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TÍTULO DE CRÉDITO 
Conceito
O conceito mais famoso acerca dos títulos de crédito é de Cesare Vivante, quando afirma seu caráter de “documento necessário para o exercício do direito literal e autônomo nele mencionado” “Art. 887. O título de crédito, documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preenche os requisitos da lei.”
Principios:
Cartularidade
1.O crédito deve estar materializado (coisificado) em um documento escrito
(título);
2.Para a transferência do crédito, é necessária a transferência material do título;
3.Não há que se falar em exigibilidade do crédito sem a apresentação do
Documento
Fábio Ulhoa Coelho define o princípio da cartularidade como sendo aquele em que: “o credor do título de crédito deve provar que se encontra na posse do documento para exercer o direito nele mencionado” 
Alguns autores se referem ao princípio da cartularidade como princípio da incorporação, segundo o qual o direito de crédito materializa-se no próprio documento, não existindo o direito sem o respectivo título. 
Literalidade 
‘Título de crédito é o documento necessário para o exercício do direito, literal e autônomo, nele mencionado’. Neste conceito, a expressão “literal e nele mencionado” refere-se à literalidade, que é a característica segundo a qual somente produzem efeitos jurídico-cambiais os atos lançados no próprio título de crédito. Assim, o título vale pelo que nele se menciona (devedor tem direito de pagar só o que está escrito no título). O que não está escrito, não tem efeito na relação jurídico-cambial.
Autonomia 
A relação jurídica cartular é autônoma face à relação jurídica contratual (causal).
O título de crédito não é um documento comprobatório da relação jurídica causal (contrato), mas sim um documento constitutivo de um direito novo e originário
Princípio da abstração 
Alguns autores no Brasil reconhecem, neste ponto, a presença do princípio da abstração no sentido de que os direitos (de crédito) decorrentes dos títulos de créditos são abstratos, não dependentes do negócio que deu lugar ao nascimento do título Cada pessoa que se obriga no título de crédito assume uma obrigação nova (autônoma).
 É dizer que, uma vez emitido, o título pode circular independentemente do destino ou resultado do negócio jurídico originário, pois cada obrigação consubstanciada no título de crédito tem existência própria e autônoma (independente)
Isto significa dizer que se qualquer das obrigações estiver contaminada por um
vício (da vontade ou social), esse vício não contamina as demais.
Para o professor Luiz Emygdio este aspecto da autonomia pode ser identificado como “independência das obrigações” cambiárias. Assim, eventual vício existente em uma das obrigações não se irradia para as demais, e, por isso os demais devedores não ficam exonerados de suas obrigações pelos vícios das obrigações anteriores. 
Princípio da Inoponibilidade das Exceções Pessoais ao Credor de Boa-Fé.
Isto significa que o possuidor de boa-fé exercita direito próprio, que não pode ser restringido ou destruído em virtude das relações existentes entre os anteriores possuidores e o devedor. Cada obrigação que deriva do título é autônoma em relação às demais. 
Formalismo 
De acordo com o CCB/02 - Art. 887, o título de crédito é um documento necessário ao exercício do direito literal e autônomo nele contido, somente produz efeito quando preencha os requisitos da lei. Quando o legislador faz alusão ao “somente produz efeito quando preenche os requisitos da lei” incide o princípio do formalismo. Entretanto, a ausência dos requisitos legais apenas retira do título de crédito as suas características de título, sem prejuízo do negócio jurídico que lhe deu causa. CCB/02 - Art.888
CARACTERÍSTICAS:
Formalismo 
Os títulos de créditos são considerados formais em decorrência do princípio da legalidade ou tipicidade estrita no sentido de que as pessoas não dispõem de liberdade de inventar títulos de créditos e dar ao invento efeitos jurídicos reservados por lei aos títulos de créditos em sentido estrito.
Negociabilidade 
Em razão de ser um bem móvel que, por força do princípio da literalidade, contém expressamente um direito de crédito no título mencionado, este bem móvel é suscetível de apreciação econômica. Por isso, é um bem suscetível de ser negociado como qualquer outro bem com valoração econômica, como um diamante, um automóvel, por exemplo. Portanto, o direito de crédito se materializa no título e ambos, o documento e o crédito mencionado no título, podem ser colocados em circulação como consequência de um negócio realizado.
Executoriedade 
Os títulos de créditos têm força executiva e permite ao credor o exercício da pretensão executiva independentemente do mérito ou cumprimento da obrigação decorrente do contrato – CPC/15 - Art. 784
CLASSIFICAÇÃO 
Quanto a emissão: 
Título abstrato 
São aqueles em que a sua emissão pode ser feita por qualquer causa (contrato), exceto a causa específica definida em lei para emissão dos títulos de crédito causais.
