, onde 
há sobreposição dos filamentos finos e grossos nas 
bordas externas. 
• Zona H – região ocupada somente pelos filamentos 
grossos. 
• Linha M - proteínas que formam o sitio de ancoragem 
para os filamentos grossos. 
MIOSINA (musculo) 
• Cadeia de proteínas motoras que se entrelaçam 
formando uma cauda e um par de cabeças. 
• capacidade de gerar movimento. 
• 250 moléculas se unem para formar um filamento 
grosso. 
ACTINA (fazer) 
• Proteínas globulares (actina G) polimerizam-se para 
formar longos filamentos (actina F). 
• Dois filamentos de actina F enrolam-se formando os 
filamentos finos da miofibrila.
Proteínas regulatórias 
• troponina e tropomiosina 
Proteínas acessórias 
• Titina – estabilizar a posição dos filamentos contrateis e 
fazer com que os músculos retornem ao seu 
comprimento de repouso. 
• Nebulina – proteína gigante não elástica; promove 
alinhamento dos filamentos de actina do sarcômero.
 
20Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
Actina, Tropomiosina, Troponina 
• O filamento de actina, formado por dois filamentos 
helicoidais de actina-F e por moléculas de tropomiosina 
que se encaixam frouxamente nos sulcos entre os 
filamentos de actina.
• Preso a uma das extremidades de cada molécula de 
tropomiosina existe um complexo de troponina que inicia 
a contração.
A molécula de miosina: combinação de muitas 
moléculas de miosina para formar um filamento de miosina. 
Placa Motora, ou Junção neuromuscular ou junção mioneural. 
• Fisiologia da geração de sinal na placa motora 
• Os terminais axônios fazem sinapse com uma região 
especializada do sarcolema chamada placa motora. 
• A acetilcolina (Ach) é o NT responsável pela estimulação 
das fibras musculares e a sua liberação para a fenda 
sináptica ocorre como nas sinapses nervosas. A Ach 
causa um potencial pós-sináptico excitatório chamado 
potencial de placa. 
• Como fora da placa motora há canais de Na e K voltagem 
dependentes, o potencial de placa causará PA ao longo 
do sarcolema que por sua vez causará a contração da 
fibra muscular.
Despolarização terminal axônico 
• Ca++, Acetilcolina (Ach) 
Fenda sináptica 
• Canal Na+ dependente de Ach 
• Acetilcolinesterase 
Membrana muscular pós-sináptica 
• Despolarização Sarcolema, Tubo T e RS
• Acoplamento actina-miosina
O desencadeamento e decurso de uma contração muscular 
ocorre segundo as etapas sucessivas seguintes: 
1. Um potencial de ação percorre um axônio motor até suas 
terminações nas fibras musculares. 
2. Em cada terminação, há secreção de pequena quantidade 
da substância neurotransmissora - acetilcolina. 
3. A acetilcolina atua sobre área localizada da membrana da 
fibra muscular, abrindo numerosos canais proteicos 
acetilcolina dependentes. 
4. A abertura desses canais acetilcolina-dependentes permite 
o influxo de grande quantidade de íons sódio para o interior 
da membrana da fibra muscular, no ponto da terminação 
nervosa. Isso produz um potencial de ação na fibra muscular. 
5. O potencial de ação se propaga ao longo da membrana da 
fibra muscular do mesmo modo como o faz nas membranas 
neurais. 
6. O potencial de ação despolariza a membrana da fibra 
muscular e também penetra profundamente no interior 
dessa fibra. Aí, faz com que o retículo sarcoplasmático libere, 
para as miofibrilas, grande quantidade de íons cálcio. 
7. Os íons cálcio geram forças atrativas entre os filamentos 
de actina e de miosina, fazendo com que deslizem um em 
direção ao outro, o que constitui o processo contrátil. 
8. Após uma fração de segundo, os íons cálciosão bombeados 
de volta para o retículo sarcoplasmático, onde permanecem 
armazenados até que ocorra novo potencial de ação muscular. 
• À medida que aumenta a frequência de estímulos é 
atingido um momento em que uma nova contração ocorre 
antes do término da contração precedente. 
• Como resultado, a segunda contração é parcialmente 
somada à anterior, de forma que a força total da 
contração aumenta progressivamente com a 
intensificação da frequência de estimulação. 
• Quando essa frequência atinge um nível crítico, as 
contrações sucessivas são tão rápidas que, se fundem 
entre si, e a contração aparece como uniforme e 
contínua. Isso é chamado de tetanização. 
Pode ocorrer: 
1. Durante contração máxima sustentada, pode ser produzida 
pelo acúmulo de K fora da célula em consequência da alta 
atividade nervosa 
2. Durante o exercício moderado, ocorre como consequência 
da respiração anaeróbia das fibras de contração rápida, que 
leva: 
 
21Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
• a produção de acido lático reduzindo o pH intracelular, 
inibindo glicólise e diminuindo a concentração de ATP. 
• a diminuição do ATP inibe o acoplamento excitação-
contração possivelmente em decorrência de uma perda 
de Ca. 
Contração no músculo liso 
• O músculo liso é encontrado nas paredes de vários 
órgãos e tubos do organismo, (vasos sanguíneos, trato 
gastrointestinal, bexiga, vias respiratórias, útero, e os 
seios dos corpos cavernosos do pénis e do clitóris). 
• Quando as células musculares lisas contraem, encolhem 
o tecido onde se encontram e issto permite: 
o propulsionar o conteúdo luminal do órgão; 
o controlar o fluxo por alteração do diâmetro do 
tubo 
• O arranjo do aparelho contrátil nas células musculares 
lisas e o fato de não ser organizados em sarcômeros são 
condições necessárias para a função adequada do 
músculo liso, que devem ser capazes de contrair-se 
mesmo quando muito distendidos.
o Por ex: bexiga urinária – podem ser distendidas 
até 2,5x seu comprimento de repouso; do Útero: 
8 vezes.
• Dispostos em camadas circulares nas paredes dos vasos 
sanguíneos e bronquíolos. 
• Também nas camadas longitudinais no sistema digestório, 
ureteres, ductos deferentes, tubas uterinas, produzindo 
ondas peristálticas. 
• Não possuem sarcômeros,não possuem túbulos T, porém 
uma grande qtde de actina e alguma miosina. 
• Os filamentos finos são bem longos, fixados em pontos 
da membrana plasmática e em estruturas proteicas do 
citoplasma chamadas corpos densos. 
• Os filamentos grossos são empilhados verticalmente, de 
modo que seu eixo longo é perpendicular ao eixo longo do 
filamento fino 
A estrutura física do músculo liso 
 A fibra na parte superior esquerda da figura mostra 
filamentos de actina irradiando de "corpos densos". 
 O detalhe à direita da fibra inferior apresenta as inter-
relações entre os filamentos de miosina e os de actina. 
O músculo liso de um órgão é diferente do presente nos 
demais por vários aspectos: 
• dimensões físicas, organização em feixes ou camadas, 
• resposta a diversos tipos de estímulos, características 
de inervação e de função. 
• É dividido em dois tipos: ML multiunitário e o ML de uma 
só unidade. 
• O ML multiunitário é neurogênico, exigindo estimulação de 
fibras musculares individuais pelo suprimento de nervos 
autônomos para ativar a contração. 
• O ML unitário é miogênico – consegue iniciar a própria 
contração. 
• Formado por fibras independentes, normalmente é 
inervada por terminação nervosa única, como acontece 
com as fibras musculares esqueléticas. 
• Isso contrasta com o controle predominante nos 
músculos lisos viscerais, por estímulos não neurais. Outra 
característica é a de que muito raramente esses 
músculos apresentam contrações espontâneas. 
• Alguns exemplos de músculo liso multiunitário são: músculo 
ciliar do olho, a íris do olho, músculos piloeretores 
estimulados pelo sistema nervoso simpático e a 
membrana nictitante que recobre o olho em alguns 
animais inferiores. 
Grande massa de centenas a milhões de fibras musculares 
que se contraem juntas, como um só unidade. 
• Ocorrem geralmente em feixes ou camadas e suas 
membranas celulares são aderentes entre si, em 
diversos pontos, de modo que a força gerada por uma 
fibra muscular pode ser transmitida à seguinte. 
• As membranas celulares são unidas por muitas junções 
abertas, o que permite o fluxo de íons de uma célula a 
outra, de modo que o potencial de ação se propaga de 
uma fibra para a seguinte, fazendo com que todas as 
fibras musculares se contraiam a um só tempo. 
 
 
22Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
• Esse tipo de ML também é chamado de músculo liso 
sincicial, devido as interconexões entre suas fibras. 
 
