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FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO PILHAS ALCALINAS Bryan Santos Sousa 1 - bryan.phoenix@gmail.com Francisco José Prado Junior 1 - juniorcvn@hotmail.com Francisco Raimundo Albuquerque Parente 1 - raimundo_parente@hotmail.com João Rodrigo Souza Calixto 1 - j.rodrigo.calixto@gmail.com Maria Clara Araújo 2 - mariaclara_araujo@hotmail.com 1 Curso de Engenharia da Computação 2 Curso de Engenharia Elétrica Universidade Federal do Ceará – Campus Mucambinho – Rua Estanislau Frota ,S/N – Centro CEP 62010-560 – Sobral – Ceará Abstract: Alkaline batteries are common in our everyday lives, but we do not know their real hazards when disposed of improperly, or even somehow leave them on high temperatures, which can cause small explosions and burns in humans. Thus, this article is to present the premise is that toxic materials in batteries and harms, and this can affect the environment and, consequently, the human being. In addition to explaining the form of collection, handling and recycling due, the article shows how you can use the batteries in a sustainable manner. Keywords: Batteries, Environment, Sustainability Resumo: As pilhas alcalinas são comuns em nossa vida cotidiana, mas não sabemos os seus reais perigos, quando descartadas de maneira inadequada, ou até mesmo de certa forma deixá-las sobre altas temperaturas, o que pode causar pequenas explosões e queimaduras no ser humano. Assim, este artigo tem por premissa apresentar os materiais tóxicos que constitui as pilhas e os malefícios, bem como isso pode afetar o meio ambiente e, consequentemente, o ser humano. Além de explicar a forma de coleta, o devido manuseio e a reciclagem, o artigo mostra como se pode usar as pilhas de maneira sustentável. Palavras-chave: Pilhas, Meio Ambiente, Sustentabilidade FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO 1. INTRODUÇÃO Dezenas de aparelhos, atualmente, são carregados com pilhas alcalinas, como, por exemplo, brinquedos eletrônicos, relógios de sala e MP3 Players. A carga oferecida por pilhas tem tempo determinado e, como as mesmas não são recarregáveis, são jogadas em lixos urbanos sem os devidos tratamentos. Dessa forma, as pilhas podem contaminar o solo e, por consequência, o meio ambiente e até o ser humano, mesmo que indiretamente, visto que, nas pilhas, existem diversos tipos de elementos químicos. As pilhas comuns são constituídas de níquel, de cromo, de lítio e, principalmente, de cádmio e de mercúrio. Dentre estes, os que causam o maior risco de contaminação ao homem e ao meio ambiente são o mercúrio e o cádmio, considerados metais pesados, com potencial capacidade de contaminar rios, nascentes e lençóis freáticos. O cádmio é cancerígeno e pode causar danos ao sistema nervoso e ao feto – durante a gravidez. Depois de contaminar o corpo, suas principais concentrações no ser humano são nos rins, nos ossos e no fígado, provocando dores reumáticas e distúrbios metabólicos que podem causar osteoporose e disfunção renal. Mercúrio causa distúrbios renais e neurológicos, mutações genéticas, alterações no metabolismo e deficiências nos órgãos sensoriais. A ingestão de água contaminada por esses metais pesados causa intoxicações crônicas ou intoxicação agudas, que podem levar a morte. Dado esse cenário, é de extrema importância adotar medidas que impeçam a contaminação do meio ambiente causada por esses elementos químicos, que estão presentes nas pilhas. Uma medida possível e já adotada por organizações que se importam com o assunto é a conscientização da população para a coleta seletiva adequada. Feito isso, as pilhas poderiam ser encaminhadas para uma fábrica que reciclasse o material ou fizesse o devido descarte de acordo com leis ambientais. A realidade, porém, é que são poucas as empresas que reciclam objetos que têm metais pesados. Isso se deve ao alto custo que se tem para fazer a coleta e o descarte, e ao baixo lucro que se obtém com a reciclagem dessas pilhas – quando comparada com a reciclagem de outros materiais. