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Alfabetização e letramento no contexto escolar Educação infatil ESTÁGIO

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7
ALABETIZAÇÃO E LETRAMENTO NO CONTEXTO ESCOLAR
	
		Wanessa Marilda dos Santos Gasperi
Professora Orientadora: Janaina Priscilla Ricci
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (Pedagogia) Ped1160 – Estágio Educação Infantil
24/06/17
 RESUMO
O brincar tem destaque principalmente na apropriação de muitos códigos culturais e sociais e estes são indispensáveis na formação do indivíduo. É através do brincar que a criança começa a desenvolver o processo de letramento. Enfim, o brincar faz parte da vida da criança e vem ocupando espaço entre os educadores e profissionais que atuam nessa realidade. A criança sempre brinca, e o  ato de brincar proporciona a criança oportunidades de relacionamentos entre as coisas e obtenção do conhecimento, mas esse ato depende do contexto em que está inserida. Independentemente de época, classe social e outros fatores. No brincar, ocorre um processo de troca, partilha, confronto e negociação, gerando momentos de desequilíbrio e equilíbrio, e proporcionando novas conquistas individuais e coletivas. 
Palavras-chave: Criança, Letramento, Lúdico. 
1 INTRODUÇÃO
 O estágio foi realizado no Conselho Comunitário do Alto Aririú, localizada na cidade de palhoça. Palhoça, SC.
O interesse pela abordagem desse tema suscitou em razão do desejo de que minha prática pedagógica acontecerá contemplando a importância do lúdico no processo de letramento na educação infantil. Pensa-se que o professor deve ser o mediador observando o que ocorre durante estas brincadeiras e intervir sempre que necessário, pois além de ser um espaço de conhecimento sobre o mundo externo, é por meio do lúdico que a criança está construindo o seu conhecimento. Acredita-se que, nós professores, temos que priorizar o espaço das brincadeiras para as crianças.
Observa-se que as crianças gostam de brincar. O brinquedo e a brincadeira fazem parte das suas vidas. Quando, interagem e vivenciam as mais variadas experiências do seu mundo interior e da vida adulta que lhes rodeia.
Nesta perspectiva, pode-se dizer que por meio de brinquedos e brincadeiras encontra-se um mundo maravilhoso, onde as crianças sentem-se personagens principais. . É no faz-de-conta que, ao mesmo tempo em que encontram com a fantasia, serve de referencial a realidade em que vivem. O mundo do faz-de-conta fascina e atrai as crianças de tal maneira que elas se imaginam no papel dos personagens vivenciando e fazendo uma leitura do seu próprio mundo.
Pode-se dizer então que o lúdico torna-se instrumento importante no processo do desenvolvimento infantil, pois é por meio dele que as crianças conquistam os horizontes do imaginário, ampliando seus conhecimentos, tornando-se cidadãos críticos e conscientes. Contudo o presente trabalho tem como questão: Qual a importância da ludicidade no processo de letramento?
Dessa forma, direciona-se a discussão desse trabalho para a ressignificação dos brinquedos e brincadeiras como meio de aprendizagem, suscitando assim, algumas reflexões que possam contribuir para que o lúdico venha ser utilizado de modo prazeroso ao processo de ensino e aprendizagem das crianças da Educação Infantil, como também do Ensino Regular, contribuindo com possíveis sugestões para que redimensione sua utilização como instrumento do desenvolvimento do processo ensino e aprendizagem e que facilitem o alcance dos objetivos que atendam as necessidades cognitiva emocionais, mentais e sociais das crianças, motivando-as para uma aprendizagem mais prazerosa e criativa, desenvolvendo-se assim integralmente.
O presente trabalho é um estudo bibliográfico. É prudente ressaltar que as dinâmicas desenvolvidas para prática de ensino, (plano de intervenção. A forma de intervenção na unidade escolar foi através de observação e regência, totalizando 28 hs sendo que 8 hs de observação e 20 hs de regencial.
2 FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Entende-se que o brinquedo e a brincadeira é um recurso que tem a capacidade de envolver, unir, socializar, despertar desejos nas crianças.
A brincadeira é cultural e trazendo múltiplas manifestações e significados, que variam conforme a época cultural. Sendo a brincadeira uma arte sócia histórica, o desenvolvimento das crianças, no real sentido, torna-se espontâneo. Assim, ao observar as crianças brincarem, os professores devem estar atentos aos movimentos, na interação umas com as outras para não por em risco o seu desenvolvimento voluntário, ou seja, o que emerge das mesmas. ( WINNICOTT, 1975, p77).
