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RESUMO DE MELAINE KLEIN

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CURSO DE PSICOLOGIA
Yngleb Monyk Santos de Carvalho 	28238405
RESUMO:
“Estilo e pensamento – Melaine Klein: capítulos 2 e 6”
GUARULHOS
2018
RESUMO DE MELAINE KLEIN – ESTILO E PENSAMENTO
Capítulo 2 - A Psicanálise e o Movimento Psicanalítico Internacional: dados históricos
Cintra e Figueiredo (2010) foi na década de 1910, durante um período mais conturbado da vida pessoal de Melaine Klein, que ela encontrou seu propósito na psicanálise. Após ter o conhecimento do material de Freud e por ter tido incentivo de seu analista Sándor Ferenczi, Klein, passa a desenvolver sua técnica a partir de seu próprio filho caçula Erich, que tinha dificuldade de aprendizagem, elaborando o texto “Der Fmilienroman in statu nascendi”.
Quando se mudou para Berlim em 1921, iniciou sua segunda análise com Karl Abraham em 1924, porém Abraham faleceu e Klein teve que abortar sua análise em percurso. Dessa forma, começou a atender filhos dos analistas locais e, consequentemente, tornou-se membro da Sociedade de Berlim, elaborando seis de seus trabalhos escritos. Em meados de 1921 e 1926, Klein, estabelece a análise de crianças utilizando das bases psicanalíticas, no entanto, com sua peculiaridade sobre a psicanálise. Com a morte de Ferenczi, muda-se para Londres onde enfatiza sua liberdade de pensamento e desenvolve melhor suas teorias (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010).
Em 1940, Klein, por ser precisa e empenhada em suas teorias, começa a formar seus próprios analistas, na qual, os consideravam como uma máquina de guerra dispostos a tomar o poder na Sociedade Britânica. Favorecendo uma rivalidade entre Melaine Klein e Anna Freud, pois uma não aceitava as teorias da outra. Ana Freud, como era de se esperar, defendia a teoria de seu pai. As teorias de Klein eram bem mais aceitas, o que não agradou a Freud (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010).
Na Inglaterra em 1932, Melanie lança seu primeiro livro “The Pshycho-Analysis of Children” uma obra de peso que lança os fundamentos técnicos da análise de crianças através do método do brincar (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010).
De acordo com Cintra e Figueiredo (2010) em 1934, com desavenças com sua filha Melitta e a morte de seu filho Hans, Melaine Klein produz um de seus textos radicais: “A Contribution to the Psychogenesis of maniac-depressive states”. Com a publicação do texto em 1935, criam-se imediatamente dois partidos: o dos que saúdam a renovação do freudismo e o dos que condenam as pretensões e os desvios da autora.
Entre 1941 e 1945, em plena Guerra Mundial dão as “Controvérsias” de Freud-Klein nas quais se consolida o grupo kleiniano formado principalmente por mulheres. Em 1957 é publicado o último livro de Melanie Klein, com grandes novidades teóricas. Inveja e Gratidão é um livro pequeno em tamanho, porém muito denso em conteúdo, já que ao contrário de seus antecessores não é uma coletânea de textos já publicados/e ou reeditados, mas sim formado por uma peça única e inteiriça sobre a inveja e a gratidão como disposições afetivas básicas do ser humano, desde seus primórdios e ao longo de toda sua existência. Este livro, contudo, não deixa de ser produzido, pois ainda serão editados diversos textos curtos, sempre com alguma novidade até a morte de Melanie em 1960 (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010).
Capítulo 6 - Estilo, Técnica e Ética
 	No livro Melaine Klein – Estilo e Pensamento, Hanna Segal apud Cintra e Figueiredo (2010), comenta que a técnica de Melaine Klein é semelhante à de Freud, porém, mais ampliada sem a necessidade de alteração, com um novo estilo clínico, novos procedimentos e novos objetivos.
Cintra e Figueiredo (2010), explicam que Klein percebeu que nas brincadeiras das crianças, seus jogos, histórias, seu falar ou até mesmo seu calar podem ser vistos e escutados exatamente como se escutam nas associações livres de pacientes adultos. A interpretação, formuladas de uma maneira que fossem compreendidas e dentro da forma da linguagem da criança, produziam alterações no psiquismo inconsciente, com reflexos da vida emocional, intelectual e de relações das crianças. Contrapondo-se a ideia dominante de Freud, Melaine Klein comprova que os fenômenos transferenciais já emergem nas crianças, assim também, como o superego já está produzindo recalcamento e repressões. Acreditava que o início da vida é muito turbulento, gerador de angústia – de caráter psicótico, persecutório e depressiva - com um impacto profundo nas relações do bebê com sua mãe. Num valor curativo da verdade, com um contato natural preventivo e terapêutico com a dimensão instintiva - pulsional dos homens, independente da idade. Seu intuito com as crianças é de permitir que seus impulsos, suas fantasias inconscientes, suas dores e sofrimento, sejam de renunciar defesas radicais contra as angústias e de aceita-las e integra-las em equilíbrio com a realidade externa. 