Circulam despendidos da causa que o gerou. Ex: nota promissória 
Títulos causais 
São aqueles em que a sua emissão só pode ocorrer quando estiver presente a causa (contrato) expressamente identificado em lei para a sua emissão. Ex.: duplicatas
Quanto á estrutura:
Ordem de pagamento 
São aqueles em que o emitente da ordem de pagamento, em regra, não assume diretamente a obrigação para o pagamento. O emitente apenas dá uma ordem para terceiro (sacado) pague a quantia ao beneficiário;
Promessa de pagamento 
Títulos de créditos que envolvem uma promessa de pagamento é o próprio emitente quem assume a obrigação para o pagamento ao beneficiário.
Quanto ao modelo: 
Livre 
São aqueles em que não há um modelo prévio a ser seguido. Ex.: letra de câmbio e nota promissória
Vinculado 
São aqueles em que há uma padronização para sua confecção e emissão. Basta que a confecção do título de crédito obedeça a um modelo padronizado e estejam presentes os requisitos para que produza efeitos legais, sem os quais não terá efeito nenhum. Ex.: cheque/duplicatas.
 
Quanto a circulação: 
Ao portador 
Por não identificarem o credor são transferidos por mera tradição (entrega do título).
Nominativo 
São os que identificam o seu credor e sua transferência, pressupõe além da tradição o registros nos livros da entidade emissora
 Á ordem 
Circulam mediante tradição, acompanhada de endosso (assinatura no verso ou anverso do título);
Não á ordem 
Circulam mediante tradição acompanhada da cessão de créditos. (É um contrato).
Quanto á essência creditícia 
Próprios 
Encerram uma verdadeira operação de crédito. São os mais genuínos títulos de crédito. Também chamados de típicos e cambiais;
Ex.: Letra de Câmbio e Nota Promissória.
Impróprios 
São títulos que não representam uma verdadeira operação de crédito, mas por possuírem certos requisitos dos títulos de crédito propriamente ditos, circulam com as garantias que estes possuem. Também chamados atípicos ou cambiariformes.
Ex.: Cheque e Conhecimento de depósito e Warrant.
ACEITE
O aceite é uma declaração unilateral do sacado, comprometendo-se a pagar o título em seu vencimento. Ao aceitar, passa a se denominar de aceitante, tornando- se, a partir daí, o devedor principal da obrigação.
ENDOSSO
O endosso é a declaração cambial lançada no verso ou anverso do título à ordem pelo seu possuidor com o objetivo de transferir esse título de crédito para terceiro.
São sujeitos partícipes do endosso:
a) O endossante (endossador) – quem realiza o ato de endosso; 
b) O endossatário ou adquirente do título de crédito.
Na transferência por endosso não há sucessão jurídica entre endossante e endossatário. Este, endossatário, adquire, pela autonomia das obrigações cambiárias, um direito autônomo, não lhe cabendo assim indagar se houve irregularidade no título. Não se referindo oendosso apenas à circulação do direito, mas também da posse do título de crédito, não há possibilidade de endosso parcial, por que não pode ser parcial a transmissão da posse de uma coisa
Efeitos do endosso
a) A transferência da posse e propriedade do título; O endossatário torna-se possuidor, proprietário e titular dos direitos contidos no título, como se deles o tivesse sido originariamente, podendo por vontade própria transmitir a outra pessoa;
b) A responsabilidade solidária (cambiária) do endossante.O endossante assume, com o endosso, uma obrigação solidária (de regresso). Trata-se de uma obrigação autônoma, como qualquer outra obrigação cambiária, e cuja assunção deve ser mantida distinta da tradição do título. A responsabilidade solidária cambial é diversa da comum. Nesta (comum), se um codevedor paga a totalidade da dívida, ela será repartida entre todos (CCB/02 - Art. 283). Enquanto na responsabilidade solidária cambiária, se um paga, tem o direito de receber a totalidade da dívida dos obrigados anteriores (LUG - Art. 47).
Diferença endosso X Cessão de crédito
Endosso é ato unilateral, mediante declaração na própria letra. Cessão civil – é um contrato bilateral; que confere direito de crédito derivado. Endossante em regra responde pela solvência do devedor (salvo cláusula “sem garantia”; o cedente, em regra, responde apenas pela existência do crédito; Devedor não pode alegar contra o endossatário de boa-fé as exceções pessoais, mas as pode alegar contra o cessionário.
ESPÉCIES DE ENDOSSO 
Endosso em branco 
É aquele que não identifica o endossatário. Contém a simples assinatura do endossante no verso do título ou assinatura no verso ou no anverso com a expressão “pague-se” ou outra equivalente. Ex.: pague-se. Deve ser convertido em endosso em preto antes do pagamento do título.
