Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM CONSTRUÇÃO CIVIL “ORÇAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL” Autor: Flávia Regina Ferreira de Sá Cordeiro Orientador: Prof. Fernando Penna Janeiro/2007 2 Flávia Regina Ferreira de Sá Cordeiro “ORÇAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS NA CONSTRUÇÃO CIVIL” Monografia apresentada ao Curso de Especialização em Construção Civil da Escola de Engenharia UFMG Ênfase: Tecnologia e Produtividade das Construções Orientador: Prof. Fernando Penna Belo Horizonte Escola de Engenharia da UFMG 2007 3 AGRADECIMENTOS Agradeço à Deus pela vida e por mais esta etapa vencida. Agradeço à minha família pelo apoio, carinho e dedicação. Agradeço ao Eduardo pelo amor e companheirismo. Agradeço ao meu orientador Prof. Fernando Penna. Agradeço aos Doutores, Mestres e funcionários da UFMG. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO.....................................................................................................8 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: ORÇAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS.....10 3. ORÇAMENTO DA CONSTRUÇÃO...................................................................13 3.1. Orçamento por Estimativa de Custo...........................................................13 3.1.1- Cálculo simplificado..................................................................................14 3.1.2- Orçamento por estimativas.......................................................................16 3.2. Orçamento Analítico.....................................................................................27 3.2.1 Interpretação do Projeto.............................................................................28 3.2.1.1 Projeto.......................................................................................................28 3.2.1.2 Interpretação............................................................................................28 3.2.1.3 Projetos específicos................................................................................29 3.2.1.3.1 Projeto arquitetônico............................................................................29 3.2.1.3.2 Projeto de fundações............................................................................29 3.2.1.3.3 Projeto de estrutura..............................................................................30 3.2.1.3.4 Projeto de instalações elétricas..........................................................32 3.2.1.3.5 Projeto de instalações telefônicas......................................................32 3.2.1.3.6 Projeto de instalações hidro-sanitárias..............................................33 3.2.2 Orçamento discriminado............................................................................33 3.2.3 Levantamento de Quantidades e Critérios...............................................35 3.2.3.1 Quantidade de serviços...........................................................................35 3.2.3.2 Critérios de levantamentos de medições..............................................35 3.2.4 Composição de Custo unitário..................................................................42 3.2.4.1 Componentes da composição de custo................................................43 3.2.4.2 Coeficientes de aplicação de materiais.................................................45 5 3.2.4.3 Coeficientes de produção e aplicação de mão-de-obra.......................45 3.2.4.4 Índice de aplicação de equipamentos....................................................46 3.2.4.5 Preço unitário de materiais.....................................................................46 3.2.4.6 Preço unitário de mão-de-obra...............................................................47 3.2.5 Taxas de Leis sociais e Riscos de trabalho.............................................47 3.2.6 Benefícios e Despesas indiretas – BDI.....................................................49 3.2.7 Custo Total..................................................................................................52 3.2.8 Cronograma.................................................................................................53 3.2.8.1 Tipos de Cronograma..............................................................................53 3.2.9 Curva ABC...................................................................................................54 3.2.10 Memória Descritiva Resumida do Estudo de caso................................55 3.3 Propostas Comerciais...................................................................................58 3.3.1 Preço Global................................................................................................58 3.3.2 Preço Unitário..............................................................................................58 3.3.3 Administração.............................................................................................59 3.4 Contrato..........................................................................................................59 4 ANÁLISE CRÍTICA.............................................................................................60 5 CONCLUSÕES...................................................................................................62 6 ANEXO...............................................................................................................63 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..................................................................64 6 ANEXO...............................................................................................................63 - Cronograma físico 7 RESUMO Em tempos de ajustamento à economia globalizada, em que as margens vão diminuindo à proporção inversa da competitividade empresarial, toda construção deverá ter recursos disponíveis e suficientes para a conclusão da obra. Para o sucesso de um empreendimento é fundamental o seu planejamento através de um estudo de viabilidade econômica, do desenvolvimento de orçamento da obra e da elaboração de cronogramas que sirvam de parâmetros para um acompanhamento físico-financeiro. Preparar um orçamento e controlar o custo da construção são tarefas de grande responsabilidade e importância. 8 1. INTRODUÇÃO Para o sucesso de um empreendimento é fundamental o estudo de viabilidade econômica. Tendo em vista as novas dimensões do mercado e das diretrizes da globalização, existe a necessidade de dominar com segurança as finanças do empreendimento. Isso demanda uma metodologia capaz de gerar informações de qualidade, de relevância e em tempo hábil para as tomadas de decisão. Entende- se que para a sobrevivência e permanência competitiva das empresas no mercado é necessário que estas integrem o processo de gestão da empresa ao processo de gestão de custos. O orçamento é o cálculo dos custos para executar uma obra ou um empreendimento e é uma das primeiras informações que o empreendedordeseja conhecer ao estudar determinado projeto. A construção implica gastos consideráveis e em função de seu valor, o empreendimento estudado será viável ou não. Quanto mais detalhado um orçamento, mais ele se aproximará do custo real. O orçamento pode resultar em lucro ou prejuízo para a empresa quando faltam critérios técnicos e econômicos mínimos para a sua elaboração. Dependendo das fases de elaboração de um projeto, o orçamento pode ser uma estimativa de custo, um orçamento preliminar ou um orçamento detalhado. Assim, para elaborar um orçamento, é necessário desenvolver, além do cálculo dos custos, uma série de tarefas sucessivas e ordenadas. A abordagem do tema se explica pelo interesse de elaborar e controlar o orçamento através da exposição das informações obtidas, evidenciando o 9 mecanismo necessário ao gerenciamento das atividades, tendo como base os dados cedidos pelo orçamento e as informações cedidas no encerramento do empreendimento e a partir daí evidenciar a necessidade de análise dos custos demonstrando a importância dos resultados obtidos e suas aplicações e decisões futuras. Mas efetivamente, o sistema não deve se limitar a medir custos, mas registrar a otimização dos recursos na atividade de maneira a atingir um melhor desempenho dos mesmos, levando em consideração que estes devem trazer ganhos em competitividade e nesse sentido buscar encontrar a necessidade do cliente. E a avaliação de desempenho proporciona isso: verificar se os contratos estão sendo satisfeitos, bem como identificar as áreas de problema e as oportunidades de melhoria pelas empresas. 