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CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 1 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Aula 04 – MEIO AMBIENTE, ENERGIA E TECNOLOGIA Olá, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana, curtiram o carnaval e também estudaram bastante? Espero que não tenha ninguém aí com ressaca, heim?! ☺ Bem, hoje abordarei três assuntos que vem crescendo, cada vez mais, no cenário internacional: a proteção do meio ambiente e as questões energéticas e tecnológicas. Pela importância dos assuntos, essa aula acaba sendo uma das maiores de todo o nosso curso, já que contará com uma vasta gama de informações imprescindíveis para a realização de qualquer concurso. Digo isso porque, pelo que observei nas provas que cobraram Atualidades em 2011, e inicio de 2012, esses temas estão cada vez mais presentes. Portanto, vale a pena dedicar um pouco mais de atenção a esta aula, ok? Preparados para seguir em frente? Então vamos lá! ☺ ___X___ ___X___ ___X___ 1 – A questão ecológica em nível mundial A questão ecológica e a preocupação com os problemas ambientais acabam gerando em todos nós algumas perguntas inquietantes: elas são mesmo fruto de um desconforto real ou apenas uma moda passageira? Alguns chegam até a afirmar que estas questões foram trazidas à tona como um cômodo recurso ideológico que objetiva substituir as grandes CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 2 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br questões mobilizadoras até poucas décadas atrás. Para os mais radicais, toda essa “festa” em torno do meio ambiente não passa de uma forma de manter enfraquecidos os problemas sociais do mundo, como a pobreza, a exploração e os conflitos de interesse entre as classes. Mas será que isso é pertinente? Compreender o problema ambiental não significa dominar a geografia física das regiões, conhecer o relevo, os rios e saber tudo sobre as devastações ambientais. É claro que tudo isso tem sua importância, pois compõe o nosso estudo. Entretanto, é imprescindível percebermos que o alcance da questão ecológica é bem mais profundo do que parece, uma vez que não se reduz apenas aos inúmeros distúrbios do meio ambiente. Na verdade, o fato dessa questão ecológica estar tão na “moda” nos mostra a incapacidade de um sistema social de produção e de consumo (capitalismo) em manter formas e ritmos de crescimento sem destruir as condições de sua própria reprodução. Deste modo, a importância do assunto transcende as diversas crises ambientais espalhadas em todas as regiões do planeta e demanda que percebamos que desequilíbrios entre sociedade e meio ambiente estão biblicamente atrelados à história da humanidade. Todavia, o que é absolutamente novo pra nós é que as crises ambientais globais estejam influenciando, cada vez mais, nos colapsos locais e regionais ocorridos nos últimos tempos. Vamos pensar, por exemplo, nas chuvas do Rio de Janeiro. Pesquisas apontam que o aquecimento global causado pelo contínuo desenvolvimento industrial é um dos principais responsáveis por catástrofes climáticas como essa. Do mesmo modo, o furacão ocorrido no Rio Grande do Sul que, em 2004, destruiu mais de 20 mil casas, ou os temporais em Santa Catarina. Todos esses fenômenos acabam tendo como principal justificativa o desequilíbrio ambiental global. Assim, amigos, as profundas implicações econômicas, políticas e sociais acabam mesmo se conectando às questões do meio ambiente e, talvez CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 3 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br por isso, esse tema esteja sempre presente nas provas de atualidades (e agora mais do que nunca!). Modismo ou não, o debate em torno do assunto é intenso e, pela primeira vez, a sensação de que toda a humanidade caminha para situações catastróficas parece unânime. As transformações ambientais, geralmente traumáticas e dolorosas, acabaram cobrando da sociedade tanto uma reflexão em torno das relações entre o homem e a natureza quanto a necessidade de revê-las. É verdade também que os desastres climáticos não ameaçam todo mundo da mesma forma, na mesma intensidade e nem com a mesma iminência. Deste modo, ficam mais vulneráveis a esses desastres – que acabam sendo sociais – as populações que não possuem tecnologia, que são empurradas sempre para mais longe dos centros de produção e consumo. Por isso, podemos afirmar que as sociedades mais pobres e marginalizadas são as que mais intensa e rapidamente sofrem os problemas do esgotamento do solo, da escassez de água, moradia e alimentos. A questão ecológica, portanto, diz respeito, ao mesmo tempo, às relações entre os homens e às relações dos homens com a natureza – que é quem fornece seus meios de sobrevivência. O avanço técnico e científico que contribuiu para o boom de todo o processo de industrialização em países ricos e pobres, capitalistas e socialistas, pode ser considerado o principal elemento de interferência e alteração da natureza. Não é segredo para nós que a natureza é formada por um conjunto de componentes ambientais composto de terra, água, ar e seres vivos, animais e vegetais. Pois bem, esses elementos são interdependentes, o que significa que a alteração ou agressão de um deles resulta, imediatamente, na alteração de outro. Até os anos de 1960, qualquer idéia de sociedade que se distinguisse da capitalista já mostrava que havia uma inegável necessidade de uma nova CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 4 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br organização econômica, em que os meios produtivos fossem divididos de forma mais equilibrada. Entretanto, até a década de 70 não havia a menor preocupação direta com questões ambientais ou ecológicas, com exceção das universidades que tratavam o tema com relativo cientificismo. “Não entendi, professora, o tratamento das questões ambientais é da década de 60 ou 70?” Bom, deixe-me, explicar melhor! As primeiras preocupações com a destruição da natureza, principalmente das florestas e dos animais selvagens, surgiram nos anos 50, com as primeiras manifestações organizadas contra os armamentos e as usinas nucleares. Essas manifestações foram importantes, pois abriram o caminho para a luta contra os efeitos poluidores da indústria e para as idéias de conservação do meio ambiente, que até então estavam restritas aos círculos acadêmicos e naturalistas. No entanto, essas manifestações eram espaçadas e restritas aos ecologistas de plantão. Na verdade, eles queriam despertar a sociedade para os danos que eram causados à natureza, alertando para possíveis complicações futuras. Mas, em meio a uma sociedade que buscava lucro e mais lucro, que se industrializava rapidamente, esses brados não eram ouvidos! Em meados da década de 1960, a sociedade capitalista começou a pensar na necessidade de fazer uma melhor distribuição dos meios produtivos para diminuir as grandes diferenças entre os países "avançados" e os "atrasados e dependentes", mas essa mudança de pensamento ainda era restrita a alguns poucos teóricos da economia que viam nessa melhor distribuição o próprio fortalecimento do sistema capitalista. O alarido dos ecologistas, pedindo por mais atenção ao meio ambiente, continuava em sua "conversa de mudos", ou seja, sem receber atenção dos governos, empresários e industriais. É somente a partir de 1970 que aparecem os primeiros sinais de que a sociedade capitalista (incluindo governos,empresários, comerciantes, CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 5 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br industriais, população em geral e sociedade acadêmica) começava a realmente pensar em desenvolvimento sem afetar negativamente o meio ambiente. Mas, era apenas o começo. Foi somente nesse momento que as vozes dos ecologistas começam a ser ouvidas, aquelas mesmas vozes que estavam "roucas" de gritar que o desenvolvimento econômico não deveria atropelar a natureza. Mas, a preocupação real e o desenvolvimento de acordos internacionais no sentido de prezar pelo equilíbrio ambiental ainda é posterior a isso. Como sabemos, no Brasil, o grande crescimento industrial se deu entre as décadas de 50 e 60, portanto não haveria mesmo como haver manifestações ecológicas anteriores a esse período. Apesar disso, em outros lugares, “privilegiados” pela industrialização precoce, essa também não era uma discussão comum, como vimos acima, ela era restrita aos ambientalistas. A crescente industrialização concentrada em cidades, a mecanização da agricultura, a intensa exploração de recursos energéticos como carvão mineral e petróleo, e minerais como ferro, alumínio, etc., alteraram significativamente a terra, o ar e a água do planeta. Tamanha exploração levou algumas áreas à degradação ambiental irreversível, o que evidenciou duas necessidades mundiais urgentes. A primeira era a obrigação de haver maior integração entre as disciplinas que se propunham a estudar a natureza. A segunda era a necessidade de uma profunda revisão dos paradigmas da ciência moderna para alcançarem uma