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1 O QUE SÃO PILHAS ALCALINAS? A pilha é uma fonte portátil de energia, resultante das reações químicas que ocorrem em seu interior. Hoje, ela é muito usada no cotidiano, estando presente em controles remotos, em calculadoras, em rádios, em aparelhos de MP3 e em brinquedos, por exemplo. A pilha surgiu em 1745, e, desde essa época, muitos avanços ocorreram para melhorar a tecnologia usada. Porém, esses avanços se devem, em maior parte, à invenção da primeira pilha elétrica, creditada a Alessandro Volta (1745-1827). Esta invenção consistia em um conjunto de placas de zinco e de cobre, que eram empilhadas FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO alternadamente e separadas por algodão embebido numa solução de ácido sulfúrico. De acordo com [4], a invenção de Volta possibilitou um grande avanço na ciência, desvendando segredos das pilhas e da eletricidade. Dados recentes da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica – ABINEE – corroboram com essa afirmação, informando que são comercializadas, por ano, cerca de 800 milhões de unidades de pilhas. Três itens básicos compõem a pilha elétrica: um ânodo, um cátodo e um eletrólito. O ânodo é o eletrodo negativo (polo negativo), o cátodo é o eletrodo positivo (polo positivo) e o eletrólito é o condutor iônico que envolve os eletrodos de uma pilha – isto é, a solução condutiva entre os dois eletrodos. Há três tipos de pilhas que são comercializadas no mercado: as de zinco-manganês, as recarregáveis e as alcalinas. As de zinco-manganês são usadas em equipamentos que requerem descargas de energia leves e contínuas; as recarregáveis são utilizadas em aparelhos que demandam uma grande descarga de energia; as pilhas alcalinas são utilizadas em equipamentos que exigem descargas de energia rápidas e fortes. A seguir, a Figura 1 ilustra exemplos de pilhas alcalinas comercializadas atualmente no mercado. Figura 1: Exemplos de Pilhas Alcalinas Comercializadas. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/pilhas_sem_marcas.pdf > Acessado em 8/2/2013 Baseado em [2], as pilhas alcalinas são compostas por: um ânodo de zinco poroso – imerso em uma solução alcalina de hidróxido de potássio ou de hidróxido de sódio – e um cátodo de dióxido de manganês compactado, envoltos por uma capa de aço niquelado. Essa pilha também possui um separador confeccionado em papel e um isolante de nylon. As pilhas alcalinas tem tensão de 1,5 volts e não são recarregáveis. 2.2 HISTÓRICO DE PILHAS ALCALINAS De acordo com [3], a história das pilhas começa na antiguidade, com a descoberta da eletricidade pelo filósofo grego Tales de Mileto. Ao esfregar um âmbar em um pedaço de pele de carneiro, ele observou que fragmentos de palha e de madeira começaram a ser atraídas pelo próprio âmbar. Do âmbar – élektron, em grego – surgiu o nome eletricidade. Em 1672, Otto von Guericke iniciou estudos sistemáticos sobre a eletrificação por atrito. Ele inventou uma máquina geradora de cargas elétricas, onde uma esfera de enxofre girava constantemente atritando-se em terra seca. Meio século depois, Stephen Gray fez a primeira distinção entre condutores e isolantes elétricos. FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO Durante o século dezoito, as máquinas elétricas evoluíramaté chegar a um disco rotativo de vidro, que era atritado a um isolante adequado. Uma descoberta importante, feita por Ewald Georg von Kleist e Petrus van Musschenbroek, foi a do condensador, que consistia em uma máquina armazenadora de cargas elétricas. Eram dois corpos condutores separados por um isolante delgado. Apesar dessas considerações, a invenção da pilha é creditada ao físico italiano Alessandro Volta. Para transformar energia química em energia elétrica – que é basicamente o que ocorre nas pilhas –, Volta se baseou em relatos de experiências sobre fenômenos elétricos, como os de Petrus van Musschenbroek, Giovanni Batista Beccaria, Jean Antoine Nollet e, principalmente, nos estudos do físico Luigi Galvani. Em 1786, Galvani realizou uma experiência curiosa: pendurou a perna de uma rã em um guincho de bronze preso a um poste de ferro. Durante uma tempestade, observou que a faísca elétrica a fazia saltar e concluiu que, para se obter eletricidade, eram necessários dois metais diferentes e um pedaço de carne. Analisando essa experiência, Alessandro Volta interpretou de maneira diferente os