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Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 1 1357 Olá, tudo bem? Aqui é o prof. Arthur Lima e, em nome dos professores do Estratégia Concursos, escrevo para apresentar este Vade Mecum Estratégico TCE-RS. Sabemos que a leitura da lei seca é uma etapa importantíssima na sua preparação e, por este motivo, resolvemos poupar o seu tempo e compilar toda a legislação prevista no último edital do TCE-RS. Estou falando do edital publicado dia 29 de maio de 2018 pela banca Fundação Carlos Chagas (FCC). Esperamos que você faça bom uso deste Vade Mecum Estratégico. Quando você estiver estudando as suas aulas em vídeo ou em PDF, pode ser interessante fazer uma breve consulta aos dispositivos legais mencionados pelo professor ou pelos exercícios. E, em algum momento dos seus estudos, vale a pena realizar a leitura integral da norma. Por fim, deixo o convite para que você conheça os nossos cursos completos em vídeo, livro digital (PDF) e com acesso direto ao professor por meio do fórum de dúvidas. Acessando o link abaixo, você pode baixar as aulas demonstrativas dos cursos e conhecer melhor o nosso trabalho. E, caso resolva adquirir, saiba que você terá a nossa garantia de satisfação: caso não se adapte aos nossos cursos, basta solicitar seu o dinheiro de volta nos primeiros 30 dias após a compra, e nós faremos o reembolso integral, mesmo que você já tenha baixado alguns vídeos ou PDFs. CURSOS COMPLETOS PARA O TCE-RS: https://www.estrategiaconcursos.com.br/cursosPorConcurso/tce-rs-auditor-publico- externo/ Bons estudos! Prof. Arthur Lima (instagram @ProfArthurLima) Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 2 1357 Conhecimentos Básicos ..................................................................................................... 4 Controle Na Administração Pública ................................................................................... 4 Lei Orgânica do TCE RS – Lei 11.424/2000 ....................................................................................... 4 Regimento Interno do TCE RS – Resolução nº1.028/2015 .............................................................. 11 Administração Financeira E Orçamentária ....................................................................... 36 LRF 101/2000 – Lei de Responsabilidade Fiscal .............................................................................. 36 Lei 4.320/1964 ................................................................................................................................ 57 Noções De Análise De Informações.................................................................................. 72 Lei de Acesso à Informação – Lei 12.527/2011 ............................................................................... 72 Conhecimentos Específicos .............................................................................................. 82 Direito Constitucional ...................................................................................................... 82 Constituição Federal........................................................................................................................ 82 Constituição do Estado do Rio Grande do Sul ............................................................................... 210 Direito Administrativo ................................................................................................... 284 Lei 12.462/2011 – Regime Diferenciado de Contratações Públicas ............................................. 284 Lei 9.784/99 – Processo Administrativo na Administração Pública Federal ................................ 304 Lei 8.666/99 – Licitações e Contratos na Administração Pública ................................................. 311 Lei 8.429/1992 – Improbidade Administrativa ............................................................................. 345 Lei 10.520/02 - Pregão .................................................................................................................. 351 Decreto 5.450/05 – Pregão Eletrônico .......................................................................................... 354 LC 10.098/1994 – Estatuto e Regime Jurídico Único dos Servidores Públicos Civis do RS ............ 360 Lei 11.079/2004 – Parcerias Público Privadas .............................................................................. 393 Lei 13.303/2016 - Sociedades de Economia Mista ....................................................................... 403 Lei 9.637/1998 – Organizações Sociais ......................................................................................... 433 Lei 9.790/1999 – OSCIP ................................................................................................................. 439 Lei 13.019/2014 – Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil ............................... 444 Lei 11.107/2005 – Consórcios Públicos ......................................................................................... 468 Políticas Públicas ........................................................................................................... 473 Lei 8.080/1990 .............................................................................................................................. 473 Emenda Constitucional 29 ............................................................................................................ 487 Lei 8.142/1990 .............................................................................................................................. 489 Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 3 1357 Decreto 1.232/1994 – Repasse de recursos .................................................................................. 491 Lei 9.394/1996 – LDB .................................................................................................................... 492 Lei 13.005/2014 – PNE .................................................................................................................. 516 Direito Financeiro E Tributário ....................................................................................... 539 Lei 5.172/1966 - CTN ..................................................................................................................... 539 Direito Civil .................................................................................................................... 567 Decreto-Lei 4.657/1942 - LINDB ................................................................................................... 567 Código civil .................................................................................................................................... 571 Direito Processual Civil .................................................................................................. 704 Código Processual Civil .................................................................................................................. 704 Direito Penal.................................................................................................................. 839 Decreto – Lei nº2.848/1940 - Código Penal .................................................................................. 839 Lei 1.079/1950 – Crimes de Responsabilidade .............................................................................892 Decreto-Lei 201/1967 – Responsabilidade dos Prefeitos e Vereadores ....................................... 902 Lei 8.137/1990 – Crimes Contra a Ordem Tributária .................................................................... 906 Lei 9.249/1995 – IRPJ e CSLL ......................................................................................................... 911 Lei 10.028/2000 – Crime Contra as Finanças Públicas. ................................................................ 920 Direito Do Trabalho ....................................................................................................... 923 Decreto – Lei 5.452/1943 - CLT ..................................................................................................... 923 Lei 8.069/1990 – ECA .................................................................................................................. 1081 Lei 9.029/1995 – Licença-maternidade ...................................................................................... 1136 Seguridade Social E Direito Previdenciário ................................................................... 1137 Lei 8.212/1991 – Organização da Seguridade Social.................................................................. 1137 Lei 8.213/1991 – Planos de Benefícios da Previdência Social ..................................................... 1171 Decreto 3.048/1999 – Regulamento da Previdência Social ........................................................ 1204 Lei 10.887/2004 .......................................................................................................................... 