solução para o problema identificado. Devido à visibilidade que foi dada aos diversos problemas ambientais e ecológicos apontados pelas crescentes manifestações, sua mobilização e suas lutas, este assunto ganhou mais atenção das sociedades mundiais. É claro, pessoal, que, nesse processo acelerado de “tecnificação” das sociedades humanas, algumas regiões do planeta foram palco de maiores CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 6 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br alterações do que outras. Entretanto, poucas são as áreas do mundo que não foram total ou parcialmente devastadas pelas práticas predatórias do homem. A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou interferiu e alterou profundamente a natureza, já que, para construir e alimentar complexos industriais, extensos espaços de natureza tiveram que ser destruídos. O desenvolvimento permanente dos meios de produção, a ampliação da sociedade de consumo, os atrativos do lazer, do conforto e a liberação da mão-de-obra rural, acabaram estimulando o crescimento da população urbana nos países industrializados. Apesar disso, o crescimento rápido das cidades não pôde ser acompanhado no mesmo ritmo, sobretudo nos países em desenvolvimento, pelo incremento das redes de água tratada, coleta e saneamento de esgoto etc. Nessas sociedades (os países em desenvolvimento), os problemas ambientais são muito maiores do que nos países mais desenvolvidos. Essa diferença se dá principalmente porque, além das questões relativas à destruição do meio ambiente em si, como a poluição do solo, do ar e da água, ainda há o agravante da pobreza da população. Vejamos como esses temas podem ser encontrados em provas! 1) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) A questão ambiental, tendo em vista suas implicações sociais, econômicas e políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das políticas nacionais e do fórum de debate mundial. Acerca desse assunto, julgue o item subsequente. Com a maior parte da população brasileira vivendo em aglomerações urbanas, a degradação da qualidade do meio ambiente urbano e dos CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 7 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de proliferação de doenças nas cidades. COMENTÁRIOS A urbanização acentuada é uma constante em todas as regiões do nosso planeta. Entretanto, o que durante muitos anos foi visto como símbolo de progresso hoje comporta em si inúmeros problemas. Nesse sentido, a explosão da periferia nas grandes cidades foi uma das principais responsáveis pela degradação do meio ambiente, existência de conflitos pelos recursos naturais e proliferação das doenças. Isso ocorre na maior parte das cidades de países em desenvolvimento e é um ponto muito forte aqui no Brasil. A grande maioria das metrópoles abriga favelas e essa situação tende a se agravar principalmente em países onde as pessoas continuam migrando em busca de empregos e se defrontam com a ociosidade. A maior parte da população brasileira vive em aglomerações urbanas. Essa concentração populacional nas cidades tem como conseqüência a degradação ambiental, causada pelas modificações ocorridas no espaço geográfico. Assim, verifica-se nos principais aglomerados urbanos brasileiros grande poluição do ar, do solo (causado pelo lixo urbano), sonora, visual, etc. Tudo isso causa perda da qualidade de vida da população, o que gera aumento do número de doenças e conflitos ambientais. Ressalte-se que quando a questão fala em conflitos ambientais, ela não quer dizer que se “pega em armas” em defesa do meio ambiente. Os conflitos ambientais são uma nova espécie de conflito social, que exige a intervenção do Estado. Pode-se verificar que justamente a parcela da sociedade que mais sofre com os riscos ambientais é justamente a menos CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 8 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br favorecida e que, por conseguinte, tem menos responsabilidade na construção deste risco. Portanto, a questão está correta. Gabarito: Certo ___X___ 1.1 – O ambiente ganha visibilidade mundial O grande concretizador do meio ambiente como um assunto mundialmente importante foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Tendo como tema principal o Meio Ambiente Humano, essa Conferência estabeleceu princípios de aplicação geral no que se refere à proteção ambiental. De acordo com Accioly, o ano de 1972 pode ser apontado como o ano em que a conscientização para a importância de se evitar a destruição do meio ambiente tomou âmbito global. Nessa conferência, se reuniram pela primeira vez países industrializados e países em desenvolvimento para discutir problemas relativos ao meio ambiente. Apesar do objetivo comum de preservação ambiental, a conferência deixou claro o fosso existente entre esses países, sobretudo em matéria ecológica. Assim, quando o grupo de países em desenvolvimento era chamado a cumprir padrões mínimos ambientais, eles entendiam essa pressão como um mecanismo utilizado pelos países mais industrializados para impedir seu crescimento. Dessa forma, para grande parte das nações, a questão ambiental surgiu como um limitador e dificultador do modelo vigente, em que são explorados, descontroladamente, os recursos ambientais do planeta. A Conferência de Estocolmo deu origem à Declaração das Nações Unidas sobre o meio ambiente, que estabelece princípios gerais para sua proteção e prevê a criação do Programa das Nações Unidas. Esse programa CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 9 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br tem como objetivo fundamental coordenar asações internacionais de amparo à natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável. Bem, para compreendermos a Declaração de Estocolmo, teremos que entrar um pouco no direito internacional ambiental, mas não se assustem, pois não é nada de outro mundo, ok? Assim, temos como pontos principais: � O direito ao meio ambiente foi alçado à condição de direito fundamental do ser humano. O primeiro princípio enumerado pelo referido documento estabelece que “o homem tem direito fundamental à liberdade, à igualdade e a condições de vida satisfatórias, em meio ambiente cuja qualidade lhe permita viver com dignidade e bem-estar.” � A Declaração de Estocolmo estabeleceu o princípio da responsabilidade internacional dos Estados em matéria ambiental. De acordo com o princípio de nº 21, “os Estados têm o direito soberano de explorar os seus próprios recursos segundo políticas ambientais que estabeleçam. Entretanto eles têm o dever de realizar essas atividades nos limites de sua jurisdição ou sob seu controle, desde que não causem danos ao meio ambiente em outros estados ou nas regiões não submetidas a qualquer jurisdição nacional.” Resumindo: lembram daquele sermão que ganhávamos da professora no colégio, que dizia que nosso direito termina onde começa o do coleguinha? Pois bem, aqui é a mesma coisa: um Estado não pode explorar seus recursos de forma a causar dano a outro Estado. � Um Estado deve ser responsabilizado pelos danos ambientais que cause fora de sua jurisdição territorial, ou seja, pelos danos que cause ao meio ambiente de outro Estado. Ou seja, feriu o direito do coleguinha? Então vai ter que assumir a responsabilidade. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 10 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Passados 10 anos da Conferência de Estocolmo, foi elaborado um relatório para avaliar tanto os principais resultados alcançados, quanto apontar os principais problemas ambientais existentes. E foi nesse momento que surgiu, pela primeira vez, o conceito de “desenvolvimento sustentável ”. Mas o que seria isso afinal? Podemos entender este desenvolvimento como sendo aquele que atende as necessidades do sistema produtivo e das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de terem suas próprias necessidades atendidas. Outro evento que marcou as relações homem / meio ambiente foi o realizado em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Vocês se lembram? Dependendo da idade de vocês, é possível que não, mas pra mim, que já sou velhinha (rsrsrs, não vale perguntar minha idade no fórum, heim?!), a ECO 92 foi um evento inesquecível! Na ocasião, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, que em 1972 havia sido em Estocolmo, movimentou a cidade do Rio de Janeiro e ganhou a mídia brasileira e internacional. Do mesmo modo, a conferência realizada na Suécia, foi “reproduzida”, duas décadas mais tarde, na cidade do Rio e ficou mundialmente conhecida como ECO-92. Nesse encontro, líderes do mundo todo foram reunidos e produziram importantes documentos que buscavam regulamentar os mais variados elementos sobre o meio ambiente. Assim, entraram na pauta das discussões para proteção ambiental: princípios sobre Florestas, Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção sobre Mudanças Climáticas, Agenda 21 e a Declaração do Rio. