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Aula 04 VIRGÍNIA GUIMARÃES

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CURSO ONLINE 
ATUALIDADES PARA O STJ 
PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES 
 
1 
Prof. Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br 
 
Aula 04 – MEIO AMBIENTE, ENERGIA E TECNOLOGIA 
 
Olá, amigos, tudo bem? Passaram bem a semana, curtiram o 
carnaval e também estudaram bastante? Espero que não tenha ninguém aí 
com ressaca, heim?! ☺ 
Bem, hoje abordarei três assuntos que vem crescendo, cada vez 
mais, no cenário internacional: a proteção do meio ambiente e as questões 
energéticas e tecnológicas. 
Pela importância dos assuntos, essa aula acaba sendo uma das 
maiores de todo o nosso curso, já que contará com uma vasta gama de 
informações imprescindíveis para a realização de qualquer concurso. Digo isso 
porque, pelo que observei nas provas que cobraram Atualidades em 2011, e 
inicio de 2012, esses temas estão cada vez mais presentes. Portanto, vale a 
pena dedicar um pouco mais de atenção a esta aula, ok? 
Preparados para seguir em frente? Então vamos lá! ☺ 
___X___ ___X___ ___X___ 
 
1 – A questão ecológica em nível mundial 
A questão ecológica e a preocupação com os problemas ambientais 
acabam gerando em todos nós algumas perguntas inquietantes: elas são 
mesmo fruto de um desconforto real ou apenas uma moda passageira? 
Alguns chegam até a afirmar que estas questões foram trazidas à 
tona como um cômodo recurso ideológico que objetiva substituir as grandes 
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questões mobilizadoras até poucas décadas atrás. Para os mais radicais, toda 
essa “festa” em torno do meio ambiente não passa de uma forma de manter 
enfraquecidos os problemas sociais do mundo, como a pobreza, a exploração e 
os conflitos de interesse entre as classes. Mas será que isso é pertinente? 
Compreender o problema ambiental não significa dominar a geografia 
física das regiões, conhecer o relevo, os rios e saber tudo sobre as devastações 
ambientais. É claro que tudo isso tem sua importância, pois compõe o nosso 
estudo. Entretanto, é imprescindível percebermos que o alcance da questão 
ecológica é bem mais profundo do que parece, uma vez que não se reduz 
apenas aos inúmeros distúrbios do meio ambiente. 
Na verdade, o fato dessa questão ecológica estar tão na “moda” nos 
mostra a incapacidade de um sistema social de produção e de consumo 
(capitalismo) em manter formas e ritmos de crescimento sem destruir as 
condições de sua própria reprodução. Deste modo, a importância do assunto 
transcende as diversas crises ambientais espalhadas em todas as regiões do 
planeta e demanda que percebamos que desequilíbrios entre sociedade e meio 
ambiente estão biblicamente atrelados à história da humanidade. 
Todavia, o que é absolutamente novo pra nós é que as crises 
ambientais globais estejam influenciando, cada vez mais, nos colapsos locais e 
regionais ocorridos nos últimos tempos. Vamos pensar, por exemplo, nas 
chuvas do Rio de Janeiro. Pesquisas apontam que o aquecimento global 
causado pelo contínuo desenvolvimento industrial é um dos principais 
responsáveis por catástrofes climáticas como essa. Do mesmo modo, o furacão 
ocorrido no Rio Grande do Sul que, em 2004, destruiu mais de 20 mil casas, 
ou os temporais em Santa Catarina. Todos esses fenômenos acabam tendo 
como principal justificativa o desequilíbrio ambiental global. 
Assim, amigos, as profundas implicações econômicas, políticas e 
sociais acabam mesmo se conectando às questões do meio ambiente e, talvez 
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por isso, esse tema esteja sempre presente nas provas de atualidades (e agora 
mais do que nunca!). Modismo ou não, o debate em torno do assunto é 
intenso e, pela primeira vez, a sensação de que toda a humanidade caminha 
para situações catastróficas parece unânime. As transformações ambientais, 
geralmente traumáticas e dolorosas, acabaram cobrando da sociedade tanto 
uma reflexão em torno das relações entre o homem e a natureza quanto a 
necessidade de revê-las. 
É verdade também que os desastres climáticos não ameaçam todo 
mundo da mesma forma, na mesma intensidade e nem com a mesma 
iminência. Deste modo, ficam mais vulneráveis a esses desastres – que 
acabam sendo sociais – as populações que não possuem tecnologia, que são 
empurradas sempre para mais longe dos centros de produção e consumo. Por 
isso, podemos afirmar que as sociedades mais pobres e marginalizadas são as 
que mais intensa e rapidamente sofrem os problemas do esgotamento do solo, 
da escassez de água, moradia e alimentos. 
A questão ecológica, portanto, diz respeito, ao mesmo tempo, às 
relações entre os homens e às relações dos homens com a natureza – que é 
quem fornece seus meios de sobrevivência. 
O avanço técnico e científico que contribuiu para o boom de todo o 
processo de industrialização em países ricos e pobres, capitalistas e socialistas, 
pode ser considerado o principal elemento de interferência e alteração da 
natureza. Não é segredo para nós que a natureza é formada por um conjunto 
de componentes ambientais composto de terra, água, ar e seres vivos, animais 
e vegetais. Pois bem, esses elementos são interdependentes, o que significa 
que a alteração ou agressão de um deles resulta, imediatamente, na alteração 
de outro. 
Até os anos de 1960, qualquer idéia de sociedade que se distinguisse 
da capitalista já mostrava que havia uma inegável necessidade de uma nova 
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organização econômica, em que os meios produtivos fossem divididos de 
forma mais equilibrada. Entretanto, até a década de 70 não havia a menor 
preocupação direta com questões ambientais ou ecológicas, com exceção das 
universidades que tratavam o tema com relativo cientificismo. “Não entendi, 
professora, o tratamento das questões ambientais é da década de 60 ou 70?” 
Bom, deixe-me, explicar melhor! As primeiras preocupações com a 
destruição da natureza, principalmente das florestas e dos animais selvagens, 
surgiram nos anos 50, com as primeiras manifestações organizadas contra os 
armamentos e as usinas nucleares. Essas manifestações foram importantes, 
pois abriram o caminho para a luta contra os efeitos poluidores da indústria e 
para as idéias de conservação do meio ambiente, que até então estavam 
restritas aos círculos acadêmicos e naturalistas. No entanto, essas 
manifestações eram espaçadas e restritas aos ecologistas de plantão. 
Na verdade, eles queriam despertar a sociedade para os danos que eram 
causados à natureza, alertando para possíveis complicações futuras. Mas, em 
meio a uma sociedade que buscava lucro e mais lucro, que se industrializava 
rapidamente, esses brados não eram ouvidos! 
Em meados da década de 1960, a sociedade capitalista começou a 
pensar na necessidade de fazer uma melhor distribuição dos meios produtivos 
para diminuir as grandes diferenças entre os países "avançados" e os 
"atrasados e dependentes", mas essa mudança de pensamento ainda era 
restrita a alguns poucos teóricos da economia que viam nessa melhor 
distribuição o próprio fortalecimento do sistema capitalista. O alarido dos 
ecologistas, pedindo por mais atenção ao meio ambiente, continuava em sua 
"conversa de mudos", ou seja, sem receber atenção dos governos, 
empresários e industriais. 
É somente a partir de 1970 que aparecem os primeiros sinais de que 
a sociedade capitalista (incluindo governos,empresários, comerciantes, 
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industriais, população em geral e sociedade acadêmica) começava a realmente 
pensar em desenvolvimento sem afetar negativamente o meio ambiente. Mas, 
era apenas o começo. Foi somente nesse momento que as vozes dos 
ecologistas começam a ser ouvidas, aquelas mesmas vozes que estavam 
"roucas" de gritar que o desenvolvimento econômico não deveria atropelar a 
natureza. Mas, a preocupação real e o desenvolvimento de acordos 
internacionais no sentido de prezar pelo equilíbrio ambiental ainda é posterior 
a isso. 
Como sabemos, no Brasil, o grande crescimento industrial se deu 
entre as décadas de 50 e 60, portanto não haveria mesmo como haver 
manifestações ecológicas anteriores a esse período. Apesar disso, em outros 
lugares, “privilegiados” pela industrialização precoce, essa também não era 
uma discussão comum, como vimos acima, ela era restrita aos ambientalistas. 
A crescente industrialização concentrada em cidades, a mecanização 
da agricultura, a intensa exploração de recursos energéticos como carvão 
mineral e petróleo, e minerais como ferro, alumínio, etc., alteraram 
significativamente a terra, o ar e a água do planeta. Tamanha exploração 
levou algumas áreas à degradação ambiental irreversível, o que evidenciou 
duas necessidades mundiais urgentes. A primeira era a obrigação de haver 
maior integração entre as disciplinas que se propunham a estudar a natureza. 