Endosso em preto 
É aquele que contém a indicação do beneficiário (endossatário). É nominal. Ex.: pague-se a José da Silva;
CLÁSULA ESPECIAIS DE ENDOSSO 
a) Cláusula à Ordem (LUG - Art. 11 – 1ª parte):
Trata-se de Cláusula presumidamente inserida no título de crédito que submete a circulação do título de crédito aos efeitos do endosso. Ainda que não expressa ela já faz parte do título de crédito quando da sua emissão;
b) Cláusula Não à Ordem (LUG - Art. 11 – 2ª parte):
Pode ser inserida pelo sacador e submete a circulação do título de crédito aos efeitos de uma cessão civil de crédito
	
c) Cláusula Restritiva de Novo Endosso (LUG - Art. 15, 2ª parte)
Na verdade esta Cláusula não impede novo endosso, mas apenas submete o endossante à condição de garantidor e responsável em face somente de seu endossatário, ou seja, a quem o endossante entregou o título e não em relação aos demais e eventuais recebedores do título de crédito;
d) Cláusula de Endosso Póstumo (Tardio) – LUG - Art. 20, 1ª parte –
Trata-se de endosso feito após o ato de protesto. Neste caso a transferência do título de crédito se dá com os efeitos de uma Cessão Civil de Crédito;
ENDOSSOS IMPRÓPRIOS 
O endosso impróprio são aquelas hipóteses em que há transferência da posse, mas não da propriedade do documento. Há transferência do exercício, mas não da titularidade do direito de crédito. Lança-se na cambial um ato que torna legítima a posse do endossatário sobre o documento, sem que ele se torne credor. Endossatário pode exercer todos os direitos da letra de câmbio, exceto o de transferir a titularidade do crédito
a) Endosso Mandato
Aquele que contém a expressão para cobrança ou por procuração. Neste caso, o endossatário tem direitos que surgem do título, mas apenas para agir em nome do endossante e endossar título como procurador. Ex.: “pague-se, por procuração, a Marly” ou outra equivalente
I. O procurador pode protestar o título, executá-lo ou mesmo constituir outro mandatário por meio de outro endosso-mandato. O Executado pode opor ao endossatário-mandatário as exceções que tiver contra o endossante -mandante, na medida em que aquele o aciona em nome deste.
b) Endosso Caução-Pignoratício
Aquele em o título de crédito, por ser um bem móvel, é dado em garantia de dívida. Em penhor ou pignoratício. Neste caso, o título de crédito é entregue em favor de credor do endossante. Uma vez cumprida a obrigação garantida pelo penhor, o título deve ser devolvido ao endossante. Endossatário não pode endossar o título. Ex.:- “pague-se, em garantia, a
Darcy, ou outra equivalente.
I. Neste caso, o executado não poderá opor ao endossatário-caucionado as exceções pessoais que tiver contra o endossante-caucionário salvo provando a má-fé deles, pois se aplica a inoponibilidade das exceções pessoais aos terceiros de boa-fé.
AVAL
O aval é um ato cambiário de garantia especial que tem por objetivo garantir o pagamento de título de crédito cambiário. Portanto, o aval é uma manifestação unilateral de vontade, caracterizada por ser uma garantia pessoal (fidejussória) de pagamento de uma quantia mencionada o título de crédito dada por terceiro (avalista), em favor de um obrigado cambiário (avalizado).
A ação executiva proposta em face do devedor principal (ou de seu avalista), não haverá necessidade de protesto, pois este é meramente facultativo. Porém, se a ação executiva for proposta em face de um codevedor (ou de seu avalista) o protesto é necessário.
O aval é obrigação autônoma, independente de quaisquer outras decorrentes do título crédito cambiário, inclusive da do avalizado - LUG - Art. 32. Firmando o aval, o avalista será responsável solidário em relação ao pagamento, do título, sem embargo da falsidade, da falsificação ou da nulidade de qualquer outra assinatura
LUG - Art. 47.
A garantia do avalista pode ser por todo o pagamento, ou apenas por parte dele. Desta maneira admite-se o aval parcial – LUG - Art. 30 – 1ªP. Esclarece a lei que essa garantia, o aval, pode ser dada por um terceiro ou mesmo por pessoa que já seja signatária do título – LUG - Art. 30, 2ªP. Em regra, o aval é dado na frente (anverso) do título de crédito e resulta da simples assinatura do avalista – LUG - Art. 31, 2ªP.
TIPOS
 - Em branco 
Aquele que o avalista NÃO indica nominalmente a pessoa do avalizado – LUG - Art. 31, 4ªP. Neste caso, considera-se dado em favor do emitente;
- Em preto 
Aquele que o avalista indica nominalmente a pessoa do avalizado – LUG - Art. 31, 4ªP;
AVAL PLENO ( TOTAL)
Aquele em que o avalista garante a totalidade da dívida do avalizado;
AVAL PARCIAL 
Quando o avalista garante parte da dívida do avalizado LUG - Art. 30, 1ªP;