resultados obtidos por Galvani. Volta concluiu que para produzir eletricidade eram necessários dois metais e um líquido que contenha íons. Após comprovar sua teoria em outras experiências, Volta construiu sua primeira pilha, em 1800. A eficiência da pilha de Volta era limitada devido a um fenômeno conhecido como polarização. A reação da pilha provocava o surgimento de bolhas de hidrogênio em torno do disco de cobre, formando uma película sobre a superfície que isola a corrente, o que diminuía a eficácia. Esse problema, porém, foi superado pela pilha do químico inglês John Daniell, em 1836. Essa pilha consistia de um eletrodo negativo de zinco – mergulhado em um eletrólito de ácido sulfúrico diluído – e de um eletrodo de cobre em uma solução saturada de sulfato de cobre. Os dois líquidos eram separados por uma membrana porosa, e não ocorria o efeito da polarização. Três anos depois, William Grove inventou a pilha termovoltaica e eletroquímica, usando arame de platina como eletrodo e ácido sulfúrico e ácido nítrico como eletrólito. Em 1868, o engenheiro francês George Leclanché construiu uma pilha que tinha eletrólito líquido composto por uma solução forte de cloreto de amônio. O eletrodo negativo era uma placa de zinco, e o positivo era um bastão de carvão inserido em um tubo poroso, contendo também carvão esmagado e dióxido de manganês. A Figura 2, a seguir, ilustra as pilhas desenvolvidas por Volta, Daniell e Leclanché. Figura: (Da esquerda para a direita) Pilha de Volta, de Daniell modificada e de Leclanché. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/pilha.asp> Acessado em: 8/2/2013 FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO Em 1886, Gassner aperfeiçoou a pilha de Leclanché ao substituir a solução eletrolítica por uma pasta úmida. Nessa pilha, o zinco aparece como recipiente, além de ser o polo negativo. Nos Estados Unidos, a produção anual de pilhas e baterias alcançou dois milhões de unidades, no início do século vinte. Desde então, houve dois períodos de crescimento rápido nesse mercado: em 1920, com a invenção do rádio doméstico, e a partir dos anos 1950, com o crescente uso de equipamentos elétricos e eletrônicos portáteis. Baseado em [3], no Brasil, a produção de pilhas Leclanché se iniciou em 1954, com a implantação de fábricas em território nacional. Até então, o mercado brasileiro restringia- se a poucos milhares de unidades anuais, basicamente para lanternas elétricas portáteis. Antes do surgimento do transistor, os rádios demandavam baterias de pilha, cujo alto custo limitava seu uso às regiões desprovidas de energia elétrica. Entretanto, após o advento do transistor e de seu uso disseminado em rádios portáteis e outros equipamentos eletrônicos, a demanda de pilhas cresceu exponencialmente. No final da década de 1970, o mercado brasileiro já consumia, aproximadamente, um bilhão de unidades de pilha por ano, somente do tipo zinco-carvão. 2.3 MANUFATURA DE PILHAS ALCALINAS A produção de pilhas convencionais teve início em 1954 através da implantação de uma fábrica da Everead e outra da Microlite (que futuramente mudaria para Ray-o-Vac). Nessa época, o mercado nacional de pilhas era discreto, se restringindo a milhares de pilhas fabricadas por ano e eram, geralmente, utilizadas em lanternas. Após a criação do transistor e da sua utilização em diversos aparelhos eletrônicos, a necessidade de uma demanda considerável de pilhas aumentou, no final da década de 70. A demanda do mercado nacional era de um bilhão de pilhas por ano(no caso da pilha tipo zinco-carvão). A utilização de pilhas no país se popularizou com a chegada da Panasonic (1968) e da Eletromoura ou Wayotec, em 1979. As pilhas alcalinas começaram a ser produzidas, no Brasil, pela Microlite, em 1978, seguida pela Duracell(1984) e pela Eveready(1987). Nas duas últimas décadas do século vinte, a produção de pilhas cresceu exponencialmente, e, atualmente, esse mercado movimenta bilhões de dólares por ano, mas, infelizmente, as pilhas falsificadas representam cerca de quarente por cento do que é vendido. O Brasil está passando por uma intensa fase de transformação. Com o crescimento econômico e, consequentemente, tecnológico, a utilização de eletrônicos (incluindo produtos que necessitam