A segunda era a necessidade de uma profunda revisão dos paradigmas da 
ciência moderna para alcançarem uma solução para o problema identificado. 
Devido à visibilidade que foi dada aos diversos problemas ambientais 
e ecológicos apontados pelas crescentes manifestações, sua mobilização e 
suas lutas, este assunto ganhou mais atenção das sociedades mundiais. 
 É claro, pessoal, que, nesse processo acelerado de “tecnificação” das 
sociedades humanas, algumas regiões do planeta foram palco de maiores 
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alterações do que outras. Entretanto, poucas são as áreas do mundo que não 
foram total ou parcialmente devastadas pelas práticas predatórias do homem. 
A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou interferiu 
e alterou profundamente a natureza, já que, para construir e alimentar 
complexos industriais, extensos espaços de natureza tiveram que ser 
destruídos. 
O desenvolvimento permanente dos meios de produção, a ampliação 
da sociedade de consumo, os atrativos do lazer, do conforto e a liberação da 
mão-de-obra rural, acabaram estimulando o crescimento da população urbana 
nos países industrializados. Apesar disso, o crescimento rápido das cidades não 
pôde ser acompanhado no mesmo ritmo, sobretudo nos países em 
desenvolvimento, pelo incremento das redes de água tratada, coleta e 
saneamento de esgoto etc. 
Nessas sociedades (os países em desenvolvimento), os problemas 
ambientais são muito maiores do que nos países mais desenvolvidos. Essa 
diferença se dá principalmente porque, além das questões relativas à 
destruição do meio ambiente em si, como a poluição do solo, do ar e da água, 
ainda há o agravante da pobreza da população. Vejamos como esses temas 
podem ser encontrados em provas! 
1) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) A questão ambiental, tendo 
em vista suas implicações sociais, econômicas e políticas, ganhou repercussão 
e passou a fazer parte das políticas nacionais e do fórum de debate mundial. 
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente. 
Com a maior parte da população brasileira vivendo em aglomerações 
urbanas, a degradação da qualidade do meio ambiente urbano e dos 
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recursos naturais tem sido motivo de conflitos e de proliferação de 
doenças nas cidades. 
COMENTÁRIOS 
A urbanização acentuada é uma constante em todas as regiões do 
nosso planeta. Entretanto, o que durante muitos anos foi visto como símbolo 
de progresso hoje comporta em si inúmeros problemas. Nesse sentido, a 
explosão da periferia nas grandes cidades foi uma das principais responsáveis 
pela degradação do meio ambiente, existência de conflitos pelos recursos 
naturais e proliferação das doenças. Isso ocorre na maior parte das cidades de 
países em desenvolvimento e é um ponto muito forte aqui no Brasil. 
A grande maioria das metrópoles abriga favelas e essa situação tende 
a se agravar principalmente em países onde as pessoas continuam migrando 
em busca de empregos e se defrontam com a ociosidade. 
A maior parte da população brasileira vive em aglomerações urbanas. 
Essa concentração populacional nas cidades tem como conseqüência a 
degradação ambiental, causada pelas modificações ocorridas no espaço 
geográfico. 
Assim, verifica-se nos principais aglomerados urbanos brasileiros 
grande poluição do ar, do solo (causado pelo lixo urbano), sonora, visual, etc. 
Tudo isso causa perda da qualidade de vida da população, o que gera aumento 
do número de doenças e conflitos ambientais. 
Ressalte-se que quando a questão fala em conflitos ambientais, ela 
não quer dizer que se “pega em armas” em defesa do meio ambiente. Os 
conflitos ambientais são uma nova espécie de conflito social, que exige a 
intervenção do Estado. Pode-se verificar que justamente a parcela da 
sociedade que mais sofre com os riscos ambientais é justamente a menos 
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favorecida e que, por conseguinte, tem menos responsabilidade na construção 
deste risco. Portanto, a questão está correta. 
Gabarito: Certo 
___X___ 
1.1 – O ambiente ganha visibilidade mundial 
O grande concretizador do meio ambiente como um assunto 
mundialmente importante foi a Conferência das Nações Unidas sobre Meio 
Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972. Tendo como 
tema principal o Meio Ambiente Humano, essa Conferência estabeleceu 
princípios de aplicação geral no que se refere à proteção ambiental. 
De acordo com Accioly, o ano de 1972 pode ser apontado como o ano 
em que a conscientização para a importância de se evitar a destruição do meio 
ambiente tomou âmbito global. Nessa conferência, se reuniram pela primeira 
vez países industrializados e países em desenvolvimento para discutir 
problemas relativos ao meio ambiente. Apesar do objetivo comum de 
preservação ambiental, a conferência deixou claro o fosso existente entre 
esses países, sobretudo em matéria ecológica. 
Assim, quando o grupo de países em desenvolvimento era chamado a 
cumprir padrões mínimos ambientais, eles entendiam essa pressão como um 
mecanismo utilizado pelos países mais industrializados para impedir seu 
crescimento. Dessa forma, para grande parte das nações, a questão ambiental 
surgiu como um limitador e dificultador do modelo vigente, em que são 
explorados, descontroladamente, os recursos ambientais do planeta. 
A Conferência de Estocolmo deu origem à Declaração das Nações 
Unidas sobre o meio ambiente, que estabelece princípios gerais para sua 
proteção e prevê a criação do Programa das Nações Unidas. Esse programa 
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tem como objetivo fundamental coordenar asações internacionais de amparo 
à natureza, promovendo um desenvolvimento sustentável. 
Bem, para compreendermos a Declaração de Estocolmo, teremos que 
entrar um pouco no direito internacional ambiental, mas não se assustem, pois 
não é nada de outro mundo, ok? 
Assim, temos como pontos principais: 
� O direito ao meio ambiente foi alçado à condição de direito 
fundamental do ser humano. O primeiro princípio enumerado pelo 
referido documento estabelece que “o homem tem direito fundamental à 
liberdade, à igualdade e a condições de vida satisfatórias, em meio 
ambiente cuja qualidade lhe permita viver com dignidade e bem-estar.” 
� A Declaração de Estocolmo estabeleceu o princípio da responsabilidade 
internacional dos Estados em matéria ambiental. De acordo com o 
princípio de nº 21, “os Estados têm o direito soberano de explorar os 
seus próprios recursos segundo políticas ambientais que estabeleçam. 
Entretanto eles têm o dever de realizar essas atividades nos limites de 
sua jurisdição ou sob seu controle, desde que não causem danos ao meio 
ambiente em outros estados ou nas regiões não submetidas a qualquer 
jurisdição nacional.” Resumindo: lembram daquele sermão que 
ganhávamos da professora no colégio, que dizia que nosso direito 
termina onde começa o do coleguinha? Pois bem, aqui é a mesma coisa: 
um Estado não pode explorar seus recursos de forma a causar dano a 
outro Estado. 
� Um Estado deve ser responsabilizado pelos danos ambientais que cause 
fora de sua jurisdição territorial, ou seja, pelos danos que cause ao meio 
ambiente de outro Estado. Ou seja, feriu o direito do coleguinha? Então 
vai ter que assumir a responsabilidade. 
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Passados 10 anos da Conferência de Estocolmo, foi elaborado um 
relatório para avaliar tanto os principais resultados alcançados, quanto apontar 
os principais problemas ambientais existentes. E foi nesse momento que 
surgiu, pela primeira vez, o conceito de “desenvolvimento sustentável ”. 
Mas o que seria isso afinal? 
Podemos entender este desenvolvimento como sendo aquele que 
atende as necessidades do sistema produtivo e das gerações 
atuais, sem comprometer a capacidade das futuras gerações 
de terem suas próprias necessidades atendidas. 
Outro evento que marcou as relações homem / meio ambiente foi o 
realizado em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Vocês se lembram? 
Dependendo da idade de vocês, é possível que não, mas pra mim, que já sou 
velhinha (rsrsrs, não vale perguntar minha idade no fórum, heim?!), a ECO 92 
foi um evento inesquecível! 
Na ocasião, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente 
e Desenvolvimento, que em 1972 havia sido em Estocolmo, movimentou a 
cidade do Rio de Janeiro e ganhou a mídia brasileira e internacional. Do 
mesmo modo, a conferência realizada na Suécia, foi “reproduzida”, duas 
décadas mais tarde, na cidade do Rio e ficou mundialmente conhecida como 
ECO-92. 
Nesse encontro, líderes do mundo todo foram reunidos e produziram 
importantes documentos que buscavam regulamentar os mais variados 
elementos sobre o meio ambiente. Assim, entraram na pauta das discussões 
para proteção ambiental: princípios sobre Florestas, Convenção sobre 
Diversidade Biológica, Convenção sobre Mudanças Climáticas, Agenda 
21 e a Declaração do Rio. 
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Esses documentos tinham como principal objetivo definir um rumo 
geral para as políticas ambientais essenciais de desenvolvimento mundial. 
