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Transtorno da Personalidade Borderline

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BORDERLINE
Esse transtorno é caracterizado por mudanças de humor extremas em curto período de tempo. Pessoas com esse transtorno estão em um limiar entre euforia/mania e depressão, é como andar em uma corda bamba, qualquer momento podem sair da linha e isso acontece o tempo todo. 
Borderline significa – caso-limite, fronteira, na borda;
É um mal que atinge 1,6% da população adulta, responde por 10% dos pacientes psiquiátricos ambulatoriais e motiva nada menos do que 20% das internações. Cerca de 10% dessas pessoas concretizam o suicídio, índice 50 vezes maior do que entre a população em geral.
O TPB diferente dos Maníacos Depressivos (Bipolaridade) – marcado por fases bem distintas, que podem se estender por semanas, messes ou anos – os de Borderline vivem essas variações continuamente, no mesmo dia, elas experimentam mudanças frequentes de humor, indo do céu para o inferno em poucos minutos.
Esse distúrbio que gera uma significativa instabilidade emocional, geralmente pessoas que sofrem do problema tem uma auto imagem distorcida. 
SINAIS E SINTOMAS: 
Impulsividade e comportamentos de risco;
Mudanças dramáticas de humor;
Episódios curtos, mas intensos, de ansiedade e depressão;
Raiva inapropriada e comportamento antagonista;
Dificuldade de controlar emoções e impulsos;
Medo de ficar sozinho;
Raiva de si;
CAUSAS: 
Assim como outros distúrbios mentais, esse não é completamente compreendido. Mas acredita-se que há um conjunto de fatores, incluindo:
Genética;
História de abusos ou negligência na infância;
Anomalias em alguns circuitos cerebrais envolvidos nas regulações das emoções, na impulsividade e na agressão;
COMORBIDADE:
Depressão;
Abuso de álcool ou de outras substâncias químicas;
Ansiedade; 
Transtornos alimentares;
Bipolaridade;
CRITERIOS DE AVALIAÇÃO:
Para ser diagnosticado com o problema, a pessoa deve apresentar ser inserir em pelo menos cinco dos sintomas abaixo listados pelo DSM:
Medo intenso de ser abandonado;
Padrão de relacionamentos instáveis;
Auto imagem instável. Instabilidade no senso de identidade;
Comportamento suicida ou autoagressão;
Mudanças dramáticas de humor;
Sentimentos crônicos de vazio;
Problemas com a raiva;
Períodos paranoicos e perda da realidade;
TRATAMENTOS:
Não há um medicamento específico para tratar esse transtorno.
O TPB é tratado com antidepressivos, antipsicóticos e estabilizadores de humor (não necessariamente todos esses) concomitantemente com sessões de terapia. Não há um antidepressivo específico para o TPB, nem um estabilizador de humor exclusivo para tratar o border e assim por diante.
O psiquiatra deverá escolher o medicamento que seja adequado para cada paciente em particular. Pode acontecer de o medicamento ter que ser trocado diversas vezes até se encontrar o mais apropriado.
Não existe um medicamento específico para tratar o TPB, mas existem diversos medicamentos que são usados para tratar as comorbidades que podem acometer o paciente borderline.
Alguns medicamentos que podem ser indicados aos pacientes borderline são:
Fluoxetina - Fluoxetina é um potente medicamento antidepressivo da classe dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina. O cloridrato de fluoxetina é indicado para o tratamento da depressão, associada ou não à ansiedade. Também é indicado para o tratamento da bulimia nervosa, do transtorno obsessivo-compulsivo (TOC) e do transtorno disfórico prémenstrual (TDPM), incluindo tensão prémenstrual (TPM), irritabilidade e disforia (mal-estar provocado pela ansiedade).
Haloperidol - É indicado para casos de delírio e alucinações, desconfiança não usual, confusão que pode estar associada ao alcoolismo e agitação psicomotora. O haloperidol é um fármaco utilizado pelo corpo de saúde como neuroléptico, pertencente ao grupo das butirofenonas. Pode ser utilizado também para evitar enjoos e vômitos, para o controle de agitação, agressividade, estados maníacos, psicose esteroidea e para tratar a distúrbio de Gilles La Tourette.
Sertralina - Cloridrato de Sertralina (substância ativa) comprimidos revestidos é indicado no tratamento de sintomas de depressão, incluindo depressão acompanhada por sintomas de ansiedade, em pacientes com ou sem história de mania. O cloridrato de sertralina age sobre uma substância encontrada no cérebro chamada serotonina, aumentando a sua disponibilidade, o que alivia os sintomas da depressão, da ansiedade e dos outros transtornos para os quais a sertralina é indicada.
