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abcd REFORMA ORTOGRÁFICA Salvador, Sábado, 7 de março de 2009 wxyz Novas regras gramaticais alteram a escrita de centenas de palavras ¨ - 2 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA PORTUGUÊS PASSOU POR TRÊS REFORMAS O português nasce a partir do latim trazido pelos soldados romanos, que invadiram a Península Ibérica no século III a.C. O idioma passou a se formar em duas províncias diferentes no norte do que hoje é Portugal e na Galícia, agora parte do território espanhol. Os séculos se passaram e o vernáculo escrito tornou-se gradualmente de uso geral a partir do final do século XIII. Como língua viva, palavras como oye, ljuro, nunqua, do português arcaico, evoluem lentamente para hoje, livro, nunca, entre tantas outras, sem necessidade das reformas ortográficas que se tornariam comuns no século XX. Portugal torna-se um país independente em 1143, com o rei D. Afonso I. A separação política entre Portugal e Galiza e Castela (mais tarde, Espanha) permitiu a evolução em direções opostas do latim vernáculo presente nos dois países. O ano é 2009. Entra em vigor no Brasil a terceira reforma ortográfica do português falado no País em 66 anos. A primeira foi em 1943 e a segunda, em 1971. Apesar das discussões em torno do acordo ortográfico, há bastante tempo os integrantes da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, CPLP (ver mapa na página 12) pensam em unificar a ortografia do nosso idioma. Nos últimos cem anos, houve duas grandes reformas ortográficas no Brasil e três em Portugal, sem contar outros pequenos ajustes, em ambos os países. Desde o início do século passado, Brasil e Portugal buscam estabelecer um modelo de ortografia que possa ser usado como referência nas publicações oficiais e no ensino. Segundo os gramáticos, a alteração mais significativa que antecedeu o atual acordo foi a de 1971. Naquele ano foi estipulada, por exemplo, a eliminação do trema nos hiatos átonos, assim como a do acento circunflexo diferencial nas letras “e“ e “o“ da sílaba tônica das palavras homógrafas, de significados diferentes, mas com a mesma grafia, além da extinção do acento circunflexo e do grave em palavras terminadas com “mente“ e “z“. Com a reforma, êle passou a ser escrito ele, sòmente, somente e bebêzinho, bebezinho. Houve ainda a supressão das consoantes mudas ou não articuladas em palavras como ação (acção), ativo (activo), diretor (director) e ótimo (óptimo). Agora outras regras entraram em vigor, com a nova reforma ortográfica do português – quinta língua mais falada no mundo: cerca de 210 milhões de pessoas. Mais uma vez, mudamos um pouco a maneira de escrever as palavras. As editoras terão até 2012 para promover mudanças nos livros didáticos, segundo determinação do Ministério da Educação. Conscientes das dificuldades de que quem lida cotidianamente com o idioma, a exemplo de estudantes e profissionais liberais, e das dificuldades diante das incontáveis alterações introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico, elaboramos este caderno, que pode ser guardado e utilizado como um tira-dúvidas. índice 4 Reforma reabilita letras aposentadas do alfabeto 5 Conheça as alterações introduzidas no acento agudo pela reforma 6/7 Regras do hífen passaram por várias modificações 10 Acordo elimina definitivamente o uso do trema 8 Palavras terminadas em ôo e êem deixam de ter o circunflexo Portugal realiza reforma ortográfica, acentuando diferenças ortográficas entre o país e o Brasil. Novo acordo ortográfico torna-se lei em Portugal. O Brasil não ratifica o acordo e ficam as regras estabelecidas no Formulário Ortográfico de 1943, da Academia Brasileira de Letras. Grafias portuguesa e brasileira se aproximam com novo acordo. Cerca de 70% da acentuação divergente é eliminada. Extinguem-se acentos subtônicos como sòmente além da maior parte dos acentos diferenciais, como em êle. Cabo Verde ratifica o acordo ortográfico. S é cu lo s 17 a 2 0 Protocolo normativo reduz para três o número de países necessários para a aprovação do acordo. O Brasil foi o primeiro a ratificar o documento. Timor Leste é incluído no acordo. São Tomé e Príncipe ratifica o documento. Devido à resistência de Portugal, outros países protelam colocar em vigor as novas normas. Escrita adequa-se à pronúncia: oye/hoje; ljuro/livro; nunqua/nunca. Brasil e Portugal assinam acordo preliminar para adotar a ortografia reformada pelo Brasil. Processo não se completa. O R T O G R A F IA L U S Ó F O N A N O T E M P O Sete países lusófonos (Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné Bissaú, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe) participam da elaboração de acordo ortográfico. O Parlamento de Portugal aprova o acordo ortográfico, mas sua aplicação ainda não foi colocada em prática. Surgem grafias etimológicas e palavras com "ph", "y", "th" (de origem grega) e "ct", 'gm", "gn" (de origem latina). 