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 11 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Esses documentos tinham como principal objetivo definir um rumo geral para as políticas ambientais essenciais de desenvolvimento mundial. Assim, as políticas ali definidas deveriam ditar um modelo de desenvolvimento sustentável que desse conta de suprir às necessidades globais e, ao mesmo tempo, reconhecesse os limites de desenvolvimento econômico. Nessa linha, a Agenda 21 foi um documento elaborado com o objetivo de servir de guia para que os Estados formulassem políticas públicas em matéria ambiental com vistas a promover o desenvolvimento sustentável. Outra realização importante deste evento foi a consolidação da Convenção- Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima por quase todos os países do mundo. Essa convenção nada mais é do que um tratado internacional que tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa na atmosfera em níveis admissíveis pelo sistema climático. É verdade também que ainda não se sabe, com precisão, qual é a medida de gases que poderiam ser considerados seguros, entretanto, boa parte da comunidade científica admite que a contínua emissão de gases no ritmo atual trará fortes danos ao meio ambiente. Assim, amigos, é correto afirmar que tanto a Conferência de Estocolmo quanto a ECO-92 foram os marcos mais importantes para o alargamento da gravidade da questão ambiental internacional. Cabe destacar também o Protocolo de Kyoto, assinado na cidade japonesa de mesmo nome no ano de 1997. A convenção em Kyoto estabeleceu um sólido compromisso por parte dos países desenvolvidos em reduzir a emissão de gases, mesmo com ônus aos seus respectivos crescimentos econômicos. No entanto, apesar da seriedade com que as nações encararam o protocolo, ainda não são palpáveis os meios pelos quais seriam colocadas em prática as medidas e o compromisso em reduzir as emissões de gás. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 12 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br O Protocolo de Kyoto faz parte da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e determina que os Estados deverão, para promover o desenvolvimento sustentável, implementar ou aprimorar suas políticas nas mais diversas áreas, como: aumento da eficiência energética; promoção de formas sustentáveis de agricultura; proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de efeito estufa; redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios para os setores emissores de gases de efeito estufa; pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de sequestro de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras; limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua utilização no tratamento de resíduos, bem como na produção, no transporte e na distribuição de energia e; medidas para limitar ou reduzir a emissão de gases de efeito-estufa, como a aplicação do princípio do poluidor-pagador. Aplicando o princípio do poluidor-pagador, o protocolo criou o “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, que deu a oportunidade para a criação de um mercado de créditos de carbono. “E não, professora, não tô entendo nada, crédito de carbono, o que é isso?” Bem, na verdade, isso funciona como um sistema de compra simples, em que aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de redução de emissões de gases do efeito estufa têm que comprar créditos de carbono. Como todos nós sabemos, a tática de economia mais eficaz é sempre aquela que atinge o bolso, não é mesmo? CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 13 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Em contrapartida aos “esbanjadores”, aquelas indústrias que conseguissem diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, poderiam vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional.De acordo com Portela, com a criação do mercado de créditos de carbono, os países em desenvolvimento passaram a negociar com os países desenvolvidos seus excedentes de "redução de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou internacional. Assim, os países em desenvolvimento tendem a ampliar a execução de projetos que reduzem a poluição para ter mais uma mercadoria para comercializar internacionalmente: seus excedentes de ar puro. Mas e quanto a metas? O Protocolo de Kyoto fixou metas para a redução de emissão de gases? Sim. Foram estabelecidas metas de redução de emissões para os países, porém diferentes para cada um, em respeito ao princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada. Assim, já que a regra de redução não é valida para todos, países como o Brasil podem realizar projetos de redução de emissões e negociar com os que precisem os seus “créditos de carbono”. Então, pessoal, deste modo fica claro que não são todos os países que devem cumprir metas de redução de emissão de gases, mas somente aqueles que estão relacionados no Anexo I do protocolo de Kyoto – que são os países mais industrializados. É correto afirmar que no encontro ocorrido no Japão foram estabelecidas metas de redução e um mercado de créditos de carbono por meio do qual os países industrializados acabam financiando tecnologias consideradas limpas em países em desenvolvimento, como forma de compensar suas emissões de gases. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 14 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Apesar disso, passados 12 anos, constatou-se que nada disso deu certo! Na tentativa de se chegar a um novo acordo global sobre o clima, os países se reuniram, então, em Copenhague, que infelizmente, não teve mais êxito que o protocolo de Kyoto. Vejam como esse assunto foi cobrado em prova. 2) (CESGRANRIO / Técnico Administrativo – BNDES / 2010) A "pegada ecológica" humana pode ser minimizada globalmente se forem aplicados, com efeito, os princípios relacionados ao conceito de a) orçamento participativo. b) desenvolvimento sustentável. c) produção flexível. d) comércio justo. e) economia popular. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 15 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br COMENTÁRIOS Antes de respondermos à questão, quero conversar com vocês um pouco sobre o que vem a ser “pegada ecológica”. Por meio dos rastros e pegadas deixados pelos animais na floresta, é possível conseguir muitas informações: peso, tamanho, força, hábitos, etc. O mesmo pode ser feito com relação ao ser humano e sua caminhada pela Terra. Ao longo de nossas existências vamos deixando rastros (pegadas) que indicam nosso modo de existir e nossa relação com o meio ambiente. É nesse sentido que usa-se o termo “pegada ecológica”, como uma forma de indicar o quanto o ser humano já explorou o meio ambiente, deixando sua marca sobre a Terra. Pelo texto apresentado no enunciado da questão, podemos perceber que a relação entre ser humano / meio ambiente já foi grandemente afetada. De tal maneira, que os recursos naturais existentes no Planeta serem em menor quantidade que a possível necessidade que a presença do ser humano na Terra exige. Assim sendo, torna-se necessário uma mudança na forma de exploração e de utilização dos recursos naturais, para garantir a existência humana com condições de sobrevivência. Pensando em tudo isso, lhes pergunto: o que é necessário fazer para conseguir esse equilíbrio? A resposta deve estar na ponta da língua: DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL! Ou seja, aquele tipo de desenvolvimento que atende as necessidades do sistema produtivo e das gerações atuais, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de terem suas próprias necessidades atendidas. Gabarito: B CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 16 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br ___X___ 1.2 – Conferências do Clima (COP-15, COPE-16 E COP-17) Seguindo na linha dos encontros onde a natureza é o grande foco, não poderíamos deixar de abordar aqui sobre as Conferências do Clima. A primeira delas é COP-15, realizada em Copenhague (Dinamarca), entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009. E por que esse encontro é tão famoso? Na verdade, muita expectativa foi depositada nesse encontro, que se distingue dos demais principalmente pelo fato de ter sido formulado, exclusivamente, para tratar da variação climática mundial. Outro fator que lhe conferiu bastante importância foi o fato da conferência buscar firmar um novo acordo global que substituiria o Protocolo de Kyoto, o qual teria validade somente até 2012. Pois bem, a Conferência de Copenhague nada mais foi do que uma assembléia das nações que aderiram ao compromisso firmado na convenção ainda em 1992, no Rio de Janeiro. No âmbito da “Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima” já havia sido firmado o Protocolo de Kyoto, com o objetivo de mitigar o aquecimento global. Mas, afinal, quais foram os principais impasses às negociações em Copenhague? As negociações no âmbito da Conferência do Clima se concentraram basicamente em dois pontos fundamentais: redução de emissão de gases de efeito estufa e apoio financeiro a ser fornecido pelos países desenvolvidos aos países em desenvolvimento para que estes