1318 Lei 9.796/1999 – Compensação Financeira entre os Regimes de Previdência Social e os Regimes de Previdência dos Servidores ..................................................................................................... 1323 LC 13.758/2011 – Regime Próprio de Previdência Social do Estado do RS – FUNDOPREV ........ 1326 LC 14.750/2015 – Regime de Previdência Complementar.......................................................... 1330 Direito Ambiental ........................................................................................................ 1337 Lei 6.938/1981 – Política Nacional do Meio Ambiente .............................................................. 1337 Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 4 1357 CONHECIMENTOS BÁSICOS CONTROLE NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA LEI ORGÂNICA DO TCE RS – LEI 11.424/2000 LEI Nº 11.424/2000 (Publicada no Diário Oficial do Estado de 07-01-2000. Contém as modificações introduzidas pelas Leis Estaduais nºs 11.702, de 18-12-2001, publicada no Diário Oficial do Estado de 19-12-2001; 11.935, de 24-06-2003, publicada no DOE de 25-06-2003; 11.941, de 10-07-2003, publicada no DOE de 11-07-2003; 14.154, de 20-12-2 012, publicada no DOE de 21-12-2012; 14.364, de 25- 11-2013, publicada no DOE de 26-11-2013; 14.413, de 02-01-2014, publicada no DOE de 03-01-2014; e 14571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014.) Dispõe sobre a Lei Orgânica do Tribunal de Contas do Estado. O GOVERNADOR DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL. Faço saber, em cumprimento ao disposto no artigo 82, inciso IV, da Constituição do Estado, que a Assembléia Legislativa aprovou e eu sanciono e promulgo a Lei seguinte: TÍTULO I Da Sede e da Constituição CAPÍTULO I Disposições Iniciais Art. 1º O Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul, órgão de controle externo, com sede nesta Capital, tem jurisdição própria e privativa em todo o território estadual, na forma do artigo 34 desta Lei. Parágrafo único Sua jurisdição, nos termos deste artigo, estende-se aos entes elencados no corpo do artigo 34, que estiverem fora do território do Rio Grande do Sul. Art. 2º O Tribunal de Contas compõe-se de 7 (sete) Conselheiros. Art. 3º Integram a organização do Tribunal de Contas: I – o Tribunal Pleno; II – as Câmaras; III – os Conselheiros; IV – a Presidência; V- as Vice-Presidências; (Este inciso foi alterado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014) VI – a Corregedoria-Geral; VII - a Ouvidoria; (Este inciso foi acrescido pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014, renumerando-se os demais) VIII – os Auditores Substitutos de Conselheiro; (Este inciso foi renumerado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014) IX – o Corpo Técnico e os Serviços Auxiliares; (Este inciso foi renumerado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014) X – a Escola de Gestão e Controle Francisco Juruena. (Este inciso foi acrescentado pela Lei Estadual nº 11.935, de 24-06-2003, publicada no DOE de 25-06-20 03 e renumerado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07- 2014, publicada no DOE de 23-07-2014) Parágrafo único -Os Conselheiros e os Auditores Substitutos de Conselheiro, quando em substituição, poderão funcionar como juízo singular, naquelas matérias definidas em Regimento Interno, ressalvados os casos em que, por disposição legal ou constitucional, imponha-se a manifestação do Tribunal como órgão colegiado. (Este Parágrafo Único foi acrescentado pela Lei Estadual n° 11.702,de 18-12-2001, publicada no DOE de 19-12-2001.) CAPÍTULO II Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 5 1357 Dos Conselheiros Art. 4º Os Conselheiros serão nomeados pelo Governador do Estado. Art. 5ºOs Conselheiros, nos crimes comuns e nos de responsabilidade, serão processados e julgados, originariamente, pelo Superior Tribunal de Justiça. Art. 6º Não poderão exercer, contemporaneamente, o cargo de Conselheiro, parentes consangüíneos ou afins, na linha reta, em qualquer grau e, na linha colateral, até o segundo grau. Parágrafo único - A incompatibilidade resolve-se: I – antes da posse, contra o último nomeado ou contra o de menos idade, se nomeados na mesma data, entendendo-se como nula a nomeação; II – depois da posse, contra o que lhe deu causa ou, se imputável a ambos ou a nenhum, contra o que tiver menos tempo de exercício do cargo, pela perda do cargo. Art. 7º Os Conselheiros têm prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por mais 30 (trinta), contado da publicação do ato de nomeação no órgão de divulgação oficial, para posse no cargo, e 15 (quinze), igualmente prorrogável por mais 15 (quinze), para entrar em exercício. Art. 8º Depois de nomeados e empossados, os Conselheiros só perderão o cargo por sentença judicial transitada em julgado, exoneração a pedido ou por motivo de incompatibilidade, nos termos do artigo 6º. Art. 9º Aos Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiro estendem-se as vedações legais aplicáveis aos juízes, assim como os casos de impedimento e suspeição previstos na lei processual. CAPÍTULO III Dos Auditores Substitutos de Conselheiro CAPÍTULO V (Capítulo acrescentado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07-2014.) Da Ouvidoria (Acrescentado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07- 2014, publicada no DOE de 23-07-2014) Art. 32-A As atribuições do Ouvidor serão definidas por Lei. (Este artigo foi acrescentado pela Lei Estadual nº 14.571, de 22-07-2014, publicada no DOE de 23-07- 2014) TÍTULO IV Da Competência e da Jurisdição CAPÍTULO I Da Competência Art. 33 Ao Tribunal de Contas, órgão de controle externo,no exercício da fiscalização contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, compete, nos termos do disposto nos artigos 70 a 72 da Constituição do Estado e na forma estabelecida nesta Lei, o seguinte: I – emitir parecer prévio sobre as contas que o Governador do Estado deve prestar anualmente, nos termos dos artigos 35 a 37 desta Lei; II – emitir parecer prévio sobre as contas que os Prefeitos Municipais devem prestar anualmente, nos termos dos artigos 49 a 52 da presente Lei; III – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da administração direta e indireta, incluídas as fundações e socieda-des instituídas e/ou mantidas pelos poderes públicos estadual e municipal, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário, nos termos dos artigos 43 a 46 desta Lei; IV –apreciar, para fins de registro, nos termos do estabelecido nos artigos 47 e 48 desta Lei, no Regimento Interno ou em Resolução, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e/ou mantidas pelos poderes públicos estadual e municipal, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório; V – realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, acompanhando a execução de programas de trabalho e avaliando a eficiência e eficácia dos sistemas de controle interno dos órgãos e entidades fiscalizados; Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 6 1357 VI – fiscalizar a aplicação de quaisquer recursos pertencentes ao Estado, repassados pelo mesmo aos Municípios mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres; VII – aplicar multas e determinar ressarcimentos ao erário, em caso de irregularidades ou ilegalidades; VIII – assinar prazo para que o responsável pelo órgão ou pela entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; IX – sustar, se não atendido, a execução de ato impugnado, comunicando a decisão à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva; X – requerer, no caso de contratos, a sustação dos mesmos à Assembléia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva, decidindo a respeito se os Poderes Legislativo ou Executivo correspondentes, no prazo de 90 (noventa) dias, não adotarem as medidas cabíveis, na conformidade do previsto nos artigos 53 a 56 da presente Lei; XI – representar ao Poder competente sobre irregularidades ou abusos apurados; XII – decidir sobre denúncia, nos termos do disposto nos artigos 60 e 61 desta Lei; XIII – decidir a respeito da cientificação, de que tratam os artigos 57 a 59 desta Lei, nos termos ali definidos; e XIV – apreciar consultas que lhe sejam formuladas, nos termos do disciplinado no Regimento Interno. § 1º O Tribunal de Contas terá amplo poder de investigação, cabendo-lhe requisitar e examinar, diretamente ou através de seu corpo técnico, a qualquer tempo, todos os elementos necessários ao exercício de suas atribuições, não lhe podendo ser sonegado qualquer processo, documento ou informação, sob qualquer pretexto. § 2º O Tribunal de Contas, no exercício de suas competências, poderá determinar que os órgãos e as entidades sujeitos à sua jurisdição remetam-lhe dados e/ou informações através de meio informatizado, magnético ou eletrônico, na forma definida no Regimento Interno ou em Resolução. CAPÍTULO II Da Jurisdição Art. 34 A jurisdição do Tribunal de Contas abrange: I – todos os responsáveis, pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, que utilizem, arrecadem, guardem, gerenciem