10 2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA: ORÇAMENTO E CONTROLE DE CUSTOS Para execução de um projeto, a empresa construtora deve seguir processos definidos, conhecer suas possibilidades e limitações técnicas e deve saber unir materiais e sistemas construtivos para ter um produto final de boa qualidade. Elaborar um orçamento não é diferente. Cada pequeno item deve ter uma composição planejada, que respeite a cultura da empresa construtora, seus procedimentos, capacidade financeira e organizacional para tornar aquele orçamento exeqüível. O orçamento é uma das primeiras informações que o empreendedor deseja conhecer ao estudar determinado projeto. Seja um empreendimento com fins lucrativos ou não, a construção implica gastos consideráveis e por isso mesmo devem ser determinados, já que, em função de seu valor, o empreendimento será viável ou não. Muitas empresas fazem o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com o projeto arquitetônico em fase de anteprojeto, com as especificações técnicas e de acabamentos por serem totalmente definidas e ainda com os projetos complementares (estrutura, instalações especiais) por fazer. Assim, dependendo das fases de elaboração de um projeto – estudo preliminar, anteprojeto e projeto executivo – o orçamento pode tomar as seguintes terminologias: Estimativa de custo – avaliação de custo obtida através de estimativa de quantidades de materiais e serviços, pesquisa de preços médios e aplicação de percentagens estimativas ou coeficientes de correlação, efetuada na etapa de estudo preliminar do projeto. 11 Orçamento analítico ou detalhado – avaliação de custo obtida através de levantamento de quantidades de materiais e de serviços e da composição de preços unitários, efetuada na etapa de projeto executivo. Para elaborar um orçamento, é necessário desenvolver, além do cálculo dos custos, uma série de tarefas sucessivas e ordenadas. Estas tarefas requerem uma abordagem individualizada. Assim, na análise e interpretação de um projeto como um todo, é indispensável decompô-lo em suas partes constituintes, os projetos específicos de arquitetura, instalações, estrutura, fundações, etc., bem como as especificações e analisá-lo para saber extrair os dados que irão compor o orçamento. De modo análogo, para relacionar todos os itens e subitens dos serviços, é preciso conhecer a discriminação orçamentária a ser usada e ir comparando os serviços a executar com aqueles já discriminados, a fim de se obter uma relação completa. Na composição de custos unitários é necessário conhecer os insumos, tais como materiais, mão-de-obra e encargos sociais, como ainda, os benefícios e despesas indiretas, etc. O orçamento e o controle de custos são peças básicas no planejamento e a partir deles é possível fazer: a) análise de viabilidade econômico-financeira do empreendimento; b) o levantamento de materiais e de serviços; 12 c) o levantamento do número de operários para cada etapa de serviços; d) o cronograma físico ou de execução da obra, bem como o cronograma financeiro; e) o acompanhamento sistemático da aplicação de mão-de-obra e materiais para cada etapa de serviço; f) Controle da execução da obra. Elaborar um orçamento e controlar os custos são tarefas sérias, que podem resultar em lucro ou prejuízo para a empresa. 13 3. ORÇAMENTO DA CONSTRUÇÃO Consiste na determinação do custo de uma obra antes de sua realização, elaborado com base em documentos específicos, tais como projetos, memorial descritivo e encargos, considerando-se todos os custos diretos e indiretos envolvidos, as condições contratuais e demais fatores que possam influenciar no custo total. Para montar um orçamento é necessário, entre outros aspectos, conhecer os coeficientes de produtividade da mão-de-obra, consumo de materiais e consumo- horário dos equipamentos utilizados nos serviços. Quanto mais especificado é um orçamento, mais útil ele se torna enquanto referência para a execução, pois o engenheiro da obra passa a ter informações sobre a quantidade de cada atividade que terá de implementar, facilitando, inclusive, o controle dos custos. 3.1. Orçamento por Estimativa de Custo Muitas empresas fazem o estudo de viabilidade do empreendimento ainda com o projeto arquitetônico em fase de anteprojeto, com as especificações técnicas e de acabamentos por serem totalmente definidas e ainda com os projetos complementares (estrutura, instalações especiais) por fazer. Assim é praticamente impossível executar um bom orçamento detalhado, pois não há 14 tempo hábil para tal, uma vez que em poucos dias o empreendimento ou parte dele precisa ser comercializado. Desta forma, cria-se uma alternativa a fim de que o empresário não fique desprovido de informações importantes para o estudo de viabilidade econômica do empreendimento. Executa-se, portanto, o que chamamos de orçamento por estimativas. O orçamento por estimativas é um orçamento simplificado da obra. Ele tem como objetivo obter o custo de construção da obra levando em conta apenas os dados técnicos que ela possa dispor, assim como obter os resultados em tempo consideravelmente inferior ao que seria obtido, caso fosse executado o orçamento detalhado. Mas leva o trabalho a uma margem de incerteza que deve ser levada em conta no estudo de viabilidade do empreendimento. Várias são as alternativas viáveis de orçamento por estimativas para o cálculo do custo da construção. Serão citadas duas formas possíveis de serem obtidos os custos da construção por orçamentos. São elas: 3.1.1- Cálculo simplificado, obtido pelo custo unitário do metro quadrado da construção: Trata-se de um orçamento estimativo, obtido através da multiplicação de dois fatores: 1.º) área equivalente de construção: É a área estimada, correspondente a uma área real de padrãodiferente, que, ao Custo Unitário Básico determinado, tenha o 15 mesmo valor estimado em reais. É a somatória das áreas equivalentes de todos os pavimentos da construção. A Norma Brasileira, NBR 12721 (Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifício em condomínio), antiga NB 140, estabelece critérios para o cálculo de transformação de áreas reais de padrões diferentes em áreas equivalentes correspondentes a um mesmo padrão. 2.