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A vila

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Em "A Vila", uma comunidade aparentemente do século 19 vive em paz e harmonia, construída por anciãos que se isolaram da sociedade diante das experiências vivenciadas de violência, tragédias, morte de familiares, etc. Os anciões (criadores da comunidade) tomaram a decisão que as novas gerações não iriam passar por experiências semelhantes vivida por eles. Desta forma, se reuniram e formaram uma nova sociedade isolada por uma floresta, onde viveriam estranhos seres, "cujo-nome-não-se-menciona". Essa comunidade era regrada com novos princípios, valores e regras que foram estabelecidas pelos anciões. 
A nova geração conhecia o mundo através dos mais velhos, então acreditavam fielmente sobre os "cujo-nome-não-se-menciona”, que havia um pacto de não-agressão entre estes e os habitantes: um não invade o espaço do outro, os humanos usam cor amarela como forma de proteção e o vermelho está banido da cidade, por ser a cor dos monstros. Os monstros foram criados para manter o grupo afastado de qualquer contato com o mundo externo. O medo era um instrumento importante para a manutenção deste sistema. 
Até então tudo e todos estavam bem, vivendo livres dos valores perversos da “má sociedade”. Mesmo que não houvesse conhecimento sobre o “mal da sociedade”, dentro da vila desenvolve valores semelhantes havendo uma tentativa de morte do personagem Lucius, uma situação que os anciões tanto temiam. Então se faz questionar se a sociedade corrompe o homem, ou o homem é corrompido pela sociedade?
Trazendo para uma comparação com mitos que nos permeiam, um dos maiores medos das crianças é o “homem do saco”, um cara que vem pegar as crianças que não come tudo, ou que as levam se ficarem na rua até tarde. Existe outros mitos de acordo com as regiões, lendas urbanas que ajudam a manter as crianças na linha. Assim acontece com alguns comportamentos que fazemos ou deixamos de fazer sem nos questionar o porquê. Somos rodeados de mitos que acabam sendo parte de comunidades que fazemos parte. Platão diz que a verdade é a única forma de libertação da escuridão que nos é imposta.

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