Assim, as políticas ali definidas deveriam ditar um modelo de desenvolvimento 
sustentável que desse conta de suprir às necessidades globais e, ao mesmo 
tempo, reconhecesse os limites de desenvolvimento econômico. 
 Nessa linha, a Agenda 21 foi um documento elaborado com o 
objetivo de servir de guia para que os Estados formulassem políticas públicas 
em matéria ambiental com vistas a promover o desenvolvimento sustentável. 
Outra realização importante deste evento foi a consolidação da Convenção-
Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima por quase todos os 
países do mundo. 
Essa convenção nada mais é do que um tratado internacional que 
tem como objetivo a estabilização da concentração de gases do efeito estufa 
na atmosfera em níveis admissíveis pelo sistema climático. É verdade também 
que ainda não se sabe, com precisão, qual é a medida de gases que poderiam 
ser considerados seguros, entretanto, boa parte da comunidade científica 
admite que a contínua emissão de gases no ritmo atual trará fortes danos ao 
meio ambiente. 
Assim, amigos, é correto afirmar que tanto a Conferência de 
Estocolmo quanto a ECO-92 foram os marcos mais importantes para o 
alargamento da gravidade da questão ambiental internacional. 
Cabe destacar também o Protocolo de Kyoto, assinado na cidade 
japonesa de mesmo nome no ano de 1997. A convenção em Kyoto estabeleceu 
um sólido compromisso por parte dos países desenvolvidos em reduzir a 
emissão de gases, mesmo com ônus aos seus respectivos crescimentos 
econômicos. No entanto, apesar da seriedade com que as nações encararam o 
protocolo, ainda não são palpáveis os meios pelos quais seriam colocadas em 
prática as medidas e o compromisso em reduzir as emissões de gás. 
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O Protocolo de Kyoto faz parte da Convenção-Quadro das Nações 
Unidas sobre Mudanças Climáticas e determina que os Estados deverão, para 
promover o desenvolvimento sustentável, implementar ou aprimorar suas 
políticas nas mais diversas áreas, como: 
 aumento da eficiência energética; 
 promoção de formas sustentáveis de agricultura; 
 proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de efeito 
estufa; 
 redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, de isenções tributárias 
e tarifárias e de subsídios para os setores emissores de gases de efeito 
estufa; 
 pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de formas novas e 
renováveis de energia, de tecnologias de sequestro de dióxido de carbono e 
de tecnologias ambientalmente seguras; 
 limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua utilização 
no tratamento de resíduos, bem como na produção, no transporte e na 
distribuição de energia e; 
 medidas para limitar ou reduzir a emissão de gases de efeito-estufa, como 
a aplicação do princípio do poluidor-pagador. 
Aplicando o princípio do poluidor-pagador, o protocolo criou o 
“Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, que deu a oportunidade para a 
criação de um mercado de créditos de carbono. “E não, professora, não tô 
entendo nada, crédito de carbono, o que é isso?” 
Bem, na verdade, isso funciona como um sistema de compra simples, 
em que aqueles países ou indústrias que não conseguem atingir as metas de 
redução de emissões de gases do efeito estufa têm que comprar créditos de 
carbono. Como todos nós sabemos, a tática de economia mais eficaz é sempre 
aquela que atinge o bolso, não é mesmo? 
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Em contrapartida aos “esbanjadores”, aquelas indústrias que 
conseguissem diminuir suas emissões abaixo das cotas determinadas, 
poderiam vender o excedente de "redução de emissão" ou "permissão de 
emissão" no mercado nacional ou internacional.De acordo com Portela, com a criação do mercado de créditos de 
carbono, os países em desenvolvimento passaram a negociar com os países 
desenvolvidos seus excedentes de "redução de emissão" ou "permissão de 
emissão" no mercado nacional ou internacional. Assim, os países em 
desenvolvimento tendem a ampliar a execução de projetos que reduzem a 
poluição para ter mais uma mercadoria para comercializar internacionalmente: 
seus excedentes de ar puro. 
Mas e quanto a metas? O Protocolo de Kyoto fixou metas para a 
redução de emissão de gases? 
Sim. Foram estabelecidas metas de redução de emissões para os 
países, porém diferentes para cada um, em respeito ao princípio da 
responsabilidade comum, mas diferenciada. Assim, já que a regra de redução 
não é valida para todos, países como o Brasil podem realizar projetos de 
redução de emissões e negociar com os que precisem os seus “créditos de 
carbono”. 
Então, pessoal, deste modo fica claro que não são todos os países 
que devem cumprir metas de redução de emissão de gases, mas somente 
aqueles que estão relacionados no Anexo I do protocolo de Kyoto – que são 
os países mais industrializados. É correto afirmar que no encontro ocorrido no 
Japão foram estabelecidas metas de redução e um mercado de créditos de 
carbono por meio do qual os países industrializados acabam financiando 
tecnologias consideradas limpas em países em desenvolvimento, como forma 
de compensar suas emissões de gases. 
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Apesar disso, passados 12 anos, constatou-se que nada disso deu 
certo! Na tentativa de se chegar a um novo acordo global sobre o clima, os 
países se reuniram, então, em Copenhague, que infelizmente, não teve mais 
êxito que o protocolo de Kyoto. 
Vejam como esse assunto foi cobrado em prova. 
2) (CESGRANRIO / Técnico Administrativo – BNDES / 2010) 
 
A "pegada ecológica" humana pode ser minimizada globalmente se 
forem aplicados, com efeito, os princípios relacionados ao conceito de 
a) orçamento participativo. 
b) desenvolvimento sustentável. 
c) produção flexível. 
d) comércio justo. 
e) economia popular. 
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COMENTÁRIOS 
Antes de respondermos à questão, quero conversar com vocês um 
pouco sobre o que vem a ser “pegada ecológica”. 
Por meio dos rastros e pegadas deixados pelos animais na floresta, é 
possível conseguir muitas informações: peso, tamanho, força, hábitos, etc. O 
mesmo pode ser feito com relação ao ser humano e sua caminhada pela Terra. 
Ao longo de nossas existências vamos deixando rastros (pegadas) 
que indicam nosso modo de existir e nossa relação com o meio ambiente. É 
nesse sentido que usa-se o termo “pegada ecológica”, como uma forma de 
indicar o quanto o ser humano já explorou o meio ambiente, deixando sua 
marca sobre a Terra. 
Pelo texto apresentado no enunciado da questão, podemos perceber 
que a relação entre ser humano / meio ambiente já foi grandemente afetada. 
De tal maneira, que os recursos naturais existentes no Planeta serem em 
menor quantidade que a possível necessidade que a presença do ser humano 
na Terra exige. 
Assim sendo, torna-se necessário uma mudança na forma de 
exploração e de utilização dos recursos naturais, para garantir a existência 
humana com condições de sobrevivência. Pensando em tudo isso, lhes 
pergunto: o que é necessário fazer para conseguir esse equilíbrio? 
A resposta deve estar na ponta da língua: DESENVOLVIMENTO 
SUSTENTÁVEL! Ou seja, aquele tipo de desenvolvimento que atende as 
necessidades do sistema produtivo e das gerações atuais, sem 
comprometer a capacidade das futuras gerações de terem suas 
próprias necessidades atendidas. 
Gabarito: B 
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___X___ 
1.2 – Conferências do Clima (COP-15, COPE-16 E COP-17) 
Seguindo na linha dos encontros onde a natureza é o grande foco, 
não poderíamos deixar de abordar aqui sobre as Conferências do Clima. 
A primeira delas é COP-15, realizada em Copenhague (Dinamarca), 
entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009. E por que esse encontro é tão 
famoso? Na verdade, muita expectativa foi depositada nesse encontro, que se 
distingue dos demais principalmente pelo fato de ter sido formulado, 
exclusivamente, para tratar da variação climática mundial. Outro fator que 
lhe conferiu bastante importância foi o fato da conferência buscar firmar um 
novo acordo global que substituiria o Protocolo de Kyoto, o qual teria validade 
somente até 2012. 
Pois bem, a Conferência de Copenhague nada mais foi do que uma 
assembléia das nações que aderiram ao compromisso firmado na convenção 
ainda em 1992, no Rio de Janeiro. No âmbito da “Convenção-Quadro das 
Nações Unidas sobre mudança do clima” já havia sido firmado o Protocolo de 
Kyoto, com o objetivo de mitigar o aquecimento global. Mas, afinal, quais 
foram os principais impasses às negociações em Copenhague? 
As negociações no âmbito da Conferência do Clima se concentraram 
basicamente em dois pontos fundamentais: redução de emissão de gases 
de efeito estufa e apoio financeiro a ser fornecido pelos países 
desenvolvidos aos países em desenvolvimento para que estes possam 
realizar ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas. 
