Buscar

MELHORAMENTO FLORESTAL DO Astronium fraxinifolium Schott

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 6 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 6 páginas

Prévia do material em texto

� PAGE \* MERGEFORMAT �6�
MELHORAMENTO FLORESTAL DO Astronium fraxinifolium Schott E CARACTERÍSTICAS DA MADEIRA – REVISÃO DE LITERATURA
MARMONTEL, Caio Vinicius Ferreira.
PALHARINI, Leonardo Augusto Simas. 
BARBOSA, Maurício de Castro Regiani.
Acadêmicos do curso de Engenharia Florestal da FAEF/ACEG – Garça – SP.
e-mail: caioo_marmontel@hotmail.com
DAVID, Evelize Fátima Saraiva.
Docente do curso de Agronomia e Engenharia Florestal da FAEF/ACEG – Garça – SP.
RESUMO
O gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott) é uma espécie perene, nativa do Brasil, pertencente à família Anacardiaceae, encontrada na Mata Atlântica, no Cerrado e na Caatinga. O melhoramento florestal é feito através da seleção de indivíduos superiores, identificados em florestas naturais ou plantadas, os quais podem ser vegetativamente multiplicados, ou restabelecidos em um delineamento adequado para a comprovação de sua superioridade genética. A diversidade genética das populações de espécies nativas, como gonçalo-alves, tem sido alvo de estudo em diferentes trabalho de pesquisa. Um trabalho realizado mostrou que gonçalo-alves possui grande variabilidade genética para as características fisiológicas de sementes. Outro trabalho desenvolvido concluiu-se que a análise de auto-correlação espacial não detectou padrão espacial entre os indivíduos, um terceiro trabalho desenvolvido mostrou que a repicagem teve um efeito restritivo no desenvolvimento das mudas. A Madeira de gonçalo-alves é muito pesada e dura ao corte; cerne muito irregular quanto ao aspecto, o alburno bem diferenciado, bege-claro; superfície lustrosa e lisa.
Palavras-chave: espécie nativa, genética, mata atlântica, propriedade física, propriedade mecânica.
Tema Central: Engenharia Florestal.
ABSTRACT
The Gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott) is a perennial species native to Brazil, belonging to the family Anacardiaceae, Mata Atlantica, the Cerrado and Caatinga. The breeding program is done through selection of superior individuals, identified in natural forests or plantations, which can be multiplied vegetatively, or restored to an adequate design for proof of his genetic superiority. The genetic diversity of populations of native species such as Gonçalo-alves, has been studied in different research work. A study done showed that Gonçalo-alves has high genetic variability to the physiological characteristics of seeds. Another work concluded that the analysis of spatial autocorrelation found no spatial pattern among individuals, a third work showed that the transplant had a restrictive effect on growth of seedlings. The Wood Gonçalo-alves is very heavy and hard to cut; heartwood very irregular in appearance, well-differentiated sapwood, beige, glossy and smooth surface.
Keywords: native species, genetics, forest atlantica, physical propertie, mechanical propertie.
Central Theme: Engineering Forest.
Ouvir
Ler foneticamente
 