19 11 19 31 19 4 5 19 71 19 9 0 20 0 4 20 0 5 20 0 6 20 0 8 S é cu lo s 13 a 1 6 INFOGRAFIA Filipe Cartaxo 3SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009 REFORMA ORTOGRÁFICA 11 Veja se você conseguiu assimilar as novas regras da reforma 12 Conheça os livros sobre a reforma existentes nas livrarias da cidade 12 Maioria dos países lusófonos tem altos índices de pobreza expediente Editora-coordenadora | Simone Ribeiro Editor | Cláudio Bandeira Consultora de português | Joanne Silva Reflexões pedagógicas Unidade da língua é relativa LÍCIA MARIA FREIRE BELTRÃO E MARY ARAPIRACA Iniciamos 2009, ocupadas com mais um debate no am- biente acadêmico. Centrado na língua portuguesa, dessa vez. Motivação: o acordo or- tográfico proposto pela Co- munidade dos Povos de Lín- gua Portuguesa e assinado por oito países falantes desse idioma, vigente desde o 1º de janeiro do ano em curso. Entre a atenção dispen- sada tanto à questão dos cus- tos de várias ordens, deman- dados por mais esse tentá- culo da globalização, quanto aos tópicos que compõem o acordo – Alfabeto e grafia de nomes próprios estrangei- ros, uso do h, grafemas con- sonânticos, sequências con- sonânticas, vogais átonas, vogais nasais, ditongos, acentuação gráfica, uso do trema, uso do hífen, uso do apóstrofo, uso de letras maiúsculas e minúsculas, di- visão silábica, grafia de as- sinaturas e firmas –, orien- tando como proceder, con- forme sistematização pro- posta pelo Instituto Antônio Houaiss, sob a coordenação de Azeredo (2008) , desta- ca-se outra, tão ou mais re- levante, para nós: o papel da escola no que diz respeito à compreensão do processo de implementação do acordo ou, em outras palavras: o pa- pel da escola no que diz res- peito à educação linguística dos estudantes, usuários da língua, na sua modalidade escrita, em especial. Sendo a escola espaço pri- vilegiado para pedagogica- mente tratar da escrita e a escrita, considerando não so- mente suas peculiaridades de permitir à fala humana sub- sistir sem a presença do som emissor, se dissincronizar e se deslocar, permitindo ao ho- mem a superação de limites quanto ao tempo e ao espaço, mas, sobretudo a opção do humano de elegê-la, e não o gesto, o desenho, a imagem, a oralidade, como forma de ci- mentar sensibilidade, imagi- nário, memória, cidadania, configurando o mundo, his- toricamente, como grafocên- trico, não nos parece adequa- do que o acordo ortográfico mobilize, no momento, todas as atenções do ensino apren- dizagem da língua escrita. O apropriado é que o acordo or- tográfico constitua-se em mais uma lição a ser inserida na cultura escolar no prazo de quatro anos, (janeiro de 2013) período definido em instru- mentocompetente para se co- meçar a considerar como erro a não aplicação das novas re- gras ortográficas. Nesse sentido, preocu- pa-nos que, na falta de pro- jeto de importância no trato pedagógico da escrita, ado- te-se, na escola, um outro, atribuindo-lhe valor absolu- to: o estudo dos tópicos que compõem o acordo, com ba- se em atividades predomi- nantemente de transcrição e repetição, tolhendo a produ- ção, adiando a liberdade de expressão, reprimindo a cria- tividade, ocupando tempo e espaço de reflexão e ação em torno das prioridades da ges- tão educacional da educação linguística que os usuários da língua demandam bem co- mo o que sugere o mundo vivido que, historicamente vem se desenrolando, se guardando e se mos- trando na escrita e pela escrita. Lícia Maria Freire Beltrão e Mary Arapiraca são professoras da Ufba AMÉRICO VENÂNCIO LOPES MACHADO FILHO A escrita, enquanto instru- mento de apropriação e rea- propriação mnemônica das línguas de cultura e maior estandarte do almejado pres- tígio linguístico, tem exercido há muito um papel de des- taque junto à comunicação social, nomeadamente quan- do se anuncia alteração em seu padrão. Não é este pri- meiro esforço de normatiza- ção gráfica que se propõe para a língua portuguesa e certamente não será o úl- timo. Desde o século XVI, diversas tentativas foram em- preendidas pelos primeiros gramáticos no esforço de se estabelecer uma ortografia para o português, mas foi so- mente com Gonçalves Vian- na, em 1911, que se lançaram as bases para o primeiro tra- tado ortográfico da língua, conquanto a primeira pro- posta de unificação da escrita entre Portugal e uma de suas ex-colônias, notadamente o Brasil, tenha se dado no ano de 1931, sem muito sucesso. Após diversas outras ten- tativas fracassadas nas dé- cadas de 40, 70 e 80, resol- ve-se, afinal, por decreto, im- plementar um acordo redi- gido há quase vinte anos. To- da a expectativa de unifica- ção em 100% da ortografia de língua portuguesa que havia sido defendida em outras