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Técnica de Marcação no Futsal

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Página | 1Pedagogia do Futsal | www.pedagogiadofutsal.com.br
Wilton Carlos de Santana
Habilidades
Habilidade: Marcação
Wilton Carlos de Santana
Mestrando em Pedagogia do Movimento, UNICAMP (SP)
Autor do livro Futsal: metodologia da participação
Quem marca tem o objetivo de desarmar quem tem a bola, tomando-lhe a mesma ou tirando-a; também
objetiva impedir que o adversário receba a bola. Quem ensina a marcar tem o objetivo de fazer que essas
coisas sejam possíveis.
Dividirei a explicação da técnica de marcação em dois momentos: (a) o que se ensina para a criança quando
o adversário está com bola, (b) o que se ensina quando ele não tem a bola.
No primeiro caso, ensinam-se três coisas básicas:
a) Que se deve aproximar do adversário sem afobação. Ora, evidentemente que se assim não
acontecer, isto é, se quem marcar o fizer atrapalhado, aproximar-se de "uma vez", será
facilmente driblado;
b) Uma vez próximo do adversário, marca-se em equilíbrio. Consegue-se isso aproximando o
centro de gravidade do chão. Basta flexionar as pernas;
c) Que se deve marcar deslocando-se na ponta dos pés e os olhos voltados para o atacante, mas
sem perder de vista a bola. Uma regra básica: quanto menor a criança, mais difícil será observar
tantos detalhes. Por exemplo, crianças pequenas, de sete, oito anos, não conseguem fitar os
olhos do adversário. Ao contrário disso, visualizam, quando muito, a bola.
Penso que quem marca, ainda que tenha o objetivo de roubar ou tirar a bola do adversário, poderá não
conseguir faze-lo. Outras funções como, por exemplo, atrapalhar o passe e ainda atrasar o ataque são
positivas. Basta, para atrasar o ataque, afastar-se, dar passos para trás. A obrigação de quem marca é fazer
todo o possível para não ser driblado e ainda evitar que o adversário chute contra a sua meta.
No segundo caso, com o adversário sem a bola, ensinam-se algumas coisas básicas:
a) Quem marca se posiciona entre o adversário e a sua própria meta;
b) Se o adversário se desloca deve-se acompanha-lo, pois ele é quem faz o gol;
c) Se possível, acompanha-lo bem de perto, tocando-o. O toque, por não ser visual, é um recurso
indispensável. Aumenta-se, sobretudo, a vigilância.
Com o tempo, e isso já não é mais básico, ensinam-se outras coisas: marcar o pé de passe e chute,
fechando o lado forte de saída e ação do adversário; empurrar o adversário contra a linha lateral da quadra,
diminuindo o ângulo de passe e chute.

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