I. Cada título de crédito, conforme sua lei específica, determina se o aval poderá ou não ser total ou parcial;
II. A letra de câmbio, o cheque, e a nota promissória permitem aval total ou parcial;
III. Já os demais casos (Duplicatas) permite-se apenas o aval total – CCB/02 - Art. 897, parágrafo único.
AVAL PLURAL 
- Múltiplo ou simultâneo ( co-aval)
Ocorre quando duas pessoas avalizam ao mesmo tempo uma única pessoa, ou seja, um devedor tem dois avalistas que garantirão o pagamento do título de crédito cada um respondendo por parte da dívida;
 - Sucessiva (aval de aval)
Um avalista garante outro avalista para garantir o pagamento do título de crédito, cada um sendo responsável pelo todo (aval pleno);
Obs.: Aval Simultâneo e Aval Sucessivo – consequências:
I. Em relação ao credor, o aval ser simultâneo ou sucessivo não apresenta qualquer relevância, pois o credor poderá cobrar de apenas um, de alguns ou de todos. São todos devedores solidários – LUG - Art. 47;
II. Entretanto, na relação interna entre os avalistas, a diferença é bastante relevante, pois caso apenas um avalista venha a pagar o valor devido, o exercício da ação de regresso em face dos demais avalistas pode variar bastante;
III. No de caso de coavalista simultâneo pagar a dívida toda, ele só terá direito de cobrar a cota parte dos demais avalistas, pois neste caso considera-se que obrigação plural neste caso é uma obrigação solidária comum. Assim,se submete à regra comum do CCB/02 - Art. 283;
IV. No caso de aval sucessivo, se um dos codevedor sucessivo pagar a dívida toda
ele terá direito de cobrar a dívida toda dos demais codevedores cronologicamente anteriores a ele, pois nesse caso considera-se que a obrigação plural é uma obrigação solidária cambiária, ou seja, o avalista que pagou sozinho a dívida, se sub-roga inteiramente no direito de crédito que emerge da Letra de Câmbio - LUG - Art.32, 3ªP;
V. Na hipótese de pluralidade de avais em branco, mas superpostos, consideram se simultâneos e não sucessivos – Verbete de Súmula do STF nº 189.
Obs.: Não mais se admite o AVAL CONDICIONADO – CCB/02 - Art.890,
parte final.
VENCIMENTO 
Segundo Fabio Ulhoa Coelho o vencimento ´pode ser definido como o fato que torna o crédito cambiário exigível.O pagamento de um título de crédito pode extinguir, uma, algumas ou todas as obrigações contidas no documento. Se o pagamento for efetuado pelo devedor principal do título, extinguirá todas as obrigações. Se o pagamento for efetuado por um codevedor serão extintas as obrigações de quem pagou e a dos devedores posteriores. Aquele que efetuou o pagamento poderá exigir em regresso seu direito de crédito contra os devedores anteriores.
PROTESTO 
O protesto é um ato cartorário, praticado pelo credor em função de um descumprimento de uma obrigação que deveria ser cumprida pelo devedor. Fabio Ulhoa define o protesto como “o ato praticado pelo credor, perante o competente cartório, para fins de incorporar ao título de crédito a prova de fato relevante para as relações cambiais, como, por exemplo, a falta de aceite ou de pagamento da letra de câmbio”
O art. 1º da Lei 9492/97, define o protesto como “ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívida”.
Finalidade 
O protesto tem como finalidade comprovar que houve o descumprimento de uma obrigação que deveria ser realizada pelo devedor. Sendo assim, o protesto se destina a comprovar que houve a falte de aceite, falta de pagamento do próprio título ou por falta de data de aceite.
PRESCRIÇÃO
A prescrição ocorre em períodos distintos, de acordo com os signatários dos títulos de crédito. Desta forma, no caso da letra de câmbio, a ação prescreve para o portador (credor) em três anos a contar do vencimento, caso proponha a ação em face do devedor principal (aceitante e seus avalistas). Contudo, prescreve em um ano, contado do protesto, caso proponha em face dos endossantes e avalistas. Já a ação prescreve em seis meses, em caso de direito de regresso, proposto por endossante que satisfez o direito de crédito do credor originário, de acordo com o art. 70 da LUG. As defesas alegadas apenas podem versar sobre direito pessoal do devedor em
face do credor; defeito de forma do título ou ausência de requisito necessário para a propositura da ação, conforme previsto no art. 51 do Decreto-Lei 2044/1908.
- 3 Anos, a contar do vencimento, em face do devedor principal.
- 1 ano, contato do protesto, em face dos coobrigados.
- 6 meses, a contar a partir do pagamento, em direito de regresso.
TÍTULO DE CRÉDITO 
Letra de câmbio
Letra de câmbio, quanto ao modelo, é um título de crédito de modelo livre. Portanto, o ordenamento jurídico não determinou nenhum padrão pré-estabelecido. Desta forma, compete ao sacador escolher a forma que desejar. Consequentemente, sua emissão pode estar escrita em qualquer formato, desde que atenda aos requisitos legais previstos nos artigos 1º e 2º da LUG. Torna-se essencial que o sacador preencha as regras de forma, ou seja, os requisitos essenciais previstos nestes artigos, sob pena de não se considerar um título de crédito.
Situação de emissão
Sacador- emitente 
Sacado- quem recebe ordem de pagamento 
Beneficiário- credor 
Uma vez ocorrido o saque da letra de câmbio, esta encontra-se em mãos do beneficiário (aquele que era o credor originário das obrigações assumidas originalmente), que pode realizar dois atos: ou apresenta ao aceite para o aceitante/sacado ou endossa.
Classifiações
Quanto a emissão: título abstrato 
Quanto ao modelo: livre
Quanto a circulação: nominativo á ordem, mas pode retirar á ordem da letra de câmbio. 