Risperidona - Risperidona é um medicamento usado para tratar as assim chamadas psicoses. Isto significa que ele tem um efeito favorável sobre um certo número de transtornos relacionados ao pensamento, às emoções e/ou às atividades, tais como: confusão, alucinações, distúrbios da percepção (por exemplo, ouvir vozes de alguém que não está presente), desconfiança inabitual, isolamento da sociedade, ser excessivamente introvertido, etc. Risperidona também melhora a ansiedade, a tensão e o estado mental alterado por estes transtornos. Risperidona pode ser dado tanto para quadros de início súbito (agudos) como de longa duração (crônicos). Além disso, após o alívio dos sintomas, risperidona é usado para manter os distúrbios sob controle, isto é, para prevenir recaídas. Risperidona é usada, também, em outras condições, especificamente para controlar os transtornos do comportamento, tais como agressão verbal e física, desconfiança doentia, agitação e vagar em pessoas que perderam suas funções mentais (isto é, pessoas com demência). Outra condição para a qual você pode receber risperidona é a mania, caracterizada por sintomas como humor elevado, expansivo ou irritável, auto-estima aumentada, necessidade de sono reduzida, pressão para falar, pensamento acelerado, redução da atenção e concentração ou diminuição da capacidade de julgamento, incluindo comportamentos inadequados ou agressivos.
Olanzapina - A olanzapina é indicada para o tratamento agudo e de manutenção da esquizofrenia e outras psicoses, nas quais sintomas positivos (ex.: delírios, alucinações, alterações de pensamento, hostilidade e desconfiança) e/ou sintomas negativos (ex.: afeto diminuído, isolamento emocional e social, pobreza de linguagem) são proeminentes. A olanzapina alivia também os sintomas afetivos secundários, comumente associados com esquizofrenia e transtornos relacionados. A olanzapina é eficaz na manutenção a melhora clínica durante o tratamento contínuo nos pacientes que responderam ao tratamento inicial.
Valproato - O valproato sódico ou ácido valproico é um anticonvulsivantes e estabilizador de humor
Topiramato - O topiramato é um anticonvulsivante que possui evidências de agir como estabilizante de humor e como neuroprotetor. O Topiramato é um anticonvulsivante que pode ser utilizado primariamente no tratamento de epilepsia, embora também seja usado no tratamento de enxaqueca, transtornos alimentares, dor neurogênica, obesidade, transtorno bipolar, etilismo, tabagismo, dependência a cocaína e transtorno de estresse pós-traumático, síndrome de Lennox-Gastaut, entre outras doenças.
Amitriptilina - O cloridrato de amitriptilina é utilizado principalmente para o tratamento de depressão, mas também é utilizado para o tratamento de enurese noturna (urinar na cama à noite).
Os medicamentos não curam o distúrbio, mas podem ajudar a aliviar os sintomas. 
Existem diversas abordagens que apresentam efeitos satisfatórios em pacientes borderline. Algumas são mais recomendadas que as outras, enquanto alguns psicólogos preferem usar abordagens mistas que melhor se adaptam às necessidades do paciente. Abaixo há uma lista das abordagens mais comumente usadas para tratar portadores de TPB:
Terapia Cognitivo Comportamental
A Terapia Cognitivo Comportamental (TCC) auxilia os indivíduos borderline a modificar algumas crenças e comportamentos que dão sustentação às percepções imprecisas de si mesmos e dos problemas com as outras pessoas. Esse tipo de terapia ajuda a lidar com os pensamentos paranóicos,a compreender melhor as emoções e controlá-las, assim como ajuda a reduzir a ansiedade e comportamentos autodestrutivos.
Terapia Comportamental Dialética
Baseada no conceito de consciência plena, o objetivo da Terapia Comportamental Dialética é promover a eficácia interpessoal, regulação emocional, tolerância ao estresse e autocontrole. Tendo consciência de seus sentimentos, pensamentos e dificuldades emocionais, o paciente TPB pode diminuir os impactos negativos em diversas situações. Esse tipo de terapia é geralmente feito em grupo com suporte de terapia individual.
Terapia do Esquema
A Terapia do Esquema amplia a Terapia Cognitivo Comportamental ao integrar técnicas derivadas de diferentes escolas de terapia e é focada na maneira que as pessoas veem a si mesmas. É uma abordagem que se baseia na ideia de que o TPB vem de uma autoimagem disfuncional possivelmente causada por situações negativas durante a infância.
Pesquisas empíricas mostram que a Terapia do Esquema não é muito eficaz em indivíduos TPB, mas que pode ser melhor do que deixá-lo sem terapia alguma.
Terapia familiar ou matrimonial
A terapia também pode ser feita nas relações que são abaladas pelo TPB. A terapia familiar auxilia os familiares a compreender melhor a condição do paciente, a desenvolver técnicas para evitar conflitos e melhorar a comunicação, além de prover suporte aos membros da família.

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