propostas cai por terra com o novo acordo. E não poderia ser diferente. A alegada uni- dade da língua portuguesa é relativa e, mesmo na escrita, difícil de ser alcançada. A recepção entusiástica da notícia de promulgação do acordo pela população em geral e especialmente por parte dos meios midiáticos - ou "mediáticos" como escre- veriam os portugueses - era esperada e mesmo desejada por muitos, já que em face do já diagnosticado, por assim dizer, estado "esquizofrêni- co" em que se encontram os falantes das normas cultas em relação ao uso da nor- ma-padrão no Brasil, a no- vidade parecia trazer algum alento de saneamento de al- gumas dessas dificuldades. Mas para quem já conhe- cia o teor original do acordo, amplamente divulgado por diversas publicações ainda no ano de 1990, em Portugal, não haveria de ter ilusões de seus reais efeitos. A relação entre custo e benefício não parece muito vantajosa para nenhum país envolvido. Ao invés de se simplificarem as regras, à exceção obviamente de atitudes como a da abo- lição do trema das palavras consideradas portuguesas que propiciará boa economia de tempo de digitação, abun- dam normas como as de co- locação do hífen, por exem- plo, que se consolidam como verdadeiros tratados. O medo da mudança e o peso da tra- dição refrearam, certamente, posições mais simplificado- ra s. Embora se anuncie a todo tempo na imprensa que o acordo teria trazido à cena um largo debate sobre a língua, a verdade é que o fundamental, que seria a oportuni- dade de ampla dis- cussão pública sobre o estado atual da lín- gua portuguesa no Brasil, em prol de uma definição mais realista em relação à norma-padrão que incorpore fenômenos já cristalizados nos usos nacionais, não se tem minimamente operado. O professor de português, muni- do do acordo, conti- nuará sem saber o que corrigir na reda- ção de seu aluno, além do aspecto or- t o g r á f i c o. Então, como ne- nhum cidadão pode alegar desconhecimento da lei, que se cumpra, pois, o Decreto 6583, de 29 de se- tembro de 2008, até que uma nova demanda da ortografia da língua portuguesa venha a se manifestar. Américo Venâncio Lopes Machado Filho é professor da Ufba “F a lt o u o d e b a te p ú b li co ” Editor-coordenador de Arte | Pierre Themotheo Projeto gráfico e diagramação | Valentina Garcia 4 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA Wy A B C D E K L M N O P Q R S T U V W X Y Z Para relembrar... Posição da sílaba tônica: PROPAROXÍTONA | Sílaba tônica na antepenúltima: má- gico, lâmpada, paralelepípedo, transatlântico, inédito, prá- tica, matemática, fantástico, médico, música. Obs.: O Acordo não alterou a acentuação dessas palavras. PAROXÍTONA | Sílaba tônica na penúltima: cadeira, tênis, s e c re tária, prêmios, início, palhaço, carro, jornalista, pa- re de, menino, carruagem, lápis, régua, sistema, equilíbrio. As alterações concentram-se neste tipo de vocábulo. En- tretanto, muitas paroxítonas continuam acentuadas, pois não foram modificadas pelo Acordo. OXÍTONA | Sílaba tônica na última: café, paletó, anéis, sofá, parabéns, armazém, armação, caju, maracujá, cajá, país, Panamá, coração, fubá. K As letras K, W e Y são reintroduzidas. Elas continuam a serusadas na escrita de palavras estrangeiras, como nos no-mes próprios de pessoas e seus derivados: Darwin, darwi-nismo, Taylor, taylorista; nos nomes próprios de lugar eseus derivados: Kuwait, kuwaitiano, Malawi, malawia-no; e nas siglas, símbolos e palavras adotadas como uni-dades de medida de uso internacional: kw – quilowatt, kg– quilograma, km – quilômetro.O alfabeto passa a teroficialmente 26 letras 5SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009 REFORMA ORTOGRÁFICA ó ?O acento agudo é um sinal de acentuação gráficaformado por um traço oblíquo para a direita (comono í da palavra oblíquo) e ressalta alguma caracte-rística fonética. No português, indica a sílaba tônicade timbre aberto. As mudanças introduzidas pelareforma ortográfica nas formas verbais referem-se à escrita, e não à pronúncia, que continua a mesma: em arguo – leia-se argúo, mas não leva acento; ave- rigua – leia-se averigúa, mas não recebe acento. Como era idéia estréia jibóia jóia assembléia heróico andróide asteróide bóia platéia tramóia paranóia debilóide geléia colméia paranóico p ro t é i c o Coréia apóio (verbo apoiar) onomatopéico onomatopéia nucléico odisséia pré-estréia Como fica ideia e s t re i a jiboia joia assembleia h e ro i c o a n d ro i d e a s t e ro i d e boia plateia tramoia paranoia debiloide geleia colmeia paranoico p ro t e i c o C o re i a apoio onomatopeico onomatopeia nucleico odisseia p r é - e s t re i a Deixaram de ser acentuados o i e o u tônicos precedidos por ditongo, apenas nas palavras p a ro x í t o n a s . Como era baiúca bocaiúva maoísmo maoísta taoísmo taoísta tauísmo feiúdo feiúra boiúno