ou administrem dinheiro, bens e valores públicos pelos quais respondam o Estado ou quaisquer dos Municípios que o compõem, ou que assumam obrigações em nome do Estado ou de Município; II – aqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte dano ao erário; III – todos aqueles que lhe devam prestar contas ou cujos atos estejam sujeitos à sua fiscalização; IV – os responsáveis pela aplicação de quaisquer recursos repassados pelo Estado a Município, mediante convênio, acordo, ajuste ou outros instrumentos congêneres; V – os herdeiros e sucessores das pessoas a que se referem os incisos I a IV deste artigo, até o limite do valor do patrimônio transferido, nos termos do inciso XLV do artigo 5º da Constituição Federal; e VI – aqueles que, judicialmente, sejam designados, nomeados ou declarados como representantes ou assistentes das pessoas de que trata o presente artigo, para os efeitos do disposto no Código Civil, em especial nos artigos 446 e 463. TÍTULO V Das Contas do Governador Art. 35 O Tribunal de Contas emitirá parecer prévio sobre as contas que devem ser prestadas anualmente pelo Governador do Estado à Assembléia Legislativa. § 1º A emissão do parecer prévio de que trata o "caput" deste artigo dar-se-á no prazo de 60 (sessenta) dias, contado da data em que o Tribunal de Contas receber da As- sembléia Legislativa as respectivas contas. § 2º O parecer prévio: I – consistirá em uma apreciação geral e fundamentada sobre o exercício financeiro, devendo conter a análise e os elementos necessários à apreciação final, por parte da Assembléia Legislativa, das gestões contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional, envolvendo a administração direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e/ou mantidas pelo Poder Público do Estado, bem como outros Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 7 1357 elementos igualmente definidos no Regimento Interno ou em Resolução; II – concluirá pela aprovação ou não das contas, na forma estabelecida no Regimento Interno ou em Resolução. § 3º O Tribunal de Contas, por ocasião da emissão do parecer prévio e quando for o caso, decidirá pela aplicação das sanções previstas nesta Lei, observado o disposto em seu artigo 42. Art. 36 Os elementos a que se refere o inciso I do parágrafo 2º do artigo anterior, de responsabilidade do Governador do Estado, serão remetidos ao Tribunal de Contas a-companhados dos balanços e das demonstrações previstos em lei. Art. 37 O Tribunal de Contas, na hipótese da não- prestação de contas até o prazo previsto no inciso III do artigo 53 da Constituição do Estado, valer-se-á dos elementos constantes das contas tomadas pela Assembléia Legislativa, daqueles colhidos através de auditoria ou inspeção, bem como dos seus registros. TÍTULO VI Da Auditoria Contábil, Financeira, Orçamentária, Operacional e Patrimonial Art. 38 A auditoria contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial tem por fim a fiscalização das pessoas sujeitas à jurisdição do Tribunal de Contas e será exercida nas unidades administrativas dos Poderes do Estado e dos Municípios e nas demais entidades referidas no inciso III do artigo 33 desta Lei. Art. 39 O exercício da auditoria contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial, a que se refere o artigo anterior, será regulado pelo Tribunal de Contas em seu Regimento Interno ou em Resolução. Art. 40 Na hipótese de sonegação prevista no parágrafo 1º do artigo 33 da presenteLei, o Tribunal de Contas assinará prazo para apresentação dos processos, documentos ou informações, comunicando o fato ao Secretário de Estado, ao Prefeito Municipal ou à mais alta autoridade do órgão ou entidade para as medidas cabíveis. Parágrafo único Vencido o prazo e não cumprida a exigência, o Tribunal, sem prejuízo da adoção de outras providências, aplicará a sanção prevista no artigo 67 desta Lei. Art. 41 O Tribunal de Contas, respeitados a organização e o funcionamento dos órgãos e entidades sujeitos à sua fiscalização, regulará a remessa dos processos, documentos e informações que lhe sejam necessários para o exercício de suas competências. Art. 42 O Tribunal de Contas, no exercício de suas competências, ao verificar a ocorrência de irregularidades ou ilegalidades, aplicará as sanções previstas nesta Lei, em especial, quando for o caso, no inciso VII do artigo 33, e adotará outras providências estabelecidas no Regimento Interno ou em Resolução, garantindo o direito à ampla defesa e ao contraditório. TÍTULO VII Das Tomadas de Contas CAPÍTULO I Da Tomada de Contas de Exercício ou Gestão Art. 43 Estão sujeitas à tomada de contas de exercício ou gestão e só por ato do Tribunal de Contas podem ser liberadas de sua responsabilidade as pessoas indicadas nos incisos I a III do artigo 34 desta Lei. Art. 44 Os procedimentos relativos às tomadas de contas de exercício ou gestão serão regulados no Regimento Interno ou em Resolução, os quais disporão, ainda, quanto aos prazos e aos documentos que deverão integrá-las, devendo constar, dentre outros, o relatório e parecer de auditoria emitido pelo órgão ou responsável pelo controle interno. Art. 45 No julgamento das tomadas de contas de exercício ou gestão, aplicar-se-á o disposto nos artigos 42 e 44 da presente Lei. § 1º A decisão poderá compreender, além da fixação do débito e da imposição de multa, a determinação de corrigir as irregularidades que ainda sejam sanáveis, sem prejuízo das demais medidas previstas nesta Lei, no Regimento Interno ou em Resolução. § 2º Quando a decisão concluir pela regularidade das contas ou baixa da responsabilidade, será comunicada a autoridade administrativa competente para que proceda ao cancelamento da responsabilidade respectiva. CAPÍTULO II Da Tomada de Contas Especial Art. 46 Os atos que importarem em dano ao erário, ocasionados por ação ou omissão dos administradores Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 8 1357 ou por agentes subordinados a estes, serão objeto de impugnação para constituírem tomada de contas especial, cujos procedimentos, inclusive quanto ao julgamento, e documentos que deverão integrá-la serão regulados no Regimento Interno ou em Resolução, observado o disposto nos artigos 42 e 45 da presente Lei. Parágrafo único No julgamento da tomada de contas especial, o Tribunal poderá determinar a repercussão da matéria nas contas do administrador, além de outras providências que entender cabíveis. TÍTULO VIII Do Registro de Atos Art. 47 O Tribunal de Contas, nos termos do previsto no inciso IV do artigo 33 desta Lei, apreciará, para fins de registro, os atos de: I – admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e/ou mantidas pelos poderes públicos estadual e municipal, excetuadas as nomeações para o cargo de provimento em comissão; II – concessão de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório. Parágrafo único Nos atos a que se refere o inciso II deste artigo, incluem-se os relativos às transferências para a reserva e às revisões. Art. 48 No exame dos atos de que trata o artigo anterior, o Tribunal de Contas aplicará, quando for o caso e na forma disciplinada no Regimento Interno ou em Resolução, o disposto no inciso VII do artigo 33 da presente Lei, garantido o direito à ampla defesa e ao contraditório. TÍTULO IX Das Contas do Prefeito Municipal Art. 49 O Tribunal de Contas emitirá parecer prévio conclusivo sobre as contas que os Prefeitos Municipais devem prestar anualmente às respectivas Câmaras Municipais, cabendo o julgamento a estes Órgãos Legislativos, nos termos constitucionais. § 1º O parecer prévio: I – consistirá em uma apreciação geral e fundamentada sobre o exercício financeiro, devendo conter a análise e os elementos necessários à apreciação final, por parte da Câmara de Vereadores, das gestões contábil, financeira, orçamentária, patrimonial e operacional, bem como outros elementos igualmente definidos no Regimento Interno ou em Resolução; II – concluirá pela aprovação ou não das contas, na forma estabelecida no Regimento Interno ou em Resolução. § 2º O Tribunal de Contas, por ocasião da emissão do parecer prévio e quando for o caso, decidirá pela aplicação das sanções previstas nesta Lei, em especial, no inciso VII do artigo 33, sem prejuízo do disposto nos artigos 55 a 58 e 60 a 61. § 3º Somente por decisão de dois terços dos membros da Câmara Municipal não prevalecerá o parecer prévio de que trata este artigo. Art. 50 Os elementos a que se refere o inciso I do parágrafo 1º do artigo anterior, de responsabilidade dos Prefeitos Municipais, incluídos os balanços e as demonstrações previstos em lei, serão remetidos ao Tribunal de Contas até 31 de março do exercício seguinte ao encerrado. Parágrafo único Se os elementos mencionados no "caput" deste artigo não forem remetidos no prazo ali previsto e na forma estabelecida no Regimento Interno ou em Resolução, o Tribunal de Contas fará imediata comunicação do fato à Câmara Municipal, sem prejuízo das demais medidas insertas em sua competência. Art. 51 À Câmara Municipal é vedado, sob pena de nulidade, julgar as contas de que trata o artigo 49 desta Lei, enquanto o Tribunal de Contas não houver emitido sobre elas o respectivo parecer prévio. Art. 52 A Câmara de Vereadores remeterá ao Tribunal de Contas, no prazo de até 30 (trinta) dias após o julgamento, para ciência, cópia da decisão sobre as contas do res-pectivo Prefeito Municipal. TÍTULO X Dos Contratos, do Controle Interno e das Denúncias CAPÍTULO I Dos Contratos Art. 53 Os contratos de que trata o parágrafo 1º do artigo 71 da Constituição do Estado serão enviados ao Tribunal de Contas para fins de apreciação, no prazo previsto no Regimento Interno ou em Resolução. Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 9 1357 Art. 54 Aos contratos a que se refere o artigo anterior bem como aos demais contratos celebrados pelos órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e/ou mantidas pelo Poder Público do Estado, aplicar-se-á o disposto na Lei Complementar Estadual nº 11.299, de 29 de dezembro de 1998 e na presente Lei, em especial no artigo 42. Art. 55 O Tribunal de Contas, na hipótese do não- atendimento da providência a que alude o inciso VIII do artigo 33 desta Lei, comunicará o fato ao Poder Legislativo correspondente, ao qual compete adotar o ato de sustação do contrato e solicitar, de imediato, ao respectivo Poder Executivo, as medidas cabíveis. Art. 56 Se os Poderes Legislativo ou Executivo correspondentes, no prazo de 90 (noventa) dias, não efetivarem as medidas previstas no artigo anterior, o Tribunal de Contas decidirá a respeito. CAPÍTULO II Do Controle InternoArt. 57 Os responsáveis pelo controle interno, o qual deve ser mantido na forma e para as finalidades previstas no "caput" do artigo 31 e nos incisos I a IV do artigo 74, todos da Constituição Federal, ao tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas. § 1º O disposto no "caput" deste artigo aplica-se aos responsáveis pelo controle interno das esferas estadual e municipal. § 2º Ao procederem à cientificação, os responsáveis deverão manifestar-se sobre os fatos verificados e anexar toda a documentação de que dispuseram, objetivando corroborar suas alegações. § 3º A omissão na adoção do procedimento referido no "caput" deste artigo implicará responsabilidade solidária do agente. Art. 58 Os procedimentos e a decisão relativos à cientificação referida no artigo anterior dar-se-ão na formado Regimento Interno ou de Resolução, observado o disposto na presente Lei, em especial no artigo 42 e no parágrafo 1º do artigo 45. Art. 59 Quando a irregularidade ou ilegalidade abranger órgãos e entidades da administração pública direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos Estadual ou Municipal, o Tribunal de Contas comunicará a sua ocorrência, em caráter reservado, às Mesas dos respectivos Poderes Legislativos, na forma do disposto no Regimento Interno ou em Resolução. CAPÍTULO III Das Denúncias Art. 60 Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para denunciar irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas, contra agentes, órgãos ou entidades da administração pública direta e indireta, incluídas as fundações e sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos do Estado ou dos Municípios. Art. 61 Às denúncias a que se refere o artigo anterior aplicar-se-á o disposto na Lei Estadual nº 9.478, de 20de dezembro de 1991, no parágrafo 1º do artigo 6º da Lei Complementar Estadual nº 11.299, de 29 de dezembro de 1998, nesta Lei, em especial no artigo 42, e no Regimento Interno ou em Resolução. TÍTULO XI Das Decisões, dos Recursos e da Revisão CAPÍTULO I Das Decisões Art. 62 As decisões do Tribunal de Contas, incluídas aquelas relativas à emissão dos pareceres prévios especificados nos incisos I e II do artigo 33 da presente Lei, serão tomadas na forma estabelecida no Regimento Interno ou em Resolução, observado o disposto nesta Lei. Parágrafo único Na ocorrência de divergência entre decisões do Tribunal de Contas, será suscitada a uniformização da jurisprudência, na forma prevista no Regimento Interno ou em Resolução. Art. 63 A comunicação dos atos e decisões dar-se-á com a publicação no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas, presumindo-se válida para todos os efeitos legais, sem prejuízo da possibilidade de adoção de outras formas de divulgação previstas no Regimento Interno ou em Resolução. (Redação dada pela Lei Estadual nº 14.154, de 20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 1.º A intimação para a apresentação de esclarecimentos far-se-á, ainda, por meio de comunicação postal, com aviso de recebimento aos: (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de 20- 12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 10 1357 I -administradores, nos processos em que o relatório de auditoria indicar fixação de débito, imposição de penalidade pecuniária, parecer desfavorável ou julgamento pela irregularidade de contas; (Inciso incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de 20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) II - administradores e responsáveis, nos processos em que o relatório de auditoria ou a informação técnica indicar irregularidade de ato administrativo derivado de pessoal ou negativa de registro de ato de admissão, aposentadoria, reforma e pensão, inclusive nas hipóteses de cessação da ilegalidade de ato. (Inciso incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de 20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 2.ºA comunicação postal, nos casos do § 1.º, será dirigida ao endereço cadastrado nos sistemas do Tribunal de Contas, cumprindo aos administradores e responsáveis a sua devida atualização. (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de 20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 3.º Nos processos de análise da evolução patrimonial de agente público, a intimação para apresentação de esclarecimentos sobre a origem, a comprovação da legitimidade e a natureza de seus bens, nos termos do art. 3.º, inciso III, da Lei n.º 12.980, de 5 de junho de 2008, que dispõe sobre o registro das declarações de bens e o controle da variação patrimonial e de sinais de enriquecimento ilícito por agente público no exercício de cargo ou emprego público estadual, e dá outras providências, será pessoal, em nome do agente público, por meio de comunicação postal, expedida com aviso de recebimento. (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 4.º As intimações referentes a medidas cautelares, além da publicação no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas, serão encaminhadas, alternativamente, por outro meio, postal ou eletrônico. (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 5.º No caso de retorno negativo do aviso de recebimento, a intimação será renovada por intermédio de edital publicado no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas. (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de 20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) § 6.ºAs formas de comunicação indicadas neste artigo serão complementadas, sempre que possível, via e- mail e outros meios eletrônicos, desde que os interessados promovam o prévio cadastramento no portal do Tribunal de Contas do Estado e mantenham seus registros atualizados. (Parágrafo incluído pela Lei Estadual nº 14.154, de20-12-2012, publicada no DOE de 21-12-2012.) Art. 64 No exercício de suas competências, o Tribunal de Contas assegurará o direito ao contraditório e à ampla defesa, na forma prevista no Regimento Interno ou em Re-solução. CAPÍTULO II Dos Recursos Art. 65 Das decisões de que trata o artigo 62 desta Lei, caberão os recursos previstos no Regimento Interno, na forma e nos prazos ali estabelecidos. CAPÍTULO III Da Revisão Art. 66 As decisões de que trata o artigo 62, bem como aquelas proferidas quando da apreciação dos recursos a que se refere o artigo 65, ambos desta Lei, após o respecti-vo trânsito em julgado, poderão ser objeto de pedido de revisão, nos casos, na forma e no prazo estabelecidos no Regimento Interno. Art. 67 As infrações às leis e regulamentos relativos à administração contábil, financeira, orçamentária, operacional e patrimonial sujeitarão seus autores à multa de valor não superior a 1.500 (um mil e quinhentas) Unidades Fiscais de Referência, independente das sanções disciplinares aplicáveis. Art. 68 Das decisões das Câmaras e do Tribunal Pleno que imputarem débito e/ou multa, as quais terão eficácia de título executivo, serão intimadas as pessoas de que trata o artigo 34 desta Lei para, no prazo de 30 (trinta) dias, recolherem a importância correspondente, corrigida monetariamente e, no caso de débito, acrescida de juros de mora. § 1º A intimação referida no "caput" observará o disposto no artigo 63 da presente Lei. § 2º O recolhimento de que trata o "caput" dar-se-á na forma e consoante os critérios previstos no Regimento Interno ou em Resolução. Art. 69 Comprovado o recolhimento a que se refere o artigo anterior, o Tribunalexpedirá quitação do débito Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 11 1357 e/ou da multa na forma do disposto no Regimento Interno ou em Resolução. Art. 70 Na hipótese da não-efetivação