Dicionário - Ver dicionário detalhado
1. INTRODUÇÃO
O gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott) é uma espécie perene, nativa do Brasil, pertencente à família Anacardiaceae, encontrada na Mata Atlântica, no Cerrado e na Caatinga, tem hábito de terrenos rochosos e secos (LORENZI, 1992).
Segundo Aguiar et al. (2001), é uma espécie que se encontra em habitat totalmente degradado pelo homem, suas principais ocorrências são em margens de rodovia ou nos fragmentos florestais.
	As árvores de gonçalo-alves possuem flores monóicas ou dióicas. A polinização é entomófila, tendo o vento uma participação reduzida nos processos que conduzem à fecundação, sendo ao contrário com a dispersão das sementes, pois produzem muitas sementes facilmente disseminadas pelo vento (anemocóricas) (CARVALHO, 2003).
O melhoramento genético é uma ciência utilizada em plantas e animais para a obtenção de indivíduos ou populações com características desejáveis, a partir do conhecimento do controle genético destas características e de sua variabilidade (AMBIENTE BRASIL, 2000). O melhoramento florestal faz parte do ramo do melhoramento (plantas), podendo ser definido como aplicação de conhecimentos sobre genética com um objetivo de se obter árvores geneticamente superiores, sendo tanto para produção, tanto como na importância ecológica (CRUZ, 1997). Esta prática é realizada através da seleção de indivíduos superiores, identificados em florestas naturais ou plantadas, os quais podem ser vegetativamente multiplicados, ou restabelecidos em um delineamento adequado para a comprovação de sua superioridade genética (AMBIENTE BRASIL, 2000).
A diversidade genética das populações de espécies nativas, como gonçalo-alves, tem sido alvo de estudo em diferentes trabalho de pesquisa. Vários parâmetros são estimados para melhor compreender o grau de estruturação da diversidade, em termos espaciais e temporais. Em geral se utilizam para este fim dados obtidos por marcadores moleculares e/ou bioquímicos de caracteres morfológicos de natureza quantitativa, tanto em condições naturais como em testes de progênies (ARAÚJO, 1996).
A madeira de gonçalo-alves apresenta estrias ou veios largos, longitudinais, quase pretos sobre o fundo castanho levemente rosado, ocasionando, assim, madeira rajada muito apreciada para a obtenção de folhas faqueadas decorativas, por ser muito pesada, de cor agradável e de propriedades mecânicas altas a médias, pode ser usada para acabamentos internos, esquadrias, folhas faqueadas decorativas, móveis, lambris, peças torneadas, tacos e tábuas para assoalhos, construções externas, entre outros.
O objetivo da revisão é tornar uma melhor compreensão sobre quais métodos são utilizadas para uma possível melhoramento de gonçalo-Alves (Astroniun fraxinifolium Scott) e apresentar as características de sua madeira.
2. DESENVOLVIMENTO
2.1 Melhoramento Florestal
Segundo Aguiar et al. (2001), um dos trabalhos realizados por gonçalo-alves foi estimar alguns parâmetros genéticos, através da avaliação de algumas características fisiológicas das sementes de uma população natural de gonçalo-alves coletadas em margens de rodovia. 
	Com os resultados obtidos, foi possível concluir que a população de gonçalo-alves apresentou grande variabilidade genética para as características fisiológicas de sementes, o que poder ser responsável pela manutenção da mesma em condições de estresses quando à margem de rodovias, e também o nível de vigor das sementes no período de dois anos, sendo mais influenciado pelas condições ambientais no início da formação dos botões florais e na época da colheita das sementes, do que pelo tempo de armazenamento em câmara seca (AGUIAR et al., 2001).
Segundo AGUIAR et al. (2004) outro trabalho realizado teve como objetivo principal analisar o padrão espacial associado à variação genética presente e duas populações naturais de gonçalo-alves utilizando a metodologia de análise de auto-correlação espacial aplicada aos dados morfológicos obtidos das famílias dessas populações, no sentido de contribuir para o melhor conhecimento acerca de fatores microevolucinários operantes na espécie.
	Com os resultados obtidos, foi possível concluir que a análise de autocorrelação espacial não detectou padrão espacial entre os indivíduos de gonçalo-alves, a inexistência de padrão espacial para essa população pode ser devida um elevado fluxo gênico na área que foi estudada. A amostragem, para fins de coleta de germoplasma dentro da população da espécie pode ser realizada de maneira aleatória, dentro do limite de uma escala de 1 a 78 Km (AGUIAR et al., 2004).
	Segundo Jesus, Menandro e Batista (1987) teve como objetivo estudar a eficiência da repicagem em duas espécies naturais da Floresta Atlântica: louro (Cordia tricchotoma Vell.) e gonçalo-Alves. 
Com os resultados obtidos no trabalho pode-se concluir que a repicagem teve um efeito restritivo no desenvolvimento de mudas de gonçalo-alves, sendo menos eficiente que a semeadura direta na produção de mudas dessas espécies. O efeito contraproducenteda repicagem se deve à restrição do crescimento, produzindo uma diferença na altura das mesmas, que não é eliminada com o tempo, parecendo antes ser acentuada. Dessa forma, embora a repicagem permita o melhor aproveitamento das sementes na produção de mudas, deve ser evitada quando possível (JESUS, MENANDRO E BATISTA, 1987).
2.2 Características da madeira 