cheiínho feiínho saiínha Como fica baiuca bocaiuva maoismo maoista taoismo taoista tauismo feiudo feiura boiuno cheiinho feiinho saiinha Não são mais acentuados os ditongos abertos éi e ói das palavras p a ro x í t o n a s . Esta regra não é válida para as palavras oxítonas terminadas em éis, éu, éus, ói ou óis ,que continuam acentuadas: papéis, herói, heróis, constrói, troféu, troféus, fiéis, réu, véu, céu, dói, pastéis, anéis, lençóis, farnéis, mói, destrói, rói, corrói, Ilhéus, réis, sóis, chapéus, hotéis, bordéis. Palavras como b l ê i z e r, contêiner, destróier, gêiser e Méier continuam acentuadas, apesar de se enquadrarem na regra que prevê a perda do acento nos ditongos ei e oi, porque são paroxítonas terminadas em r. O QUE MUDA NO ACENTO AGUDO Como era apazigúe apazigúem averigúeaverigúem argúem argúo enxagúo enxagúam delinqúem delinqúo O B S E RVA Ç Ã O se a palavra for oxítona e o i ou o u estiverem em posição final (ou seguidos de s), o acento permanece como em teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús, Piauí. Desaparece o acento no u forte dos grupos que/qui/ gue/gui de verbos como averiguar, apaziguar, arguir, redarguir, obliquar, enxaguar, aguar, delinquir, desaguar, apropinquar e afins. Como fica apazigue apaziguem averigue averiguem arguem arguo enxaguo enxaguam delinquem delinquo 6 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009 7SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA REFORMA ORTOGRÁFICA anti-herói Com os prefixos, quando o segundo elemento for iniciado por h: MUDANÇAS NO EMPREGO DO HÍFEN Com o Acordo Ortográfico, as regras do emprego do hífen passaram por várias modificações que, na maioria dos casos, relacionam-se às formações de palavras com prefixos ou falsos prefixos. O docu- mento de 1990 não resolve todas as pen- dências em relação ao uso do hífen, já que não ficam suficientemente claros al- guns aspectos referentes ao assunto. Ele também não trata nominalmente de to- dos os prefixos ou falsos prefixos, mas dá orientações gerais trazendo as regras que foram estabelecidas em consenso com a Academia Brasileira de Letras e servem de base para a utilização adequa- da, do ponto de vista gramatical, das pa- lavras conforme a nova ortografia. É im- portante lembrar que muitas regras liga- das à utilização do hífen não sofreram al- terações e mantiveram as palavras com a mesma grafia de antes do Acordo. A se- guir, trataremos das mudanças referen- tes ao emprego do hífen em palavras for- madas por prefixos (ante, anti, circum, co, contra, entre, extra, hiper, infra, intra, pós, pré, pró, sobre, sub, super, supra, ultra, etc.)ou por elementos que podem funcionar como prefixo ( a e ro , agro, arqui, auto, bio, eletro, geo, hi- dro, inter, macro, maxi, micro, mini, multi, neo, pan, pluri, proto, pseudo, retro, semi, tele, etc.), além de trazer também algumas das principais orienta- ções sobre o assunto estabelecidas pelo Acordo Ortográfico. Nas formações com prefixos terminados pela mesma consoante com que se inicia o segundo elemento: Com os prefixos ex, sem, além, aquém, recém, pós, pré, pró: Quando o p re f i x o termina em vogal e o segundo elemento começa com r ou s. Neste caso, duplicam-se essas letras: Nas formações com prefixos terminados por consoante e segundo elemento iniciado por vogal: Prefixo co: o hífen passa a ser usado apenas quando o segundo elemento for iniciado por h, como é o caso de co-herdeiro. O hífen será usado nas palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento: batata-doce, vassoura-de-bruxa, couve-flor, bem-me-quer. Há hífen nos nomes geográficos compostos pelas formas grã, grão, ou por forma verbal ou, ainda, naqueles ligados por artigo: Grã-Bretanha, Abre-Campo, Passa-Quatro, Baía de Todos-os-Santos, Entre-os-Rios. Atenção: outros nomes geográficos compostos escrevem-se com os elementos separados, sem o hífen: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde. Exceções: Guiné-Bissau e Timor-Leste. Emprega-se o hífen quando o primeiro elemento da palavra composta for bem ou mal e o segundo elemento começar por vogal ou h: bem-apanhado, bem-humorado, mal-habituado, mal-estar. Em muitos compostos, o advérbio bem aparece aglutinado com o segundo elemento: benfazejo, benfeito. O emprego do hífen nos compostos sem elemento de ligação quando o 1º termo, por extenso ou reduzido, está representado por forma substantiva, adjetiva, numeral ou verbal não sofreu alterações. Foram mantidas formações como: arco-íris, mesa-redonda, primeiro-ministro, guarda-chuva, tenente-coronel, guarda-noturno etc. Na translineação de uma palavra composta ou de uma combinação de palavras em que há hífen, ele deverá ser repetido na linha seguinte se a partição coincide com o final de um dos elementos membros, a fim de garantir maior clareza gráfica: A escola