do recolhimento previsto no artigo 68 desta Lei e não havendo a interposição de recurso, o Tribunal de Contas, sem prejuízo da adoção de outras providências, emitirá o respectivo título executivo e o encaminhará à autoridade competente com vista à sua cobrança, conforme o disposto no Regimento Interno ou em Resolução. Parágrafo único Verificada a omissão de parte da autoridade competente para proceder à cobrança mencionada no caput deste artigo, o Tribunal de Contas comunicará o fato ao Ministério Público junto ao Tribunal de Contas e à Procuradoria-Geral de Justiça, sem prejuízo de repercussão da matéria nas contas respectivas e da adoção das demais medidas que entender cabíveis, na forma do Regimento Interno ou de Resolução. (Parte vetada pelo Governador do Estado e mantida pela Assembléia Legislativa - DOE de 05-04-2000, p.2.) TÍTULO XIII Das Disposições Finais Art. 71 Aplicam-se aos Conselheiros do Tribunal de Contas e aos Auditores Substitutos de Conselheiro, bem como, no que diz respeito a pensões, a seus familiares, as disposições do Estatuto da Magistratura, conforme o disposto no artigo 73, parágrafos 3º e 4º da Constituição Federal e artigo 74, parágrafos 1º e 2º da Constituição do Estado. Art. 72 Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. Art. 73 Revogam-se as disposições em contrário, em especial a Lei nº 6.850, de 20 de dezembro de 1974. Porto Alegre, 06 de janeiro de 2000. PALÁCIO PIRATINI OLÍVIO DUTRA Governador do Estado Secretário de Estado da Justiça e da Segurança (DOE de 07-01-2000) REGIMENTO INTERNO DO TCE RS – RESOLUÇÃO Nº1.028/2015 TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO RESOLUÇÃO N. 1028/2015 Aprova o Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado. O TRIBUNAL DE CONTAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL, no uso de suas atribuições constitucionais e legais, considerando o contido no Processo n. 001259- 0200/06-6, RESOLVE: Art. 1º Esta resolução aprova o Regimento Interno do Tribunal de Contas do Estado. Art. 2º O Presidente do Tribunal de Contas determinará as providências e baixará as instruções necessárias à implantação dos procedimentos compatíveis com o regramento instituído pelo Regimento Interno ora aprovado. Art. 3º As modificações decorrentes desta resolução aplicar-se-ão aos processos em curso, com ou sem decisão, excetuados os dispositivos que apresentam conteúdo de direito material. Art. 4º Esta resolução entrará em vigor no dia 1º de junho de 2015. Art. 5º Revoga-se a Resolução n.544, de 21 de junho de 2000, que permanecerá regulando as situações de direito material constituídas sob sua vigência e aquelas expressamente ressalvadas no Regimento Interno ora aprovado. PLENÁRIO GASPAR SILVEIRA MARTINS, em 04 de março de 2015. Presidente CONSELHEIRO CEZAR MIOLA Relator CONSELHEIRO MARCO ANTONIO LOPES PEIXOTO CONSELHEIRO ALGIR LORENZON CONSELHEIRO IRADIR PIETROSKI Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 12 1357 CONSELHEIRO ADROALDO MOUSQUER LOUREIRO CONSELHEIRO ESTILAC MARTINS RODRIGUES XAVIER CONSELHEIRO PEDRO HENRIQUE POLI DE FIGUEIREDO Estive presente: PROCURADOR-GERAL DO MINISTÉRIO PÚBLICO JUNTO A ESTE TRIBUNAL, GERALDO COSTA DA CAMINO Disponibilizado no Diário Eletrônico de 18-03-2015. Boletim n. 304/2015. Redisponibilizado no Diário Eletrônico de 27-03-2015. Boletim n. 356/2015. Nova Redisponibilização no Diário Eletrônico de 29-05- 2015. Boletim n. 636/2015. Errata disponibilizada no Diário Eletrônico de 27-03- 2015. Boletim n. 356/2015. Errata disponibilizada no Diário Eletrônico de 29-05- 2015. Boletim n. 636/2015. JUSTIFICATIVA A presente Resolução tem por finalidade instituir nova ordem regimental no âmbito do Tribunal de Contas do Estado. A proposição, resultado de dedicado trabalho de Membros e servidores desta Corte, consolidou as alterações introduzidas ao longo do tempo na Resolução n. 544, de 21 de junho de 2000, organizando a redação da normativa para torná-la mais objetiva e concisa, além de incluir inovações voltadas a facilitar sua aplicação nas atividades institucionais desta Casa. Buscou-se, igualmente, conferir ao Regimento caráter geral, deixando a disciplina de temas específicos para a edição de resoluções e instruções normativas. Além disso, os prazos e procedimentos previstos na norma interna foram revisados e readequados, contemplando a realidade da Casa e dos órgãos e entidades, para otimizar o fluxo processual e conferir efetividade e eficácia à atuação do controle externo. Nesse mesmo sentido, a agilidade das atividades do Tribunal de Contas orientou a revisão e a simplificação de alguns procedimentos internos, com o objetivo de assegurar condições favoráveis ao trâmite processual célere e seguro. E, no plano mais concreto, visando ao fortalecimento da fiscalização, propõe-se que a tomada de contas especial possa ser instaurada de ofício, pelo próprio Tribunal de Contas, ou mesmo ser complementada, caso o jurisdicionado não tenha alcançado resultados satisfatórios na reparação do erário promovida sob seu encargo. Também as recentes decisões institucionais do Tribunal de Contas foram valorizadas pela proposição, tais como a distinção entre contas de governo e de gestão e a respectiva processualística, a jurisdição específica para os Auditores Substitutos de Conselheiro no âmbito das Câmaras Especiais e a ampliação das hipóteses de decisão monocrática. Por fim, destaca-se a relevância da normativa ora proposta, instrumento capaz de aperfeiçoar a condução das atividades administrativas e processuais do Tribunal de Contas, de forma a permitir a maior qualificação do exercício do controle externo e a satisfação do interesse coletivo. TÍTULO I – DAS DISPOSIÇÕES INICIAIS Art. 1º Este Regimento dispõe sobre constituição, estrutura, atribuições, funcionamento e competências do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul e regula o processo de seus julgamentos e de emissão de pareceres, conforme o ordenamento jurídico em vigor. Art. 2º O Tribunal de Contas, órgão de controle externo com sede nesta Capital e jurisdição própria e privativa em todo o território estadual, tem suas competências outorgadas pela Constituição Rio-Grandense e disciplinadas por sua Lei Orgânica. TÍTULO II – DA COMPOSIÇÃO, DA ORGANIZAÇÃO E DAS COMPETÊNCIAS DO TRIBUNAL Art. 3º O Tribunal de Contas compõe-se de sete Conselheiros e tem jurisdição consoante definido na sua Lei Orgânica. Art. 4º Integram a organização do Tribunal de Contas: I – o Tribunal Pleno; II – as Câmaras; III – as Câmaras Especiais; IV – os Conselheiros; V – os Auditores Substitutos de Conselheiro; VI – a Presidência; VII – a Vice-Presidência e a Segunda Vice-Presidência; VIII – a Corregedoria-Geral; Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 13 1357 IX – a Ouvidoria; X – a Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena; e XI – o Corpo Técnico e os Serviços Auxiliares. Parágrafo único. Funciona, junto ao Tribunal, o Ministério Público de Contas, ao qual compete promovera defesa da ordem jurídica, emitindo pareceres e propondo, perante a Corte de Contas, os demais órgãos de controle e a Administração, a adoção de medidas protetivas da juridicidade, da probidade e da eficiência da gestão governamental. CAPÍTULO I – DO TRIBUNAL DE CONTAS Art. 5º Compete ao Tribunal de Contas: I – exercer, com a Assembleia Legislativa, na forma da Constituição, o controle externo das contas dos Poderes, dos órgãos e das entidades do Estado e, com as Câmaras de Vereadores, o mesmo controle na área municipal; II – emitir parecer prévio sobre as contas do Governador do Estado e dos Prefeitos Municipais; III – realizar inspeções e auditorias de natureza contábil, financeira, orçamentária, operacional, patrimonial e de gestão ambiental, acompanhando a execução de programas de trabalho e avaliando a eficiência e eficácia dos sistemas de controle interno dos órgãos e entidades fiscalizados; IV – julgar as contas dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e Indireta, dos consórcios, das fundações, das associações, inclusive as organizações da sociedade da civil, e das demais sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos estadual e municipais, e as contas daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário; V – representar ao Governador do Estado e à Assembleia Legislativa, ao Prefeito e à Câmara Municipal, sobre irregularidades ou abusos apurados no exercício de suas atividades fiscalizadoras; VI – assinar prazo para que o responsável pelo órgão ou pela entidade adote as providências necessárias ao exato cumprimento da lei, se verificada ilegalidade; VII – sustar, se não atendida, a execução de ato impugnado; VIII – comunicar, à Assembleia Legislativa ou à Câmara Municipal respectiva, a decisão referida no inciso anterior, ou requerer a sustação, no caso de contratos, ou ainda promover as demais medidas cabíveis para a cessação da ilegalidade; IX – requisitar documentos dos administradores e demais responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e Indireta, dos consórcios, das fundações, das associações, inclusive as organizações da sociedade