	Madeira muito pesada e dura ao corte; cerne muito irregular quanto ao aspecto, que se apresenta bege-rosado ou róseo-acastanhado quando recém-cortado, passando de castanho-claro a castanho; apresenta estrias ou veios pardo-escuros quase sempre com reflexos dourados, dando um aspecto característico à madeira; alburno bem diferenciado, bege-claro; superfície lustrosa e lisa ao tato; textura média; grã irregular para diagonal; cheiro imperceptível; gosto levemente adstringente (CARVALHO, 2003).
	Parênquima axial ocasionalmente em linhas finas marginais afastadas e paratraqueal escasso; seriado, de 3 a 8 células por série; óleo-resina presente. Poros/Vasos notados a olho nu como pontos mais claros; solitários predominantes (88%) e múltiplos de 2 a 4; pequenos a médios, predominando estes, média de 115 mm de diâmetro tangencial; numerosos a muito numerosos, média de 17 poros por mm2; elementos vasculares muito curtos a longos, média de 509 mm de comprimento; placa de perfuração simples; pontuações intervasculares pequenas a médias, média de 8 mm de diâmetro tangencial; geralmente obstruídos por tilos. Raios pouco visíveis a olho nu no topo e distintos sob lente nas faces longitudinais, de 1 a 2 células de largura, predominando os bisseriados; extremamente baixos, média de 0,21 mm de altura e média de 23 células de altura, numerosos a muito numerosos, média de 12 raios por mm; heterocelulares; pontuações radiovasculares simples, grandes, arredondadas e alongadas, média de 22 mm de diâmetro; canais secretores radiais presentes; óleo-resina e cristais romboidais em células isoladas presentes. Fibras libriformes, septadas; muito curtas a curtas, média de 1,09 mm de comprimento; estreitas, média de 14 mm de largura; de paredes espessas predominantes e delgadas. Camadas de crescimento demarcadas por zonas fibrosas mais escuras e de paredes mais espessas (REFRIMA, 1988; LORENZI, 1992).
	A madeira de gonçalo-alves, em condições adversas, é considerada resistente a moderadamente resistente ao ataque de organismos xilófagos, segundo observações práticas a respeito de sua utilização. Em ensaios de laboratório, demonstrou ser muito resistente ao ataque desses organismos. Por apresentar seus vasos obstruídos por tilos e óleo-resina, quando submetida a tratamento sob pressão, deve ser muito pouco permeável às soluções preservantes, quadro 1 e 2 (REFRIMA, 1988; CARVALHO, 2003).
 Quadro 1. Propriedades físicas.
 			 						 Fonte: REFRIMA, 1988.
 Quadro 2. Propriedades mecânicas.
FONTE: REFRIMA, 1988.
3. CONCLUSÕES
Segundo indicadores vistos na revisão descrita, conclui que uma ampla compressão dos métodos de melhoramento resulta em uma maior eficiência deste ou seja, uma evolução da característica de interesse da espécie citada. O melhoramento destes indíviduos é de extrema importância pelo motivo de enriquecer a flora em áreas de recuperação e degradadas, além de ser uma espécie de alto fluxo gênico, pode contribuir para o enriquecimento de áreas em recuperação e degradadas.
4. REFERÊNCIAS
AGUIAR, A. V.; BORTOLOZO, F. R.; MORAES, M. L. T.; SÁ, M. E. Determinação de parâmetros genéticos em população de gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium) através das características fisiológicas da semente. IPEF, Ciência Florestal, p. 89-97. 2001. 
AGUIAR, A. V.; COELHO, A. S. G.; MOURA, M. F.; MORAIS, L. K.; PINHEIRO, J. B.; MORAES, M. L. T.; ZUCCHI, M. I.; MOURA, N. F.; VENCOVSKY, R. Autocorrelação espacial de caracteres morfológicos em populações naturais de gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott). Uberlândia, MG, v.20, n.1, p.151-160, 2004.
AMBIENTE BRASIL, 2000. Melhoramento genético. Disponível em: <http://www.ambientebrasil.com.br>. Acesso em: 07 dez. 2009.
ARAÚJO, A. M. Tamanho populacional e tamanho amostral: a minimização dos riscos. Brazilian Journal Genetics, Ribeirão preto, v. 19, n. 4, p.1-5. 1996.
CARVALHO, P. E. R. Espécies arbóreas brasileiras. Embrapa Floresta. 2003.
CRUZ, C. D.; REGAZZI, A. J. Modelos biométricos aplicados ao melhoramento genético. Viçosa: Universidade federal de Viçosa, 1997. 390 p.
JESUS, R. M.; MENANDRO, M. S.; BATISTA, J. L. F. Eficiência da repicagem na produção de mudas de louro (Cordia trichotoma vell.) e gonçalo-alves (Astronium fraxinifolium Schott). IPEF, n.37, 1987. p.69-72.
LORENZI, H. Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas nativas do Brasil. Nova Odessa: Plantarum, 1992. v. 1, 352 p.
REFRIMA, 1988. Gonçalo Alves, Disponível em <http://www.refrima.com/pag/goncalo-alves.html> Acesso em: 01 out. 2010.
Plan1
		PROPRIEDADES FÍSICAS		Classificação
		Massa específica a 15% de umidade (g/cm3)		1.07		muito pesada
		Contração		radial		5.9		alta
		Do p.s.f. até 0% de umidade		tangencial		9.3		média
		Encolhimento		volumétrica		17.6		média
		Do p.s.f. até 0% de m. c.		coeficiente de retrabilidade 		0.65		alto
Plan1
		PROPRIEDADES MECÂNICAS
Léo Floresta: Léo Floresta:
		Classificação
		Limite de		Madeira verde		490		alto
		COMPREENSÃO		resistência		a 15% de umidade		697		alto
		Coeficiente de influência da umidade (%)		4.2		médio
		AXIAL		Coefic. de qualidade s/D a 15% de umid. 		6.4		baixo
		Proporcionalidade madeira verde kgf/cm2		380		média
		Elasticidade madeira verde kgf/cm2		187,200		alta
		Limite de		Madeira verde		923		médio
		FLEXÃO		resistência		a 15% de umidade		1,191		médio
		Relação L/F - madeira verde		48		alto
		ESTATICA		Proporcionalidade madeira verde kgf/cm2		497		alta
		Elasticidade madeira verde kgf/cm2		134,300		média
		Trabalho absorvido (kgf.m) 		1.6		baixo
		CHOQUE		Coeficiente de resistencia R		0.25		baixo
		Cota dinâmica R/D2		0.19		baixa
		Cissalhamento madeira verde (kgf/cm2)		147		alto
		Dureza janka madeira verde (kgf)		933		alta
		Tração normal as fibras (kgf/cm2)		97		alta
		Fendilhamento madeira verde (kgf/cm2)		16		alto

Continue navegando