recebeu seus alunos com alegria após dois meses de férias. Os seus ex- -alunos estavam presentes também para dar as boas-vindas com momentos de descontração e agradecimentos. anti-higiênico anti-herói s u p e r- h o m e m p ro t o - h i s t ó r i a mini-hotel anti-horário neo-helênico anti-histórico c o - h e rd e i ro m a c ro - h i s t ó r i a s o b re - h u m a n o ultra-humano c i rc u m - h o s p i t a l a r contra-harmônico extra-humano pré-história sub-hepático ultra-hiperbólico a rq u i - h i p é r b o l e geo-história auto-hipnose neo-hamburguês neo-helênico pan-helenismo semi-hospitalar h i p e r- h i d r a t a ç ã o ante-histórico infra-hepático EMPREGA-SE O HÍFEN: Observação: não se usa, no entanto, o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des e in e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial: subumano, desumano, desumidificar, inábil, inumano, desarmonia. Quando o prefixo termina na mesma vogal com que se inicia o segundo elemento: a rq u i - i n i m i g o contra-almirante multi-instrumentista anti-inflamatório contra-atacar s o b re - e r g u e r m i c ro - o n d a s semi-inter no contra-ataque anti-inflacionário ultra-aquecido anti-imperialismo m i c ro - ô n i b u s s o b re - e l e v a r anti-infeccioso semi-inter nato h i p e r- re q u i n t a d o i n t e r- re l a c i o n a r s u p e r- ro m â n t i c o s u p e r- re a t i v o sub-bibliotecário c i rc u m - m u r a d o i n t e r- re g i o n a l i n t e r- re l a ç ã o sub-base ad-digitalizar s u p e r- re v i s t a s u b - b a r ro c a l ad-digital sub-branquial i n t e r- r a c i a l i n t e r- re s i s t e n t e sub-biótipo s u p e r- r a c i s t a s u p e r- re a c i o n á r i o i n t e r- r u r a l Com o prefixo sub, diante de palavra iniciada por b (conforme regra anterior, mesma consoante) e r: sub-base sub-bibliotecário s u b - re g i ã o sub-raça s u b - re i t o r s u b - re i n o Com os p re f i x o s c i rc u m e pan diante de palavra iniciada por m, n, h e vogal: c i rc u m - n a v e g a ç ã o c i rc u m - h o s p i t a l a r c i rc u m - e s c o l a r c i rc u m - m u r a d o pan-africano pan-americano pan-mágico pan-negritude pan-hispânico pan-harmônico além-mar além-túmulo ex-aluno e x - p re f e i t o ex-marido ex-senador pós-graduação pré-escolar pré-natal p r é - re q u i s i t o re c é m - c a s a d o re c é m - n a s c i d o sem-terra sem-teto p r é - e s t re i a pré-vestibular pró-gover no pré-história sem-vergonha pré-nupcial pós-moder no NÃO SE EMPREGA O HÍFEN: Quando o prefixo termina em vogal d i f e re n t e daquela com que se inicia o segundo elemento: a e ro e s p a c i a l a g ro i n d u s t r i a l anteontem a n t i a é re o a u t o a p re n d i z a g e m infraestrutura autoescola extraescolar plurianual contraindicação autoajuda contraofensiva semiárido autoestrada intrauterino contraescritura neoimperialista extraoficial antiofídico m a c ro e c o n o m i a antirrábico a u t o r re t r a t o antirracismo autossuficiente a n t i r re l i g i o s o megassucesso antissocial antirrugas biorritmo n e o r re a l i s m o c o n t r a r re g r a u l t r a r re s i s t e n t e antissemita ultrassonografia a rq u i r r i v a l megassucesso antirrugas m i c ro s s i s t e m a ultrassensível minissaia Quando o prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s: a n t e p ro j e t o antipatriótico antipedagógico antepenúltimo autopeça antebraço a u t o p ro t e ç ã o anticoncepcional s o b re c o x a geopolítica m i c ro c o m p u t a d or s e m i c í rc u l o semivogal semideus ultramoder no neolatino contrapartida neonazista autobiografia semifinal automedicação autodidata c o n t r a p ro p o s t a pseudocientífico extrapartidário hiperacidez subeditor hiperativo s u b e m p re g o i n t e re s c o l a r subestimar i n t e re s t a d u a l subitem i n t e re s t e l a r suboficial i n t e re s t u d a n t i l superaquecido superamigo superinvestidor superaquecimento s u p e re s t r u t u r a s u p e re c o n ô m i c o superalimentação s u p e re x i g e n t e superabundância s u p e r i n t e re s s a n t e s u p e ro t i m i s m o s u p e re s p e c i a l interativo interação i n t e ro c u l a r Nos vocábulos que perderam noção de composição e passaram a se escrever aglutinadamente: girassol, madressilva, mandachuva, pontapé, paraquedas (e afins, paraquedismo, paraquedístico). Atenção: Outros compostos com a forma verbal para- continuarão separados por hífen conforme a tradição lexicográfica: para-brisa(s), para-choque, para-lama(s) etc. O B S E R V A Ç Õ E S I M P O R TA N TE S ? 