Elas se comunicam de forma projetiva e o terapeuta necessita ter uma intuição instruída teoricamente para entrar em contato com suas angústias e culpa podendo ajudá-la a formula-las e elabora-las. Deve-se estar atento à forma como as angústias e a culpa emergem, pois nem sempre emergem de forma espontânea. O analista deve ir de encontro a essas angústias com uma função de continente em si mesmo, Bion apud Cintra e Figueiredo (2010), formula-las e colocar em palavras devolvendo-as para que sejam simbolizadas. Algumas vezes, as angústias aparecem na forma de defesas, principalmente em pacientes adultos neuróticos. Fazendo-se necessário nomear e interpretar as defesas para que se possa mobilizar as ansiedades soterradas e as fantasias inconscientes. Klein sempre enfatiza de se manter fiel e o mais próximo possível da linguagem – gramática e semântica – dos pacientes. Essa atenção aos movimentos sutis que ocorrem nas relações de ambos durante a sessão trouxe uma delicadeza às intervenções Kleinianas.
A importância do processo analítico, de acordo com Cintra e Figueiredo (2010), se dá através da transferência, pois as angústias e as defesas contra elas são eliciadas dentro da análise; tratando-se de reeditar experiências e padrões de relacionamento com objetos externos e internos. Tudo o que o paciente diz, faz, seus comentários, suas reações às interpretações oferecidas, são dirigidas ao analista onde este se coloca no lugar onde o paciente o põe. Constatando-se de fato que o trabalho analítico focaliza o aqui e agora da situação transferencial e das respostas contratransferênciais do analista, cabendo a este interpretá-las, discriminando fantasia de realidade, passado de presente e inconsciente de consciente. Percebe-se que o analista necessita de uma implicação afetiva no processo de cura, renunciando recursos que extrapolem à escuta e à interpretação, como, por exemplo, as falas de encorajamento ou sugestão.
Na análise pode está presente as transferências negativas. Nisto, Cintra e Figueiredo (2010), o analista deve atentar-se de suas próprias idealizações que recorre à concordância rápida e precoce com suas interpretações, complacência ou tolerância amistosa. O analista Kleiniano estará apto a identificar elementos da voracidade, do ciúmes, da inveja e do ódio que, muitas vezes, estão camuflados pelos sentimentos de boa intenção. Todo cuidado é essencial para o enfrentamento desses elementos, podendo atacar tudo de bom que o analista e a análise podem oferecer, gerando uma reação terapêutica negativa. Tais singularidades, dada a suposição teórica de Melaine Klein, que a recusa ou o recalque da destrutividade, estão na origem mais primitiva do adoecimento neurótico e psicótico. 
Outro cuidado é da própria intuição, podendo gerar um equivoco ou interpretações precoces das ansiedades, ter um efeito invasivo quando o analista, mediante suas interpretações, focaliza com tanto empenho as relações do paciente consigo e com o trabalho de análise, o tornando confiante e arrogante em suas intuições. Em consequência de uma boa identificação de si do analista, o indivíduo na posição depressiva percebe os objetos em sua integralidade,complexidade e multideterminação. O analista precisa da posição depressiva para não confundir o seu paciente com suas próprias ideias sobre ele, suportando essa exclusão sem recorrer às defesas esquizoides ou as maníacas (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010). 
Cintra e Figueiredo (2010) comentam que o estilo clínico de Melaine Klein oferece antídotos contra essas situações, na qual, o analista se embaraça, identificando claramente a estrutura e a dinâmica psíquica que precisam se mantidas na relação analítica objetivando a qualidade subjetiva do processo.
Nos conceitos de Klein, enfatiza que o fim de uma análise é uma preparação para seu término, ou seja, uma separação. O término é uma oportunidade de reviver e elaborar separações antigas, no processo de cura. Em consequência do fim, emergem os mecanismos de defesa - a cisão, a negação, a idealização, a projeção, a fragmentação entre outros – dificultando o desenvolvimento de um psiquismo mais saudável sobre a pulsão de morte. O intuito não é leva o paciente à posição depressiva, mas sim, a uma superação dos padrões narcisistas de relacionamento, na qual, ele suporte as frustrações de limite e de perdas sem recorrer aos mecanismos esquizo-paranóides e às defesas maníacas. Para isso, se configura um ego suficientemente forte para lidar com tais situações. Um ego forte deve ser capaz de articular as urgências do id e as injunções do superego consistindo em flexibilidade de ambos. Essa integração se dá quando as grandes idealizações e as grandes construções persecutórias foram enfrentadas e dissolvidas. O ego deve ter internalizado e protegido o “bom objeto” que o repara e o faz criar, capacita-o a tolerar frustrações e a conviver com as ambivalências, que é o vínculo parental (CINTRA E FIGUEIREDO, 2010).

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