Quanto a essência:título próprio 
Quanto a estrutura:ordem de pagamento 
Aceite
O aceite é ato cambiário típico do aceitante. Isto significa que apenas será encontrado
aceite em se tratando de títulos de crédito, além de ser ato exclusivo do
aceitante, ou seja, apenas tem competência para aceitar, o aceitante/sacado.
O aceite consiste no ato pelo qual o credor torna-se o devedor principal da
obrigação prevista na letra de câmbio. Caso aceite, se tornará o devedor principal.
O aceite pode ser total ou parcial. O aceite total ocorre quando aceita-se a integralidade
das condições, ou seja, o aceitante concorda com a quantia e o prazo para pagamento. O aceite parcial é aquele em que existe alguma restrição. O aceite na letra de câmbio é facultativo, tendo em vista que não existe nenhuma relação jurídica celebrada entre sacado e beneficiário. Fabio Ulhoa ensina que “o aceite é sempre facultativo. Isso significa que, mesmo na hipótese de o sacado ser devedor do sacador ou tomador, ele não está obrigado a representar essa sua dívida por um título de crédito” (ULHOA, 2017, p. 409). Assim, nada impede que o sacado se recuse a ser o devedor principal da letra de câmbio. Compete ressaltar que, a recusa do aceite enseja o protesto por falta de pagamento e o vencimento extraordinário da letra de câmbio, uma vez que o título se torna imediatamente exequível.
b) Endosso
O endosso é ato típico do direito cambiário, o que representa que o endosso apenas pode ser utilizado para os títulos de crédito. O endosso é o ato pelo qual se permite a circulabilidade da letra de câmbio. Assim, o endosso produz, via de regra, dois efeitos: transferência da titularidade e assunção da responsabilidade cambiária. Em relação à letra de câmbio, aplicam-se as mesmas regras estudadas na parte geral dos títulos de crédito no capítulo 1. Cabe ressaltar que, nos ensinamentos de Ricardo Negrão, “a letra de câmbio é essencialmente emitida à ordem, independentemente de cláusula expressa. É possível, entretanto, a inserção de cláusula não à ordem, tornando o título intransmissível por endosso” 
c) Aval
O aval consiste em uma garantia cambiária fidejussória. Isto é, ato típico do direito cambiário, ao se tratar de uma garantia extra, que apenas se aplica aos títulos de crédito. Ademais, o aval é fidejussório, tendo em vista que encontra-se pautado na fé, confiança conferida pelo avalista, que assume a posição de coobrigado pela letra de câmbio, sem necessidade de comprovação de meios pelos quais pretende-se arcar com a obrigação assumida. Em relação à letra de câmbio, aplicam-se todas as regras estudadas no capítulo anterior. Assim, o aval pode ser total ou parcial e em relação às espécies, o aval pode ser simultâneo ou sucessivo. Fabio Ulhoa estatui que “o aval representa garantia dada em favor de devedor da letra de câmbio. Ele é autônomo e equivalente à obrigação do avalizado”
Protesto
O protesto é ato cartorário por meio do qual se comprova o descumprimento de uma obrigação. Em se tratando de letra de câmbio, o protesto pode ocorrer por falta de aceite ou por falta de pagamento, aplicando-se as mesmas regras estudadas no início deste capítulo. 
NOTA PROMISSÓRIA 
Segundo Fabio Ulhoa, a nota promissória tem como finalidade realizar “uma promessa do subscritor de pagar quantia determinada ao tomador, ou à pessoa a quem esse transferir o título”
Quanto ao modelo, a nota promissória, assim como a letra de câmbio é um título de modelo livre. Isto significa que, o ordenamento jurídico brasileiro não pré-determinou nenhum instrumento necessário e obrigatório que irá materializar a nota promissória. Consequentemente, compete ao sacador, ao emitir a nota promissória selecionar omodelo padrão que irá adotar, uma vez que pode ser escrita em qualquer formato, desde que cumpra os requisitos essenciais previstos nos artigos 75 e 76 da LUG.
No momento em que se celebra o negócio jurídico originário e devedor deste negócio jurídico emite uma promessa de pagamento, em que assume a condição de devedor principal da obrigação contida na nota promissória em relação ao credor do negócio jurídico originário o valor estipulado na data prevista, houve o saque da nota promissória. Assim como na letra de câmbio, o saque envolve a formação e emissão da nota promissória e a entrega ao beneficiário. Contudo, não haverá a apresentação ao aceite, tendo em vista que o emissor da nota promissória ao emiti-la, assume tanto a posição de sacador (emitente), como de sacado (devedor principal) da nota promissória. Os próximos passos dependerão do beneficiário, que poderá aguardar a data do vencimento e cobrar diretamente o promitente-devedor ou poderá endossar a nota promissória. Uma vez que tenha havido o saque da nota promissória e esta se encontra em mãos do beneficiário (aquele que era o credor originário da obrigação pecuniária originária), que poderá realizar o endosso ou aguardar o vencimento para executar o promitente-devedor.