º) Custo unitário do metro quadrado de construção: É o custo unitário obtido de revistas técnicas, sindicatos da construção e empresas de consultoria, que fornecem mensalmente o custo por metro quadrado de área equivalente de construção para os diversos casos de edificação, inclusive para os variados padrões de especificação. De acordo com o disposto no item 4.2.3.4 da NBR 12721, até o dia 5 de cada mês os Sindicatos Estaduais de Construção Civil divulgam os valores dos Custos Unitários Básicos, correspondentes aos diversos projetos-padrão. O presente trabalho escolheu para estudo de caso de orçamento por estimativa um empreendimento residencial composto de três quartos no padrão normal de: - Pavimento de acesso - 1.º,2.º e 3º pavimentos-tipo: 2 apartamentos por andar - Cobertura A edificação apresenta uma área real total de 1.870 m2 e uma área equivalente de construção correspondente a 1.496 m2, e tem um total de 6 unidades residenciais. 16 Estimando-se o custo por metro quadrado de área equivalente de construção para o padrão correspondente a este empreendimento de R$ 800,00/m2 (oitocentos reais por metro quadrado em novembro de 2006), foi calculado o valor do custo da construção desta edificação: 1º) Área Equivalente de construção: 1.496 m2 2º) Custo por metro quadrado de construção: R$ 800,00/m2 - Custo da construção total: 1.496 m2 x R$ 800,00/m2 = R$ 1.196.800,00 - Custo médio por apartamento: R$ 1.196.800,00/6 apartamentos = R$ 199.467,00 por apartamento 3.1.2- Orçamento por estimativas leva-se em conta os principais serviços de construção, calculando-se seus custos de maneira simplificada e rápida. Neste caso, faz-se necessário um arquivo com valores unitários e atuais, a fim de que os cálculos unitários não sejam trabalhosos. Data base de coleta de preços em novembro de 2006. Obtenção do orçamento estimativo: 1 – Projetos O cálculo deste é obtido através da multiplicação da área real total da construção pelo custo por metro quadrado dos projetos. 2 – Instalação da obra O cálculo estimado do custo deste item é obtido através da área total do terreno multiplicada pelo custo unitário desta mesma área. 17 3 – Serviços gerais O valor estimado do custo de serviços gerais é obtido através do custo unitário mensal do item pelo prazo total da obra. 4 – Trabalhos em terra Pode ser estimado com base numa estimativa em volume de escavação mecânica multiplicada pelo preço unitário do metro cúbico de escavação. 5 – Fundação O custo estimado deste item é obtido através do custo unitário de concreto armado multiplicado pelo volume estimado de concreto para fundação. 6 – Estrutura O custo em estrutura é obtido da multiplicação do custo unitário do metro cúbico de concreto pelo valor estimativo do volume total da estrutura. 7 – Instalações O valor estimado deste item é obtido pela multiplicação do número de unidades existentes em projeto pelo valor unitário de instalações (material e mão-de-obra) correspondente à unidade. Caso haja elevadores, pode-se calcular o custo unitário da parada de elevador multiplicado pelo número de paradas existentes. 8 – Alvenaria O valor estimativo de alvenaria pode ser feito através da multiplicação do custo unitário de alvenaria pelo quantitativo estimado. 9 – Cobertura O cálculo do custo da cobertura é feito através do custo unitário do serviço multiplicado pela quantidade estimada. 18 10 – Tratamentos O cálculo estimado para a obtenção dos custos de tratamentos se faz através da multiplicação do custo unitário do serviço pela quantidade estimada. 11 – Esquadrias O valor das esquadrias é obtido através das estimativas de quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários. 12 – Revestimentos O cálculo deste item é feito através de estimativas de quantidades multiplicadas por seus respectivos custos unitários. Outra alternativa é a de ser comparada a custos de outros serviços, levando-se em conta a proporção de custos, como por exemplo, as esquadrias. 13 – Pavimentação O custo deste item é obtido através da estimativa de quantidades multiplicadas pelos correspondentes custos unitários. 14 – Rodapé, soleira e peitoril Uma alternativa para estimativa deste item é através da avaliação de um percentual de custos em relação a outros serviços, por exemplo, pavimentação. 15 – Ferragens Pode-se calcular o custo deste item pela multiplicação do número de unidades do empreendimento pelo seu custo unitário. 16 – Pintura Calcula-se o valor estimativo da pintura, multiplicando-se o preço por unidade do serviço pelo total de unidades do empreendimento. 19 17 – Vidros Multiplicando-se a quantidade total de vidros pelos custos unitários correspondentes, obtemos, portanto, o seu custo estimado. 18 – Aparelhos O custo pode ser obtido pela multiplicação do custo de aparelhos por apartamento pelo número de unidades do empreendimento. 19 – Complementação Em função do padrão da obra estima-se uma verba para as despesas com complementação da obra. 20 – Limpeza Para a avaliação deste serviço multiplica-se o número de unidades do empreendimento pelo custo de limpeza por apartamento. 21 – Remuneração da construtora Quando não fornecido, o percentual de remuneração em relação ao custo da construção é estimado em função da área da obra, do porte da construtora e do volume de dinheiro envolvido. Considerando o mesmo Estudo de Caso, o empreendimento possui as seguintes áreas reais: Térreo – 520 m2 Pilotis – 310 m2 1.º ao 3.º tipo – 260 m2 (dois apartamentos com sala e três quartos por andar) Telhado – 260 m2 Considerando ainda: 20 1 – O item Projetos custa R$ 22,00/m2 de área real. 2 – O item instalações da obra custa R$ 72,00/m2 de área do terreno. 3 – O prazo da obra é de 8 meses e o custo de Serviços Gerais é de R$ 15.000,00/mês. 4 – A Escavação Mecânica (trabalhos em terra) será executada até 1,50 metros de profundidade do nível do terreno, em 80% de sua área. 5 – O volume da fundação direta é de 25% da área do terreno. 6 – A laje média da estrutura é 0,18. O total da área estrutural é de 1.800,00 m2. 7 – O custo dos materiais e da mão-de-obra de instalações é de R$ 15.000,00/apartamento. 8 – O projeto apresenta um consumo de alvenaria da ordem de 260 m2 meia vez por apartamento. 9 – A cobertura será executada 80% de sua área em madeiramento e telhamento fibrocimento. 10 – A área a ser impermeabilizada representa 25% da área total real do prédio. 11 – O prédio apresenta o seguinte consumo de esquadrias: - 13 portas por apartamento. - 20 m2 de esquadrias de alumínio por apartamento. 12 – O revestimento o prédio representa cerca de 100% a mais que o valor das esquadrias. 13 – A área a ser pavimentada (pavimentação) apresenta uma metragem da ordem de 130 m2 por apartamento. 14 – Rodapé, soleira e peitoril representam 20% do custo da pavimentação. 15 – O custo de ferragens é de R$ 1.200,00 por apartamento. 16 – A pintura tem um custo de R$ 8.000,00 por apartamento. 21 17 – Os vidrosapresentam um consumo de 20,00 m2 por apartamento. 18 – O valor de louças e metais é de aproximadamente R$ 4.200,00 por apartamento. 19 – Estima-se uma verba de serviços complementares da ordem de R$ 50.000,00. 20 – A limpeza final apresenta um custo de R$ 700,00 por apartamento. 21 – A remuneração da construtora é de 15% do valor total da obra. 22 – Data-Base: janeiro de 2007. Dados complementares: 1 – Custo/m3 de escavação mecânica: R$ 16,00/m3. 2 – Custo/m3 de fôrma, concreto e armação para fundação: R$ 760,00/m3 3 – Custo/m3 de concreto, fôrma e armação para estrutura: R$ 950,00/m3. 4 – A composição de alvenaria meia vez apresenta um custo de R$ 25,00/m2. 5 – O custo de madeiramento e telhamento de fibrocimento é de R$ 44,00/m2. 6 – Custo por m2 de impermeabilização: R$ 35,00/m2. 7 – Os preços médios para esquadrias são: - Portas: R$ 240,00 por unidade. - Esquadria de alumínio: R$ 300,00 por metro quadrado. 8 – O preço médio de pisos por metro quadrado é de R$ 48,00/m2. 