Vê-se também que o que caracteriza uma situação dentro de uma brincadeira, é a iniciativa das crianças, suas intenções e curiosidades em brincar com assuntos que lhes interessam e a utilização de regrar, que permitem que identifiquem as situações vividas.
Sendo assim, torna-se necessária a busca de conhecimentos que forneçam fundamentos teóricos e práticos que evidenciem progressos na esfera das brincadeiras infantis para que desta forma a prática pedagógica venha privilegiar o lúdico.
Partindo desse princípio, pensando na infância e no direito de brincar, com base nesse processo de interação e prazer é que se busca resignificar a importância dos brinquedos e brincadeiras no desenvolvimento e na formação da criança com valor transdisciplinar visto que estes colaboram para despertar a criatividade, a afetividade, a autonomia, o raciocínio lógico bem como em tornar o processo ensino e aprendizagem cada vez mais prazeroso e significativo.
A criança vai então se constituindo enquanto sujeito social pela brincadeira e a interação em um espaço de representação e experimentação que a brincadeira possibilita, nele a criança entra em contato com a diversidade cultural existente no grupo, resolve conflitos e promove novas formas de ver e pensar o mundo, ampliando seus conceitos.
VIVÊNCIA DO ESTÁGIO
 O estágio foi realizado no Conselho Comunitário do Alto Aririú, localizado na Rua César Renê Wagner s/n, no bairro Alto Aririú, na cidade de palhoça SC, a instituição que é filantrópica, possui um prédio com um andar e dividido em dois blocos, são 1.200 metros ² de área construída, a estrutura física é composta por 11 salas, 2 cozinhas, 2 refeitórios, 1 secretaria, 1 depósito, 1 sala de lanches para os professores, 1 salão de festas onde são atendidos grupos, cursos, reuniões de pais e comunitárias, palestras, eventos comunitários, capoeira e tae-kwon-do, entre outros. A instituição ainda possui um parque, na área externa com balanços e escorregadores, ainda que em situação precária, as crianças adoram esse momento, que é reservado para cada turma diariamente. Hoje a instituição atende 400 crianças em média, na faixa etária de 4 (quatro) meses a 05 (cinco) anos e onze meses completados até 31/03, sendo distribuídos em 11 turmas sob nomenclatura de: Berçário GT 0, GT I, GT II, GT III, GT IV e GT V com atendimento em período integral das 07:00hs as 18:30hs. Algumas crianças tem vagas somente matutinas das 7:00hs as 11:45hs e outras vespertinas 13:00hs as 18:30hs. A instituição tem um projeto para crianças de 6 a 14 anos no contra turno escolar, porém nosso foco é a educação infantil. Na instituição, os alunos não trazem lanche de casa a própria instituição oferece aos mesmos o necessário, são quatro refeições diárias. As sala possuem DVD, TV, som para lazer e motivação das crianças. Os pais tem acesso limitado, o conselho comunitário, possui regras internas que os pais e responsáveis precisam seguir para melhor andamento e segurança da instituição, como exemplo: os pais ou responsáveis aguardam do lado de fora enquanto a criança é chamada por um microfone. A instituição tem 39 professoras e 02 coordenadoras, uma no período matutino e outra no período vespertino, todas contratadas em regime CLT. A diretora é voluntária.
 Nossa intervenção aconteceu na sala do GT V com as crianças do período integral e vespertino, na faixa etária dos 5 (cinco) para 6 (seis) anos a professora regente é a Adriana da Silva que é formada no magistério e cursa a 5fase de pedagogia, ela trabalha na educação infantil há 7 anos, o planejamento da professora e as regras de rotina estão de acordo com a linha pedagógica adotada no PPP da instituição.
Nesse sentido verificou-se que as crianças possuem liberdade e interação entre as brincadeiras. Dessa maneira as aulas envolvendo a brincadeira sempre tendem a ser mais significativas quando já existe uma afinidade de ambas as partes sobre os temas a serem planejados. 
Para tanto, percebe-se a necessidade de existirem interações em todos os momentos com as crianças. Então, por que não iniciar na infância o desenvolvimento da competência leitora por meio de atividades que envolvam contos, fábulas, parlendas, entre outras para a promoção do conhecimento? 
Ao pensar no desenvolvimento integral das crianças, o pesquisador procurou trabalhar as relações entre o real e o imaginário, possibilitando situações em que as mesmas pudessem expor suas experiências. As atividades foram propostas para que viessem ao encontro dos objetivos traçados. Dessa maneira, através de atividades com interpretação das histórias, brincadeiras e pinturas, as crianças foram sendo envolvidas entre o mundo imaginário e o real.
