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AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA EM SUPERFÍCIE E SUBTERRÂNEA Estefan Monteiro da Fonseca DSc. ÁGUA • Solvente de minerais; • Agente de erosão e transporte (rios e geleiras); • Lubrificante de materiais envolvidos em movimentos de massa; • Alteração da temperatura de fusão das rochas. OS FLUXOS E OS RESERVATÓRIOS TEMPOS DE RESIDÊNCIA DA ÁGUA • Oceanos: 39 000 anos • Geleiras: 10 a 1 000 anos • Água subterrânea: 14 dias a 10 000 anos • Lagos e rios: 2 semanas a 10 anos • Solos: 2 semanas a um ano • Biosfera: 1 semana • Atmosfera: 10 dias FLUXO DE ÁGUA DOS PRINCIPAIS RIOS ÁGUA 3 estados físicos vida circulação O CICLO HIDROLÓGICO Característica fundamental: Se apresenta nos 3 estados físicos; UMIDADE, CHUVA E PAISAGEM • O clima: temperatura e precipitação. • A maioria das chuvas precipita-se em regiões úmidas e quentes próximas ao equador; • Quando a água carregada pelos ventos a partir destas regiões ascende perto dos continentes, o ar esfria-se supersaturando-se; • A paisagem pode alterar os padrões de precipitação. UMIDADE, CHUVA E PAISAGEM ÁGUA NO SUBSOLO • Fração de água que sofre infiltração, acompanhando seu caminho pelo subsolo, onde a força gravitacional e as características dos materiais presentes irão controlar o armazenamento e o movimento das águas. O processo mais importante de recarga de água no subsolo é a infiltração, onde seu volume e a velocidade dependem de vários fatores: • Tipos e condições dos materiais • Coberturas vegetais • Topografia • Precipitação • Ocupação do solo ÁGUA NO SUBSOLO TIPOS E CONDIÇÕES DOS MATERIAIS TERRESTRES COBERTURAS VEGETAIS COBERTURAS VEGETAIS COBERTURAS VEGETAIS TOPOGRAFIA Declives acentuados = escoamento Declives suaves = acúmulo = percolação DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTO DA ÁGUA NO SUBSOLO • Atração molecular; • Tensão molecular; • Porosidade; • Permeabilidade. O TRANSPORTE PARA OS OCEANOS O movimento da água dos rios acontece de duas formas: Ambas dependem de três fatores: • Sua velocidade: taxa de movimento; • Sua geometria: profundidade; • Sua viscosidade;. O TRANSPORTE PARA OS OCEANOS A DEPOSIÇÃO A PARTIR DA SUSPENSÃO • A capacidade de um rio é o balanço entre a turbulência e a gravidade. • A velocidade de deposição é chamada de velocidade de decantação. • Carga Suspensão • Carga do Leito • Saltos TIPOS DE TRANSPORTE DE SEDIMENTOS CARGAS FLUVIAIS E O MOVIMENTO DOS SEDIMENTOS EROSÃO E TRANSPORTE Fluxos laminares tendem a transportar apenas partículas menores, mais leves, de tamanho argila. Os fluxos turbulentos por sua vez podem remover todas as classes. • Carga de fundo: Material transportado. • Competência: aptidão de transporte. • Capacidade: carga sedimentar. A velocidade e o volume de um fluxo afetam a capacidade e a competência FORMAS DE LEITO: DUNAS E MARCAS ONDULADAS Quando as partículas são transportadas por saltação, tendem a formar dunas e ondulações. • Dunas: cristas alongadas de areia que podem ter muitos metros de altura em rios grandes. • Marcas onduladas: dunas muito pequenas. COMO A ÁGUA CORRENTE CAUSA A EROSÃO DAS ROCHAS • Com níveis de água altos e durante as inundações os rios podem até escavar e cortar as margens de sedimentos inconsolidados os quais deslizam no fluxo e são carregados adiante; • RAVINAS; sulcos feitos por correntes pequenas que erodem solos moles e rochas frágeis - desenvolvem- se em direção montante mais do que jusante. ABRASÃO • Uma das formas com que os rios usam para desgastar as margens. INTEMPERISMO QUÍMICO E FÍSICO • Químico: altera os minerais da rocha e as fragiliza nas juntas e fraturas, ajuda a destruir o substrato dos leitos dos rios da mesma forma