9 – O preço unitário do vidro é de R$ 44,00 por metro quadrado. 22 Cálculos: Item 1: 1 – Projetos: Custo unitário: R$ 22,00/m2 Área real total: 520 m2 - térreo 310 m2 - pilotis 3 x 260 m2 – 1º ao 3º tipo 260 m2 - telhado -------------------------------- 1.870,00 m2 – total Custo de projetos = R$ 22,00/m2 x 1870 m2 = R$ 41.140,00 2 – Instalações da obra: Área real total do terreno: 520 m2 Custo unitário: R$ 72,00/m2 Custo de instalações da obra: 520,00 m2 x R$ 72,00/m2 = R$ 37.440,00 3 – Serviços Gerais Custo unitário: R$ 15.000,00/mês Prazo da obra: 8 meses Custo de Serviços Gerais = R$15.000,00/mês x 8 meses = R$ 120.000,00 23 4 – Trabalhos em Terra: Volume de escavação: 1,5 metros x 520 m2 terreno x 80% = 624 m3 Custo/m3 escavação: R$ 16,00/m3 Custo de trabalho em Terra: R$ 16,00/m3 x 624 m3 = R$ 9.984,00 5 – Fundação: Volume do concreto: 25% x 520 m2 = 130 m3 Custo unitário para fundação: R$ 760,00/m3 Custo de Fundação: 130 m3 x R$ 760,00/m3 – R$ 98.800,00 6 – Estrutura: Volume de concreto: 0,18 m x 1.800 m2 = 324,00 m3 Custo por m3 de concreto armado: R$ 950,00/m3 Custo da Estrutura: 324 m3 x R$ 950,00/m3 = R$ 307.800,00 7 – Instalações Custo do material e mão-de-obra por unidade: R$ 15.000,00/apartamento Total de apartamentos: 3 pavimentos x 2 apartamentos/pavimento = 6 apartamentos. Custo de instalações: R$ 15.000,00/apartamento x 6 apartamentos = R$ 90.000,00 8 – Alvenaria: Quantidade de alvenaria: 260 m2/apartamento x 6 apartamentos = 1560 m2 24 Custo unitário da alvenaria: R$ 25,00/m2 Custo de Alvenaria: 1560 m2 x R$ 25,00/m2 = R$ 39.000,00 9 – Cobertura: Quantidade de telhamento: 80% x 260 m2 = 208m2 Custo de telhamento: R$ 44,00/m2 Custo da Cobertura: 208 m2 x R$ 44,00/m2 = R$ 9.152,00 10 – Tratamentos: Quantidade de impermeabilização: 0,25 x 1870 = 468 m2 Custo unitário de impermeabilização: R$ 35,00/m2 Custo de Impermeabilização: 468 m2 x R$ 35,00/m2 = R$ 16.380,00 11 – Esquadrias: Quantidade de esquadrias: a – 13 portas/apartamento x 6 apartamentos = 78 portas b – 20 m2 de esquadrias de alumínio/apartamento x 6 apartamentos = 120 m2 esquadria Custos unitários: - portas: R$ 240,00/unid. - esquadria de alumínio: R$ 300,00/m2 Custos de Esquadrias: 78 portas x 240,00/unidade + 120 m2 esquadrias x R$ 300,00/m2 = R$ 54.720,00 12 – Revestimentos: 25 Valor da esquadria: R$ 54.720,00 Custo de Revestimento: 2 x R$ 54.720,00 = R$ 109.440,00 13 – Pavimentação: Quantidade de pavimentação: 130 m2/unid. X 6 unidades = 780 m2 Custo unitário de pavimentação: R$ 48,00/m2 Custo de Pavimentação: 780 m2 x R$48,00/m2 = R$ 37.440,00 14 – Rodapé, soleira e peitoril: Valor da pavimentação: R$ 37.440,00 Custo de rodapé, soleira e peitoril: 20% x R$ 37.440,00 = R$ 7.488,00 15 – Ferragens: Quantidade: 6 unidades Custo/unidade: R$ 1.200,00/unidade Custo de Ferragens: 6 unidades x R$ 1.200,00/unid. = R$ 7.200,00 16 – Pintura: Quantidade: 6 apartamentos Custo unitário: R$ 8.000,00/apartamento Custo de Pintura: 8 apart. X R$ 8.000,00/apart. = R$ 64.000,00 17 – Vidros: Quantidade de vidros: 6 unidades x 20 m2/apart. = 120 m2 Custo unitário do vidro: R$ 44,00/m2 26 Custo do Vidro: 120 m2 x R$ 44,00/m2 = R$ 5.280,00 18 – Aparelhos: Quantidade: 6 unidades Custo/apartamento: R$ 4.200,00/apartamento Custo de Aparelhos: 6 unidades x R$ 4.200/unidade = R$ 25.200,00 19 – Complementação: Custo de complementação: R$ 50.000,00 20 – Limpeza: Quantidade: 6 apartamentos Custo unitário: R$ 700,00/apart. Custo de Limpeza: 6 apart. X R$ 700,00/aprt. = R$ 4.200,00 21 – Remuneração da Construtora: Valor total da obra = Somatório dos Serviços = R$ 1.134.664,00 Percentual de remuneração: 15% Valor de Remuneração da Construtora: 15% x R$ 1.134.664,00 = R$ 170.200,00 Item 2: Custo global da obra: R$ 1.134.664,00 + 170.200,00 = R$ 1.304.864,00 Item 3: Área equivalente de construção: 80% x 1870 m2 = 1.496 m2 27 Custo global da obra: R$ 1.304.864,00 Custo da obra por m2 de construção: R$ 1.304.864,00/1.496 m2 = R$ 872,24/m2. 3.2. Orçamento Analítico Orçamento detalhado ou analítico é a avaliação de custo obtida através do levantamento de quantidades de materiais e de serviços, a partir do projeto e da composição dos seus respectivos preços unitários. O orçamento analítico será baseado no estudo de caso apresentado anteriormente nos cálculos do orçamento estimativo, considerando a construção de edifício residencial de projetos-padrão com três pavimentos, para apartamentos de três quartos, dois apartamentos por andar no padrão normal. O orçamento analítico deve ser apresentado numa planilha orçamentária, onde serão relacionados todos os serviços com as respectivas unidades de medida, extraídos dos projetos executivos e demais especificações técnicas e classificados segundo critérios que atendam às necessidades do construtor ou do contratante. A planilha orçamentária pode ser classificada segundo a natureza dos grupos de serviços: estrutura de concreto, alvenaria, serviços elétricos, etc. Desta forma, para a determinação do custo da obra é necessário desenvolver uma série de tarefas sucessivas e ordenadas, conforme seqüência. 28 3.2.1 Interpretação do Projeto 3.2.1.1 Projeto O projeto de um empreendimento é considerado completo quando dele fizerem parte: a) projeto de arquitetura; b) projeto de fundações; c) projeto estrutural; d) projeto de instalações elétricas, telefônicas, hidro-sanitárias; e) projetos especiais; f) detalhes; g) especificações; h) caderno de encargos; i) memoriais descritivos, etc. De um modo geral, os cadernos de encargos e memoriais descritivos só fazem parte de obras de médio e grande porte. 3.2.1.2 Interpretação Interpretar o projeto é analisá-lo com o objetivo de extrair todos os dados que vão compor o orçamento. Essa interpretação subentende uma compreensão pelo menos inicial do projeto como um todo, de modo a se saber: a) se o projeto está completo ou que projetos específicos faltam; 29 b) que informações específicas, contidas nas plantas, nas especificações, no caderno de encargos e às vezes no Edital de licitação, interessam ao orçamentista.3.2.1.3 Projetos específicos 3.2.1.3.1 Projeto arquitetônico Os desenhos que o constituem são: a) planta de situação; b) planta de locação; c) plantas baixas; d) planta de cobertura; e) cortes; f) fachadas; g) detalhes. São importantes para o orçamentista as cotas e dimensões dos desenhos, as escalas e os detalhes, que aliados às especificações possibilitam levantar a maior parte dos serviços com suas respectivas quantidades. 3.2.1.3.2 Projeto de fundações As pranchas que constituem este projeto contém: tipo de fundação, locação dos seus elementos, cotas de eixo a eixo, dimensões, cargas aplicadas, detalhes de 30 execução, etc. Quando a fundação é de concreto armado, temos ainda: detalhes de formas e armaduras, tabelas com tipo de resumo da ferragem, tensão de ruptura do concreto (fck), etc. O orçamentista faz o cálculo dos quantitativos e pode ter, em caso de fundação de concreto, com a tensão de ruptura, a indicação do traço de concreto para a composição do custo unitário. 3.2.1.3.3 Projeto de estrutura Os projetos estruturais são: 1) estruturas de concreto armado ou protendido; 2) estruturas metálicas; 3) estruturas de madeira. No item 1): 1) O projeto estrutural de concreto armado é composto por dois grupos de desenhos: formas e armaduras. No primeiro grupo, temos os seguintes desenhos: a) planta de locação e cargas de pilares; b) planta de forma da infra-estrutura; c) planta de forma dos diversos pavimentos e cobertura; d) detalhes, em escala adequada, para correta interpretação dos desenhos. 