Classifiações
Quanto a emissão: abstrato
Quanto ao modelo: livre
Quanto a circulação:nominativo á ordem 
Quanto a estrutura:promessa de pagamento
Quanto a essência: títulos próprios 
a) Aceite;
Não há espaço para o aceite na nota promissória, uma vez que a nota promissória representa uma promessa de pagamento, emitida pelo próprio devedor, que ao sacá-la se torna automaticamente o próprio devedor principal. Portanto, não há necessidade de que ele mesmo se comprometa posteriormente.
b) Endosso;
O endosso é o ato pelo qual se permite a circulabilidade da nota promissória. Assim, o endosso produz, via de regra, dois efeitos: transferência da titularidade e assunção da responsabilidade cambiária. Em relação à nota promissória, a LUG faz alusão às mesmas regras previstas para a letra de câmbio.
c) Aval.
Em relação à nota promissória, aplicam-se as normas analisadas anteriormente , assim como ocorre em relação à letra de câmbio, tendo em vista a determinação contida no art. 77 da LUG.
Protesto 
Em se tratando de nota promissória, o art. 77 da LUG determina a aplicação dos mesmos dispositivos aplicáveis à letra de câmbio. Consequentemente, o protesto pode ocorre por por falta de pagamento, aplicando-se as mesmas regras estudadas anteriormente. 
DUPLICATA MERCANTIL – Lei 5474/68
Título de crédito causal lastreado em nota fiscal emitido para representação de compra e venda mercantil ou prestações de serviço. A duplicata mercantil e de serviços consistem em uma ordem de pagamento, que materializa uma compra e venda mercantil a prazo ou uma prestação de serviço. 
Classifiações
Quanto a emissão: causal. Ex: compra e venda mercantil, prestação de serviços.
Quanto ao modelo: vinculado , compete ao ordenamento jurídico trazer a norma de padronização das duplicatas, nos termos do art. 27 da Lei 5474/68. 
Quanto a circulação: nominativo á ordem(regra)
Quanto a estrutura: ordem de pagamento, a duplicata será emitida com apenas um negócio jurídico
Quanto a essência: título próprio 
“A duplicata é, ao mesmo tempo, título causal e à ordem, isto é, liga-se na origem, a um negócio de compra e venda mercantil e mantém a mais importante característica das cambiais: é endossável e apto à circulação de crédito”
Entende-se por compra e venda mercantil, a celebrada entre empresários, em que tanto no polo passivo quanto no polo ativo encontram-se empresários. Ademais, para a configuração da duplicata, o pagamento deve ter previsão para sua realização em outro momento
A duplicata merece dois destaques. O primeiro destaque se refere ao fato de que a duplicata é um título de crédito emitido pelo credor, enquanto os demais títulos são emitidos pelos devedores. O segundo destaque se relaciona com os personagens jurídicos, uma vez que a duplicata possui três personagens jurídicos: sacador (aquele que saca), sacado (aquele que recebe a ordem de pagamento e caso aceite, se torna o devedor principal da obrigação contida na duplicata) e o beneficiário (aquele que é o credor no negócio jurídico originário). 
Desta forma, a emissão da duplicata ocorre quando o sacador (credor do negócio jurídico originário) emite uma ordem de pagamento em face do sacado (devedor do negócio jurídico originário) em favor dele mesmo (credor do negócio jurídico originário).
A duplicata possui seus requisitos gerais e os essenciais previstos no art. 2º da
Lei 5474/68. Em relação ao endosso e aval, aplicam-se as mesmas já estudadas anteriormente. 
DUPLICATA VIRTUAL
A duplicata virtual é lançada no meio eletrônico onde constam os números das duplicatas, correspondendo tais números aos respectivos fiscais-faturas e são remetido à instituição financeira, geralmente um banco, via internet, sendo certo que esta emite e encaminha aos sacados (devedores) um boleto bancário, para que efetuem o pagamento na rede bancária.
Aceite
O aceite consiste em o ato pelo qual o credor torna-se o devedor principal da obrigação prevista na letra de câmbio. Caso aceite, tornar-se-á o devedor principal. Assim, podemos entender o aceite como “o ato de vontade materializado pela aposição de assinatura no título, mediante a qual o sacado concorda com a ordem do emitente da duplicata, tornando-se o principal responsável pelo pagamento da quantia nela expressa na data de seu vencimento”
Contudo, diferentemente da letra de câmbio, o aceite na duplicata é obrigatório. Isto porque, enquanto na letra de câmbio não existe nenhuma relação jurídica celebrada entre sacado e beneficiário, na duplicata existe um único negócio jurídico celebrado entre sacado e beneficiário. Assim, não é cabível que o sacado se recuse a realizar o aceite, a menos que haja vícios em relação à qualidade, preço ou quantidade do produto, segundo o disposto nos artigos 8º e 21 da LUG.