de baterias e pilhas) aumentou bastante, fazendo com que o mercado desse produto crescesse bastante no país. Quanto à produção das pilhas alcalinas, os principais materiais utilizados na produção são: aço grafite, catalizador de prata, dióxido de manganês, sulfeto de bário, zinco, um “agente” em gel e hidróxido de potássio. Suas respectivas funções são: Grafite: responsável por conduzir eletricidade; Catalizador de prata: é responsável por reduzir o acumulo de pressão química; Dióxido de manganês: é o principal ingrediente do cátodo; FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO Sulfeto de bário: é responsável por unir os ingredientes do cátodo; Zinco: é o principal ingrediente do ânodo; Agente de gel: serve para manter as partículas de zinco suspensas; Hidróxido de potássio: interage com eletrodos para produzir eletricidade. Os dois tipos de pilhas mais usados atualmente são: a pilha comum seca e a alcalina. A pilha comum é formada por um cilindro de zinco metálico que funciona como ânodo, separado das demais espécies químicas da pilha por um papel poroso. Sua voltagem é de 1,5 volts, e são mais utilizadas em rádios portáteis, lanternas, brinquedos. O cátodo é o eletrodo central, constituído de grafite coberto por dióxido de manganês, carvão em pó, e uma pasta úmida contendo cloreto de amônio e cloreto de zinco. Esse tipo de pilha tem um caráter ácido, devido a presença de cloreto de amônio. Já a pilha alcalina possui mistura eletrolítica, que contém hidróxido de potássio ou de sódio (bases), ao invés de cloreto de amônio (sal ácido).O ânodo é feito de zinco altamente poroso, que permite uma oxidação mais rápida em relação ao zinco utilizado na pilha seca comum. Comparado à pilha seca comum, a pilha alcalina é mais cara, porém, dura em média cinco vezes mais, porque o hidróxido de sódio ou potássio é melhor condutor eletrolítico, resultando em uma resistência interna da pilha muito menor do que na pilha comum. De acordo com a ABINEE, o Brasil foi o primeiro país da Américado Sul a criar regulamentações específicas para pilhas e baterias. - PROCEDIMENTO DETALHADO DA PRODUÇÃO DE PILHAS Uma pilha produz uma corrente elétrica quando a fábrica inicia a produção com o corte do aço revestido com níquel em pedaços ovais, depois gradualmente moldando cada pedaço em um tubo chamado de console. O console abriga alguns ingredientes importantes: grafite, catalizador, dióxido de manganês, sulfeto de bário, zinco (ânodo), agente de gel, hidróxido de potássio (produzir eletricidade). Uma prensa transforma os componentes químicos do cátodo em pelotas ocas. Uma máquina chamada de prensa de console insere pelotas dentro dos consoles. A próxima máquina cria uma aresta no console para ajudar a selar a pilha. Suportes plásticos chamados de discos mantêm o console no lugar enquanto pulverizadores aplicam um vedante na parte superior, que é a parte negativa do console. Em seguida, eles cortam um rolo de papel em tiras pequenas (essas tiras são chamadas de separadores e possuem orifícios microscópios que permitem o fluxo de íons, moléculas eletricamente carregadas entre o cátodo e o ânodo). Uma máquina de cola quente derretida deposita uma pequena quantidade de cola no separador ( que está enrolado) e sela a ponta positiva do tubo de papel. A cola esfria e endurece no próximo minuto e meio, enquanto os consoles são transportados numa esteira. A próxima máquina injeta um eletrólito, que é uma solução de hidróxido de potássio( leva nove minutos para ele atravessar o revestimento do separador para chegar as pelotas do cátodo). Bocais então injetam gel de zinco na cavidade do ânodo. Uma máquina de solda funde pregos de 3,8 centímetros na tampa da pilha, que é onde a carga é coletada antes de ser descarregada. A FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO máquina injeta a tampa quando terminada, e outra máquina insere na ponta negativa da pilha. Essa tampa possui um sistema de segurança, que é essencial para evitar explosões, principalmente em pilhas recarregáveis. A máquina dobra a borda do console para fechar o conteúdo, depois uma máquina fresadora com três cabeçotes cria uma aresta na pilha terminada para reduzir a possibilidade de vazamentos. Uma máquina elétrica de testes contata cada pilha por 200 milésimos de segundo para garantir que ela tenha pelo menos 1,5 volts. Essas pilhas já estão prontas para uso. A máquina de etiquetagem usa sensores de luz para acertar o tempo de aplicação de embalagem a cada envoltório da pilha, a etiqueta de plástico lista informações técnicas e adiciona revestimento, depois de três segundos em um forno a 197 graus Celsius, e encolhem as etiquetas para um ajuste perfeito. 