8 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA ê Como era enjôo enjôos vôo vôos zôo zôos crêem dêem vêem lêem p re v ê e m re l ê e m povôo abençôo magôo p e rd ô o re v ê e m descrêem Deixaram de ser acentuadas as palavras terminadas em ôo(s) e êem O B S E RVA Ç Ã O O acento permanece no plural de ter e vir, assim como na 3ª pessoa do singular e do plural de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, advir, etc.). ? Este acento é usado na escrita em vários idiomas, como o grego, o francês, o norueguês, o romeno, entre outros. Em português, o circunflexo é usado no â, ê e ô. Os dois últimos denotam as vogais médias fechadas tônicas [e] e [o]. O â, sempre antes de uma consoante nasal – m ou n: como em pântano e câmara. Caracteriza uma vogal central tônica, levemente nasalizada no português falado no Brasil. É, às vezes, empregado para distinguir certas palavras, como, por exemplo, tem e têm. Seu uso tem sido bastante redu- zido como consequência das sucessivas reformas ortográ- ficas realizadas no português ao longo dos anos. O nome do diacrítico procede do latim circumflexus (meia curva). ACENTO CIRCUNFLEXO EXEMPLOS Ele não tem para onde ir. Eles têm alter nativa. O Brasil tem forte participação nos debates sobre o meio ambiente. Estudantes brasileiros têm m e l h o re s oportunidades este ano. O garoto vem sozinho. Eles vêm de outra empresa. A empresa mantém sua rotina de trabalho. Eles mantêm a palavra. A caixa contém vários presentes. Os arranjos contêm muitas flores do campo. O governo detém o poder. Os policiais detêm a ação dos criminosos do tráfico. Crise advém do desequilíbrio econômico. Tensões sociais advêm da ausência de valores humanos. Como fica enjoo enjoos voo voos zoo zoos c re e m deem veem leem p re v e e m re l e e m povoo abençoo magoo p e rd o o re v e e m d e s c re e m 9SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009 REFORMA ORTOGRÁFICAp á ra p a raDeixa de serusado o acentoque diferenciavaos parespára/para,péla(s)/pela(s),pêlo(s)/pelo(s),pólo(s)/polo(s) e pêra/pêra. ? ACENTO DIFERENCIAL AT E N Ç Ã O Permanece o acento diferencial em pôde/pode. Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito perfeito do indicativo), na 3ª pessoa do singular.Pode é a forma do presente do indicativo, na 3ª pessoa do singular. Exemplo: Ele pôde, por duas vezes consecutivas, interferir nas decisões do conselho, mas agora ele não pode mais. Continua também o acento diferencial em pôr (verbo)/por ( p re p o s i ç ã o ) . EXEMPLOS Não vou pôr o material no armário feito por você. Ele vai pôr o roteiro elaborado por você à disposição de todos. USO FACULTATIVO O acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma pode ser usado opcionalmente. Indica-se o uso do acento para conferir maior clareza à frase. EXEMPLO De qualquer forma, não encontramos a fôrma adequada para o bolo de aniversário. A forma daquela fôrma é bastante irregular. Como era pára pélo/ péla pêlo pêra pólo Como fica para pelo/pela pelo pera polo Exemplos Ele não pára de olhar. Ele não para de olhar. A cidade é pólo cultural. A cidade é polo cultural. Ele péla a galinha antes do preparo. Ele pela a galinha antes do preparo. Não encontrei pêlos no tapete. Não encontrei pelos no tapete. Continuo comprando pêras. Continuo comprando peras. 10 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA güi Com a vigência do A c o rd o Ortográfico em janeiro deste ano, ele foi abolido em palavras da língua portuguesa, ficando seu uso restrito aos nomes próprios estrangeiros e suas derivações, tais como: Müller, mülleriano, H ü b n e r, hübneriano, Bündchen, etc. ?O sinal (¨), com uso indicado na língua por-tuguesa desde a vigência do Formulário Or-tográfico de 1943, foi utilizado no portu-guês brasileiro para assinalar a letra u nascombinações que, qui, gue e gui nos casosem que essa vogal apresentava-se átona epronunciada. Assim, palavras como lingui-ça, sagui, tranquilidade, sequestro e outras eram grafadas com o trema. No entanto, apesar de ter uso determinado nas gramá- ticas e livros de português, muitos não uti- lizavam o trema na grafia das palavras, seja por desconhecimento ou por considerar seu uso desnecessário. FIM DO TREMA I M P O RTA N T E ! Apesar de o trema ter sido abolido, a pronúncia nas palavras em que ele era utilizado continua a mesma. Portanto, as palavras continuarão a ser pronunciadas como antes. O mesmo ocorre com as paroxítonas que perderam o acento gráfico, seja agudo ou circunflexo. Como fica: aguentar linguiça s e q u e s t ro f re q u e n t e cinquenta sequência tranquilo delinquente eloquente bilíngue e q u e s t re sagui ensanguentado pinguim consequência quinquênio f re q u e n t a d o r delinquir arguir f re q u ê n c i a delinquência Como era: agüentar lingüiça s e q ü e s t ro f re q ü e n t e cinqüenta seqüência tranqüilo delinqüente eloqüente bilíngüe e q ü e s t re sagüi ensangüentado pingüim conseqüência qüinqüênio f re q ü e n t a d o r delinqüir argüir f re q ü ê n c i a delinqüência 11SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009 