possam realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. Os maiores impasses nas negociações em Copenhague foram justamente a divergência de interesses quanto a esses dois temas. O Protocolo de Kyoto somente impôs obrigações de redução de emissões aos países mais CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 17 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br ricos. No entanto, os países mais industrializados também queriam que os países em desenvolvimento assumissem compromissos vinculantes nesse sentido. Logicamente, não é o que queriam alguns países em desenvolvimento! Ao final da Conferência de Copenhague, os países aprovaram um documento que possuia tão somente a natureza de declaração de intenções, não vinculando diretamente os países. Assim, ao final da COP- 15, os países não chegaram a um consenso, não assumindo compromissos estritos. Por outro lado, a COP-16, realizada em Cancún (México), entre os dias 29 de novembro e 11 de dezembro de 2010, foi realizada tendo como objetivo inicial traçar pontos que pudessem fechar acordos e ter resultados mais positivos que o da COP-15. Nesta conferência foi criado o “Acordo de Cancún”, com aprovação do Fundo Verde e a extensão do Protocolo de Kyoto para além de 2012. No que se refere ao Protocolo de Kyoto, Brasil e Reino Unido tiveram papel político de destaque, pois, foram os dois países os responsáveis pelas negociações pela extensão do Protocolo. O Acordo reforçou a necessidade urgente de realizar fortes reduções dos gases. Nesse sentido, as Nações foram convocadas a reduzirem as emissões entre 25% e 40% até 2020. Nessa conferência, ficou decidido que os mecanismos para a real redução de emissão de gases seriam definidos na COP-17. O Fundo Verde, também definido na COP-16, tem por objetivo garantir que os países em desenvolvimento tenham condições de enfrentar as mudanças climáticas com ajuda dos países ricos. O Fundo Verde será o responsável por administrar as doações feitas pelos países ricos. A princípio, a União Europeia, Japão e EUA se comprometeram com o financiamento de US$ 100 bilhõesaté 2020, e em curto prazo o financiamento CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 18 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br de US$ 30 bilhões. Para gerir o Fundo, o Banco Mundial foi convidado e teria o apoio de um conselho formado por 24 membros (com igualdade de representação de países desenvolvimentos e em desenvolvimento, junto com representantes de países menores). Um dado importante de se guardar é que a Bolívia foi o único país a se posicionar contra as decisões do COP-16, argumentando que o plano não era suficiente para combater as mudanças climáticas, “sendo tão fraco que poderia colocar o planeta em risco”. Vários países lamentaram o posicionamento boliviano, mas deixaram claro que as objeções apresentadas não poderiam impedir um acordo entre 193 países, feito depois de 2 semanas de intensas negociações. Por fim, o COP-17, realizado em Durban (África do Sul), entre os dias 28 de novembro e 11 de dezembro de 2011, aprovou um novo acordo para fazer com que todos os países, futuramente, reduzam suas emissões de gases estufa. A reunião, que deveria ter acabado antes, no dia 09/12, foi estendida após impasses (pra variar um pouquinho, né? rsrs). A maior novidade no fim das contas foi que o texto aprovado prevê que todos os países deverão participar de um processo para, futuramente, reduzir o volume de carbono que atiram na atmosfera, inclusive os menos desenvolvidos. Pois é, TODOS mesmo!!! Incluindo Estados Unidos, Índia e China que, dessa vez, aceitaram subscrever um acordo que prevê a criação de um "protocolo, ou outro instrumento legal, para combater as mudanças climáticas. Até então, esses países relutavam em entrar num acordo que utilizasse o termo "legal", já que isso acaba sugerindo que, em última instância, possa CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 19 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br haver metas "legalmente vinculantes" - ou seja, de cumprimento obrigatório mediante a comunidade internacional. O texto aprovado reconheceu, porém, que há uma lacuna entre a redução de emissões proposta pelos países e os cortes necessários para conter o aquecimento médio do planeta em 2 graus acima da era pré-industrial, objetivo acordado na última cúpula climática, em Cancún (no COP-16). Ficou definido, ainda, a formação de um grupo de trabalho para conduzir a criação desse instrumento, que deve ser concluída em 2015. A sua implementação deve acontecer a partir de 2020. O processo é denominado "Plataforma de Durban para Ação Aumentada". Segundo o texto da Conferência, este instrumento deve levar em conta recomendações do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), ainda por ser lançado. Prevê, também, que as avaliações científicas sobre as medidas para conter o aquecimento global devam ser mais severas. Foi aprovado, igualmente, um segundo período do Protocolo de Kyoto, único acordo legalmente vinculante de redução de gases causadores de efeito estufa atualmente em vigor e que expira em 2012. O novo período vai, pelo menos, até 2017. Os acordos traçados pretendem "garantir" que até 2020 as reduções de emissões dos países envolvidos sejam de, pelo menos, 25% a 40% em relação aos níveis de 1990. Como anexo, o acordo tem uma tabela com metas de redução para os países. Por fim, ficou aprovado um texto que aprofunda o funcionamento do "fundo verde" climático. A Coreia do Sul ofereceu recursos para dar início a seu funcionamento. Além disso, outro artigo do texto "convidou" as partes a contribuírem para o fundo. Um dos grandes temores na COP-17 era que se estabelecesse o funcionamento desse mecanismo, mas que ele virasse uma "casca vazia", sem dinheiro suficiente para ser efetivo. Esse risco, diante da CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 20 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br pouca disponibilidade de contribuição mostrada pelas partes em Durban, é iminente. Assim, pessoal, já foram obtidos avanços em relação às conferências anteriores, mas ainda estão aquém do que a gravidade das mudanças climáticas exige. Vejam como os assuntos de mudança climática, conferências internacionais sobre clima e preservação ambiental já apareceram em provas. 3) (FGV / Agente administrativo-CAERN / 2010) Em dezembro de 2009, ocorreu em Copenhague a COP-15, em que ficou definido o acordo climático, já assinado por mais de cem países. Dos cinco maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo (China, EUA, União Europeia, Índia e Rússia), até março de 2010 somente um deles ainda não havia aderido ao acordo. Trata-se a) Da china b) Dos EUA c) DA União europeia d) Da Índia e) Da Rússia COMENTÁRIOS A resposta correta é a letra E: Rússia. Nessa convenção alguns países não assinaram o acordo, entre eles estava a Rússia que não assumiu o compromisso de redução. Para aderir ao acordo a Rússia queria algum tipo de recompensa em um acordo sucessor de Quioto, que lhe daria maior liberdade nas suas emissões. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 21 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Ao final do COP-17, foi fechado acordo, como vimos acima, mas sem a participação da Rússia. Gabarito: E 4) (FGV / Advogado – CODESP-SP / 2010) Com o intuito de debater a criação de uma organização paralela às Nações Unidas para defender a Terra dos efeitos do aquecimento global, realizou-se em abril de 2010 uma cúpula mundial sobre o clima. O evento ocorreu a) no Chile b) na Bolívia c) na Nova Zelândia d) no Canadá e) na Dinamarca COMENTÁRIOS A letra B (Bolívia) é a resposta correta. Na ocasião desta reunião foi debatida a criação de um tribunal climático e a realização de um referendo mundial sobre meio ambiente. Esta foi uma Cúpula do Clima alternativa que se celebrou em Cochabamba, cidade da região central da Bolívia, da qual participam 20 mil ativistas dos cinco continentes, segundo os organizadores. A Conferência dos Povos sobre as Mudanças Climáticas expressou o desejo de justiça ambiental para as populações, frequentemente pobres, cujos litorais, água e agricultura sofrem os efeitos do aquecimento global. A conferência transcorreu durante três dias em meio a discursos muitas vezes estridentes, como o do presidente anfitrião, Evo Morales, que declarou "ou morre o capitalismo, ou morre o planeta". CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 22 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Um dos temas debatidos no fórum foi a adoção de uma meta obrigatória de redução de 50% das emissões de gases causadores do efeito estufa até 2020, nas recomendações que serão enviadas à conferência climática das Nações Unidas. Com esta redução, segundo o embaixador da Bolívia na ONU, Pablo Solón, a elevação da temperatura do planeta poderia ser limitada a 1,5 grau e não aos 2 fixados em Copenhage, um objetivo impossível neste momento devido aos compromissos individuais anunciados até agora por diferentes países. Gabarito: B 5) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) A