como atua na superfície. • Físico: pode ser violento quando a água transporta matacões que se chocam no leito do rio, criado fraturas. Particularmente mais forte em quedas d’água. VALES, CANAIS E PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO FLUVIAIS • A medida que os rios erodem a superfície terrestre em certos lugares de substrato rochoso ou sedimentos inconsolidados criam vales. VALES FLUVIAIS • Em montanhas altas, os vales fluviais são estreitos e têm quedas íngremes. • O canal pode ocupar a maior parte do fundo do vale. As planícies de inundação tendem a ocupar menor espaço. • Nestes pontos o rio escava ativamente o substrato rochoso. Os canais podem assumir formato retilíneo, meandrante, anostomosado ou entrelaçados. Meandrante Anastomosado Meandros no delta do rio Mississipe Planície de inundação Overbank flow results in the flooding of the floodplain Decreased flow velocity results in deposition of suspended sediment Pantanal – Rio Taquari O delta se forma na foz de um grande rio PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO FLUVIAL • Um canal fluvial migrando sobre o fundo de um vale cria uma planície de inundação. • A medida que o rio erode o leito, e ocorre a diminuição da declividade, ocorre também a diminuição da competência dos fluxos de águas, propiciando a deposição de sedimentos grossos ao longo de uma estreita faixa na borda do canal. Sucessivas inundações formam diques naturais que confinam o rio dentro de suas margens no intervalo entre inundações. DELTAS: AS DESEMBOCADURAS DOS RIOS • Os rios podem desaguar em lagos e oceanos, misturando-se com água do entorno. O fluxo tende a diminuir corpo d’água adentro. • Os rios Amazonas e Mississipi adentram os oceanos por quilômetros. SEDIMENTAÇÃO DELTAICA • A medida que sua corrente diminui a competência, as partículas passam a se depositar. Para ajudar a proteger sua privacidade, o PowerPoint impediu o download automático desta imagem externa. Para baixar e exibir esta imagem, clique em Opções na Barra de Mensagens e clique em Habilitar conteúdo externo. • Uma plataforma deposicional é formada, onde o delta surge. A medida que o rio se aproxima do delta, passa a distribuir água pelas suas ramificações (tributários). SEDIMENTAÇÃO DELTAICA Rio Colorado, México Para ajudar a proteger sua privacidade, o PowerPoint impediu o download automático desta imagem externa. Para baixar e exibir esta imagem, clique em Opções na Barra de Mensagens e clique em Habilitar conteúdo externo. Delta do estuário Betsiboka, Madagascar Para ajudar a proteger sua privacidade, o PowerPoint impediu o download automático desta imagem externa. Para baixar e exibir esta imagem, clique em Opções na Barra de Mensagens e clique em Habilitar conteúdo externo. Delta do Rio Amazonas, Brasil • Os materiais depositados no delta são tipicamente arenosos (camadas de topo). • Espalhando-se sobre o assoalho marinho, avante das camadas frontais está o pacote de camadas basais, compostas de lama, que são soterradas a medida que o delta se desenvolve. SEDIMENTAÇÃO DELTAICA CRESCIMENTO DOS DELTAS • A medida que o delta se desenvolve mar adentro, a foz do rio também avança na mesma direção, criando progressivamente mais terrenos. • Os deltas crescem com a adição de sedimentos e afundam à medida que a compactação das partículas e subsidência da crosta devido ao peso da carga sedimentar. OS EFEITOS DAS ONDAS, DAS MARÉS E DA TECTÔNICA • Ondas fortes, correntes costeiras e marés afetam o crescimento e a forma dos deltas marinhos. Se a hidrodinâmica costeira remove sedimentos a mesma razão em que os mesmos atingem o delta, este torna-se uma longa praia, com uma pequena protuberância em direção ao mar a foz. Em outros