Os maiores impasses nas negociações em Copenhague foram 
justamente a divergência de interesses quanto a esses dois temas. O Protocolo 
de Kyoto somente impôs obrigações de redução de emissões aos países mais 
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ricos. No entanto, os países mais industrializados também queriam que os 
países em desenvolvimento assumissem compromissos vinculantes nesse 
sentido. Logicamente, não é o que queriam alguns países em 
desenvolvimento! Ao final da Conferência de Copenhague, os países 
aprovaram um documento que possuia tão somente a natureza de declaração 
de intenções, não vinculando diretamente os países. Assim, ao final da COP-
15, os países não chegaram a um consenso, não assumindo compromissos 
estritos. 
Por outro lado, a COP-16, realizada em Cancún (México), entre os 
dias 29 de novembro e 11 de dezembro de 2010, foi realizada tendo como 
objetivo inicial traçar pontos que pudessem fechar acordos e ter resultados 
mais positivos que o da COP-15. 
Nesta conferência foi criado o “Acordo de Cancún”, com aprovação do 
Fundo Verde e a extensão do Protocolo de Kyoto para além de 2012. No que se 
refere ao Protocolo de Kyoto, Brasil e Reino Unido tiveram papel político de 
destaque, pois, foram os dois países os responsáveis pelas negociações pela 
extensão do Protocolo. 
O Acordo reforçou a necessidade urgente de realizar fortes reduções 
dos gases. Nesse sentido, as Nações foram convocadas a reduzirem as 
emissões entre 25% e 40% até 2020. Nessa conferência, ficou decidido que 
os mecanismos para a real redução de emissão de gases seriam definidos na 
COP-17. 
O Fundo Verde, também definido na COP-16, tem por objetivo 
garantir que os países em desenvolvimento tenham condições de 
enfrentar as mudanças climáticas com ajuda dos países ricos. O Fundo 
Verde será o responsável por administrar as doações feitas pelos países ricos. 
A princípio, a União Europeia, Japão e EUA se comprometeram com o 
financiamento de US$ 100 bilhõesaté 2020, e em curto prazo o financiamento 
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de US$ 30 bilhões. Para gerir o Fundo, o Banco Mundial foi convidado e teria o 
apoio de um conselho formado por 24 membros (com igualdade de 
representação de países desenvolvimentos e em desenvolvimento, junto com 
representantes de países menores). 
Um dado importante de se guardar é que a Bolívia foi o único país a 
se posicionar contra as decisões do COP-16, argumentando que o plano não 
era suficiente para combater as mudanças climáticas, “sendo tão fraco que 
poderia colocar o planeta em risco”. Vários países lamentaram o 
posicionamento boliviano, mas deixaram claro que as objeções apresentadas 
não poderiam impedir um acordo entre 193 países, feito depois de 2 semanas 
de intensas negociações. 
Por fim, o COP-17, realizado em Durban (África do Sul), entre os 
dias 28 de novembro e 11 de dezembro de 2011, aprovou um novo acordo 
para fazer com que todos os países, futuramente, reduzam suas emissões de 
gases estufa. 
A reunião, que deveria ter acabado antes, no dia 09/12, foi estendida 
após impasses (pra variar um pouquinho, né? rsrs). 
A maior novidade no fim das contas foi que o texto aprovado prevê 
que todos os países deverão participar de um processo para, 
futuramente, reduzir o volume de carbono que atiram na atmosfera, 
inclusive os menos desenvolvidos. 
Pois é, TODOS mesmo!!! Incluindo Estados Unidos, Índia e China 
que, dessa vez, aceitaram subscrever um acordo que prevê a criação de um 
"protocolo, ou outro instrumento legal, para combater as mudanças climáticas. 
Até então, esses países relutavam em entrar num acordo que utilizasse o 
termo "legal", já que isso acaba sugerindo que, em última instância, possa 
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haver metas "legalmente vinculantes" - ou seja, de cumprimento obrigatório 
mediante a comunidade internacional. 
O texto aprovado reconheceu, porém, que há uma lacuna entre a 
redução de emissões proposta pelos países e os cortes necessários para conter 
o aquecimento médio do planeta em 2 graus acima da era pré-industrial, 
objetivo acordado na última cúpula climática, em Cancún (no COP-16). Ficou 
definido, ainda, a formação de um grupo de trabalho para conduzir a criação 
desse instrumento, que deve ser concluída em 2015. A sua implementação 
deve acontecer a partir de 2020. O processo é denominado "Plataforma de 
Durban para Ação Aumentada". 
Segundo o texto da Conferência, este instrumento deve levar em 
conta recomendações do novo relatório do Painel Intergovernamental sobre 
Mudanças Climáticas (IPCC), ainda por ser lançado. Prevê, também, que as 
avaliações científicas sobre as medidas para conter o aquecimento global 
devam ser mais severas. 
Foi aprovado, igualmente, um segundo período do Protocolo de 
Kyoto, único acordo legalmente vinculante de redução de gases causadores de 
efeito estufa atualmente em vigor e que expira em 2012. O novo período vai, 
pelo menos, até 2017. Os acordos traçados pretendem "garantir" que até 
2020 as reduções de emissões dos países envolvidos sejam de, pelo menos, 
25% a 40% em relação aos níveis de 1990. Como anexo, o acordo tem uma 
tabela com metas de redução para os países. 
Por fim, ficou aprovado um texto que aprofunda o funcionamento do 
"fundo verde" climático. A Coreia do Sul ofereceu recursos para dar início a seu 
funcionamento. Além disso, outro artigo do texto "convidou" as partes a 
contribuírem para o fundo. Um dos grandes temores na COP-17 era que se 
estabelecesse o funcionamento desse mecanismo, mas que ele virasse uma 
"casca vazia", sem dinheiro suficiente para ser efetivo. Esse risco, diante da 
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pouca disponibilidade de contribuição mostrada pelas partes em Durban, é 
iminente. 
Assim, pessoal, já foram obtidos avanços em relação às conferências 
anteriores, mas ainda estão aquém do que a gravidade das mudanças 
climáticas exige. 
Vejam como os assuntos de mudança climática, conferências 
internacionais sobre clima e preservação ambiental já apareceram em provas. 
3) (FGV / Agente administrativo-CAERN / 2010) Em dezembro de 
2009, ocorreu em Copenhague a COP-15, em que ficou definido o 
acordo climático, já assinado por mais de cem países. Dos cinco 
maiores emissores de gases de efeito estufa do mundo (China, EUA, 
União Europeia, Índia e Rússia), até março de 2010 somente um deles 
ainda não havia aderido ao acordo. Trata-se 
a) Da china 
b) Dos EUA 
c) DA União europeia 
d) Da Índia 
e) Da Rússia 
COMENTÁRIOS 
A resposta correta é a letra E: Rússia. Nessa convenção alguns países 
não assinaram o acordo, entre eles estava a Rússia que não assumiu o 
compromisso de redução. Para aderir ao acordo a Rússia queria algum tipo de 
recompensa em um acordo sucessor de Quioto, que lhe daria maior liberdade 
nas suas emissões. 
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Ao final do COP-17, foi fechado acordo, como vimos acima, mas sem 
a participação da Rússia. 
Gabarito: E 
4) (FGV / Advogado – CODESP-SP / 2010) Com o intuito de debater a 
criação de uma organização paralela às Nações Unidas para defender a 
Terra dos efeitos do aquecimento global, realizou-se em abril de 2010 
uma cúpula mundial sobre o clima. O evento ocorreu 
a) no Chile 
b) na Bolívia 
c) na Nova Zelândia 
d) no Canadá 
e) na Dinamarca 
COMENTÁRIOS 
A letra B (Bolívia) é a resposta correta. Na ocasião desta reunião foi 
debatida a criação de um tribunal climático e a realização de um referendo 
mundial sobre meio ambiente. Esta foi uma Cúpula do Clima alternativa que se 
celebrou em Cochabamba, cidade da região central da Bolívia, da qual 
participam 20 mil ativistas dos cinco continentes, segundo os organizadores. 
A Conferência dos Povos sobre as Mudanças Climáticas expressou o 
desejo de justiça ambiental para as populações, frequentemente pobres, cujos 
litorais, água e agricultura sofrem os efeitos do aquecimento global. A 
conferência transcorreu durante três dias em meio a discursos muitas vezes 
estridentes, como o do presidente anfitrião, Evo Morales, que declarou "ou 
morre o capitalismo, ou morre o planeta". 
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Um dos temas debatidos no fórum foi a adoção de uma meta 
obrigatória de redução de 50% das emissões de gases causadores do efeito 
estufa até 2020, nas recomendações que serão enviadas à conferência 
climática das Nações Unidas. Com esta redução, segundo o embaixador da 
Bolívia na ONU, Pablo Solón, a elevação da temperatura do planeta poderia ser 
limitada a 1,5 grau e não aos 2 fixados em Copenhage, um objetivo impossível 
neste momento devido aos compromissos individuais anunciados até agora por 
diferentes países. 
Gabarito: B 
5) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) A conferência da ONU, a 
COP-16, realizada em Cancun [México] chegou ao último dia 
(10/12/2010) sem um acordo. 