conferência da ONU, a COP-16, realizada em Cancun [México] chegou ao último dia (10/12/2010) sem um acordo. (Adaptado de http://g1.globo.com) A Conferência mencionada tinha como um de seus objetivos (A) debater as causas e consequências do processo de desertificação no mundo. (B) discutir o cortenas emissões de gases poluentes responsáveis pelo efeito- estufa. (C) analisar os efeitos do derretimento da calota polar no hemisfério norte. (D) promover o levantamento das perdas florestais provocadas por desmatamento. (E) buscar fórmulas de reduzir a fome e a subnutrição nos países pobres. COMENTÁRIOS CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 23 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br COP-16, abreviação de 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas sobre Mudança Climática, aconteceu entre os dias 29 de novembro e 10 de dezembro, em 2010. Um dos principais acordos firmados foi a “ambição” de reduzir a emissão de gases poluentes, não acatada apenas pela Bolívia. Assim, deduzimos, que a opção correta é a letra B. O processo de desertificação do mundo (tema levantado na letra A) é sim assunto importante nos debates internacionais, mas esteve presente na ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 e não na COP-16. Por outro lado, um dos efeitos do aquecimento global é o gradual derretimento das calotas polares nos hemisférios norte e sul, entretanto, esse tema também não esteve presente no COP-16. Na verdade, em 2007 houve muitas discussões a respeito do derretimento de gelo no Hemisfério Norte, principalmente depois do verão daquele ano que registrou o maior recuo do gelo no mar Ártico. Assim, embora seja um tema de importância quando se trata de aquecimento global, no que se refere ao enunciado da questão essa opção é incorreta. A opção seguinte, letra D, aponta a questão do desmatamento. Mais uma vez estamos diante de um tema que está diretamente ligado com o aquecimento global, mas, que não foi tema central do COP-16. Pelo que vimos até agora a Conferência tratou de questões ligadas ao clima e às formas de reduzir o impacto da modernidade no aumento do efeito- estufa. Assim sendo, a proposição da letra E não está de acordo com os objetivos da COP-16. Gabarito: B 2 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de conservação de recursos naturais CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 24 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br É praticamente impossível falar de aproveitamento, desperdício e, sobretudo, de políticas de conservação dos recursos naturais, sem entrar um pouco no Direito Internacional Ambiental. Como vimos anteriormente, a industrialização transformou, quase que completamente, o meio ambiente mundial. Dessa forma, com o intuito de normatizar a exploração dos recursos naturais, surgem um conjunto de preceitos que instituem direitos e deveres para os diversos atores internacionais no que se refere à perspectiva ambiental. Assim, esse ramo do direito atribui responsabilidades que devem ser observadas no plano internacional, tendo como objetivo a melhoria e a qualidade de vida para as gerações presentes e futuras. No âmbito do Direito Internacional Ambiental encontramos uma enorme quantidade de tratados, convenções e protocolos internacionais, multilaterais e bilaterais, voltados para a proteção ambiental. Mas podem ficar tranqüilos porque não vamos falar de cada uma deles aqui não, até porque nem teríamos tempo para tanto. O número de tratados internacionais firmados em proteção do meio ambiente é impressionante, tanto que de 1960 até os dias atuais mais de 30.000 dispositivos jurídicos sobre o meio ambiente foram criados. Mas o importante disso é visualizarmos que há uma forte preocupação internacional com esse tema e por isso as negociações internacionais em matéria ambiental têm se tornado um ponto prioritário na agenda e nas políticas estatais. Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas leis sobre a mesma coisa uma certeza podemos ter: algo não esta funcionando, não é mesmo? A grande dificuldade para que tais negociações se convertam em compromissos rigorosos é o impacto no desenvolvimento econômico dos países que a contenção dos recursos naturais gera. É justamente nesse ponto que há um forte conflito de interesses entre o Direito Internacional Ambiental e o Direito Internacional Econômico. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 25 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Sem sombra de dúvidas, os Estados têm o direito de buscar o seu desenvolvimento econômico, entretanto esse crescimento não pode ocorrer às custas da degradação ambiental, e ai surge um novo princípio conhecido como Desenvolvimento Sustentável, conforme explicitei anteriormente. A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é a de um aumento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, ou seja, é o desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Apesar disso, o conceito de avanço sustentável depende de planejamento e do reconhecimento de que os recursos naturais são esgotáveis, representando uma nova forma de se ver o desenvolvimento econômico, a partir de uma perspectiva que leva em conta o meio ambiente. Quando falamos em recursos naturais, quase que imediatamente pensamos na Amazônia, não é mesmo? Falaremos dela, mas antes quero que observem como a questão dos recursos naturais, principalmente a água, apareceu em prova recente! 6) (FGV / Administrador-CAERN / 2010) Com base no artigo 2º da Lei 9.433/97, são objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II. a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. Analise os itens acima e assinale a) Se apenas os itens II e III estiverem corretos CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 26 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br b) Se todos os itens estiverem corretos. c) Se apenas os itens I e II estiverem corretos. d) Se nenhum item estiver correto. e) Se apenas os itens I e III estiverem corretos. COMENTÁRIOS O Artigo 2 da referida lei diz: “São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.” Percebemos, pessoal, que a questão descreveu todos os itens do artigo, não é mesmo? Gabarito: B 7) (CESPE / Agente de Acompanhamento – TJ-RR / 2011 / com adaptações) No século XX, a população do planeta aumentou 2,5 vezes. O consumo de água, por sua vez, cresceu seis vezes. Hoje, 2,5 bilhões de pessoas estão sob estresse hídrico – que ocorre quando uma pessoa tem acesso, em um ano, a menos de mil metros cúbicos de água. Juntos, Ásia, África e Europa têm 86% da população mundial e 55% dos recursos hídricos. Na América do Sul, são 6% da população e 26% da água. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 27 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br O Globo, mar/2011,p. 7 (com adaptações) Considerando o texto acima e a amplitude do tema que ele aborda, julgue os itens seguintes. I – Ainda que não resulte em problemas sanitários de maior gravidade, a ponto de preocupar as autoridades de saúde pública, e mesmo que o combate ao problema não custe caro, a degradação das fontes de fornecimento de água para o consumo humano apresenta-se como freio ao desenvolvimento econômico. II – Depreende-se do texto que a disponibilidade de água divide o planeta; assim, proporcionalmente, áreas com maior número de habitantes dispõem de menos recursos hídricos, o que é um grave problema. III – Privilegiado em termo de bacias hidrográficas, o Brasil não convive com o problema da escassez de água, nem mesmo nos maiores centros urbanos do país. IV – Fenômeno de dimensões cada vez mais globais, os problemas de abastecimento de água decorrem, entre outros motivos, da inexistência de planejamento urbano para utilização do solo, da precariedade na coleta e na destinação do lixo e da ocupação desenfreada das áreas ribeirinhas. Marque a alternativa correta. a) se apenas II e IV estiverem corretas. b) se I, II e III estiverem certas. c) se todas as afirmativas estiverem erradas. d) se todas as afirmativas estiverem corretas. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 28 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br e) se apenas III estiver correta. COMENTÁRIOS A afirmativa I está errada. A palavra de ordem em todo mundo hoje é “desenvolvimento sustentável”, que pressupõe o olhar empreendedor permanentemente direcionado para a conservação da natureza, para a nossa e as gerações futuras. Assim, quando a afirmativa diz que a degradação das fontes de fornecimento de água é vista como freio ao desenvolvimento econômico está nos remetendo à questão da sustentabilidade. Ou seja, a degradação das fontes de água podem sim criar obstáculos ao desenvolvimento econômico, principalmente o desenvolvimento econômico para daqui a alguns anos. No entanto, dizer que essa degradação não resulta em problemas sanitários, que as autoridades de saúde não precisam se preocupar com ela e que os custos no combate a esse problema não é caro, é incorrer em três erros grosseiros. Pois, a degradação das fontes de água traz inúmeros problemas sanitários e à saúde. Por outro lado, as autoridades de saúde, juntamente com ambientalistas, estão acompanhando de perto os casos de destruição das fontes de água. E, por fim, combater qualquer problema relacionado com o meio ambiente, principalmente no que diz respeito à conservação da água, gera gastos. Devemos lembrar que, apesar de toda questão de “desenvolvimento sustentável”, existem ainda muitos produtores que não se importam em destruir fontes de água (na verdade, o meio ambiente como um todo) para obter mais lucro. Combater suas ações é caro; criar políticas que incentivem a conservação da natureza é caro; conscientizar a população da necessidade de manter as fontes de água é caro. Ou seja, conservar o meio ambiente para a nossa e as futuras gerações é caro, mas, com certeza, menos dispendioso que arcar com as conseqüências da destruição de hoje no futuro. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 29 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br A assertiva II está correta. Nos detendo apenas ao texto introdutório já podemos chegar à essa mesma conclusão. Se 86% da população têm que ficar com apenas 55% da água enquanto ínfimos 6% da população ficam com 26%, percebemos que há uma disparidade gritante nessa relação. Podemos ir mais adiante e pensar no quanto os 86% da população precisam seguir políticas de restrição no uso da água e, por outro lado, o desperdício promovido pelos 6% que detêm mais de ¼ da água mundial. A grande diferença apresentada no texto nos mostra o quão grave pode ser o problema se não houver conscientização das pessoas quanto ao consumo de água, principalmente nas regiões, como na América do Sul, em que a quantidade de água é bem superior à necessidade da população. A assertiva III está errada. Embora o Brasil possua grande quantidade de água, o país não está isento com sofrer com a escassez desse líquido, principalmente em algumas regiões menos privilegiadas. Algumas áreas do nordeste sofrem com a seca e a falta d’água. Além disso, os grandes centros urbanos do país, em constante crescimento, passam por dificuldades em relação à água. E o pior, a escassez deste líquido precioso nestas áreas seguem a tendência a piorar cada vez mais devido ao inchaço das cidades. A afirmativa IV está correta. Todo tipo de falta de planejamento na ocupação urbana, toda falta de estrutura, de saneamento e, por conseguinte, a falta de destinação do lixo e os abusos dos recursos naturais interferem diretamente no equilíbrio natural e também na disponibilidade desses recursos, entre eles a água, para o uso humano. Gabarito: A ___X___ CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 30 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Pois bem, vamos falar então da região amazônica, uma das mais devastadas do nosso país. Observem: Se nos detivermos durante alguns segundos observando-as, certamente nos perderemos na vastidão amazônica e, ficaremos ainda mais convictos em afirmar que a abordagem da “questão ecológica no mundo” só estará completa se for analisada também a Amazônia brasileira, com seus aproveitamentos e desperdícios de recursos naturais. Pois então, vamos pensar um pouco sobre essa importante área! A região amazônica possui uma população muito reduzida, o que, aliado à sua grande extensão, acaba resultando em baixíssimas densidades demográficas. No entanto, nas últimas décadas, a região vem tendo, devido às migrações, o maior crescimento populacional do país. É bom frisarmos que a maior migração para Amazônia até hoje ocorreu durante o segundo ciclo da borracha, se é que dá para dividi-los assim. Durante a Segunda Guerra Mundial o Brasil tinha assinado um acordo com os EUA, por meio do qual se comprometia a fornecer matérias primas para indústria bélica. Sendo a borracha uma dos principais elementos necessários nesse período, o governo de Vargas fez propagandas para que as pessoas migrassem para aquela região e se transformassem em "soldados da borracha". Alguns homens, inclusive, preferiram ir para Amazônia a correr o risco de serem mandados para guerra. Além disso, o governo incentivou de todas as formas essa migração, com propagandas, promessas (que não se cumpriram) e passagem de trem CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 31 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br (só de ida)! Assim, não houve, em nenhum outro período de nossa história, uma migração tão forte quanto a desse período. Apesar disso, também é verdade afirmar que, em outros momentos, como durante o governo militar, por exemplo, houve uma forte migração para a Amazônia, se comparada às calmarias típicas da região. Todavia, se comparado ao fluxo migratório ocorrido durante os ciclos da borracha, ela se torna pouco significativa. Assim, grande parte de todo o crescimento populacional amazônico é fruto de migrações rural-rural (expansão da fronteira agrícola) que, no entanto, não impedem a região de ser predominantemente urbana, com cerca de 55% da população vivendo em cidades. Vejam bem, 55% da população é urbana e não poderia ser diferente, uma vez que o espaço natural é significativamenteinóspito. Esta aparente contradição pode ser explicada pela enorme concentração fundiária e os constantes conflitos pela posse da terra, envolvendo posseiros, grileiros, latifundiários, jagunços, comunidades indígenas e populações extrativistas (como os seringueiros e castanheiros). A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Justamente devido à sua riqueza mineral, vegetal e de recursos naturais é que essa região desperta grande interesse em todo o mundo. Utilizando-se dos argumentos da falta de preservação, pessoas do mundo inteiro se sentem no direito de opinar sobre assuntos relativos a Amazônia, como o projeto da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, que vem mobilizando a opinião pública mundial (falaremos dele mais à frente!). Tendo em vista a grande devastação e degradação ocorrida na Amazônia, ela acaba sendo nossa primeira imagem de aproveitamento e desperdício de recursos naturais. Estima-se, por exemplo, que só as lavouras de soja no Mato Grosso, já devastaram 40% da Floresta Amazônica daquele CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 32 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br estado, embora o desmatamento venha caindo, principalmente, por causa de fortes pressões internacionais. Quando se fala em proteção ambiental na Amazônia, temos que fazer referência ao Plano Amazônia Sustentável, lançado pelo governo federal no ano de 2008, o qual trata-se de um plano estratégico destinado a promover o desenvolvimento sustentável na região e possibilitar o aumento da presença do Estado naquela área. Como a Amazônia é um grande vazio demográfico, fica mais difícil a fiscalização de ações que degradem o meio ambiente. Nesse sentido, foi criado em 2002 o SIPAM/SIVAM (Sistema de Proteção da Amazônia / Sistema de Vigilância da Amazônia). O objetivo do SIPAM/SIVAM é produzir informações e conhecimento para subsidiar as ações governamentais na Amazônia, inclusive no que diz respeito à proteção ambiental. Combater o desmatamento na Amazônia é uma grande prioridade do governo federal. Assim, as informações obtidas por meio do SIPAM/SIVAM possibilitam a obtenção de informações sobre áreas de desmatamento ilegal, além de permitir a atuação dos órgãos de fiscalização de forma mais objetiva e planejada. Vejam algumas questões! 8) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011) De acordo com dados divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 45% da área original da Amazônia já havia sido desmatada até 2009. COMENTÁRIOS Afirmativa errada. A taxa de desmatamento da Amazônia diminuiu desde 1988. Entretanto, ela já chega a cerca de 15% do total da floresta. Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) a taxa de desmatamento ainda precisa cair e a fiscalização nos Estados que contêm a CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 33 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br floresta deve ser mais rigorosa. Mato Grosso e Roraima ocupam respectivamente o primeiro e o segundo lugar entre os Estados responsáveis pela maior índice de desmatamento da Amazônia. Entre Janeiro e Fevereiro de 2010, por exemplo, o INPE constatou uma área de desmatamento que equivaleria a 50% do tamanho da cidade de São Paulo, sendo 69% desta área localizada em Mato Grosso e 13% em Roraima. Quando esses dados são comparados com anos anteriores, percebe- se que houve uma diminuição na destruição da área original da Amazônia, mas isso não quer dizer que o desmatamento ainda esteja em índices elevados, prejudicando a vida da flora e fauna da região e, claro, contribuindo para a destruição do meio ambiente como um todo. Gabarito: Errado ___X___ 3 – Alguns incidentes ambientais importantes 3.1 – Enchentes no Nordeste Um episódio recente que causou grande comoção nacional foram as enchentes ocorridas no Nordeste do Brasil, mais especificamente nos estados de Pernambuco e Alagoas. Cidades inteiras foram devastadas, causando inúmeras mortes e deixando milhares de desabrigados. Mas será que a única causa das enchentes foram o elevado índice pluviométrico? Com certeza não! Embora as chuvas no Nordeste tenham superado a média histórica da região, o que pode ser considerado um “evento extremo” decorrente do aquecimento global, elas não foram a única causa das enchentes CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 34 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br no Nordeste. Outros fatores que concorreram para que essa catástrofe ocorresse foram: o desmatamento de matas ciliares, construções à beira de rios e assoreamento de cursos d’água. Como medidas para a prevenção de enchentes desse tipo de situação de calamidade pública, podemos citar: ocupação regular do solo, promovendo maior ordenamento das aglomerações urbanas, construção de sistemas de barramentos, desassoreamento de rios e a realização de ações de educação ambiental (conservação do solo). Além disso, é fundamental que o governo mantenha uma rede de prevenção de catástrofes naturais capaz de prevenir fenômenos meteorológicos com maior eficiência, dando tempo à defesa civil para executar seu trabalho. Como isso poderia ser cobrada em prova? Vejam! 