locais, as ondas de marés são fortes o suficiente para a formação deum delta. A tectônica também exerce um controle sobre o posicionamento dos deltas, pois eles requerem: • Soerguimento da bacia hidrográfica, que aporta sedimentos em abundância; • Subsidência crustal na região deltaica, para acomodar o grande peso e o volume dos sedimentos. OS EFEITOS DAS ONDAS, DAS MARÉS E DA TECTÔNICA AQÜÍFEROS São reservatórios subterrâneos que dependem diretamente do tipo de porosidade existente no material em que a água infiltra-se. A recarga depende: Tipo de rocha e solo (porosidade e permeabilidade) • Cobertura vegetal ; • Topografia ; • Precipitação; • Ocupação do solo; AQÜÍFEROS • Profundidade: A maior parte da água subterrânea ocorre em até 750m de profundidade. Abaixo disso a porosidade das rochas diminui muito e conseqüentemente a água também diminui. Furos profundos já detectaram água a 10 km de prof. AQÜÍFEROS • Exemplos de bons aqüíferos: seds. inconsolidados, arenitos, conglomerados, calcários cársticos, ígneas e metamórficas com alto grau de fraturamento. AQÜÍFEROS BONS AQÜÍFEROS • Sedimentos inconsolidados, arenitos, conglomerados, calcários cársticos, ígneas e metamórficas com alto grau de fraturamento. A coluna de água: A coluna de água pode ter até 10km de espessura, a partir da superfície. • Zona não saturada (vadosa ou de aeração; • Zona saturada (freática); • Nível freático NA (d’água); • Zona de capilaridade: AQÜÍFEROS INFILTRAÇÃO E RECARGA RIOS EFLUENTES E INFLUENTES É a propriedade física definida pela relação entre o volume de poros e o volume total de um material. • Primária: se desenvolve junto com formação da rocha, típica de rochas sedimentares; • Secundária: se desenvolve após a formação da rocha, ex. porosidade por fraturas, porosidade cárstica. AQÜÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADES AQÜÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADES Basicamente três tipos: • Intergranular; • De fraturas; • De condutos (cárstico) PERMEABILIDADE É a propriedade dos materiais de conduzirem a água. • Depende do tamanho dos poros e da conexão entre eles. • Esse é o principal fator que determina a disponibilidade de água subterrânea. AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA • Ação geológica é a capacidade de um conjunto de processos causar modificações nos materiais terrestres, transformando minerais, rochas e feições terrestres. • O esculpimento de formas de relevo da superfície terrestre é um tipo de ação geológica, dominada pela geodinâmica externa do planeta erra, conhecida como ação geomórfica. PERMEABILIDADE É a habilidade de um material de transmitir um fluido É uma medida de quão rápido o fluido passa através do material Porosidade varia com a % de cimento Grau de seleção Fraturamento POROSIDADE E PERMEABILIDADE DE DIFERENTES TIPOS DE AQÜÍFERO TIPOS DE AQUÍFERO • Não confinado: a camada permeável vai até a superfície. Compreende uma zona insaturada separada de uma zona saturada pelo nível d’água. AQUÍFERO NÃO CONFINADO (ESTAÇÃO UMIDA) AQUÍFERO NÃO CONFINADO (ESTAÇÃO SECA) • Confinado: a camada permeável está entre duas camadas impermeáveis (aquitarde ou aquiclude). TIPOS DE AQUÍFERO AQUÍFEROS CONFINADOS • A Área de Recarga de um aquífero confinado é a área onde a chuva entra no aquífero. • A Superfície de Pressão é o nível ao qual a água sobe nos poços nos aquíferos confinados FORMAÇÃO DO CONE DE DEPRESSÃO Fissuras e depressões causadas pela subsidência do terreno devido ao excesso de bombeamento da água subterrânea DINÂMICA DA INTERFACE ÁGUA SUBTERRÂNEA-ÁGUA SALGADA AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA A zona de ocorrência da água subterrânea é a região onde é iniciada grande parte