Podemos identificar três espécies de aceite:
a) o aceite ordinário:
Consiste no aceite em que houve a remessa ao aceitante e houve devolução da duplicata no prazo correto pelo aceitante.
b) o aceite por comunicação:
É aquele em que ocorre a remessa do beneficiário ao endossante. Todavia, dentro do prazo de devolução, o aceitante retém a duplicata consigo e envia para o beneficiário apenas uma carta, em que se materializa a comunicação de que o aceitante aceita ser devedor principal do título de crédito, porém está realizando a retenção do título de crédito consigo, uma vez que não deseja que haja a circulação de título de crédito.
c) aceite presumido:
Consiste no aceite em que houve a efetiva remessa da #duplicata. Porém, passado o prazo de devolução, o aceitante não aceita, não comunica que aceita a duplicata e retém o título. Como o aceite é obrigatório, presume-se que houve o aceite.
CHEQUE LEI 7367/85
Conceito:
É ordem de pagamento ,á vista emitida pelo correntista em face da instituição bancária que efetuar o pagamento ao beneficiário desde que na conta corrente haja fundos suficientes.
Quanto à natureza jurídica
Trata-se de um título executivo extrajudicial
Classificações
Quanto a emissão: abstrato
Quanto ao modelo: vinculado, que compete ao Conselho Monetário nacional traçar normas de padronização para os cheques. 
Quanto a circulação: ao portador, à ordem e não à ordem
Quanto a estrutura: ordem de pagamento
Quanto a essência: títulos próprios 
Por ordem de pagamento à vista, significa que o cheque deve ser pago pelo sacado assim que apresentado ao pagamento pelo beneficiário. Desta forma, o sacado não poderá se recusar a pagar caso estejam preenchidos os requisitos essenciais.
O cheque pós-datado, popularmente conhecido como cheque pré-datato difere essencialmente em relação ao conceito de que cheque é considerado uma ordem de pagamento à vista, uma vez que por meiodo cheque pós-datado, permite- se o pagamento em uma data pré-determinada pelas partes. O STJ decidiu que quando houver a emissão de um cheque pós-datado, o beneficiário assume uma obrigação de não fazer (não depositar antes da data prevista no cheque). Caso deposite, haverá perdas e danos sobre o prejuízo causado ao sacador em função do inadimplemento da obrigação assumida. Fabio Ulhoa estatui que “embora a pós datação não produza efeitos perante o banco sacado, na hipótese de apresentação para liquidação, ela representa um acordo entre tomador e emitente”
a) Espécies
• Cheque visado
Cheque visado é aquele emitido pelo correntista, que possui o visto do gerente. O objetivo do cheque visado é garantir ao credor a existência de recursos na conta do devedor. No entanto, a garantia da existência deste valor permanece apenas durante o prazo de apresentação. Isto porque, quando o gerente apõe seu visto no cheque, bloqueia o valor da conta de devedor. Este valor permanecerá bloqueado durante o prazo de apresentação. Caso no prazo de apresentação não haja provisão de recursos, o gerente será pessoalmente responsável pelo não pagamento. Caso o cheque apenas seja apresentado após o prazo de apresentação e ainda existir o valor, a instituição financeira realizará o pagamento, contudo, caso não haja disponibilidade do valor,
não há que se falar de responsabilidade pessoal do gerente, tendo em vista que sua responsabilidade perdura apenas no prazo de apresentação, conforme disposto no art. 7º da Lei 7357/85. 
• Cheque administrativo - O cheque administrativo, assim como o cheque visado possuem como objetivo garantir ao beneficiário, a existência de recursos financeiros destinados ao pagamento. Todavia, enquanto o cheque visado é emitido pelo correntista, o cheque administrativo é emitido pela instituição financeira em face dela mesma. Nesta espécie de cheque, o correntista solicita que a instituição financeira emita um cheque em face dela mesma. O mecanismo de funcionamento ocorre, tendo em vista que o gerente da instituição financeira fará a retirada dos valores da conta corrente do devedor e transferirá para a conta da própria instituição. A vantagem desta modalidade consiste em que a garantia não estará atrelada apenas ao prazo de apresentação;
• Cheque cruzado - O cheque cruzado consiste em um cheque que possui duas linhas em paralelo (popularmente, as linhas são feitas em diagonal, no canto superior à esquerda, porém nada impede que sejam linhas horizontais, verticais no canto superior ou inferior, independentemente dos lados), nos termos do art. 44 da Lei 7357/85. Objetiva-se com o cheque cruzado evitar seu pagamento diretamente nos caixas da instituição financeira. Desta forma, o beneficiário/portador deste cheque apenas poderá endossar ou realizar o depósito.