9) (Questão Inédita) “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sobrevoar as áreas atingidas por enchentes nos estados de Pernambuco e Alagoas nesta quinta-feira. O presidente cancelou uma viagem que faria ao Rio de Janeiro para ir às localidades afetadas pelas chuvas. A previsão é de que Lula faça um sobrevôo de helicóptero às cidades pernambucanas atingidas pelas enchentes durante a manhã. Ele vai aos municípios alagoanos na tarde do mesmo dia. As autoridades de Pernambuco e Alagoas informaram que chegou a 41 o número de mortos em decorrência das chuvas nos dois estados. Também aumentou de 21 para 35 as cidades alagoanas em situação de emergência ou calamidade pública. Nos municípios pernambucanos, o número de municípios em situação de emergência subiu de 35 para 39. As informações são de boletins divulgados nesta terça-feira pela Defesa Civil dos dois estados.” (O Povo on-line, 22/06/2010) Tomando o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir a respeito das questões ambientais e energéticas e, em seguida, assinale a assertiva correta: CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 35 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br I – Em 2006, o Brasil anunciou em caráter oficial sua autossuficiência na produção de petróleo. Todavia, isso não quer dizer que o país não importe mais petróleo e seus derivados. II – A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte suscita intensos debates na sociedade brasileira, já que se argumenta que causará profundo impacto ambiental na região. O presidente Lula, diante das críticas, resolveu não dar continuidade ao projeto, pois ele poderia ter influência negativa em um ano eleitoral. III – De acordo com as Nações Unidas, o número de pessoas desabrigadas pelas devastadoras enchentes recentemente ocorridas no Paquistão superou 4 milhões de pessoas. IV – O aquecimento global é responsável por eventos climáticos extremos, dos quais são exemplos as chuvas no Nordeste do Brasil, as chuvas no Paquistão e o forte calor na Rússia. V – O elevado potencial hidrelétrico do Rio São Francisco não pode ser plenamente aproveitado, já que isso comprometeria as atividades de irrigação e abastecimentodesenvolvidas ao longo de seu curso. Marque a alternativa correta. a) VFVFV b) VFVVV c) VVFVF d) FFVVF e) FVFFV COMENTÁRIOS CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 36 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br A primeira assertiva está correta. Apesar do Brasil ser autossuficiente na produção de petróleo, isso não quer dizer que ele não importe derivados de petróleo. Vejamos a seguir uma notícia publicada no G1 On Line: “Petrobrás poderá antecipar a entrada em produção de algumas refinarias para tentar garantir que a autossuficiência de derivados de petróleo seja atingida em 2014. A expectativa atual, que projeta o fim da importação de derivados dentro de cerca de três anos, leva em consideração um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 3,4%. Atualmente, a importação de derivados da Petrobras é de 120 mil barris por dia, em média, sendo principalmente de GLP, diesel e querosene de aviação. Já a exportação da Petrobras é de 80 mil barris por dia, alavancada por gás e óleo combustível. No primeiro semestre do ano, o consumo de derivados no país cresceu 12%. A expectativa do diretor da estatal é que deverá ser recorde na segunda metade do ano. "Desde 2000 para cá, a cada ano, tivemos aumento de capacidade de produção de derivados em torno de 2%. Apenas no ano passado houve queda, devido à crise internacional", disse.” A segunda assertiva está errada. Apesar de todas as críticas e controvérsias em relação à construção da Usina de Belo Monte, o governo federal resolveu dar continuidade ao projeto, que ficará a cargo do Consórcio Norte-Energia. A terceira assertiva está correta. As recentes enchentes ocorridas no Paquistão são um exemplo do que o relatório do IPCC considera eventos climáticos extremos, tendo deixado inúmeras pessoas desabrigadas naquele país. Vejamos uma notícia que ilustra bem o ocorrido: “O número de pessoas desabrigadas pelas devastadoras enchentes no Paquistão subiu para mais de 4 milhões, informaram as Nações Unidas nesta quinta-feira. A ONU disse mais cedo que 2 milhões de pessoas perderam suas casas nas piores inundações na história do Paquistão que começou há três semanas. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 37 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br De acordo com estimativas, mais de 4 milhões de pessoas em Sindh e Punjab ainda estão sem teto. Esta situação é de grande preocupação - disse o porta-voz da ONU Maurizio Giuliano, se referindo às províncias do sul e do centro do país atingidas pelas enchentes.” (G1 On Line) A quarta assertiva está correta. O aquecimento global tem provocado eventos climáticos com graves conseqüências para a população do globo, dos quais são exemplos as enchentes no Nordeste e no Paquistão e, ainda, o forte calor na Rússia. A quinta assertiva está correta. O potencial hidrelétrico do Rio São Francisco não pode ser completamente aproveitado, pois isso comprometeria as atividades de irrigação e abastecimento desenvolvidas ao longo de seu curso. Gabarito: B ___X___ 3.2 - Vazamento de óleo no Golfo do México No dia 20 de abril de 2010, ocorreu uma explosão na plataforma Deepwater Horizon, localizada no Golfo do México. Nessa situação, havia um sistema preparado para fechar uma válvula no fundo do mar automaticamente. Todavia, não foi isso o que ocorreu! O sistema não funcionou conforme previsto e o poço ficou aberto, ocasionando o vazamento do petróleo na região. O vazamento de petróleo no Golfo do México foi o pior vazamento costeiro da história dos EUA, com o derramamento de cerca de 4,9 milhões de barris de petróleo no mar. Após inúmeras tentativas sem sucesso, a empresa petrolífera British Petroleum finalmente conseguiu conter o vazamento de CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 38 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br petróleo. Segundo a empresa, os custos para conter o vazamento chegam a US$6,1 bilhões. Especialistas afirmam que a flora e a fauna submarinas foram gravemente afetadas e que os efeitos da contaminação poderão repercutir durante décadas. Pela sua magnitude, o acidente ambiental no Golfo do México repercutiu sobre o mundo inteiro, inclusive no Brasil. Com efeito, a exploração do petróleo descoberto na camada pré-sal será feita em águas mais profundas do que as do Golfo do México. Assim, a ocorrência desse acidente ambiental, abriu as discussões no Brasil acerca da necessidade de que exista um Plano Nacional de Contingência para Derramamento de Óleo e da adesão a um fundo internacional para compensações e responsabilidades quanto a crimes por derramamento de petróleo. Além disso, o acidente no Golfo teve reflexos na discussão acerca dos royalties do petróleo, que funcionam como um mecanismo de compensação ambiental aos estados produtores de petróleo. 10) (FGV / Advogado – CODESP-SP / 2010) A petroleira responsável pela plataforma que explodiu recentemente no Golfo do México, causando um vazamento gigante de petróleo é de nacionalidade a) Americana b) Mexicana c) Brasileira d) Britânica e) Francesa CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 39 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br COMENTÁRIOS A resposta correta é a letra C. Como vimos acima, a a empresa petrolífera responsável era a British Petroleum, que britânica. Gabarito: D 3.3 – As chuvas na região Sudeste Geralmente estamos acostumados a ver as tragédias ocasionadas pelas chuvas associadas às regiões mais pobres e carentes do Brasil. Todavia, no inicio deste ano (2011) as chuvas trouxeram prejuízos enormes a outra região, ate então desconhecida por desastres ecológicos: a Região Serrana do RJ. O ano de 2011 começou com o cenário de tragédia e devastação na Região Sudeste quando mais de 300 pessoas morreram devido aos fortes temporais ocorridos no Estado do Rio de Janeiro. Teresópolis e Nova Friburgo sofreram com um forte deslizamento de terras que ocasionou mais de 1000 mortes e milhares de desabrigados. O verão no Brasil está mais chuvoso nas regiões Sul e Sudeste devido ao fenômeno climático conhecido como El Niño. Este elemento significa águas do Oceano sobreaquecimento e que afetam climas tanto regionais quanto globais, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias como a região serrana. No início de 2010, a chuva já tinha castigado o município de Angra dos Reis, com pelo menos 30 mortes registradas ali no Estado do Rio de Janeiro. Além do El Niño, as agressões ao meio ambiente são uma das principais causas dos deslizamentos nas cidades afetadas pelas enchentes. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 40 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Assim, o crescimento da população acaba aumentando demasiadamente a área urbana, e empurrando moradores para os morros das cidades numa ocupação totalmente desordenada! 11) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011) No início deste ano, na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a ação humana contribuiu para o aumento da quantidade de vítimas dos deslizamentos de terra provocados pela água das chuvas. COMENTÁRIOS Afirmativa correta. Como todos sabem, os deslizamentos que assolaram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro aconteceram depois de uma grande quantidadede chuva em poucos dias. No entanto, não foram apenas as chuvas que levaram aos deslizamentos. Também a ocupação irregular das encostas das montanhas e a retirada da vegetação natural dessas áreas contribuíram para o desastre natural. Assim sendo, a afirmativa está correta ao dizer que a ação humana contribuiu para o aumento do número de vítimas. Pois, não fosse todas as questões aqui apresentadas, ou seja, a ação do ser humano e sua intervenção desmedida na natureza, talvez, as consequências, o número de mortos, desabrigados e feridos poderia ter sido menor. Gabarito: Certo ___X___ 3.4 Terremoto no Japão No início do mês de março de 2011 o Japão foi atingido por um tremor de 8.9, considerado o 7º pior de toda a história mundial e o maior já registrado na história do Japão. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 41 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Imagens de TVs locais mostraram que o abalo provocou um tsunami, que alcançou inúmeras áreas da cidade japonesa de Sendai, arrastando carros e barcos por toda cidade e fazendo milhares de vitimas fatais. Não sei se vocês estão lembrados, mas no ano passado, pra ser mais precisa em 27 de fevereiro do ano passado, um tremor de magnitude 8,8 atingiu o Chile e deixou mais de 800 mortos. O terremoto no Chile, era considerado então o quinto maior da história, ocorreu durante a madrugada e também causou tsunamis. Agora, uma questão. 12) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) Analise o texto abaixo. “Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte registrado no Japão, causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país no dia 11 de março de 2011. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram tudo o que encontravam pela frente – navios, casas, carros, barcos e pessoas. O número de mortos ultrapassou a casa dos 4 mil, a maioria na província de Miyagi, localizada próxima ao epicentro. Mais de 9 mil continuam desaparecidas. Cidades inteiras foram destruídas. Em outras localidades faltam água, luz, alimentos e combustível.” Disponível em: http://educacao.uol.com.br/atualidades/tragedia-no-japao-tremor-arrasa- cidades-e-provoca-crise-nuclear.jhtm. Acessado em 18/07/2011. Sobre a tragédia anunciada no texto, assinale a alternativa correta. a) O número de mortos no Japão foi muito alto, pois naquele país a estrutura é muito frágil e eles não possuem mecanismos de prevenção contra acidentes naturais dessa magnitude. b) Países próximos ao Japão, como Indonésia, Coréia do Sul, China e Madagascar, também sofreram os mesmos efeitos do terremoto. CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 42 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br c) O tremor também provocou explosões na estrutura de reatores nucleares do complexo de Fukushima, uma das 25 maiores usinas nucleares do mundo. d) O Japão está localizado no “Anel de Fogo do Atlântico”, que concentra as maiores atividades sísmicas do mundo. COMENTÁRIOS A letra A está incorreta. Ao contrário do que diz a afirmação, o Japão possui um dos mais eficientes sistemas de prevenção contra acidentes e catástrofes naturais. Se comparado com o número de mortos do terremoto que atingiu a Indonésia em 2004, de mesma magnitude do que atingiu o Japão em 2011, o número de mortos no Japão é bem menor, devido, principalmente, à qualidade do sistema de prevenção deste país. A letra B está errada. Embora as regiões vizinhas ao Japão tenham sentido os tremores, os efeitos foram bem menores, não causando a destruição que atingiu os japoneses. A opção C está correta. Depois do terremoto, um tsunami atingiu a costa japonesa e inundou a planta da usina de Fukushima, causando a explosão de alguns reatores. A alternativa D está incorreta ao dizer que o Japão está localizado no “Anel de Fogo do Atlântico”, na verdade, o correto é Anel de Fogo do Pacífico, região que concentra 90% de todos os terremotos e os mais intensos do mundo. O Japão localiza-se nessa região e sofre grandes abalos sísmicos. Gabarito: C ___X___ 4 – O novo código florestal CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 43 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br Bem, para falarmos de forma mais “simples”, esse código é o conjunto de regras que regulamenta todas as práticas que se referem à utilização do meio ambiente no Brasil. É ele que determina o que se pode desmatar e o que, obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos produtores, ou seja, ele define as formas e proporções da preservação do meio ambiente mesmo dentro das propriedades rurais. E por que essa discussão agora? Não é segredo para nenhum de nós que atualmente existe, inclusive, uma auto-cobrança no sentido de adotarmos praticas diárias que contribuam para a o meio ambiente ou que o degradem o mínimo possível, não é mesmo? Pois bem, pensando em termos “macro” essa cobrança chegou às esferas públicas brasileiras e, na noite de 24 de maio, foi aprovado, na Câmara dos Deputados, o texto do novo Código Florestal Brasileiro. Na verdade, essa não é uma discussão tão recente quanto se imagina, pois há mais de dez anos e depois de três tentativas mal sucedidas foi que esse novo texto foi aprovado pelos deputados. Com essa “onda verde”, em que todos os países do mundo voltam suas atenções para a preservação ambiental, a discussão sobre a nossa legislação florestal não pôde mais ser adiada, como vinha sendo feito. O ponto chave do governo na discussão sobre o novo texto do Código Florestal girava justamente em torno de incluir punições mais rigorosas para quem reincidisse em crimes ambientais. Todavia, outros pontos também geraram muitas discussões como as áreas de preservação permanentes (APPs) e isenção aos pequenos produtores da obrigatoriedade de recompor reserva legal. Enfim, as mudanças que estavam em discussão sobre a atualização do Código foram votadas mesmo sem que houvesse um consenso entre as CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA O STJ PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 44 Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br partes diretamente envolvidas, ou seja, os ruralistas, os ambientalistas e pequenos produtores. Como já era de se esperar, cada setor tinha suas próprias reivindicações, que são, na grande maioria das vezes, dissonantes. Tal divergência de interesses é o grande entrave de todo o processo de aprovação da norma. O texto aprovado pelos deputados acabou agradando bastante a bancada ruralista, já que anistiou todos os produtores rurais que desmataram até 2008, diminuiu as áreas de vegetação nativa em encostas e retirou a proteção a áreas mais sensíveis, como os mangues. Agora , pessoal, vamos continuar acompanhando essa história, pois ela ainda pode ter um final bem diferente! Apesar de ter sido aprovado pela Câmara dos Deputados, e sofrido algumas mudanças no Senado Federal (como a EMS 1876/99) ele ainda deve ser votado pela Câmara novamente no próximo ano. Vejam a cobrança desse assunto em prova! 13) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) No dia 24 de maio de 2011, o Congresso Nacional aprovou o novo Código Florestal após diversos embates entre as bancadas ambientalista e ruralista. Acerca do Código Florestal brasileiro, é incorreto afirmar que: a) O Código Florestal, em vigor desde 1965, reúne um conjunto de leis que visam à preservação das florestas. Porém, ele não foi seguido pela maioria dos produtores rurais. Estima-se que 90% estejam em condições
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