civil, e das demais sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos estadual e municipais, bem como daqueles que derem causa a perda, extravio ou outra irregularidade de que resulte prejuízo ao erário; X – apreciar, para fins de registro, a legalidade das admissões de pessoal a qualquer título, exceto as nomeações para cargos em comissão, e das concessões de aposentadorias, transferências para a reserva, reformas e pensões, bem como das respectivas revisões quando for alterada a fundamentação legal do ato concessor; XI – exercer fiscalização junto à Administração Direta e Indireta, aos consórcios, às fundações, às associações, inclusive as organizações da sociedade civil, e às demais sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos estadual e municipais; XII – apreciar os contratos de locação de prédios e de serviços firmados entre quaisquer das entidades referidas no inciso anterior e fundações privadas de caráter previdenciário e assistencial de servidores; XIII – determinar providências acautelatórias do erário em qualquer expediente submetido à sua apreciação, nos termos de resolução própria; XIV – determinar, a qualquer momento, remessa de peças ao Ministério Público e às demais autoridades competentes, quando houver fundados indícios de ilícito penal e de atos de improbidade administrativa; XV – aplicar multas e determinar ressarcimentos ao erário, em caso de irregularidades ou ilegalidades; XVI – fiscalizar, no âmbito de suas competências, o cumprimento, por parte dos órgãos e entidades do Estado e dos Municípios, das normas da Lei Complementar Federal n. 101, de 04 de maio de 2000; XVII – processar, julgar e aplicar a multa referente à infração administrativa prevista no artigo 5º da Lei Federal n. 10.028, de 19 de outubro de 2000; Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 14 1357 XVIII – fiscalizar a legalidade e a legitimidade da procedência dos bens e rendas acrescidos ao patrimônio de agente público, bem como o cumprimento da obrigatoriedade da apresentação de declaração de bens e rendas no exercício de cargo, função ou emprego público, nos termos da legislação estadual e federal aplicável; e XIX – planejar estrategicamente o exercício do controle externo, estabelecendo prioridades para a realização de inspeções e auditorias, bem como definindo clara e especificamente ações, projetos e programas para os períodos citados. CAPÍTULO II – DO TRIBUNAL PLENO Art. 6º O Tribunal Pleno é constituído pela totalidade dos Conselheiros. Parágrafo único. As sessões do Tribunal Pleno serão dirigidas pelo Presidente e, nos seus impedimentos, sucessivamente, pelo Vice-Presidente, pelo 2º Vice- Presidente, pelo Corregedor-Geral, pelo Ouvidor e pelo Conselheiro mais antigo. Art. 7º Ao Tribunal Pleno compete: I – eleger o Presidente, o Vice-Presidente, o 2º Vice- Presidente, os Presidentes das Câmaras, o Corregedor- Geral e o Ouvidor; II – escolher os Conselheiros que integrarão as Câmaras, bem como os Conselheiros e os Auditores Substitutos de Conselheiro que integrarão as Câmaras Especiais; III – aplicar qualquer penalidade administrativo- disciplinar a Conselheiro e a Auditor Substituto de Conselheiro, observado o devido processo legal; IV – elaborar e alterar: a) o Regimento Interno, bem como decidir sobre as dúvidas suscitadas na sua aplicação; b) as resoluções. V – decidir sobre a organização do Corpo Técnico e dos Serviços Auxiliares; VI – propor à Assembleia Legislativa a criação e a extinção de cargos e funções e a fixação da respectiva remuneração, bem como a alteração da organização do Tribunal de Contas; VII – emitir parecer prévio sobre as contas que o Governador do Estado prestar anualmente; VIII – julgar as contas de gestão dos administradores da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Justiça Militar, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública; IX – determinar, nas matérias de sua competência, a instauração de inspeções extraordinárias e de tomadas de contas especiais; X – decidir, nas matérias de sua competência, sobre as inspeções extraordinárias, as inspeções especiais e as tomadas de contas especiais; XI – decidir acerca do sobrestamento de processos de sua competência; XII – fixar, à revelia, o débito de responsáveis que, em tempo, não houverem apresentado suas contas; XIII – decidir sobre as providências relativas à indisponibilidade de bens dos responsáveis, quando necessário para garantir o ressarcimento do erário; XIV – representar aos Poderes, órgãos e entidades jurisdicionados sobre abusos e irregularidades constatados no exercício de suas atividades, comunicando o fato ao respectivo Poder Legislativo; XV – sustar, se não atendida, a execução de ato impugnado; XVI – comunicar ao Poder Legislativo correspondente a decisão referida no inciso anterior, ou requerer a sustação em 90 (noventa) dias, no caso de contratos, ou, ainda, promover outras medidas necessárias ao resguardo do interesse público; XVII – propor ao Governador do Estado intervenção nos Municípios, nos casos previstos na Constituição; XVIII – julgar recursos interpostos em face das decisões oriundas das Câmaras e de Câmaras Especiais, bem como de suas próprias decisões,além daquelas prolatadas pelo Presidente em recursos relativos ao disposto na Lei Federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011; XIX – julgar recursos de agravo interpostos às decisões do Relator exaradas em processos sujeitos a sua competência; XX – decidir sobre dúvidas em matéria de competência; XXI – decidir sobre os processos de uniformização da jurisprudência, bem como sobre os pedidos de revisão previstos neste Regimento; Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 15 1357 XXII – decidir, pela maioria absoluta de seus membros, sobre a inclusão, revisão, cancelamento ou restabelecimento de enunciado na súmula da jurisprudência; XXIII – negar executoriedade a lei ou a ato normativo do Poder Público que se revelar conflitante com as Constituições da República ou do Estado; XXIV – decidir acerca de matéria administrativa interna que lhe for submetida; XXV – apreciar, em grau de recurso, as decisões administrativas do Presidente; XXVI – decidir sobre matéria considerada sigilosa; XXVII – decidir os processos que lhe forem redistribuídos, inclusive por motivo de declinação de competência; XXVIII – dividir o Tribunal em Câmaras, fixar dia e hora de suas sessões, extingui-las ou colocá-las temporariamente em recesso; XXIX – determinar a extinção do juízo monocrático ou o seu restabelecimento; XXX – decidir sobre a comunicação, aos órgãos que fiscalizam categorias profissionais, das irregularidades de que tenha conhecimento relativas ao seu respectivo exercício; XXXI – determinar a instauração de sindicâncias e processos administrativos nos órgãos e entidades sujeitos à sua jurisdição; XXXII – apreciar consultas formuladas por órgãos e entidades sujeitos à sua jurisdição e pedidos de orientação técnica; XXXIII – indicar ao Governador do Estado, em lista tríplice, Auditores Substitutos de Conselheiro e membros do Ministério Público de Contas, para fins de provimento de vaga de Conselheiro do Tribunal de Contas, nos termos constitucionais; XXXIV – decidir sobre os procedimentos de cientificação, nos termos deste Regimento Interno; XXXV – processar, julgar e aplicar a multa referente à infração administrativa prevista no artigo 5º da Lei Federal n. 10.028, de 19 de outubro de 2000, em relação aos titulares, no âmbito estadual, do Poder Executivo, da Assembleia Legislativa, do Tribunal de Justiça, do Tribunal de Justiça Militar, do Ministério Público, do Tribunal de Contas e da Defensoria Pública; XXXVI – apreciar os processos de análise da evolução patrimonial de agente público, depois de ouvido o Ministério Público de Contas, quanto à legitimidade e à legalidade da evolução patrimonial e quanto à existência ou não de sinais exteriores de riqueza ilícita, bem como quanto à repercussão dos fatos no processo de contas e à representação aos Poderes e Órgãos, para a adoção das medidas que lhes cabem; XXXVII – dar posse aos Conselheiros e aos Auditores Substitutos de Conselheiro, bem como lhes atestar o exercício nos respectivos cargos; XXXVIII – dar posse ao Procurador do Ministério Público de Contas; XXXIX – examinar o atendimento dos requisitos para a promoção de Adjunto de Procurador ao cargo de Procurador, procedendo à devida indicação, atendo-se rigorosamente às disposições legais e ao estatuído no Regimento Interno do Ministério Público de Contas; XL – dispor sobre a organização e atribuições da Escola Superior de Gestão e Controle Francisco Juruena; XLI – deliberar acerca da permuta ou remoção voluntária dos Conselheiros e dos Auditores Substitutos de Conselheiro de uma para outra Câmara ou Câmara Especial, respectivamente; e XLII – criar, transferir de sede e extinguir unidades do Corpo Técnico e dos Serviços Auxiliares, bem como fixar, ampliar ou reduzir as suas respectivas atribuições. CAPÍTULO III – DAS CÂMARAS Art. 8º As Câmaras terão composição e quórum de três membros, sempre presididas por um Conselheiro, escolhidos