2.4 USO DE PILHAS ALCALINAS As pilhas e as baterias estão presentes no cotidiano do homem moderno. Cada pessoa no mundo consome, em média, cinco pilhas ao ano, nos países em desenvolvimento, como o Brasil, e quinze pilhas ao ano, nos países industrializados. Isso significa um consumo mundial de, aproximadamente, dez bilhões de pilhas ao ano. De acordo com [3], no período de 1990 a 1996, o mercado consumidor mundial de pilhas e baterias passou de 23 para 33 bilhões de dólares. Em 1999, quando surgiu a primeira legislação sobre o tema no Brasil, foram produzidas mais de oitocentos milhões de pilhas. Até então, já existiam em circulação no país cerca de dez milhões de telefones celulares. Em 2006, a quantidade de aparelhos celulares no Brasil já ultrapassava noventa milhões de unidades. Esses números são oficiais, mas não levam em conta as pilhas e as baterias contrabandeadas e falsificadas. 2.5 DESCARTE E RECICLAGEM DE PILHAS ALCALINAS De acordo com [5], a responsabilidade por recolher e encaminhar adequadamente as pilhas após o uso é do fabricante. Portanto, os materiais usados devem ser entregues aos estabelecimentos que comercializam ou às assistências técnicas autorizadas, para que eles repassem os resíduos aos fabricantes ou às importadoras. As pilhas e baterias podem ser recicladas, reutilizadas, ou podem passar por algum tipo de tratamento que possibilite um descarte não nocivo ao meio ambiente. Outro cuidado que deve ser tomado é com relação às pilhas falsas. De procedência duvidosa, elas podem conter materiais muito mais tóxicos do que as regularizadas. É importante também observar a rotulagem do produto, ou seja, verificar se, na embalagem, consta que a pilha pode ser descartada no lixo comum. As pilhas do tipo alcalinas não contêm metais pesados em sua composição. Já as pilhas comuns, como as recarregáveis, possuem mercúrio, cádmio e chumbo, e devem ser devolvidas ao fabricante. O processo de reciclagem de pilhas usadas, que é uma das formas de recuperação de resíduos, consiste na aplicação de diversos processos de tratamento, e tem como FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO objetivos principais a recuperação de parte dos seus constituintes, a redução de resíduos, a proteção do meio ambiente e a preservação de recursos finitos. Baseado em [6], a viabilidade dos processos é condicionada por alguns aspectos, como o consumo de energia e ao acesso a produtos químicos para dissolver certas substâncias. A reciclagem exige o cumprimento de certos requisitos, os quais estão enumerados a seguir: Quantidade suficiente de resíduos; Concentração adequada nos resíduos das substâncias que se pretende recuperar; Disponibilidade de um esquema de gestão do resíduo, funcional e com elevadas taxas de recolha; Consumos energéticos racionais; Existência de mercado para os materiais reciclados; Viabilidade econômica da reciclagem. A escolha por um determinado processo de reciclagem deve garantir que a poluição gerada seja menor do que a que resultaria do processo de fabricação de um novo produto e sua eliminação, não podendo ser desconsiderada a rentabilidade econômica subjacente. Geralmente os processos de reciclagem das pilhas incluem as seguintes fases: Triagem; Tratamento físico: moagem e separação; Tratamento metalúrgico: pirometalúrgia ou hidrometalúrgia. A triagem dimensional permite classificar as pilhas em lotes homogêneos sob o ponto de vista da sua forma e de seu tamanho. Porém, não há correspondência entre o tipo e a forma das pilhas, e uma separação baseada neste critério não permite a constituição de lotes de composição homogênea. Triagens manuais, mecânicas e baseadas em diferenças de massa específica podem ser realizadas, porém, a sua implementação industrial é um pouco complicada, de acordo com [6]. O tratamento