Entre os elementos presentes nas atividades desenvolvidas sobre letramento, o que se destacou foi o reconhecimento das diferentes formas de se expressar através das brincadeiras, o que estimulou nas crianças o desenvolvimento da percepção cognitiva, sensorial e linguística, tais elementos são essenciais para a formação do leitor autônomo.
Durante a intervenção pôde-se constatar que as crianças da gostavam muito de ouvir histórias. Dessa forma aprendiam melhor o que lhes era ensinado, pois o ato de escutar estava sendo aprimorado e o aprendizado havia se tornado mais atraente para elas.
Ao presenciar esses momentos o pesquisador buscou enfatizar de forma agradável à relação professor/criança em sala de aula, pois relações harmoniosas possibilitam a construção de um espaço rico de interações e contribuem para o desenvolvimento integral das crianças.	Fica assim evidente a necessidade de envolver a criança no mundo lúdico, pois neste universo a apropriação de conhecimento não acontece de forma estática. 
Portanto, o que se constatou no período de observação e intervenção é que através de brincadeiras sadias envolvendo pequenos textos, desenhos, pinturas, contos e boa vontade é possível conseguir a participação e interação prazerosa de todos. E nesse sentido servir de argumento para fortalecer esta concepção, segundo a qual a criança aprende melhor brincando. 
As atividades sugeridas suscitaram nas crianças um significado provocativo, fazendo com que participassem ativamente de toda proposta de trabalho. Conseguiu-se fazer com que as mesmas se expressassem livre e criativamente seus pensamentos e a exporem suas ideias. 
Finalizando, têm-se consciência de que o trabalho não se constitui num ponto final, mas num ponto de partida para o desenvolvimento desse processo que atividades prazerosas para a preparação do processo do conhecimento, abrindo assim novos caminhos e contribuindo para um processo educacional mais democrático, crítico e atuante.
IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)
	A criança vive como criança, e desenvolve o que deve desenvolver como criança, através do brincar. Cabe a nós criar condições para que ela possa fazer isso com toda a plenitude possível. E nós o faremos na medida em que reconhecemos o que, felizmente, sobrou de criança em nós. Só assim deixaremos de encarar a brincadeira da criança como forma de deixá-la “gastar energia e acalmar-se”, esperando o momento oportuno de “ensinar-lhes as coisas verdadeiramente importantes” que temos armazenadas para elas.
	Aprender é descobrir e encantar-se com a vida. A criança aprenderá de verdade se, brincando, encontrar-se com as situações que lhe trazem oportunidade de percebera sociedade, as pessoas, as relações entre elas, o seu corpo. Se nós tivermos sensibilidade, poderemos colocar muitas coisas em seu caminho. E ela aprenderá a sua maneira.
	Pode-se constatar que a forma como se trabalha o lúdico nas instituições de ensino, hoje, é questionável. Através deste trabalho realizou-se uma contextualização entre os estudos bibliográficos e a prática realizada nas instituições, articulando o lúdico no desenvolvimento infantil.
	A educação é um espaço, em que se deve predominar a ludicidade, pois é o mundo onde a criança pode vivenciar a magia e o encanto através do seu imaginário. Cabe ao professor ter a consciência que a sociedade vigente impulsiona um novo olhar a educação. Desta forma, utilizar-se do lúdico na prática pedagógica, significa valorizar a criança, adentrando em seu mundo mágico despertando nela o gosto pela descoberta.
Partindo dessas afirmações, pode-se concluir que o lúdico tem papel fundamental no processo de desenvolvimento das crianças, principalmente no que se refere ao afetivo, cognitivo e social.
Sendo que o lúdico é um universo amplo onde os professores devem estar sempre se aprofundando para que sua prática não fique estática.
Evidenciando-se assim, que utilizar o lúdico de forma adequada nas práticas pedagógicas contribui para o desenvolvimento da criança, como um ser ativo na construção do conhecimento.
Assim, o pressuposto foi inferido, pois interagindo e atribuindo significado aos objetos, num espaço significativo, a criança compreende as experiências do adulto de maneira simbólica, permitindo explorar a sua imaginação.
Desta constatação observou-se que o brincar nos permite o desafio, o brincar também oportuniza uma construção de desenvolvimento e conhecimentos, sendo o meio de aprendizagem natural e mais apropriado, mais o ambiente lúdico deve ser seguro para que a criança se sinta encorajada a tentar a certeza de um sucesso imediato.
REFERÊNCIAS
VYGOTSKY, L. L. Linguagem, desenvolvimento e aprendizagem. Scipione, RJ, 1988.
WINNICOTT, D. W. A criança e seu mundo. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
WINNICOTT, D.W. O brincar e a realidade. Rio de Janeiro: Imago, 1975.

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