REFORMA ORTOGRÁFICA 1 | Corrija as palavras abaixo, reescrevendo-as de acordo com a nova ortografia: a) idéia – b) enjôo – c) platéia – d)feiúra – e) vôo – f) geléia – g) assembléia – h) colméia – I) jóia – j) diarréia – k) tramóia – l) infra-estrutura – m) auto-escola – n) auto-retrato – o) ante-sala – p) microondas – q) centopéia – r) hiper-mercado – s) super-interessante – t) lêem – u) zôo – v) pré-escola – w) estréia – x) co-autor – y) vice-diretor – z) ex-aluno – 2 | Dentre as palavras abaixo, descubra as dez que não passam por modificações previstas pelo Acordo Ortográfico, circulando-as: pastéis – lingüiça – fiéis – maoísmo – tuiuiús – saúde – onomatopéia – mágica - lâmpada – estréia – hotéis – paranóia – arco-íris – anti-rábico – herói – heróico – paranóico – protéico – norte-americano – seqüestro – conseqüência – bóia 3 | Marque a alternativa em que todas as palavras estão corretamente escritas conforme a nova ortografia: a) asteróide, pré-estreia, idéia, anéis, co-produção; b) multi-instrumentista, microônibus, odisséia, tetéia, superhomem; c) sequência, androide, autodidata, pan-hispânico, i n t e r- re g i o n a l ; d) interestadual, ultra-romântico, seminovo, jibóia, enjôo; e) semicírculo, micro-computador, auto-peça, anti-inflamatório, t ro f é u . 4 | Assinale a alternativa correta quanto ao uso do acento diferencial, seguindo as orientaçõesdo Acordo Ortográfico: a) Ela pára o trabalho para d e s c a n s a r. b) Vocês não compraram as pêras que eu pedi? c) Aquele gato de pêlos macios anda pelo terreno toda noite. d) Nunca mais fomos ao pólo das diversões aquáticas. e) Você já pôde terminar o projeto e pode viajar tranquilamente. 5 | Identifique nas seguintes frases as palavras que precisam ser modificadas em função da nova ortografia e reescreva-as: a) Fazer parte da torcida é uma boa idéia, depois da estréia de um time super-especial e ultra-organizado. b) Espero que elas dêem a autorização para o ante-projeto. c) As crianças brasileiras lêem pouco nas escolas e têm pouco acompanhamento escolar em casa. d) Os turistas perderam o vôo, mas contam com uma boa infra-estrutura de atendimento nas agências européias. e) A platéia ficou satisfeita com a pré-estréia do espetáculo. 6 | “Um acordo entre as duas produtoras facilitará a coprodução de filmes e seriados“. Caso o prefixo não fosse CO, mas SUPER, como seria grafada a palavra atendendo à nova ortografia? a) super-produção; b) superprodução; c) super produção; d) súper-produção; e) súper produção. 7 | “Na mega-operação, participaram agentes da polícia civil e militar”. A palavra destacada está sendo utilizada corretamente conforme o Acordo Ortográfico? Caso não esteja, re e s c re v a - a : 8 | Assinale a opção cuja série de palavras deixou de receber acento em virtude da mesma regra ortográfica pertencente ao novo Acordo: a) veem, assembleia, cauila, voos; b) abençoo, estreia, polo, perdoo; c) joia, tramoia, enjoo, baiuca; d) tipoia, jiboia, paranoia, boia; e) pera, pelo, plateia, povoo. 9 | Marque a alternativa que contém palavra que deixou de ser acentuada em virtude da mesma regra ortográfica observada em ideia: a) epopeia; b) voo; c) creem; d) feiudo; e) magoo. 10 | Identifique a alternativa que contém palavra separada por hífen pelo mesmo motivo encontrado em arqui-inimigo: a) pan-americano; b) inter-regional; c) super-homem; d) contra-atacar; e) circum-navegação. ? TESTE SEUS CONHECIMENTOS GABARITO DE ATIVIDADES: 1. a) ideia; b) enjoo; c) plateia; d) feiura; e) voo; f) geleia; g) assembleia; h) colmeia; i) joia; j) diarreia; k) tramoia; l) infraestrutura; m) autoescola; n) autorretrato; o) antessala; p) micro-ondas; q) centopeia; r) hipermercado; s) superin- teressante; t) leem; u) zoo; v) pré-escola; w) estreia; x) coautor; y) vice-diretor; z) ex-alu- no. 2. pastéis, fiéis, tuiuiús, saúde, mágica, lâmpada, hotéis, arco-íris, herói, norte-ame- ricano.3. c 4. e 5. a) idéia/ideia, estréia/es- treia, super-especial/superespecial, ultra-or- ganizado/ ultraorganizado; b) dêem/ deem, ante-projeto/anteprojeto; c) lêem/ leem; d) vôo/voo, infra-estrutura/infraestrutura, eu- ropéias/europeias; e) platéia/plateia, pré-es- t r é i a / p r é - e s t re i a 6. b 7. megaoperação 8. d 9. a 10. d . Continue a testar seus conhecimentos no jogo online w w w. a t a rd e . c o m . b r teste 12 SALVADOR, SÁBADO, 7/3/2009REFORMA ORTOGRÁFICA * PA R A SABER MAIS Ortografia – novo acordo da língua portuguesa Autor: Carolina Tomasi e João Bosco Medeiros Editora: Atlas R$ 35* w w w. e d i t o r a a t l a s . c o m . b r Além do novo acordo, o li- vro apresenta outras mo- dificações que constituem a história da ortografia ❚ Gramática Houaiss Autor: José Carlos de A z e re d o Editora: Publifolha R$ 20* http://publifolha.folha.com.br Esta gramática traz ferra- mentas para