31 O segundo grupo é composto de: a) armação da infra-estrutura; b) armação dos pilares; c) armação das lajes; d) armação das vigas; e) armação de escadas, caixas d’água, marquises e outros elementos. Para o orçamentista interessa: . dimensões e cotas dos diversos elementos estruturais, para os quantitativos; . a resistência característica do concreto à compressão (fck), para determinação do traço. . a categoria e a classe do aço a ser usado; . o quadro-resumo das armaduras, onde constam as bitolas, os pesos de cada bitola e o peso total. No item 2): 2) O projeto de estrutura metálica é constituído de pranchas com todos os desenhos e elementos estruturais, tais como pilares, vigas, perfis, arremates, etc., onde basicamente interessa o peso de cada elemento ou do total. No item 3): 3) O projeto estrutural de madeira é constituído geralmente de desenhos de madeiramento de telhados. Nele contém as dimensões dos vários tipos de 32 peças ou a área de projeção ou o volume, além é claro, do tipo de madeira a ser usada. 3.2.1.3.4 Projeto de instalações elétricas Os projetos de instalações elétricas são constituídos dos seguintes desenhos: 1) Planta de situação, com a indicação da entrada de energia elétrica; 2) Planta de cada pavimento, indicando os quadros de luz e centros de distribuição, caixas de passagem, pontos de consumo de energia elétrica, tomadas, interruptores, circuitos, etc., com as especificações resumidas e legendadas com os símbolos adotados; 3) Quadro da divisão dos circuitos, com o resumo dos pontos de consumo ou distribuição, com as respectivas cargas; 4) Diagrama unifilar discriminando circuitos, seção dos condutores, dispositivos de manobra e proteção, etc. 5) Detalhes dos quadros de entrada, geral e parciais, mostrando a posição dos dispositivos de manobra e proteção. Para o orçamentista interessam as quantidades de materiais ou serviços, equipamentos, acessórios e dispositivos, com as suas respectivas especificações. 3.2.1.3.5 Projeto de instalações telefônicas O projeto telefônico contém os seguintes desenhos: 33 1) situação do terreno; 2) locação da edificação; 3) planta de cada pavimento, com indicação de caixas, tubulações, cabeamento, com respectivas dimensões e pontos telefônicos; 4) cortes esquemáticos; 5) memorial descritivo. Para o orçamentista interessa as especificações e as quantidades de materiais e serviços. 3.2.1.3.6 Projeto de instalações hidro-sanitárias O projeto hidro-sanitário contém os seguintes desenhos: 1) planta de situação e locação; 2) plantas de cada pavimento; 3) esquema vertical; 4) detalhes e perfis isométricos. Para o orçamentista interessa as especificações e as quantidades de materiais e serviços. 3.2.2 Orçamento discriminado É uma relação dos diferentes serviços que entram na composição de um orçamento. O objetivo é apresentar o roteiro a ser seguido na execução de orçamentos, de modo que não seja omitido nenhum dos serviços a serem 34 executados durante a construção, como também aqueles necessários ao pleno funcionamento e utilização da edificação. Deve obedecer ao projeto e às especificações técnicas. Das discriminações orçamentárias mais conhecidas citamos: a) NRB 12721 – Avaliação de custos unitários e preparo de orçamentos de construção para incorporação de edifício em condomínio - antiga NB- 140/65; b) a do Decreto 92.100, de 10 de dezembro de 1985; c) a do Decreto 52.147, de 1963. Algumas observações: 1) mediante as características de cada edificação, qualquer uma delas pode e deve ser completada ou suprimida em seus por menores, sempre que necessário; 2) a discriminação do Decreto 92.100 é a que normalmente se utiliza para obras de edifícios públicos, se bem que pode ser usada para edifícios de qualquer destinação; 3) a discriminação da NBR 12721-antiga 140/65 da ABNT é dirigida mais especificamente para orçamentos de edifícios construídos para incorporação em condomínio; 4) a discriminação do Decreto 52.147, apesar de ter sido revogada, ainda é usada, talvez devido à sua simplicidade e utilização por longo tempo pelos orçamentista. Qualquer opção, o resultado final deverá ser mesmo para o custo final da obra. 35 3.2.3 Levantamento de Quantidades e Critérios 3.2.3.1 Quantidade de serviços As quantidades a serem levantadas referem-se aos serviços que serão executados. Para levantá-las é necessário, seguir os projetos e as especificações, que vão indicar o quê e onde usar. Então, é feito o levantamento das quantidades de serviços de aplicação de materiais, utilizando as medidas e dimensões das plantas e desenhos. Nos levantamentos, usam-se formulários e planilhas. 3.2.3.2 Critérios de levantamentos de medições Há vários critérios que podem ser adotados nos levantamentos. Para o estudo de caso foram utilizados os seguintes critérios: 00 – PROJETO Obedecerão à legislação pertinente e às determinações dos órgãos de classe. 01 – SERVIÇOS GERAIS Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais. 02 – PREPARAÇÃO DO TERRENO Medição pelas quantidades, comprimentos, áreas e volume definidos nos projetos e nas especificações. 1 – Limpeza do terreno: 36 a) medição por unidade, para corte, destocamento e remoção de árvores com diâmetro superior a 0,15m, tomado a 1,00 do solo. 2 – Escavação: a) Considerado nas escavações de subsolos e garagens subterrâneas um acréscimo de 1,00m nas dimensões de comprimento e largura, para efeito de formas laterais e execução de impermeabilização de paredes. 03 – FUNDAÇÕES Medição pelas quantidades, comprimentos, áreas, volumes e pesos definidos nos projetos e nas especificações. 1 – Formas: a) não serão descontadas áreas de interseção no caso de cruzamentos ou interferências. 2 – Armadura: a) medição pelo levantamento das diversas bitolas constantes do projeto de fundações, em peso nominal, acrescentando-se10% (dez por cento), a título de perdas e desbitolamento. 3 – Concreto: a) os volumes comuns a várias peças serão computados uma só vez; b) na medição de tubulões e estacas a trado, os volumes nominais serão acrescidos de 10% (dez por cento), a título de irregularidades na escavação. 37 04 – ESTRUTURA Medição pelos comprimentos, áreas, volumes e pesos definidos nos projetos e nas especificações. 1 – Formas: a) não foram descontadas áreas de interseção, no caso de cruzamentos ou interferências; b) nos elementos estruturais, serão integralmente descontadas áreas de vazios previstos no projeto estrutural; c) nas formas laterais das escadas, não serão deduzidas as áreas dos vazios triangulares dos degraus. 2 – Armadura: a) medição pelo levantamento das diversas bitolas constantes do projeto estrutural, em peso nominal, acrescentando-se 10% (dez por cento), a título de perdas e desbitolamento. 3 – Concreto: a) os volumes comuns a várias peças serão computados uma só vez; b) nos elementos estruturais, será descontado integralmente o volume resultante dos vazios previstos no projeto estrutural. 38 05 – INSTALAÇÕES Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais. 06 – PAREDES Medição pelas quantidades, comprimentos, áreas e volumes reais. 1 – Alvenaria de tijolos maciços ou furados, blocos de concreto e placas de concreto celular: a) serão descontadas integralmente áreas de “apertos” ou de elementos estruturais que interfiram nas alvenarias; b) nos demais casos, serão descontadas, apenas no que exceder a 2,00m2, áreas de vazios ou interferências. 07 – COBERTURA Medição pela área de projeção no plano horizontal. 1 – Estrutura de telhado em madeira ou metálica: a) medição pela área de projeção horizontal, calculada a partir do perímetro formado pelas peças destinadas a suportar as telhas. 