(Adaptado de http://g1.globo.com) 
A Conferência mencionada tinha como um de seus objetivos 
(A) debater as causas e consequências do processo de desertificação no 
mundo. 
(B) discutir o cortenas emissões de gases poluentes responsáveis pelo efeito-
estufa. 
(C) analisar os efeitos do derretimento da calota polar no hemisfério norte. 
(D) promover o levantamento das perdas florestais provocadas por 
desmatamento. 
(E) buscar fórmulas de reduzir a fome e a subnutrição nos países pobres. 
COMENTÁRIOS 
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COP-16, abreviação de 16ª Conferência das Partes das Nações Unidas 
sobre Mudança Climática, aconteceu entre os dias 29 de novembro e 10 de 
dezembro, em 2010. Um dos principais acordos firmados foi a “ambição” de 
reduzir a emissão de gases poluentes, não acatada apenas pela Bolívia. Assim, 
deduzimos, que a opção correta é a letra B. 
O processo de desertificação do mundo (tema levantado na letra A) é 
sim assunto importante nos debates internacionais, mas esteve presente na 
ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 e não na COP-16. 
Por outro lado, um dos efeitos do aquecimento global é o gradual 
derretimento das calotas polares nos hemisférios norte e sul, entretanto, esse 
tema também não esteve presente no COP-16. Na verdade, em 2007 houve 
muitas discussões a respeito do derretimento de gelo no Hemisfério Norte, 
principalmente depois do verão daquele ano que registrou o maior recuo do 
gelo no mar Ártico. Assim, embora seja um tema de importância quando se 
trata de aquecimento global, no que se refere ao enunciado da questão essa 
opção é incorreta. 
A opção seguinte, letra D, aponta a questão do desmatamento. Mais 
uma vez estamos diante de um tema que está diretamente ligado com o 
aquecimento global, mas, que não foi tema central do COP-16. 
Pelo que vimos até agora a Conferência tratou de questões ligadas ao 
clima e às formas de reduzir o impacto da modernidade no aumento do efeito-
estufa. Assim sendo, a proposição da letra E não está de acordo com os 
objetivos da COP-16. 
Gabarito: B 
2 - Recursos naturais: aproveitamento, desperdício e políticas de 
conservação de recursos naturais 
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É praticamente impossível falar de aproveitamento, desperdício e, 
sobretudo, de políticas de conservação dos recursos naturais, sem entrar um 
pouco no Direito Internacional Ambiental. Como vimos anteriormente, a 
industrialização transformou, quase que completamente, o meio ambiente 
mundial. Dessa forma, com o intuito de normatizar a exploração dos recursos 
naturais, surgem um conjunto de preceitos que instituem direitos e deveres 
para os diversos atores internacionais no que se refere à perspectiva 
ambiental. Assim, esse ramo do direito atribui responsabilidades que devem 
ser observadas no plano internacional, tendo como objetivo a melhoria e a 
qualidade de vida para as gerações presentes e futuras. 
No âmbito do Direito Internacional Ambiental encontramos uma 
enorme quantidade de tratados, convenções e protocolos internacionais, 
multilaterais e bilaterais, voltados para a proteção ambiental. Mas podem ficar 
tranqüilos porque não vamos falar de cada uma deles aqui não, até porque 
nem teríamos tempo para tanto. O número de tratados internacionais firmados 
em proteção do meio ambiente é impressionante, tanto que de 1960 até os 
dias atuais mais de 30.000 dispositivos jurídicos sobre o meio ambiente foram 
criados. Mas o importante disso é visualizarmos que há uma forte preocupação 
internacional com esse tema e por isso as negociações internacionais em 
matéria ambiental têm se tornado um ponto prioritário na agenda e nas 
políticas estatais. 
Entretanto, pessoal, quando vemos tantos tratados e tantas leis 
sobre a mesma coisa uma certeza podemos ter: algo não esta funcionando, 
não é mesmo? A grande dificuldade para que tais negociações se convertam 
em compromissos rigorosos é o impacto no desenvolvimento econômico dos 
países que a contenção dos recursos naturais gera. É justamente nesse ponto 
que há um forte conflito de interesses entre o Direito Internacional Ambiental e 
o Direito Internacional Econômico. 
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Sem sombra de dúvidas, os Estados têm o direito de buscar o seu 
desenvolvimento econômico, entretanto esse crescimento não pode ocorrer às 
custas da degradação ambiental, e ai surge um novo princípio conhecido como 
Desenvolvimento Sustentável, conforme explicitei anteriormente. 
 A definição mais aceita para desenvolvimento sustentável é a de um 
aumento capaz de suprir as necessidades da geração atual, sem comprometer 
a capacidade de atender as necessidades das futuras gerações, ou seja, é o 
desenvolvimento que não esgota os recursos para o futuro. Apesar disso, o 
conceito de avanço sustentável depende de planejamento e do reconhecimento 
de que os recursos naturais são esgotáveis, representando uma nova forma de 
se ver o desenvolvimento econômico, a partir de uma perspectiva que leva em 
conta o meio ambiente. Quando falamos em recursos naturais, quase que 
imediatamente pensamos na Amazônia, não é mesmo? Falaremos dela, mas 
antes quero que observem como a questão dos recursos naturais, 
principalmente a água, apareceu em prova recente! 
6) (FGV / Administrador-CAERN / 2010) Com base no artigo 2º da Lei 
9.433/97, são objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: 
I. assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de 
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; 
II. a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o 
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; 
III. a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem 
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais. 
Analise os itens acima e assinale 
a) Se apenas os itens II e III estiverem corretos 
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b) Se todos os itens estiverem corretos. 
c) Se apenas os itens I e II estiverem corretos. 
d) Se nenhum item estiver correto. 
e) Se apenas os itens I e III estiverem corretos. 
COMENTÁRIOS 
O Artigo 2 da referida lei diz: 
“São objetivos da Política Nacional de Recursos Hídricos: 
I - assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de 
água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos; 
II - a utilização racional e integrada dos recursos hídricos, incluindo o 
transporte aquaviário, com vistas ao desenvolvimento sustentável; 
III - a prevenção e a defesa contra eventos hidrológicos críticos de origem 
natural ou decorrentes do uso inadequado dos recursos naturais.” 
Percebemos, pessoal, que a questão descreveu todos os itens do 
artigo, não é mesmo? 
Gabarito: B 
7) (CESPE / Agente de Acompanhamento – TJ-RR / 2011 / com 
adaptações) No século XX, a população do planeta aumentou 2,5 vezes. O 
consumo de água, por sua vez, cresceu seis vezes. Hoje, 2,5 bilhões de 
pessoas estão sob estresse hídrico – que ocorre quando uma pessoa tem 
acesso, em um ano, a menos de mil metros cúbicos de água. Juntos, Ásia, 
África e Europa têm 86% da população mundial e 55% dos recursos hídricos. 
Na América do Sul, são 6% da população e 26% da água. 
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O Globo, mar/2011,p. 7 (com adaptações) 
Considerando o texto acima e a amplitude do tema que ele aborda, 
julgue os itens seguintes. 
I – Ainda que não resulte em problemas sanitários de maior gravidade, a ponto 
de preocupar as autoridades de saúde pública, e mesmo que o combate ao 
problema não custe caro, a degradação das fontes de fornecimento de água 
para o consumo humano apresenta-se como freio ao desenvolvimento 
econômico. 
II – Depreende-se do texto que a disponibilidade de água divide o planeta; 
assim, proporcionalmente, áreas com maior número de habitantes dispõem de 
menos recursos hídricos, o que é um grave problema. 
III – Privilegiado em termo de bacias hidrográficas, o Brasil não convive com o 
problema da escassez de água, nem mesmo nos maiores centros urbanos do 
país. 
IV – Fenômeno de dimensões cada vez mais globais, os problemas de 
abastecimento de água decorrem, entre outros motivos, da inexistência de 
planejamento urbano para utilização do solo, da precariedade na coleta e na 
destinação do lixo e da ocupação desenfreada das áreas ribeirinhas. 
Marque a alternativa correta. 
a) se apenas II e IV estiverem corretas. 
b) se I, II e III estiverem certas. 
c) se todas as afirmativas estiverem erradas. 
d) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
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e) se apenas III estiver correta. 
COMENTÁRIOS 
A afirmativa I está errada. A palavra de ordem em todo mundo hoje é 
“desenvolvimento sustentável”, que pressupõe o olhar empreendedor 
permanentemente direcionado para a conservação da natureza, para a nossa e 
as gerações futuras. Assim, quando a afirmativa diz que a degradação das 
fontes de fornecimento de água é vista como freio ao desenvolvimento 
econômico está nos remetendo à questão da sustentabilidade. Ou seja, a 
degradação das fontes de água podem sim criar obstáculos ao 
desenvolvimento econômico, principalmente o desenvolvimento econômico 
para daqui a alguns anos. 