interpretação e redação de textos, dando exemplos com as novas re- gras ortográficas ❚ Ortografia sem segredos Autor: Maria Fernandes e Naiara Raggiotti Editora: Prumo R$ 25* w w w. e d i t o r a p r u m o . c o m . b r Traz os conceitos ortográ- ficos por meio de atividades lúdicas, que despertam a curiosidade do aluno e o estimulam a refletir ❚ Escrevendo pela nova ortografia Autor: José Carlos de A z e re d o Editora: Publifolhas R$ 19,90* http://publifolha.folha.com.br Traz informações essenciais para todas as pessoas – de estudantes a profissionais – que utilizam a gramática ❚ O novo acordo ortográfico da língua portuguesa Autor: Maurício Silva Editora: Contexto R$ 17,90* w w w. e d i t o r a c o n t e x t o . c o m . b r Transcreve as novas regras na íntegra e dá exemplos sobre o que muda e o que permanece na grafia. a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a aa a a a a a a a aa a a a a a a aa a a a a a a a a aa aa a a a a a a a a a a a a a a a a aa aa a a a a a a a a a a a a aa a a a aa a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a aa a aa a a a a a a a a a aa a a a a a a a aaa a a a a a a a a a a a a aa a a a a aa a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aaa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa aa a a a a a a a a aa a a a aa aaaa a a a a a a a aa a a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a aa a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a aa a a aaaa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a aa aa a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a aa a a a a a aa a a a a a a a a aa aa a a a a a a a a a a a a a a aa a aaa a aa aa a a a a a a a aa a a a a a aa a a a a a a aa a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a aa aa a a a a a aa aa a a a a aaa a a a a a aa a a aa a a a aa a a a aa a aaa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a aa aa a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa aa aa aa a aa a a a a a a a aaa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a a a a a aa a a a a a a a a a a a a a aa a aa a a a a a a a a aaa a aa a a a a aa a a a aaaa a a a a a a a a a a a a a e e ee e e e e e ee e e ee e e e e e ee e e e e e ee e e e e e ee e e e e e e e e e ee e ee e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e eee e e e e e e e ee e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e e ee ee ee e e e ee e e ee e ee ee e e e e e e e e e ee e e e e e e e e e e e ee e e e a o o o o o o o o o oo o o o o o o oo o o o o oo o o o o o o o oo o o o o o o o o o o ooo oo oo o o o o o o o o oo o o oo o o o a a a a a a aa a aa a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a a aa a a aa a a 1 São Tomé e Príncipe Localizado no Golfo da Guiné, é composto por duas ilhas principais, São Tomé e Príncipe. A pesca continua a ser uma das principais atividades econômicas. População 157 mil Renda per capita US$ 1.266 Expectativa dez vida 68,8 anos Alfabetização 77,9% 5 País da costa ocidental da África. É o segundo maior produtor de petróleo e exportador de diamante da África Subsaariana. População 17,01 milhões Renda per capita US$ 2,5 mil Expectativa de vida 42,7 anos Alfabetização 54% Angola 6 7 Localizado no Oceano Pacífico. Foi colônia de Portugal até 1975, depois anexado pela Indonésia como província. Ficou independente em 1999. População 1,1 milhão Renda per capita US$ 600 Expectativa de vida 66,94 anos Alfabetização 58,6% Localizado na costa ocidental da África. Economia depende da agricultura e da pesca. Foi colônia de Portugal entre o século XV até 1974. População 1,6 milhão Renda per capita US$ 200 Expectativa de vida 49,04 anos Alfabetização 29,5% País na costa oriental da África Austral. Economia se baseia na agricultura de subsistência. Ficou independente em 1975. População 20,06 milhões Renda per capita US$ 830 Expectativa de vida 42,1 anos Alfabetização 32,7% País sul-americano. 39ª posição entre os países de melhor qualidade de vida do planeta. Colônia portuguêsa até o século XIX População 189,8 milhões (2008) Renda per capita US$ 11,8 mil Expectativa de vida 72,7 anos Alfabetização 88,8% País africano, localizado no Oceano Atlântico. Foi colônia portuguêsa do século XV até 1975. População 499.796 Renda per capita US$ 2,4 mil Expectativa de vida 71,33 anos Alfabetização 69% Brasil Cabo Verde Portugal Moçambique Guiné-Bissau Timor Leste FO N TE S C IA W or ld F ac tb oo k, in de x m un di , d oi ng bu si ne ss .o rg INFOGRAFIA Filipe Cartaxo 2 1 3 4 6 5 7 8 1 8 2 3 4 Os países lusófonos Localizado no sudoeste da Europa. Encontra-se entre os 20 países do mundo de melhor qualidade de vida. População 10,6 milhões Renda per capita US$ 22 mil Expectativa de vida 77,9 anos Alfabetização 94,6% * Preço médio vendido nas livrarias de Salvador
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