08 – ESQUADRIAS Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais. Podem ser levantados em metros quadrados ou em unidades. 39 09 – REVESTIMENTOS Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais. 1 – Argamassas e chapiscos: a) serão descontadas, apenas no que exceder a 2,00m2, áreas de vazios ou interferências. 2 – Materiais cerâmicos e sintéticos: a) os vazios, cujas superfícies de topo que o delimitem não sejam revestidas, terão suas áreas descontadas no que exceder a 1,00m2 e, quando revestidas, não sofrerão desconto algum. 10 – RODAPÉS, SOLEIRAS E PEITORIS Medição pelos comprimentos reais. 11 – FERRAGENS Medição pelas quantidades e comprimentos reais. 12 – VIDROS Medição pelas áreas definidas no projeto e nas especificações. 13 – TRATAMENTOS Medição pelas quantidades, comprimentos e áreas reais. 40 1 – Acústico, térmico, vibratório, impermeabilizante: a) tratamento do respaldo do embasamento: medição pelo desenvolvimento da área de capeamento; b) não serão descontadas áreas de intersecção de alvenarias; c) no tratamento impermeabilizante, a medição será pelo desenvolvimento da área tratada, considerando-se os dobramentos verticais, descontadas, apenas no que exceder a 0,30m2, áreas de vazios ou interferências; d) em juntas de dilatação tratadas com mastique elástico, a medição será pelo volume real empregado. 14 – PAVIMENTAÇÃO Medição pelos comprimentos e áreas reais. 1 – Contrapisos, argamassas de regularização e revestimento de pisos: a) serão descontadas, apenas no que exceder a 0,50m2, áreas de vazios ou interferências. 2 – Material não monolítico em degraus de escada: a) a medição será o somatório dos comprimentos dos pisos de cada degrau (unidade piso/espelho). 15 – PINTURAS (tintas, resinas, vernizes, etc.) Medição pelos comprimentos e áreas reais. 41 1 – Paredes, tetos e pisos: a) foram descontadas, apenas no que exceder a 2,00m2, áreas de vazios ou interferências (não computadas áreas de topos, filetes, molduras, rodapés baguetes quando tratados com o mesmo material); b) topos, filetes, molduras, rodapés e baguetes quando tratados com material diverso do das paredes, tetos ou pisos, serão medidos pelo comprimento, descontada toda e qualquer interferência; 2 – Esquadrias: a) simples – quando incluir os marcos, multiplicar a área do conjunto por 3; se excluir, o multiplicador será 2; b) venezianas e persianas de enrolar – quando incluir os marcos, multiplicar a área do conjunto por 5; se excluir, o multiplicador será 4; c) portas – medição pela área da folha; quando pintada nas duas faces, multiplicá-la por 2,5; d) chapeadas, onduladas (de enrolar), pantográficas e grades treliçadas ou articuladas – medição pela área do conjunto multiplicada por 2,5; e) cercas, grades e alambrados – medição pela área de projeção do conjunto no plano vertical, contada uma só vez. 42 3 – Estruturas: a) plana para telhado, terças e elementos de sustentação – medição pela área de projeção no plano horizontal multiplicada por 2; b) em arco para telhado – medição pela área de projeção no plano horizontal multiplicada por 2,5. 4 – Diversos: a) armários totalmente tratados (portas e interiores) – medição da área de portas multiplicada por 5; b) telhamentos – medição pelo desenvolvimento da área tratada. 16 – APARELHOS Medição pelas quantidades e conjuntos definidos nos projetos e nas especificações. 19 – LIMPEZA Medição pelas quantidades e áreas reais 3.2.4 Composição de Custo unitário Uma composição de preços unitários é constituída pela definição da especificação do serviço a ser executado, sua unidade de medida e a identificação dos 43 componentes a serem utilizados, ou seja, insumos (materiais, mão-de-obra e equipamentos) necessários à sua execução, associados às respectivas unidades e coeficientes de consumo, para executar uma quantidade unitária do serviço. As unidades de serviço são aquelas constantes na discriminação orçamentária, como alguns itens do estudo de caso: a) 1 m2 de tapume de madeirit resinado; b) 1 m3 de escavação manual; c) 1 kg de aço CA-50; d) 1 m2 de alvenaria de bloco de concreto 14x19x39 cm; e) 1 m2 de ladrilho cerâmico; f) 1 m de rodapé de ipê de 1,5cm x 5,0 cm, etc. 3.2.4.1 Componentes da composição de custo A composição de custo unitário possui os seguintes componentes: a) Índices ou coeficientes de aplicação de materiais; b) Índices ou coeficientes de produção ou de aplicação de mão-de-obra; c) Índices de aplicação de equipamentos com o seu custo horário; d) Preços unitários de materiais; e) Preços unitários de mão-de-obra; f) Taxas de encargos sociais; g) Benefícios e despesas indiretas (BDI). Abaixo, composição do estudo de caso: 44 Execução de 1 m2 de forma comum – índice obtido no TCPO Materiais Discriminação Unid. Coef. P. Unit. Sub-totais Total Tábua de pinho M2 0,35 11,80 4,13 Pontalete 8 x 8 cm M 1,0 1,50 1,50 Arame PG-18 Kg 0,05 4,0 0,20 Prego 18 x 30 Kg 0,15 4,03 0,60 6,43 Mão-de-obra Carpinteiro H 1,35 6,76 9,13 Servente H 1,35 4,34 5,86 14,99 Total Geral 21,42 45 3.2.4.2 Coeficientes de aplicação de materiais São as quantidades de materiais aplicadas na execução do serviço de construção. Abaixo, item referente ao estudo de caso: a) Preparo de 1 m3 de concreto estrutural com 350 kg cimento/m3 – índice obtido no TCPO Cimento – 350 kg Areia grossa – 0,600 m3 Pedra britada – 0,800 m33.2.4.3 Coeficientes de produção e aplicação de mão-de-obra Aplicação de mão-de-obra na execução de determinado serviço da construção do empreendimento. São obtidos em manuais de apropriação de serviços ou diretamente através de apropriação dos serviços nas obras. Abaixo, alguns itens referente ao estudo de caso. Índices obtidos na empresa através da análise de serviços já executados: a) Armação de 1 kg de aço CA-50 Armador – 0,10 h Ajudante – 0,10 h b) Lançamento de concreto em fundações/m3 Pedreiro – 1,00 h Servente – 1,00 h 46 c) Execução de 1 m2 de forma comum Carpinteiro – 1,35 h Ajudante – 1,35 h 3.2.4.4 Índice de aplicação de equipamentos É o tempo de utilização do equipamento para a execução do serviço. O custo honorário do equipamento, além de conter o custo honorário de utilização, compreende também as despesas de operação e manutenção, inclusive mão-de-obra, depreciação e juros de capital imobilizado. Abaixo, alguns itens referente ao estudo de caso. Índices obtidos na empresa através da análise de serviços já executados: a) Escavação mecanizada de 1ª categoria, 1 m3 de solo até 2,00 de profundidade Retroescavadeira sobre esteiras – 0,08 h b) Transporte de material de 1ª categoria DMT < = 1 Km, 1 m3 em caminhão basculante Caminhão Basculante – 0,037 h 3.2.4.5 Preço unitário de materiais O preço dos materiais são coletados e fazem parte da composição de custos unitários. Abaixo, alguns preços referente ao estudo de caso em novembro 2006: 47 a) cimento: R$ 15,00/saco de 50 Kg; b) areia lavada média: R$ 30,00/m3; c) Arame galvanizado fio 10: R$ 6,00/Kg 3.2.4.6 Preço unitário de mão-de-obra Os valores de mão-de-obra do estudo de caso foram conseguidos diretamente no sindicato dos trabalhadores da construção civil (setembro 2006). Mas podem ser adquiridos no departamento pessoal da empresa: a) servente: R$ 4,34/h b) pedreiro: R$ 6,76/h c) Pintor: R$ 7,66/h d) Eletricistas: R$ 9,19/h 3.2.5 Taxas de Leis sociais e Riscos de trabalho São taxas correspondentes às despesas com encargos sociais e trabalhistas, conforme legislação em vigor, incidentes sobre o custo da mão-de-obra. Índices TCPO. Taxas de Leis Sociais: A. Encargos sociais básicos A1. Previdência Social – 20% A2. Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – 8% A3. Salário-educação – 2,50% 48 A4. Serviço Social da Indústria (SESI) – 1,50% A5. Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) – 1,00% A6. Serviço de apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE) – 0,60% A7. Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) – 0,20% A8. Seguro contra os acidentes de trabalho (INSS) – 3% A9. Serviço Social da Indústria da Construção e do Mobiliário (SECONCI) – 1% Total de Encargos Sociais básicos: 37,80% B. Encargos sociais que recebem as incidências de A B1. Descanso semanal e feriados – 22,90% B2. Auxílio Enfermidade – 0,79% B3. Licença Paternidade – 0,34% B4. 13º Salário – 10,57% B5. Dias de chuva / faltas justificadas / acidentes de trabalho – 4,57% Total de Encargos Sociais que recebem incidência de A: 39,17% C. Encargos sociais que não recebem incidências globais de A C1. Depósito por despedida injusta: 40%sobre A2+(A2 xB) – 4,45% C2. Férias – 14,06% C3. Aviso-prévio – 13,12% Total de Encargos Sociais que não recebem incidência globais de A: 31,63% 49 D. Taxas de reincidências D1. Reincidência de A. sobre B (35,80% x 39,17%) – 14,81% D2. Reincidência de A2. sobre C3. (8% x 13,12%) – 1,05% Total de Taxas de reincidências: 15,86% PERCENTAGEM TOTAL - 124,46% + Vale transporte 6% + Refeição mínima (café) 1% + Seguro de Vida 1,40% = 132,86% Observações: 1) As taxas podem ser alteradas em função das mudanças nos recolhimentos da Previdência Social. 3.2.6 Benefícios e Despesas indiretas – BDI Após o cálculo dos custos diretos (mão-de-obra, leis sociais inclusive materiais e equipamentos), através das composições de preços unitários, os custos indiretos são apurados. O BDI é uma taxa correspondente à despesas indiretas e lucro, para a execução de serviços, incidentes sobre a soma dos custos de materiais, mão-de-obra, equipamentos, etc. Esta taxa tanto pode ser inserida na composição dos custos unitários, como pode ser aplicada diretamente ao final do orçamento, sobre o custo total, objetivando conseguir-se o preço de execução de obra, por terceiros. 50 No estudo de caso, o BDI foi considerado na composição dos custos. O preço de execução é, pois, igual ao custo da obra mais a taxa de BDI. O BDI inclui os seguintes componentes: a) Despesas eventuais – Serviços e materiais não orçados ou não cobertos especificamente nos levantamentos de quantitativos ou na composição de custo unitário, às vezes, por falta de detalhes, às vezes por descuido e, às vezes, por ser um serviço que não foi possível prever. b) Quebra de materiais - às vezes não lembrada na composição de custos; c) Riscos: • Chuvas que atrapalham o andamento dos serviços; • Perdas de eficiência da mão-de-obra; • Erro de execução, na obra; • Problemas de fundação ou estrutura; • Compra errada de materiais; • Greves, etc. d) Rateio da Administração do Escritório Central – normalmente as despesas com o escritório central são rateadas proporcionalmente ao valor das obras em andamento; e) Impostos – imposto sobre serviço, imposto de renda, etc. 51 f) Despesas financeiras – com o não recebimento imediato dos gastos para construção, o construtor precisa lançar mão de recursos próprios para continuar a obra, o que gera despesas de investimento de capital, que precisa ser remunerado e até receber correção monetária; g) Bonificação – que é o lucro ou remuneração que o construtor cobra pela execução do empreendimento; h) Fim social – de acordo com a legislação vigente, 2% sobre o faturamento bruto; i) PIS – de acordo com a legislação vigente, 0,65% sobre o faturamento. Pode-se incluir ainda: • Administração da obra – desde que não tenha sido levada em conta no orçamento; • Despesas com instalação do canteiro – idem • Depreciação dos equipamentos – desde que não tenha sido levada em conta no orçamento ou nas composições de custos unitários. A ordem de grandeza dos valores para os itens acima é: 1 – Despesas eventuais - 4% 2 – Quebra de materiais - 6% 3 – riscos - 3% 4 – Administração central - variável 5 – Impostos (COFINS, ISS) – 7,60% / 4,5% 6 – Despesas financeiras - variável 7 – Seguro (nem sempre obrigatório) - 1% 52 8 – Finsocial - 2% 9 – PIS - 0,65% 10 – Lucro - 10% *11 – Administração da Obra - variável *12 – Mobilização e desmobilização do canteiro - variável *13 – Depreciação de equipamentos - variável *Desde que não tenha sido levado em conta na planilha orçamentária ou na ficha de composição de custos. Na composição do BDI, é conveniente chamar a atenção para os seguintes fatores: a) destinação ou finalidade do orçamento; b) tempo de duração da obra; c) em se tratando de obra licitada, verificar se tem ou não reajustamento; d) validade da proposta. 3.2.7 Custo Total O custo total é a soma de todas as parcelas correspondentes aos valores dos subtotais e subitens para cada serviço. 53 O custo total do orçamento é conseguido somando-se todos os totais dos itens. Quando ainda não foi embutido o valor do BDI nos custos unitários, teremos com o total, o valor de custo da edificação. 3.2.8 Cronograma Cronogramade uma obra estabelece o início e o término das diversas etapas de serviços de construção, dentro das faixas de tempo previamente determinadas, possibilitando acompanhar e controlar a execução planejada. O cronograma pode conter os itens principais ou os subitens das várias etapas de serviços de uma obra, bem como a sua duração, com o início e o término de cada etapa, permitindo fazer o acompanhamento e o controle físico-financeiro da obra. 3.2.8.1 Tipos de Cronograma Os cronogramas mais conhecidos são: a) o de GANTT ou de barras horizontais; b) o PERT/COM; c) Cronograma físico ou de execução: utilizado no estudo de caso; d) Cronograma físico-financeiro. 54 Cronograma Físico O cronograma físico apresenta as atividades e os tempos de execução por período de duração, geralmente em meses, os valores totais e o percentual de execução acumulado. 3.2.9 Curva ABC Com os microcomputadores, foram desenvolvidos programas de análise orçamentária que agilizam a tomada de decisões. Os programas fornecem vários relatórios com bastante rapidez e segurança, que praticamente são quase impossíveis de ser feitos pelos métodos convencionais, principalmente, devido à falta de tempo, nessas ocasiões. Um desses relatórios é a curva ABC, que pode ser de insumos e de serviços. O nome curva vem do gráfico que pode ser traçado usando-se um plano cartesiano, onde são marcados os insumos, em um eixo, e as suas respectivas porcentagens simples ou acumuladas, em outro. O ABC corresponde ao sistema alfabético das iniciais dos insumos. Na prática, o relatório curva ABC de insumos contém o código, a descrição, a unidade, o preço unitário, as quantidades, o valor total e as percentagens simples e acumuladas para cada insumo. O relatório curva ABC de serviços contém o código, a descrição, a unidade, o preço unitário, a quantidade, o valor total e as percentagens simples e acumuladas dos serviços. A análise baseada nas curvas ABC permite verificar de imediato os itens críticos do orçamento: os insumos e os serviços que pesam mais. 55 3.2.10 Memória Descritiva Resumida do Estudo de caso O Estudo de caso apresentado anteriormente nos cálculos do orçamento estimativo, considerando a construção de edifício residencial de projetos-padrão com três pavimentos, para apartamentos de três quartos, dois apartamentos por andar no padrão normal, será apresentado com valores reais $ reais de levantamento. O orçamento será apresentado com os valores finais dos serviços por se tratar de índices específicos da empresa. Memória descritiva da obra Descrição Total Serviços Iniciais 247.266,48 Serviços técnicos 27.151,00 Serviços preliminares 4.538,84 Instalações provisórias 17.864,64 Locação