No entanto, dizer que essa degradação não resulta em problemas 
sanitários, que as autoridades de saúde não precisam se preocupar com ela e 
que os custos no combate a esse problema não é caro, é incorrer em três erros 
grosseiros. Pois, a degradação das fontes de água traz inúmeros problemas 
sanitários e à saúde. Por outro lado, as autoridades de saúde, juntamente com 
ambientalistas, estão acompanhando de perto os casos de destruição das 
fontes de água. E, por fim, combater qualquer problema relacionado com o 
meio ambiente, principalmente no que diz respeito à conservação da água, 
gera gastos. Devemos lembrar que, apesar de toda questão de 
“desenvolvimento sustentável”, existem ainda muitos produtores que não se 
importam em destruir fontes de água (na verdade, o meio ambiente como um 
todo) para obter mais lucro. 
Combater suas ações é caro; criar políticas que incentivem a 
conservação da natureza é caro; conscientizar a população da necessidade de 
manter as fontes de água é caro. Ou seja, conservar o meio ambiente para a 
nossa e as futuras gerações é caro, mas, com certeza, menos dispendioso que 
arcar com as conseqüências da destruição de hoje no futuro. 
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A assertiva II está correta. Nos detendo apenas ao texto introdutório 
já podemos chegar à essa mesma conclusão. Se 86% da população têm que 
ficar com apenas 55% da água enquanto ínfimos 6% da população ficam com 
26%, percebemos que há uma disparidade gritante nessa relação. 
Podemos ir mais adiante e pensar no quanto os 86% da população 
precisam seguir políticas de restrição no uso da água e, por outro lado, o 
desperdício promovido pelos 6% que detêm mais de ¼ da água mundial. 
A grande diferença apresentada no texto nos mostra o quão grave 
pode ser o problema se não houver conscientização das pessoas quanto ao 
consumo de água, principalmente nas regiões, como na América do Sul, em 
que a quantidade de água é bem superior à necessidade da população. 
A assertiva III está errada. Embora o Brasil possua grande 
quantidade de água, o país não está isento com sofrer com a escassez desse 
líquido, principalmente em algumas regiões menos privilegiadas. 
Algumas áreas do nordeste sofrem com a seca e a falta d’água. Além 
disso, os grandes centros urbanos do país, em constante crescimento, passam 
por dificuldades em relação à água. E o pior, a escassez deste líquido precioso 
nestas áreas seguem a tendência a piorar cada vez mais devido ao inchaço das 
cidades. 
A afirmativa IV está correta. Todo tipo de falta de planejamento na 
ocupação urbana, toda falta de estrutura, de saneamento e, por conseguinte, a 
falta de destinação do lixo e os abusos dos recursos naturais interferem 
diretamente no equilíbrio natural e também na disponibilidade desses recursos, 
entre eles a água, para o uso humano. 
Gabarito: A 
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Pois bem, vamos falar então da região amazônica, uma das mais 
devastadas do nosso país. Observem: 
 
Se nos detivermos durante alguns segundos observando-as, 
certamente nos perderemos na vastidão amazônica e, ficaremos ainda mais 
convictos em afirmar que a abordagem da “questão ecológica no mundo” só 
estará completa se for analisada também a Amazônia brasileira, com seus 
aproveitamentos e desperdícios de recursos naturais. Pois então, vamos 
pensar um pouco sobre essa importante área! 
A região amazônica possui uma população muito reduzida, o que, 
aliado à sua grande extensão, acaba resultando em baixíssimas densidades 
demográficas. No entanto, nas últimas décadas, a região vem tendo, devido às 
migrações, o maior crescimento populacional do país. É bom frisarmos que a 
maior migração para Amazônia até hoje ocorreu durante o segundo ciclo da 
borracha, se é que dá para dividi-los assim. Durante a Segunda Guerra 
Mundial o Brasil tinha assinado um acordo com os EUA, por meio do qual se 
comprometia a fornecer matérias primas para indústria bélica. Sendo a 
borracha uma dos principais elementos necessários nesse período, o governo 
de Vargas fez propagandas para que as pessoas migrassem para aquela região 
e se transformassem em "soldados da borracha". Alguns homens, inclusive, 
preferiram ir para Amazônia a correr o risco de serem mandados para guerra. 
Além disso, o governo incentivou de todas as formas essa migração, 
com propagandas, promessas (que não se cumpriram) e passagem de trem 
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(só de ida)! Assim, não houve, em nenhum outro período de nossa história, 
uma migração tão forte quanto a desse período. 
Apesar disso, também é verdade afirmar que, em outros momentos, 
como durante o governo militar, por exemplo, houve uma forte migração para 
a Amazônia, se comparada às calmarias típicas da região. Todavia, se 
comparado ao fluxo migratório ocorrido durante os ciclos da borracha, ela se 
torna pouco significativa. 
Assim, grande parte de todo o crescimento populacional amazônico é 
fruto de migrações rural-rural (expansão da fronteira agrícola) que, no 
entanto, não impedem a região de ser predominantemente urbana, com cerca 
de 55% da população vivendo em cidades. Vejam bem, 55% da população é 
urbana e não poderia ser diferente, uma vez que o espaço natural é 
significativamenteinóspito. Esta aparente contradição pode ser explicada pela 
enorme concentração fundiária e os constantes conflitos pela posse da terra, 
envolvendo posseiros, grileiros, latifundiários, jagunços, comunidades 
indígenas e populações extrativistas (como os seringueiros e castanheiros). 
A Amazônia abriga 33% das florestas tropicais do planeta e cerca de 
30% das espécies conhecidas de flora e fauna. Justamente devido à sua 
riqueza mineral, vegetal e de recursos naturais é que essa região desperta 
grande interesse em todo o mundo. Utilizando-se dos argumentos da falta de 
preservação, pessoas do mundo inteiro se sentem no direito de opinar sobre 
assuntos relativos a Amazônia, como o projeto da construção da usina 
hidrelétrica de Belo Monte, que vem mobilizando a opinião pública mundial 
(falaremos dele mais à frente!). 
Tendo em vista a grande devastação e degradação ocorrida na 
Amazônia, ela acaba sendo nossa primeira imagem de aproveitamento e 
desperdício de recursos naturais. Estima-se, por exemplo, que só as lavouras 
de soja no Mato Grosso, já devastaram 40% da Floresta Amazônica daquele 
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estado, embora o desmatamento venha caindo, principalmente, por causa de 
fortes pressões internacionais. 
 Quando se fala em proteção ambiental na Amazônia, temos que 
fazer referência ao Plano Amazônia Sustentável, lançado pelo governo 
federal no ano de 2008, o qual trata-se de um plano estratégico destinado a 
promover o desenvolvimento sustentável na região e possibilitar o aumento da 
presença do Estado naquela área. 
Como a Amazônia é um grande vazio demográfico, fica mais difícil a 
fiscalização de ações que degradem o meio ambiente. Nesse sentido, foi criado 
em 2002 o SIPAM/SIVAM (Sistema de Proteção da Amazônia / Sistema de 
Vigilância da Amazônia). O objetivo do SIPAM/SIVAM é produzir informações e 
conhecimento para subsidiar as ações governamentais na Amazônia, inclusive 
no que diz respeito à proteção ambiental. 
Combater o desmatamento na Amazônia é uma grande prioridade do 
governo federal. Assim, as informações obtidas por meio do SIPAM/SIVAM 
possibilitam a obtenção de informações sobre áreas de desmatamento ilegal, 
além de permitir a atuação dos órgãos de fiscalização de forma mais objetiva e 
planejada. Vejam algumas questões! 
8) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011) De acordo com dados 
divulgados pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, 45% da 
área original da Amazônia já havia sido desmatada até 2009. 
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Afirmativa errada. A taxa de desmatamento da Amazônia diminuiu 
desde 1988. Entretanto, ela já chega a cerca de 15% do total da floresta. 
Segundo o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) a taxa de 
desmatamento ainda precisa cair e a fiscalização nos Estados que contêm a 
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floresta deve ser mais rigorosa. Mato Grosso e Roraima ocupam 
respectivamente o primeiro e o segundo lugar entre os Estados responsáveis 
pela maior índice de desmatamento da Amazônia. 
Entre Janeiro e Fevereiro de 2010, por exemplo, o INPE constatou 
uma área de desmatamento que equivaleria a 50% do tamanho da cidade de 
São Paulo, sendo 69% desta área localizada em Mato Grosso e 13% em 
Roraima. 
Quando esses dados são comparados com anos anteriores, percebe-
se que houve uma diminuição na destruição da área original da Amazônia, mas 
isso não quer dizer que o desmatamento ainda esteja em índices elevados, 
prejudicando a vida da flora e fauna da região e, claro, contribuindo para a 
destruição do meio ambiente como um todo. 
Gabarito: Errado 
___X___ 
3 – Alguns incidentes ambientais importantes 
3.1 – Enchentes no Nordeste 
Um episódio recente que causou grande comoção nacional foram as 
enchentes ocorridas no Nordeste do Brasil, mais especificamente nos estados 
de Pernambuco e Alagoas. Cidades inteiras foram devastadas, causando 
inúmeras mortes e deixando milhares de desabrigados. 