das formas de relevo, principalmente, por meio de reações de intemperismo químico. Ela junto com as águas superficiais são os principais agentes geomórficos da superfície da Terra. AÇÕES GEOLÓGICAS PROCESSO PRODUTO Pedogênese Solos Solifluxão Escorregamento de Encostas Erosão Interna Boçorocas Carstificação (Dissolução) Relevo cárstico ESCORREGAMENTOS DE ENCOSTAS BOÇOROCAS (VOÇOROCAS) ROCHAS CARSTICÁVEIS • Sistemas cársticos são formados pela dissolução de certos tipos de rochas pela água subterrânea. Entre as rochas mais passíveis de dissolução estão as carbonáticas, mármores e dolomitas cujo principal mineral é a calcita. • Rochas evaporíticas, constituídas por halita e/ou gipsita, muito solúveis, só criam sistemas carsticos em ambientes áridos ou semiáridos. • Como exemplo de rochas consideradas insolúveis podemos citar os granitos, nos quais os feldspatos e micas submetidas ao intemperismo originam argilominerais estáveis em superfície. DISSOLUÇÃO DE ROCHAS CARBONÁTICAS • Em água pura a calcita é quase insolúvel. Já em águas naturais é bastante solúvel. A água da chuva absorve ácido carbônico resultante da M.O. produzida pela respiração das plantas. • Outro agente corrosivo também presente eventualmente nas águas subterrâneas é o enxofre. • Requisitos para o Desenvolvimento do Sistema Cárstico • 3 condições: • Rocha solúvel com permeabilidades de fraturas • Relevos – gradientes hidráulicos moderados a altos • Clima – Disponibilidade de chuvas, clima quente e com densa vegetação CARSTES AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA EM SUPERFÍCIE E SUBTERRÂNEA� ÁGUA Número do slide 3 Número do slide 4 TEMPOS DE RESIDÊNCIA DA ÁGUA FLUXO DE ÁGUA DOS PRINCIPAIS RIOS ÁGUA O CICLO HIDROLÓGICO UMIDADE, CHUVA E PAISAGEM Número do slide 10 UMIDADE, CHUVA E PAISAGEM ÁGUA NO SUBSOLO ÁGUA NO SUBSOLO TIPOS E CONDIÇÕES DOS MATERIAIS TERRESTRES COBERTURAS VEGETAIS Número do slide 16 Número do slide 17 TOPOGRAFIA DISTRIBUIÇÃO E MOVIMENTO DA ÁGUA NO SUBSOLO O TRANSPORTE PARA OS OCEANOS Número do slide 21 A DEPOSIÇÃO A PARTIR DA SUSPENSÃO TIPOS DE TRANSPORTE DE SEDIMENTOS Número do slide 24 Número do slide 25 Número do slide 26 CARGAS FLUVIAIS E O MOVIMENTO DOS SEDIMENTOS FORMAS DE LEITO: DUNAS E MARCAS ONDULADAS Número do slide 29 Número do slide 30 COMO A ÁGUA CORRENTE CAUSA A EROSÃO DAS ROCHAS� Número do slide 32 Número do slide 33 ABRASÃO INTEMPERISMO QUÍMICO E FÍSICO VALES, CANAIS E PLANÍCIES DE INUNDAÇÃO Número do slide 37 Número do slide 38 VALES FLUVIAIS Número do slide 40 Número do slide 41 Número do slide 42 Número do slide 43 Número do slide 44 Número do slide 45 Número do slide 46 Número do slide 47 Pantanal – Rio Taquari Número do slide 49 PLANÍCIE DE INUNDAÇÃO FLUVIAL DELTAS: AS DESEMBOCADURAS DOS RIOS SEDIMENTAÇÃO DELTAICA Número do slide 53 Número do slide 54 Número do slide 55 Número do slide 56 CRESCIMENTO DOS DELTAS OS EFEITOS DAS ONDAS, DAS MARÉS E DA TECTÔNICA Número do slide 59 OS EFEITOS DAS ONDAS, DAS MARÉS E DA TECTÔNICA Número do slide 61 AQÜÍFEROS Número do slide 63 AQÜÍFEROS AQÜÍFEROS Número do slide 66 BONS AQÜÍFEROS AQÜÍFEROS INFILTRAÇÃO E RECARGA�RIOS EFLUENTES E INFLUENTES Número do slide 70 AQÜÍFEROS E TIPOS DE POROSIDADES PERMEABILIDADE AÇÃO GEOLÓGICA DA ÁGUA SUBTERRÂNEA PERMEABILIDADE Número do slide 75 Número do slide 76 TIPOS DE AQUÍFERO AQUÍFERO NÃO CONFINADO �(ESTAÇÃO UMIDA) Número do slide 79 Número do slide 80 AQUÍFEROS CONFINADOS FORMAÇÃO DO CONE DE DEPRESSÃO Número do slide 83 Número do slide 84 Número do slide 85 Número do slide 86 Número do slide 87 Número do slide 88 Número do slide 89 ROCHAS CARSTICÁVEIS DISSOLUÇÃO DE ROCHAS CARBONÁTICAS Número do slide 92
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