de Obra 1.001,40 Máquinas e ferramentas 47.78,10 Administração e despesas 128.343,78 Limpeza da obra 18.194,72 Trabalhos em terra 2.400,00 Intra-Estrutura 115.079,12 Tubulões 68.074,80 Blocos de coroamento 22.848,72 Cintas de travamento 2.149,42 Cintamento 2.608,66 56 Arrimos entre os cintamentos 19.397,52 Superestrutura 408.379,12 Pilares 23.410,38 Vigamento 49.523,88 Laje maciça 31.089,76 Alvenarias 0,10/0,15/0,20 126.711,90 Canaletas e reforços 20.111,58 Vigas/Vergas e contravergas 9.693,00 Laje do pavimento tipo e forro 87.536,08 Escadas 6.989,00 Esquadrias 59.859,58 Assentamento de marcos 14.084,24 Assentamento de portas 51.313.80 Alvenaria de Platibanda 2.830,36 Alvenaria do hall de escada 22.067,94 Rampas e passarelas 7.181,64 Revestimento 191.047,33 Reboco interno 22.530,78 Reboco externo 39.474,40 Pintura externa 23.775,12 Assentamento do azulejo 38.998,32 Forro de gesso 3.298,90 Fachada 7.038,78 Barrado Impermeabilizante 52,56 Gesso em parede 44.760,30 57 Pintura 30.471,76 Pintura 20.321,28 Pintura do Hall de escada 3.000,00 Pintura óleo/Esmalte 39,92 Pintura do pilotis 7.120,56 Cobertura 10.398,66 Cobertura 10.398,66 Pavimentação interna 63.360,48 Piso pobre 364,64 Cerâmica de piso 61.854,32 Soleira 685,50 Peitoril 456,02 Pavimentação Externa 18.464,52 Pavimentação Externa 18.464,52 Instalações Eletro-Hidráulicas 117.034,32 Instalações Elétricas/Hidráulicas/Telefônicas 84.000,00 Instalações de complemento hidráulicas 22.095,22 Caixas de passagem de esgoto/pluviais/elétricas/incêndio 10.939,10 Complemento de obra 66.380,70 Gradil 5.682,28 Muro de divisa 18.818,38 Muretas para contenção de Taludes 984,80 Limpeza 5.024,00 Reservatório de água superior 15.985,16 Reservatório de água inferior 15.747,92 58 Reboco de pilotis 7.138,16 Serviços gerais 67.008,00 Serviços gerais 67.008,00 Habite-se e cartórios 34.720,00 Habite-se e cartórios 34.720,00 Total de Custos – R$: Custo / m2 – R$ Área: 1496,0 m2 1.369.610,49 915,51 3.3 Propostas Comerciais 3.3.1 Preço Global O cliente fornece os quantitativos da obra ou os projetos completos, para que o construtor fique responsável pelos quantitativos, os quais, multiplicados pelos respectivos preços unitários, resultarão no preço de venda, preço este que o cliente pagará para ter a obra pronta, de acordo com o s projetos, especificações, caderno de encargos e critérios de medição. 3.3.2 Preço Unitário O cliente fornece os quantitativos estimados, que servirão como base para o julgamento das propostas, ficando o construtor, responsável pelos preços unitários, sendo que os quantitativos serão medidos quando estiver completa a documentação. 59 3.3.3 Administração Proposta em que o construtor se propõe a executar a obra fornecendo apenas a administração sobre a mesma e, para tal, receberá pelo serviço, um percentual sobre o valor da obra (taxa). 3.4 Contrato Documento legal que servirá para nortear todo empreendimento. Composto de várias partes, dentre as principais são: -Objeto do contrato; -Obrigações do contratante; -Obrigações do contratado; -Preço do serviço; -Fórmula de reajustamento; Condições de pagamento; -Diversos. 60 4 ANÁLISE CRÍTICA Observa-se que o processo orçamentário em estudo apresentou diferentes valores de custo / m2, devido aos diferentes processos de cálculo do orçamento. O orçamento quando calculado pelo método da área equivalente e um custo /m2 já definido, o valor final da construção ficou inferior ao custo analítico. Já analisando o resultado do orçamento por estimativa, o custo/m2 ficou superior em aproximadamente 5% (cinco) ao resultado final do custo do orçamento analítico do empreendimento adotado como instrumento de estudo. O fato de ser uma estimativa, o orçamento uma vez que se forem feitas alterações, medidas diferentes das reais, dentre outros, os valores cotados bem como as quantidades não revelaram a realidade e sendo assim o orçamento deixa de servir como parâmetro. Já com o orçamento analítico, temos dados reais que viabilizam a economia e o planejamento técnico do empreendimento. Ressalta-se que após se elaborar um orçamento, é necessário fazer uma análise para avaliação da exatidão, da coerência, da competitividade e, a partir daí, tomar decisões para melhorá-lo e torná-lo competitivo. É necessário analisar todos os componentes da planilha orçamentária para se proceder à tomada de posições. Assim, examinar criticamente todos os elementos do seu orçamento: materiais, mão-de-obra, equipamentos, composições, índices de produtividade, preços unitários,quantidades, encargos sociais, BDI, duração da obra, etc. 61 É importante salientar que existem vários fatores que influem nos índices de produtividade, tais como alimentação, repouso ou fadiga, condições ambientais, local e condições de trabalho, tempo de serviço na profissão, etc. Em decorrência do desenvolvimento do mercado, as empresas precisam buscar concentrar-se no produto ou serviço de sua linha que é mais estratégico, isto é, aquilo que de melhor sabem fazer, com maior produtividade e competitividade. É também necessário trabalhar nos menores limites possíveis de preços, de índices de produtividade, de quebra de materiais, para estar em condições de competir com os outros concorrentes. 62 5 CONCLUSÕES A cada dia, torna-se mais importante o gerenciamento do empreendimento, pois permite avaliações da performance física e financeira do empreendimento, intervindo de maneira positiva para a melhoria da qualidade, no cumprimento dos prazos e barateamento dos custos. A empresa da construção civil, apesar de totalmente adversa aos sistemas de produção convencionais, uma vez que a própria produção é mutante, necessita refletir urgentemente sobre a formulação orçamentária, visando, além de atender a demanda, em constante crescimento, a garantir sua competitividade no mercado. A padronização dos procedimentos de cálculo do preço para as obras bem como da nomenclatura viriam a minimizar deficiências verificadas no cálculo, além de agilizá-los. Concluído o empreendimento é recomendável a avaliação dos resultados com base nos dados de receitas e despesas do momento, e de suas projeções futuras, em comparação aos estudos efetuados na viabilidade do empreendimento. Investir em empreendimentos imobiliários gera riqueza real, além de possibilitar a criação de empregos para a mão-de-obra especializada e não-especializada. 63 6 ANEXO 64 7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520: informação e documentação – citações em documentos - apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 12721: Avaliação de custos unitários e preparo de orçamento de construção para incorporação de edifício em condomínio. Rio de Janeiro: ABNT, 2006. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724: informação e documentação - trabalhos acadêmicos- apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2005. ANTHONY, R.N e GOVINDARJAN, V. Sistemas de controle gerencial. São Paulo: Atlas, 2002. FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: Planejamento e Controle gerencial. 2ª Ed. São Paulo: 2000. SAMPAIO, Fernando Morethson. Orçamento e Custo da Construção. 1ª Ed. Brasília: Hemus, 1989. GOLDMAN, Pedrinho. Introdução ao Planejamento e Controle de custos na Construção Civil Brasileira. 4ª Ed. São Paulo: Pini, 2004. 65 PINI, Fausto. TCPO 2000 – Tabela de Composições de Preços para Orçamentos. 1ª Ed. São Paulo: Pini, 1999. HANSEN, Don R.Maryanne M. Gestão de custos : Contabilidade e controle. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2003. SALOMON, D.V. Como fazer uma monografia. 9ª Ed. São Paulo: Martins Fonseca, 1999.
Compartilhar