Herpes (HSV)

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Alunas: Adriana Siqueira, Jéssyca Fazano, Natália Alves e Suelen Peixoto.
HERPES - HSV
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O QUE É HERPES? 
Herpes simples é uma infecção causada pelo vírus herpes simples humano (HSV 1 e 2), que se caracteriza pelo aparecimento de pequenas bolhas e úlceras agrupadas nos lábios e nos genitais mas que pode surgir em qualquer parte do corpo.  
Uma vez que uma pessoa é infectada, permanece por toda a vida. 
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Introdução
HSV-2 é uma das infecções mais prevalentes do mundo. No Brasil, 640 mil novos casos de herpes genital são diagnosticados anualmente.
Mais incidente em mulheres do que homens.
Importante porta de entrada do HIV e   HPV.
Objetivo do estudo foi avaliar a prevalência do HSV-2 utilizando PCR, assim como os fatores associados à sua infecção. 
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Materiais e Métodos
Tamanho da amostra foi calculada usando software Epi-info 6.04®. 
Prevalência estimada de HSV-2 entre 12 e 39% (média 25%); 
Um total de 288 mulheres e um erro amostral de 5 %; 
As amostras de secreções foram coletadas pelo ginecologista durante um exame ginecológico , com a utilização de uma escova especifica (VAGISPEC®), para uma análise molecular e Papanicolau ;
Não havia nenhum paciente neste grupo com queixas ou sintomas de úlcera genital no momento da exame .
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Materiais e Métodos
As amostras foram armazenadas em tubos criogénicos contendo tampão Tris-EDTA (TE) e enviado para o Laboratório de Biologia Molecular da Faculdade de Medicina ( FAMED ), da Universidade Federal do Rio Grande ( FURG ), até a extração do DNA viral. 
O Papanicolau foi comparado com os resultados de biologia molecular para HSV - 2 e HPV. 
O DNA foi extraído das amostras com o kit de acordo com o protocolo para a extração de células sanguíneas. 
HSV-2 foi detectada através de duas reações de PCR  
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RESULTADOS
Dos 302 pacientes incluídos no estudo, 47 (15,6%) tiveram uma infecção por HSV-2. A média de idade foi de 32,7 anos, desvio padrão (DP) de 13,6 e renda familiar média de R $ 1.400, com 88,1% ganhando um salário mínimo ou mais.
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Tabela 1 mostra que a única variável demográfica significativamente associada ao HSV-2 foi o nível de escolaridade; Os pacientes com menos de quatro anos de escolaridade apresentaram maior prevalência de infecção em relação aos pacientes com mais de nove anos de escolaridade (p = 0,232).
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71,5%
86,7%
62,9%
49,7%
Quanto à história ginecológica, 71,5% dos pacientes tiveram seu primeiro encontro sexual com idade média de 17 anos ou menos. O número médio de parceiros sexuais totais foi de cinco, e 86,7% relataram ter um só parceiro nos últimos seis meses. A história obstétrica mostrou que 62,9% tiveram duas ou mais gestações e 49,7% tiveram dois ou mais partos (Tabela 2). 
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18,6% usam
23,3%
A Tabela 2 também mostra que 18,6% das mulheres relataram usar métodos contraceptivos. No entanto, o uso de contraceptivos não mostrou associação estatisticamente significativa com a prevenção da infecção pelo HSV-2. DSTs foram relatadas por 23,3% dos pacientes, e este grupo era mais provável de ter uma infecção por HSV-2 (p = 0,053).
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91,4%
4%
O conhecimento do exame de Papanicolaou e a presença de lesões neste exame não foram correlacionados com um maior risco de infecção por HSV-2. 
Dos 302 pacientes, 158 haviam sido atendidos em Unidades Básicas de Saúde (UBS) e 144 em ambulatórios UH-FURG. HSV-2 prevalência nestes grupos foi de 10,8% e 20,8%, respectivamente. Havia um diferença significativa na prevalência HSV entre os locais de recrutamento, com intervalo de confiança (IC 95%): 1,12-3,36 e p = 0,012. Houve diferença significativa entre as mulheres HIV-positivos e HIV-negativos. mulheres HIV-positivas eram mais susceptíveis de serem infectadas pelo HSV-2 (p = 001). No entanto, nem a carga viral nem a contagem de CD4 de mulheres infectadas por HIV foi correlacionada com a infecção por HSV-2 
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Análise multivariada mostrou que a única variável correlacionada com um risco de infecção por HSV-2 foi a presença do HIV, com 95% CI: 1,42-6,33 e p =.04 
Análise multivariada mostrou que a única variável correlacionada com um risco de infecção por HSV-2 foi a presença do HIV, com 95% CI: 1,42-6,33 e p =.04 
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DISCUSSÃO
A prevalência de HSV-2 encontrada neste estudo utilizando a técnica de PCR foi de 15,6%. 
Entre as variáveis demográficas, apenas a educação, com quatro ou menos anos de escolaridade foi associada com a aquisição de HSV-2 ( p = 0,032), sugerindo que os pacientes com menor escolaridade têm pouco conhecimento dos meios de transmissão e identificação de lesões. A diferença de cor da pele não foi significativa neste estudo.
Muitos fatores de risco foram descritos na aquisição do HSV-2 como relações sexuais precoces, história prévia de DST, e múltiplos parceiros sexuais. 
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DISCUSSÃO
Os pacientes que relataram ter tido alguma DST eram mais propensos a ter infecção por HSV-2 (p = 0,053).
Houve prevalência de DNA de HSV-2 de 31,8% em mulheres HIV-positivas, enquanto a taxa encontrada no grupo de mulheres HIV negativas foi de 12,8% (p = 0,001). 
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CONCLUSÃO
95,8% dos pacientes tiveram um exame de Papanicolau e apenas 4,2% tinham lesão intraepitelial de baixo a alto grau. 
 A prevalência de HSV-2 foi de 15,1% em mulheres com citologia vaginal normal e 25% em mulheres com citologia alterada.
Além disso, quando a prevalência de HSV-2 foi avaliada em relação ao HPV, mulheres com HPV tiveram uma taxa de HSV-2 de 14,5%, enquanto no grupo de HPV negativo a taxa foi de 15,8%.
Portanto, este estudo não encontrou associação entre co-infecção de HSV/HPV nem um risco maior de lesões intraepiteliais no grupo HSV-2 positivo. 
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Pacientes HIV-positivos apresentaram maior prevalência de infecção por HSV-2. Por isso, a infecção do herpes pode ser uma porta de entrada para o HIV, e, inversamente, o HIV pode ser um fator de risco para a aquisição de herpes.
Embora nenhum paciente do estudo tivesse uma úlcera genital presente no momento da coleta, eles poderiam ter tido essas lesões em algum momento de suas vidas.
Presença DST aumenta o risco de infecção pelo HIV, especialmente quando estão presentes úlceras genitais .
 Além disso, a infecção herpética é mais recorrente, mais extensa e apresenta sintomas mais graves em pacientes HIV positivos, podendo também influenciar o agravamento clínico desses pacientes.
PREVENÇÃO
Deve ser dada mais atenção à infecção herpética em pacientes HIV positivos. É extremamente importante prevenir essas infecções através de campanhas de conscientização, como educação sobre o uso de preservativos, e mais atenção dos profissionais de saúde em pacientes com lesões típicas ou sintomas genitais recorrentes. Um diagnóstico de HSV2 deve ser solicitado, prevenindo a futura transmissão do vírus e controlando ambas as infecções.