pelo Tribunal Pleno na mesma oportunidade em que forem eleitos o Presidente, o Vice-Presidente, o 2º Vice-Presidente, o Corregedor- Geral e o Ouvidor. Parágrafo único. Excepcionalmente, na sessão em que ocorrer hipótese de vacância do cargo, ausência, férias ou impedimento dos Conselheiros, a mesma poderá ser presidida, em caráter eventual, por Auditor Substituto de Conselheiro que estiver em substituição a Conselheiro, obedecido o critério de antiguidade. Art. 9º Compete às Câmaras: Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 16 1357 I – apreciar, para fins de registro, a legalidade das admissões de pessoal a qualquer título, exceto as nomeações para cargos em comissão, e das concessões de aposentadorias, transferências para a reserva, reformas e pensões, bem como das respectivas revisões, quando alterada a fundamentação legal do ato concessor; II – sustar, se não atendida, a execução de ato impugnado; III – comunicar ao Poder Legislativo correspondente a decisão referida no inciso anterior, ou requerer a sustação em 90 (noventa) dias, no caso de contratos, ou promover outras medidas necessárias ao resguardo do interesse público; IV – emitir parecer prévio sobre as contas de governo que os Prefeitos, anualmente, devem submeter às Câmaras Municipais; V – declinar de sua competência para o Tribunal Pleno em matéria cuja complexidade e relevância assim o exija e, obrigatoriamente, em observância à cláusula de reserva de plenário; VI – julgar os recursos de embargos de declaração opostos às suas próprias decisões; VII – julgar recursos de agravo interpostos às decisões do Relator exaradas em processos sujeitos a sua competência; VIII – processar, julgar e aplicar a multa referente à infração administrativa prevista no artigo 5º da Lei Federal n. 10.028, de 19 de outubro de 2000, em relação aos Chefes dos Poderes Executivo e Legislativo municipais; IX – decidir acerca do sobrestamento de processos de sua competência; X – julgar os processos de retificação de certidão emitida pelo Tribunal; XI – apreciar a regularidade dos atos administrativos derivados de pessoal, assim entendidos os relativos a reenquadramentos, transposições de regime jurídico, transferências do município-mãe, outras transferências, reintegrações, readaptações, readmissões, reconduções, reversões e aproveitamentos; XII – julgar as contas de gestão dos administradores e demais pessoas não relacionadas no inciso VIII do artigo 7º, responsáveis por dinheiros, bens e valores públicos da Administração Direta e Indireta, dos consórcios, das fundações, das associações e das sociedades instituídas e/ou mantidas pelos Poderes Públicos estadual e municipais, além de outras entidades que recebam recursos públicos; e XIII – determinar, nas matérias de sua competência, a instauração de inspeções extraordinárias e de tomadas de contas especiais. XIV – decidir, nas matérias de sua competência, sobre as inspeções extraordinárias, as inspeções especiais e as tomadas de contas especiais; § 1º Parte das competências estabelecidas neste artigo será exercida pelas Câmaras Especiais, nos termos das regulações fixadas em resoluções próprias. § 2º Os Conselheiros e os Auditores Substitutos de Conselheiro poderão decidir, em juízo monocrático, os processos de que tratam os incisos I, IV, X, XI e XII do caput deste artigo, quando convergente o seu posicionamento com as conclusões do Corpo Técnico e a manifestação do parecerministerial, no sentido da regularidade dos atos examinados e da inexistência de falhas apontadas nos autos. § 3º Na hipótese de divergência entre os posicionamentos referidos no parágrafo anterior, ou quando o processo contiver indícios de delitos sujeitos à ação penal pública ou de prática de atos de improbidade administrativa, a decisão deverá ser colegiada. CAPÍTULO IV – DOS CONSELHEIROS Art. 10. Os Conselheiros do Tribunal de Contas, escolhidos na forma prevista na Constituição Estadual, serão nomeados pelo Governador do Estado e tomarão posse em sessão especial do Tribunal Pleno. § 1º No ato de posse, o Conselheiro prestará o compromisso de bem servir e cumprir os deveres do cargo, em conformidade com a Constituição e as leis. § 2º Desse compromisso, firmado pelo Conselheiro empossado e pelo Presidente, será lavrado termo e expedido o respectivo diploma. Art. 11. A antiguidade do Conselheiro no cargo será estabelecida pela posse. Art. 12. Além das outras competências previstas neste Regimento e das que lhe vierem a ser atribuídas por resolução, compete ao Relator: Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 17 1357 I – ordenar o andamento dos processos que lhe forem distribuídos, proferindo decisões interlocutórias; II – determinar diligências necessárias à complementação da instrução, fixando prazo não superior a 30 (trinta) dias para o seu cumprimento, à exceção das relativas a atos sujeitos a registro, cujo prazo poderá ser fixado em até 60 (sessenta) dias, inadmitida, em qualquer caso, a prorrogação; III – determinar a cientificação do responsável sobre o conteúdo do relatório de auditoria ou de inspeção, desde que com falhas, mediante publicação no Diário Eletrônico do Tribunal de Contas; IV – determinar a intimação, na forma prevista no artigo 117, dos administradores e responsáveis, para, querendo, apresentar defesa ou esclarecimento e produzir provas, com a juntada de documentos, numa única oportunidade, no prazo de 30 (trinta) dias, inadmitida a prorrogação, quando verificar que, do processo, poderá resultar a fixação de débito ou imposição de penalidade; V – determinar a intimação, na forma prevista no artigo 117, dos administradores e responsáveis, para, querendo, apresentar defesa ou esclarecimento e produzir provas, com a juntada de documentos, numa única oportunidade, no prazo de 30 (trinta) dias, inadmitida a prorrogação, nos processos em que o relatório de auditoria ou a informação técnica indicar a irregularidade de ato administrativo derivado de pessoal ou a negativa de registro de ato de admissão, inclusive nas hipóteses de cessação da ilegalidade de ato; VI – determinar a inclusão do processo em pauta de julgamento, exceto no caso do artigo 14, §1º, deste Regimento; VII – relatar o processo no prazo de 60 (sessenta) dias, contados do encerramento da instrução; VIII – apresentar, na hipótese e concomitantemente com o ato referido no inciso anterior, voto por escrito perante o Tribunal ou a Câmara que integrar; IX – alertar os titulares dos Poderes ou órgão referidos no artigo 20, quando da ocorrência das situações previstas no § 1º do artigo 59, ambos da Lei Complementar Federal n. 101, de 4 de maio de 2000, podendo esse alerta ser gerado automaticamente por meio dos sistemas informatizados do Tribunal; X – intimar o responsável para apresentar defesa e produzir provas, com a juntada de documentos, no prazo de 30 (trinta) dias, no processo de infração administrativa de que trata o artigo 5º da Lei Federal n. 10.028, de 19 de outubro de 2000; XI – havendo fundado receio de grave lesão a direito ou risco de ineficácia da decisão de mérito, determinar de ofício ou mediante provocação, independentemente de inclusão em pauta, medidas liminares acautelatórias do erário em caráter de urgência, consistentes, dentre outras providências protetivas do interesse público, na suspensão do ato ou do procedimento questionado; XII – determinar, concomitantemente à intimação do responsável para a prestação de esclarecimentos, conforme o caso, a disponibilização dos respectivos relatórios também a seu superior hierárquico, ao titular do Poder Executivo, à Mesa do Legislativo correspondente e ao Ministério Público; XIII – no prazo de 10 (dez) dias contados do recebimento do processo: a) proferir decisões interlocutórias em pedido de medida acautelatória e de antecipação dos efeitos da tutela recursal; e b) exercer o juízo de retratação em agravo. XIV – deferir ou não o requerimento de habilitação formulado por terceiro juridicamente interessado; XV – determinar a adoção das medidas necessárias à restauração de autos, em caso de desaparecimento, extravio, destruição ou inutilização, ou à sua reconstituição, quando transferidos para mídia virtual; XVI – proferir decisão, em juízo monocrático, sobre as matérias referidas no § 2º do artigo 9º deste Regimento Interno, no prazo de 30 (trinta) dias, contados da conclusão do respectivo processo; e XVII – submeter ao Tribunal Pleno e às Câmaras, inclusive às Especiais, as proposições de instauração de tomadas de contas especiais e inspeções extraordinárias nas matérias de sua competência. § 1º A omissão de defesa ou esclarecimento pelo responsável, quando intimado nos termos deste artigo, caracterizará renúncia à faculdade oferecida para justificação do ato impugnado. § 2º O desatendimento a pedido de informações julgadas imprescindíveis ao esclarecimento de ato, fato Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 18 1357 ou situação sujeitará o responsável às medidas legais cabíveis, por deliberação do órgão julgador. § 3º A requerimento do interessado, o Relator poderá determinar a juntada de documentos ao