 O cheque cruzado se divide:
O cheque cruzado em branco:
O cheque cruzado geral, também denominado de cheque cruzado em branco, é aquele em que entre as linhas paralelas não existe nada escrito, ou seja, não existe a indicação de um banco específico, de acordo com o previsto no art. 44, parágrafo 1
 Cheque cruzado em preto:
O cheque cruzado especial, conhecido ainda como cheque cruzado em preto, possui entre as linhas paralelas a indicação do nome do banco, nos termos do mesmo art. 44, parágrafo 1º;
Cheque para crédito em conta 
O cheque para crédito em conta é o cheque cujo objetivo exclusivo é a realização do depósito em conta. Isto porque, nesta modalidade de cheque, não é possível o endosso (isto é, não permite-se a circulabilidade do cheque), nem mesmo a retirada diretamente do caixa. Cabe ao beneficiário tão somente o depósito, de acordo com o previsto no art. 46 da Lei 7357/85. Em função do princípio da literalidade, em que vale tudo o que estiver escrito no título de crédito e apenas o que estiver escrito, o cheque para crédito em conta será identificado por meio da escrita da expressão “para ser creditado em conta”, nos termos do próprio art. 46, caput
b) Endosso
O endosso pode ser lançado em branco ou em preto, caracterizando o primeiro pela simples assinatura do endossante, seguida ou não da expressão “ao portador”; o segundo é aquele que especifica o nome do beneficiário, endossatário do título” (NEGRÃO, 2015, p. 138). Desta forma, verifica-se que o endosso em branco torna o cheque ao portador, enquanto o endosso em preto torna o cheque nominativo.
Em relação à circulabilidade, Fabio Ulhoa nos ensina que “o cheque “não à ordem” é transferível mediante cessão civil de crédito. Não se confunde com o cheque “não transmissível, que não circula”
c) Aval
Em relação ao cheque, aplicam-se as normas já estudadas anteriormente em relação às espécies e características, conforme estabelecido nos artigos 29 a 31 da Lei 7357/85. Trata-se de garantia, total ou parcial, prestada por terceiro ou por qualquer signatário do título” . Portanto, pode ser total ou parcial e em relação às espécies, o aval pode ser simultâneo ou sucessivo.
PRESCRIÇÃO 
Antes de estudarmos a prescrição e ação por falta de pagamento, compete identificar que em relação ao cheque, existem duas espécies de prazo:
 Prazo de apresentação:
Prazo de apresentação consiste no prazo em que o beneficiário possui para apresentar o título ao sacado (instituição financeira), para que este proceda ao pagamento.
30 dias- mesma praça, da emissão e do pagamento. 
60 dias- se de praças diferentes, da emissão e pagamento. 
Assim, o prazo de apresentação pode ser de 30 dias ou de 60 dias. O prazo de apresentação será de 30 dias quando for da mesma praça, ou seja, quando o local de emissão e o local de pagamento forem do mesmo município. Já o prazo de apresentação será de 60 dias se forem de praças distintas, isto é, quando o local de pagamento for distinto do local de emissão, nos termos do art. 33 da Lei 7357/85. 
Transcorrido o prazo de apresentação, sem que ele tenha sido apresentado ao sacado, inicia-se o prazo de prescrição ou prazo prescricional, o que não impede a apresentação do cheque ao longo deste período, em que se houver recursos suficientes, a instituição financeira procederá ao pagamento. 
 Prazo prescricional
 O prazo prescricional é de seis meses, de acordo com o artigo 59 da Lei 7357/85.
Contudo, devemos estar atentos se trata-se da prescrição em face da cobrança do devedor principal ou coobrigados em ação direita ou se trata de prescrição em função de ação regressiva. Isto porque, em se tratando de cobrança direta do beneficiário em face dos devedores, a prescrição começa a correr quando termina o prazo de apresentação, caso o cheque não tenha sido apresentado. 
Contudo, se o cheque foi apresentado ao pagamento, porém restou frustrado, o prazo prescricional inicia com a data da frustração do pagamento. Quando se trata de exercício do direito de regresso, (ou seja, depois de satisfeito o beneficiário, aquele que o pagou e não seja o devedor principal terá direito de regresso em função de todos os que se encontram acima dela na cadeia cambiária), os seis meses do prazo prescricional, começam a fluir da data em que houve o pagamento do cheque.
 Ação por falta de pagamento
Em caso de frustração do pagamento do cheque, seja pelo devedor principal, seja pelos demais coobrigados, o título de crédito deve ser protestado por falta de pagamento, para que seja possível comprovar o inadimplemento da obrigação de pagar. Após o protesto, torna-se possível ajuizar a ação por falta de pagamento, também denominada de ação de locupletamento. Trata-se de uma execução, uma vez que o cheque é um título de crédito, dotado da característica da executoriedade. 
Após o prazo prescricional, o cheque não mais pode ser apresentado ao pagamento na instituição financeira. Neste caso, o beneficiária poderá ajuizar a ação de locupletamento em face do devedor principal e dos demais coobrigados. Entretanto, para intentar a ação em face dos coobrigados, torna-se obrigatório o protesto. Esta ação encontra-se previstano art. 61, que determina como prazo prescricional o prazo de dois anos, contados do término do prazo prescricional de seis meses.
Sustação 
A sustação interrompe a oposição do pagamento manifestada ao sacado emitente ou pelo portador legitimado, a oposiçao ao apagamento corresponde a uma "medida temporária', que não põe termo á vida do cheque por si, mas se limita a impedir provisoriamente seu pagamento, por causas determinadas e enquanto elas não se apuram.

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