Mas será que a única causa das enchentes foram o elevado índice 
pluviométrico? 
Com certeza não! Embora as chuvas no Nordeste tenham superado a 
média histórica da região, o que pode ser considerado um “evento extremo” 
decorrente do aquecimento global, elas não foram a única causa das enchentes 
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no Nordeste. Outros fatores que concorreram para que essa catástrofe 
ocorresse foram: o desmatamento de matas ciliares, construções à beira de 
rios e assoreamento de cursos d’água. 
Como medidas para a prevenção de enchentes desse tipo de situação 
de calamidade pública, podemos citar: ocupação regular do solo, promovendo 
maior ordenamento das aglomerações urbanas, construção de sistemas de 
barramentos, desassoreamento de rios e a realização de ações de educação 
ambiental (conservação do solo). Além disso, é fundamental que o governo 
mantenha uma rede de prevenção de catástrofes naturais capaz de prevenir 
fenômenos meteorológicos com maior eficiência, dando tempo à defesa civil 
para executar seu trabalho. Como isso poderia ser cobrada em prova? Vejam! 
9) (Questão Inédita) “O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve sobrevoar 
as áreas atingidas por enchentes nos estados de Pernambuco e Alagoas nesta 
quinta-feira. O presidente cancelou uma viagem que faria ao Rio de Janeiro 
para ir às localidades afetadas pelas chuvas. A previsão é de que Lula faça um 
sobrevôo de helicóptero às cidades pernambucanas atingidas pelas enchentes 
durante a manhã. Ele vai aos municípios alagoanos na tarde do mesmo dia. As 
autoridades de Pernambuco e Alagoas informaram que chegou a 41 o número 
de mortos em decorrência das chuvas nos dois estados. Também aumentou de 
21 para 35 as cidades alagoanas em situação de emergência ou calamidade 
pública. Nos municípios pernambucanos, o número de municípios em situação 
de emergência subiu de 35 para 39. As informações são de boletins divulgados 
nesta terça-feira pela Defesa Civil dos dois estados.” 
(O Povo on-line, 22/06/2010) 
Tomando o texto acima como referência inicial, julgue os itens a seguir 
a respeito das questões ambientais e energéticas e, em seguida, 
assinale a assertiva correta: 
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I – Em 2006, o Brasil anunciou em caráter oficial sua autossuficiência na 
produção de petróleo. Todavia, isso não quer dizer que o país não importe 
mais petróleo e seus derivados. 
II – A construção da usina hidrelétrica de Belo Monte suscita intensos debates 
na sociedade brasileira, já que se argumenta que causará profundo impacto 
ambiental na região. O presidente Lula, diante das críticas, resolveu não dar 
continuidade ao projeto, pois ele poderia ter influência negativa em um ano 
eleitoral. 
III – De acordo com as Nações Unidas, o número de pessoas desabrigadas 
pelas devastadoras enchentes recentemente ocorridas no Paquistão superou 4 
milhões de pessoas. 
IV – O aquecimento global é responsável por eventos climáticos extremos, dos 
quais são exemplos as chuvas no Nordeste do Brasil, as chuvas no Paquistão e 
o forte calor na Rússia. 
V – O elevado potencial hidrelétrico do Rio São Francisco não pode ser 
plenamente aproveitado, já que isso comprometeria as atividades de irrigação 
e abastecimentodesenvolvidas ao longo de seu curso. 
Marque a alternativa correta. 
a) VFVFV 
b) VFVVV 
c) VVFVF 
d) FFVVF 
e) FVFFV 
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A primeira assertiva está correta. Apesar do Brasil ser autossuficiente 
na produção de petróleo, isso não quer dizer que ele não importe derivados de 
petróleo. Vejamos a seguir uma notícia publicada no G1 On Line: 
“Petrobrás poderá antecipar a entrada em produção de algumas refinarias para tentar 
garantir que a autossuficiência de derivados de petróleo seja atingida em 2014. A 
expectativa atual, que projeta o fim da importação de derivados dentro de cerca de 
três anos, leva em consideração um crescimento médio do Produto Interno Bruto 
(PIB) de 3,4%. 
Atualmente, a importação de derivados da Petrobras é de 120 mil barris por dia, em 
média, sendo principalmente de GLP, diesel e querosene de aviação. Já a exportação 
da Petrobras é de 80 mil barris por dia, alavancada por gás e óleo combustível. 
No primeiro semestre do ano, o consumo de derivados no país cresceu 12%. A 
expectativa do diretor da estatal é que deverá ser recorde na segunda metade do ano. 
"Desde 2000 para cá, a cada ano, tivemos aumento de capacidade de produção de 
derivados em torno de 2%. Apenas no ano passado houve queda, devido à crise 
internacional", disse.” 
A segunda assertiva está errada. Apesar de todas as críticas e 
controvérsias em relação à construção da Usina de Belo Monte, o governo 
federal resolveu dar continuidade ao projeto, que ficará a cargo do Consórcio 
Norte-Energia. 
A terceira assertiva está correta. As recentes enchentes ocorridas no 
Paquistão são um exemplo do que o relatório do IPCC considera eventos 
climáticos extremos, tendo deixado inúmeras pessoas desabrigadas naquele 
país. Vejamos uma notícia que ilustra bem o ocorrido: 
“O número de pessoas desabrigadas pelas devastadoras enchentes no Paquistão subiu 
para mais de 4 milhões, informaram as Nações Unidas nesta quinta-feira. 
A ONU disse mais cedo que 2 milhões de pessoas perderam suas casas nas piores 
inundações na história do Paquistão que começou há três semanas. 
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De acordo com estimativas, mais de 4 milhões de pessoas em Sindh e Punjab ainda 
estão sem teto. Esta situação é de grande preocupação - disse o porta-voz da ONU 
Maurizio Giuliano, se referindo às províncias do sul e do centro do país atingidas pelas 
enchentes.” (G1 On Line) 
A quarta assertiva está correta. O aquecimento global tem provocado 
eventos climáticos com graves conseqüências para a população do globo, dos 
quais são exemplos as enchentes no Nordeste e no Paquistão e, ainda, o forte 
calor na Rússia. 
A quinta assertiva está correta. O potencial hidrelétrico do Rio São 
Francisco não pode ser completamente aproveitado, pois isso comprometeria 
as atividades de irrigação e abastecimento desenvolvidas ao longo de seu 
curso. 
Gabarito: B 
___X___ 
3.2 - Vazamento de óleo no Golfo do México 
No dia 20 de abril de 2010, ocorreu uma explosão na plataforma 
Deepwater Horizon, localizada no Golfo do México. Nessa situação, havia um 
sistema preparado para fechar uma válvula no fundo do mar automaticamente. 
Todavia, não foi isso o que ocorreu! O sistema não funcionou conforme 
previsto e o poço ficou aberto, ocasionando o vazamento do petróleo na 
região. 
O vazamento de petróleo no Golfo do México foi o pior vazamento 
costeiro da história dos EUA, com o derramamento de cerca de 4,9 milhões de 
barris de petróleo no mar. Após inúmeras tentativas sem sucesso, a empresa 
petrolífera British Petroleum finalmente conseguiu conter o vazamento de 
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petróleo. Segundo a empresa, os custos para conter o vazamento chegam a 
US$6,1 bilhões. 
Especialistas afirmam que a flora e a fauna submarinas foram 
gravemente afetadas e que os efeitos da contaminação poderão repercutir 
durante décadas. 
Pela sua magnitude, o acidente ambiental no Golfo do México 
repercutiu sobre o mundo inteiro, inclusive no Brasil. Com efeito, a exploração 
do petróleo descoberto na camada pré-sal será feita em águas mais profundas 
do que as do Golfo do México. 
Assim, a ocorrência desse acidente ambiental, abriu as discussões no 
Brasil acerca da necessidade de que exista um Plano Nacional de Contingência 
para Derramamento de Óleo e da adesão a um fundo internacional para 
compensações e responsabilidades quanto a crimes por derramamento de 
petróleo. Além disso, o acidente no Golfo teve reflexos na discussão acerca dos 
royalties do petróleo, que funcionam como um mecanismo de compensação 
ambiental aos estados produtores de petróleo. 
10) (FGV / Advogado – CODESP-SP / 2010) A petroleira responsável 
pela plataforma que explodiu recentemente no Golfo do México, 
causando um vazamento gigante de petróleo é de nacionalidade 
a) Americana 
b) Mexicana 
c) Brasileira 
d) Britânica 
e) Francesa 
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A resposta correta é a letra C. Como vimos acima, a a empresa 
petrolífera responsável era a British Petroleum, que britânica. 