processo durante sua instrução e na fase recursal, até, em ambos os casos, a emissão do parecer do Ministério Público de Contas. § 4º O Conselheiro fica vinculado à execução da decisão cuja relatoria lhe tenha sido atribuída no processo originário. Art. 13. O Relator poderá promover o rodízio do processo entre os demais Conselheiros, para que tomem ciência do seu conteúdo. Art. 14. O Conselheiro que pedir vista de processo deverá devolvê-lo, no máximo, até a quinta sessão subsequente àquela em que formulado o pedido. § 1º Não devolvido até a sessão aprazada, caberá à Secretaria das Sessões incluir o processo na pauta da sessão subsequente, competindo ao Presidente chamá-lo à votação. § 2º Retomado o julgamento, caberá ao Conselheiro que solicitou vista devolver o processo ou, na impossibilidade de fazê-lo, renovar o pedido, a ser concedido nos termos do caput. § 3º Na hipótese de impossibilidade de inclusão do processo em pauta, por ausência à sessão do Conselheiro que deveria devolver o processo, caberá à Secretaria das Sessões proceder a sua inclusão na próxima sessão em que se der o retorno do respectivo Conselheiro. Art. 15. Não participará do julgamento o Conselheiro que não tenha assistido ao relatório ou aos debates, salvo se se considerar esclarecido. CAPÍTULO V – DA PRESIDÊNCIA, DAS VICE- PRESIDÊNCIAS, DA CORREGEDORIA-GERAL E DA OUVIDORIA Seção I – Da Presidência Art. 16. O Presidente exerce a representação do Tribunal, ativa e passivamente, em juízo e nas relações externas, administra-o, preside o Tribunal Pleno e dirige o Corpo Técnico e os Serviços Auxiliares. Parágrafo único. A representação judicial do Tribunal de Contas será exercida pelaProcuradoria-Geral do Estado. Art. 17. Além das outras competências previstas neste Regimento, compete ao Presidente, nos termos da lei ou de resolução: I – cumprir e fazer cumprir as deliberações do Tribunal; II – submeter ao Tribunal Pleno qualquer matéria que, direta ou indiretamente, se integre na sua competência; III – convocar sessões do Tribunal Pleno, dirigir seus trabalhos, ordenar as discussões e proclamar o resultado das votações; IV – decidir questões de ordem suscitadas em Tribunal Pleno; V – proferir voto de desempate ou, no caso de impedimento ou suspeição, convocar Auditor Substituto de Conselheiro presente na sessão; VI – propor ao Tribunal Pleno alterações ao Regimento Interno; VII – instalar as Câmaras; VIII – propor ao Tribunal Pleno os nomes dos Conselheiros que integrarão as Câmaras e as Câmaras Especiais, assim como os Auditores Substitutos de Conselheiro que integrarão as Câmaras Especiais; IX – convocar Auditores Substitutos de Conselheiro, na forma dos artigos 28 e 30; X – adotar providências relativas à uniformização das deliberações das Câmaras; XI – definir, mediante resolução própria, a forma de distribuição de processos; XII – informar à Procuradoria-Geral do Estado e ao Prefeito sobre os valores não recolhidos ao erário estadual ou municipal, respectivamente, nos prazos fixados, com envio de certidão das decisões de que se originaram, a fim de ser promovida a competente cobrança; XIII – expedir os atos administrativos de competência do Tribunal referentes aos Conselheiros, Auditores Substitutos de Conselheiro e membros do Ministério Público de Contas, inclusive quanto aos inativos, excetuados os de nomeação, demissão, exoneração e aposentadoria; XIV – conceder licenças e férias aos Conselheiros, Auditores Substitutos de Conselheiro e aos membros do Ministério Público de Contas; Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 19 1357 XV – prover os cargos, dar posse, conceder direitos e vantagens, atestar o exercício e aplicar penas disciplinares ao pessoal do Corpo Técnico e dos Serviços Auxiliares; XVI – designar servidores para constituírem comissão e procederem a estudos ou trabalhos de interesse geral; XVII – propor ao Tribunal Pleno os nomes de Conselheiros e Auditores Substitutos de Conselheiro para as mesmas finalidades previstas no inciso anterior; XVIII – autorizar despesas nos casos e limites estabelecidos em lei; XIX – mandar riscar expressões desrespeitosas contidas em documentos encaminhados ao Tribunal de Contas; XX – expedir instruções normativas para a boa execução das disposições contidas neste Regimento e em resoluções aprovadas pelo Tribunal Pleno; XXI – prestar, nos termos constitucionais, informações que forem solicitadas ao Tribunal de Contas por autoridades públicas; XXII – determinar a realização de inspeções especiais e submeter ao Tribunal Pleno as proposições de instauração de inspeções extraordinárias e de tomadas de contas especiais; XXIII – organizar o relatório dos trabalhos do Tribunal de Contas e apresentá-lo ao Tribunal Pleno, encaminhando-o à Assembleia Legislativa; XXIV – encaminhar ao Governador do Estado as listas tríplices referidas no artigo 7º, inciso XXXIII; XXV – expedir atos relativos à indicação e promoção de Adjunto de Procurador para, respectivamente, substituir ou suceder o Procurador, observando-se o disposto em lei e no Regimento Interno do Ministério Público de Contas; XXVI – comunicar à Câmara Municipal a falta de prestação de contas anuais do Prefeito em tempo hábil; XXVII – determinar o processamento das consultas, nos termos deste Regimento; XXVIII – ordenar os procedimentos necessários à apuração dos fatos, quando tomar ciência de irregularidades ou ilegalidades; XXIX – organizar e submeter à aprovação do Tribunal Pleno a proposta do plano plurianual, das diretrizes orçamentárias e do orçamento anual, bem como dos projetos de abertura de créditos adicionais; XXX – fazer expedir e subscrever os atos executórios das decisões do Tribunal; XXXI – dispensar e declarar a inexigibilidade de licitação, bem como praticar outros atos correlatos, na forma da lei; XXXII – suspender, em caráter excepcional, havendo urgência, a execução de medida acautelatória concedida ou de efeito suspensivo agregado a recurso, submetendo o ato a referendo do Tribunal Pleno na sessão ordinária subsequente; XXXIII – prestar contas, anualmente, das atividades desenvolvidas pelo Tribunal de Contas, podendo, para tanto, também ser convocada audiência pública; e XXXIV – decidir os recursos administrativos interpostos em face de decisões relativas a requerimentos de acesso a informações, nos termos da Lei Federal n. 12.527, de 18 de novembro de 2011. Parágrafo único. O Presidente poderá delegar as competências previstas nos incisos XII, XVIII, XXI, XXX e XXXI deste artigo Seção II – Das Vice-Presidências Art. 18. Ao Vice-Presidente compete, nos termos da lei ou de resolução: I – substituir o Presidente em seus impedimentos, faltas, licenças ou férias e suceder-lhe em caso de vaga; II – colaborar com o Presidente na representação e administração do Tribunal; e III – relatar no Tribunal Pleno, além dos processos que lhe forem distribuídos, matérias de natureza administrativa. Parágrafo único. Ao 2° Vice-Presidente, além de colaborar com o Presidente na representação e administração do Tribunal, compete substituir o Vice- Presidente em suas faltas e impedimentos e suceder- lhe em caso de vaga. Seção III – Da Corregedoria-Geral Art. 19. A Corregedoria-Geral do Tribunal de Contas é órgão de fiscalização e disciplina, sendo o cargo de Corregedor-Geral privativo de Conselheiro. Vade Mecum Estratégico – TCE-RS Legislação Compilada Pelo Estratégia Concursos Cursos completos para o TCE-RS em: www.estrategiaconcursos.com.br 20 1357 Art. 20. Ao Corregedor-Geral compete, nos termos da lei ou de resolução: I – realizar, de ofício ou mediante provocação, inspeções ou correições de sua competência nos órgãos técnicos e administrativos do Tribunal; II – relatar, perante o Tribunal Pleno, processos administrativo-disciplinares que envolvam Conselheiros, Auditores Substitutos de Conselheiro ou servidores deste Tribunal; III – indicar, na forma da lei, a composição das comissões de sindicâncias, processos e inquéritos administrativo-disciplinares da sua competência, propondo à Presidência, após a devida tramitação legal, a aplicação das penalidades cabíveis e medidas corretivas; IV – propor à Presidência a adoção de providências sobre o andamento dos processos, bem como medidas de racionalização e otimização dos serviços relativos à sua área de competência; V – verificar o cumprimento dos prazos regimentais, propondo à Presidência a abertura de sindicância ou processo administrativo-disciplinar quando entender cabíveis; VI – requisitar os meios necessários para o cumprimento das respectivas atribuições; VII – sugerir ao Presidente planos de trabalho; VIII – sugerir provimentos sobre as atribuições dos cargos do Quadro de Pessoal, quando não estabelecidas em lei ou resolução, em função das atividades correcionais levadas a efeito; e IX – opinar, quando solicitado, sobre pedidos de remoção, permuta, transferência e readaptação de servidores. Parágrafo único. O Ouvidor substituirá o Corregedor- Geral nas suas faltas e impedimentos, bem como em caso de vaga, até a respectiva eleição. Seção IV – Da Ouvidoria
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