físico das pilhas consiste no seu desmantelamento, o que envolve a sua moagem e a separação física dos seus constituintes (ânodo, cátodo e eletrólito), ficando estes, assim, mais acessíveis a tratamentos posteriores. Por fim, existe o tratamento metalúrgico, que pode ser dividido em tecnologias pirometalúrgicas e hidrometalúrgicas. A tecnologia pirometalúrgica consiste em submeter os metais pesados contidos nas pilhas a um tratamento térmico, uma vez que os mesmos apresentam distintos pontos de fusão, os que os tornam passíveis de recuperação por aquecimento e posterior condensação – os processos pirometalúrgicos aplicam-se sobretudo na destilação de metais. Já a tecnologia hidrometalúrgica submete os elementos que se deseja recuperar a um processo de trituração, sendo posteriormente imersos em uma solução ácida ou básica, seguindo-se de purificação das soluções através de operações de precipitação ou de eletrólise – para recuperação do zinco e do dióxido de manganês,ou do cádmio e do níquel. FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO 3. CONCLUSÃO Na sociedade em que vivemos, existe a necessidade de se disseminar a importância do estudo sobre os efeitos que determinada ação pode causar ao meio em que vivemos e consequentemente afetar gerações futuras. Especificamente utilitários comuns, como produtos feitos em larga escala, que no caso foi abordado: pilhas alcalinas. O estudo feito sobre pilhas, enfatizando pilhas alcalinas, mostrou-nos a história da mesma, a manufatura, utilização, descarte e reciclagem. Olhando pelo lado histórico, vemos que para certo produto chegar à forma que conhecemos, foram necessários anos de pesquisa e testes, o que ressalta também a valorização que deve ser dada aos profissionais que tem o trabalho de desenvolver esses produtos. O processo de produção, mostrou-nos a importância da produção em série, da influência tecnológica e a necessidade de busca para melhor rendimento no processo de fabricação e diminuição de poluentes descartados de forma inconveniente. Com o desenvolvimento tecnológico, crescimento econômico e melhoria na condição de vida do brasileiro, pessoas estão tendo um maior acesso a produtos que antes não tinham com facilidade, principalmente eletroeletrônicos na qual vários deles utilizam pilhas e baterias. O mercado nacional no ramo de pilhas e baterias cresceu bastante. Existindo a maior utilização desses produtos, é obvio que a quantidade de lixo e dejetos aumentam, por isso a importância da conscientização da sociedade, não esquecendo do âmbito acadêmico que tem grande responsabilidade de desenvolver e mudar o que tem que ser mudado para existir um melhor proveito tecnológico e social sem destruir o que é necessário para a vida da nossa e das próximas gerações. 4. REFERÊNCIAS [1] Pilhas Alcalinas e Zinco – Manganês. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/pilha.asp> Acessado em: 8/2/2013. [2] Pilha alcalina. Disponível em: <pt.wikipedia.org/wiki/Pilha_alcalina> Acessado em: 8/2/2013. [3] Entenda o mercado das pilhas e baterias. Disponível em: <http://sustentabilidade.santander.com.br/Documents/mercadodaspilhasebaterias.pdf> Acessado em: 8/2/2013. FUNÇÕES - 1.BRYAN: ARTIGO/2.JUNIOR:VÍDEO/3.RAIMUNDO:ARTIGO,SLIDES/4.RODRIGO:ARTIGO/5.MARIA CLARA:ARTIGO [4] Relatório Sobre Análise Em Pilhas Alcalinas E Zinco – Manganês. Disponível em: <http://www.inmetro.gov.br/consumidor/produtos/pilhas_sem_marcas.pdf> Acessado em: 8/2/2013. [5] Descarte pilhas e baterias corretamente! Disponível em: <http://www.redecasamais.com.br/dicas-casamais/dicas-sustentabilidade/pilhas-e-baterias> Acessado em: 8/2/2013 [6] “Introdução”. Disponível em: < http://residuos.quercus.pt/xFiles/scContentDeployer_pt/docs/DocSite1845.pdf > Acessado em: 8/2/2013 [7] Algumas Informações sobre Disposição de Pilhas e Baterias. Disponível em: <http://ambientes.ambientebrasil.com.br/residuos/artigos/algumas_informacoes_sobre_ disposicao_de_pilhas_e_baterias.html> Acessado em: 14/2/2013 [8] Fabricação de suspensões cerâmicas para anodos de PaCOS suportadas pelo eletrólito. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1517-70762007000100004&script=sci_arttext> Acessado em: 14/2/2013
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