• Dado que esse tipo de músculo é encontrado na parede 
da maioria das vísceras do corpo - inclusive no intestino, 
vias biliares, ureteres, útero e muitos vasos sanguíneos, 
ele também é, muitas vezes, referido como músculo liso 
visceral. 
O músculo liso contém tanto filamentos de actina como de 
miosina, ambos com características químicas semelhantes às 
dos filamentos de actina e de miosina do músculo esquelético. 
• Não contém troponina. 
• Existem diferenças importantes entre: 
• a organização física do músculo liso e a do músculo 
esquelético 
• no acoplamento excitação-contração, 
• no controle do processo da contração pelos íons cálcio, 
• na duração da contração e 
• na quantidade de energia necessária para o processo 
contrátil. 
1. A Contração é desencadeada pelo aumento da 
concentração de Ca ++ no interior do citoplasma. 
2. Reticulo sarcoplasmático menos desenvolvido, o Ca++ 
liberado pelo RS é responsável pelo inicio da contração. 
3. Este Ca++ se combina com a calmodulina (similar a 
troponina). 
4. Podem produzir despolarização graduada e contrações sem 
Potenciais de ação (sem “lei do tudo ou nada”). 
5. O relaxamento do ms liso ocorre após fechamento dos 
canais de Ca++ e sua redução no citoplasma. 
6. As contrações das células ms liso são lentas e sustentadas, 
pois suas pontes cruzadas podem entrar em estado de 
bloqueio. 
7. Isso permite que o ms liso mantenha sua contração de um 
modo energético muito eficaz, hidrolisando menos ATP do que 
seria necessário. 
Como é válido para o músculo esquelético, o fator 
desencadeante na maioria das contrações do músculo liso é 
um aumento da concentração intracelular de íons cálcio. 
Esse aumento pode ser causado por: 
• estimulação da fibra nervosa para a fibra muscular lisa, 
• por estimulação hormonal, 
• por estiramento da fibra,
• por alteração do ambiente químico da fibra.
Em lugar da troponina, as células do ML contêm grande 
quantidade de outra proteína reguladora, denominada 
calmodulina. Embora essa proteína seja semelhante à 
troponina, por reagir com quatro íons cálcio, ela difere no 
modo como desencadeia a contração. A calmodulina faz isso 
por ativar as pontes cruzadas de miosina. 
Essa ativação e a contração subsequente ocorrem nas 
seguintes etapas: 
1. Os íons cálcio se fixam a calmodulina. 
2. A combinação calmodulina-cálcio, então, ativa a miosina 
quinase, uma enzima fosforilativa. 
3. Uma das cadeias leves de cada cabeça de miosina, chamada 
de cadeia regulatória, fica fosforilada, em resposta à miosina 
quinase. Quando essa cadeia não está fosforilada, não ocorre 
o ciclo de fixação-desligamento da cabeça. Mas quando a 
cadeia regulatória está fosforilada, a cabeça adquire a 
capacidade de se fixar ao filamento de actina e seguir por 
todo o processo do ciclo, o que resulta em contração 
muscular. 
 
Para que ocorra o relaxamento dos elementos contrateis do 
músculo liso, é necessário que sejam removidos os íons Ca. 
• Essa remoção é realizada por bombas de cálcio que 
transportam os íons Ca para fora da fibra muscular lisa, 
lançando-os de volta para o líquido extracelular ou 
transportando-os para o interior do retículo 
sarcoplasmático. 
• Essas bombas têmfuncionamento muito lento, em 
comparação com a bomba de ação rápida do RS do 
músculo esquelético. 
• Por conseguinte, a duração da contração do músculo liso 
é, muitas vezes maior, da ordem de segundos, da que 
ocorre no músculo esquelético. 
 
23Paula Suzana Eberhardt FISIOLOGIA HUMANA e BIOFÍSICA 
 
Embora o músculo esquelético seja ativado exclusivamente 
pelo sistema nervoso, o músculo liso pode ser estimulado a se 
contrair por múltiplos tipos de sinais: por sinais neurais, por 
estimulação hormonal, e por vários outros meios. 
• A razão principal para essa diferença é que a membrana 
do músculo liso contém muitos tipos distintos de proteínas 
receptoras, capazes de desencadear o processo 
contrátil. 
• Outras proteínas receptoras são capazes de inibir a 
contração do músculo liso, o que representa outra 
diferença do músculo esquelético. 
 
A acetilcolina e a norepinefrina são duas substâncias distintas 
secretadas pelos nervos autonômicos que inervam o músculo 
liso. ACh é uma substância transmissora excitatória para os 
músculos lisos de determinados órgãos, embora também seja 
substância inibitória para as fibras musculares lisas de outros 
órgãos. 
• Quando a acetilcolina excita uma fibra muscular, a 
norepinefrina em geral a inibe. Inversamente, quando a 
acetilcolina inibe uma fibra, a norepinefrina em geral a 
excita. 
Por que essas respostas diferentes? 
• Tanto a acetilcolina como a norepinefrina excitam ou 
inibem o músculo liso por primeiro se fixarem a uma 
proteína receptora na superfície da membrana da célula 
muscular. Por sua vez, esse receptor controla a abertura 
ou fechamento de canais iônicos ou controla qualquer 
outro meio para a ativação ou inibição da fibra muscular 
lisa. Além disso, algumas dessas proteínas receptoras são 
receptores excitatórios, enquanto outras são 
receptores inibitórios. 
• Assim, é o tipo de receptor que determina se o músculo 
liso será excitado ou inibido e também determina qual dos 
dois transmissores será eficaz na produção da excitação 
ou da inibição.

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