Gabarito: D 
3.3 – As chuvas na região Sudeste 
Geralmente estamos acostumados a ver as tragédias ocasionadas 
pelas chuvas associadas às regiões mais pobres e carentes do Brasil. Todavia, 
no inicio deste ano (2011) as chuvas trouxeram prejuízos enormes a outra 
região, ate então desconhecida por desastres ecológicos: a Região Serrana do 
RJ. 
O ano de 2011 começou com o cenário de tragédia e devastação na 
Região Sudeste quando mais de 300 pessoas morreram devido aos fortes 
temporais ocorridos no Estado do Rio de Janeiro. 
Teresópolis e Nova Friburgo sofreram com um forte deslizamento de 
terras que ocasionou mais de 1000 mortes e milhares de desabrigados. 
O verão no Brasil está mais chuvoso nas regiões Sul e Sudeste devido 
ao fenômeno climático conhecido como El Niño. Este elemento significa águas 
do Oceano sobreaquecimento e que afetam climas tanto regionais quanto 
globais, mudando os padrões de vento a nível mundial, e afetando assim, os 
regimes de chuva em regiões tropicais e de latitudes médias como a região 
serrana. 
No início de 2010, a chuva já tinha castigado o município de Angra 
dos Reis, com pelo menos 30 mortes registradas ali no Estado do Rio de 
Janeiro. 
Além do El Niño, as agressões ao meio ambiente são uma das 
principais causas dos deslizamentos nas cidades afetadas pelas enchentes. 
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Assim, o crescimento da população acaba aumentando demasiadamente a área 
urbana, e empurrando moradores para os morros das cidades numa ocupação 
totalmente desordenada! 
11) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011) No início deste ano, 
na região serrana do estado do Rio de Janeiro, a ação humana 
contribuiu para o aumento da quantidade de vítimas dos 
deslizamentos de terra provocados pela água das chuvas. 
COMENTÁRIOS 
Afirmativa correta. Como todos sabem, os deslizamentos que 
assolaram a região serrana do Estado do Rio de Janeiro aconteceram depois de 
uma grande quantidadede chuva em poucos dias. No entanto, não foram 
apenas as chuvas que levaram aos deslizamentos. Também a ocupação 
irregular das encostas das montanhas e a retirada da vegetação natural dessas 
áreas contribuíram para o desastre natural. 
Assim sendo, a afirmativa está correta ao dizer que a ação humana 
contribuiu para o aumento do número de vítimas. Pois, não fosse todas as 
questões aqui apresentadas, ou seja, a ação do ser humano e sua intervenção 
desmedida na natureza, talvez, as consequências, o número de mortos, 
desabrigados e feridos poderia ter sido menor. 
Gabarito: Certo 
___X___ 
3.4 Terremoto no Japão 
No início do mês de março de 2011 o Japão foi atingido por um 
tremor de 8.9, considerado o 7º pior de toda a história mundial e o maior já 
registrado na história do Japão. 
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Imagens de TVs locais mostraram que o abalo provocou um tsunami, 
que alcançou inúmeras áreas da cidade japonesa de Sendai, arrastando carros 
e barcos por toda cidade e fazendo milhares de vitimas fatais. 
Não sei se vocês estão lembrados, mas no ano passado, pra ser mais 
precisa em 27 de fevereiro do ano passado, um tremor de magnitude 8,8 
atingiu o Chile e deixou mais de 800 mortos. O terremoto no Chile, era 
considerado então o quinto maior da história, ocorreu durante a madrugada e 
também causou tsunamis. Agora, uma questão. 
12) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) Analise o texto 
abaixo. 
“Um terremoto de 9 graus na escala Richter, o mais forte registrado no Japão, 
causou um tsunami que devastou a costa nordeste do país no dia 11 de março 
de 2011. Ondas de até 10 metros de altura arrastaram tudo o que 
encontravam pela frente – navios, casas, carros, barcos e pessoas. O número 
de mortos ultrapassou a casa dos 4 mil, a maioria na província de Miyagi, 
localizada próxima ao epicentro. Mais de 9 mil continuam desaparecidas. 
Cidades inteiras foram destruídas. Em outras localidades faltam água, luz, 
alimentos e combustível.” 
Disponível em: http://educacao.uol.com.br/atualidades/tragedia-no-japao-tremor-arrasa-
cidades-e-provoca-crise-nuclear.jhtm. Acessado em 18/07/2011. 
Sobre a tragédia anunciada no texto, assinale a alternativa correta. 
a) O número de mortos no Japão foi muito alto, pois naquele país a estrutura é 
muito frágil e eles não possuem mecanismos de prevenção contra acidentes 
naturais dessa magnitude. 
b) Países próximos ao Japão, como Indonésia, Coréia do Sul, China e 
Madagascar, também sofreram os mesmos efeitos do terremoto. 
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c) O tremor também provocou explosões na estrutura de reatores nucleares do 
complexo de Fukushima, uma das 25 maiores usinas nucleares do mundo. 
d) O Japão está localizado no “Anel de Fogo do Atlântico”, que concentra as 
maiores atividades sísmicas do mundo. 
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A letra A está incorreta. Ao contrário do que diz a afirmação, o Japão 
possui um dos mais eficientes sistemas de prevenção contra acidentes e 
catástrofes naturais. Se comparado com o número de mortos do terremoto que 
atingiu a Indonésia em 2004, de mesma magnitude do que atingiu o Japão em 
2011, o número de mortos no Japão é bem menor, devido, principalmente, à 
qualidade do sistema de prevenção deste país. 
A letra B está errada. Embora as regiões vizinhas ao Japão tenham 
sentido os tremores, os efeitos foram bem menores, não causando a 
destruição que atingiu os japoneses. 
A opção C está correta. Depois do terremoto, um tsunami atingiu a 
costa japonesa e inundou a planta da usina de Fukushima, causando a 
explosão de alguns reatores. 
A alternativa D está incorreta ao dizer que o Japão está localizado no 
“Anel de Fogo do Atlântico”, na verdade, o correto é Anel de Fogo do 
Pacífico, região que concentra 90% de todos os terremotos e os mais intensos 
do mundo. O Japão localiza-se nessa região e sofre grandes abalos sísmicos. 
Gabarito: C 
___X___ 
4 – O novo código florestal 
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Bem, para falarmos de forma mais “simples”, esse código é o 
conjunto de regras que regulamenta todas as práticas que se referem à 
utilização do meio ambiente no Brasil. É ele que determina o que se pode 
desmatar e o que, obrigatoriamente, deve ser preservado e protegido pelos 
produtores, ou seja, ele define as formas e proporções da preservação do meio 
ambiente mesmo dentro das propriedades rurais. 
E por que essa discussão agora? 
Não é segredo para nenhum de nós que atualmente existe, inclusive, 
uma auto-cobrança no sentido de adotarmos praticas diárias que contribuam 
para a o meio ambiente ou que o degradem o mínimo possível, não é mesmo? 
Pois bem, pensando em termos “macro” essa cobrança chegou às esferas 
públicas brasileiras e, na noite de 24 de maio, foi aprovado, na Câmara dos 
Deputados, o texto do novo Código Florestal Brasileiro. 
Na verdade, essa não é uma discussão tão recente quanto se 
imagina, pois há mais de dez anos e depois de três tentativas mal sucedidas 
foi que esse novo texto foi aprovado pelos deputados. 
Com essa “onda verde”, em que todos os países do mundo voltam 
suas atenções para a preservação ambiental, a discussão sobre a nossa 
legislação florestal não pôde mais ser adiada, como vinha sendo feito. 
O ponto chave do governo na discussão sobre o novo texto do Código 
Florestal girava justamente em torno de incluir punições mais rigorosas 
para quem reincidisse em crimes ambientais. Todavia, outros pontos 
também geraram muitas discussões como as áreas de preservação 
permanentes (APPs) e isenção aos pequenos produtores da 
obrigatoriedade de recompor reserva legal. 
Enfim, as mudanças que estavam em discussão sobre a atualização 
do Código foram votadas mesmo sem que houvesse um consenso entre as 
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partes diretamente envolvidas, ou seja, os ruralistas, os ambientalistas e 
pequenos produtores. 
Como já era de se esperar, cada setor tinha suas próprias 
reivindicações, que são, na grande maioria das vezes, dissonantes. Tal 
divergência de interesses é o grande entrave de todo o processo de aprovação 
da norma. 
O texto aprovado pelos deputados acabou agradando 
bastante a bancada ruralista, já que anistiou todos os 
produtores rurais que desmataram até 2008, diminuiu as 
áreas de vegetação nativa em encostas e retirou a proteção 
a áreas mais sensíveis, como os mangues. 
Agora , pessoal, vamos continuar acompanhando essa história, pois 
ela ainda pode ter um final bem diferente! Apesar de ter sido aprovado pela 
Câmara dos Deputados, e sofrido algumas mudanças no Senado Federal (como 
a EMS 1876/99) ele ainda deve ser votado pela Câmara novamente no 
próximo ano. 
Vejam a cobrança desse assunto em prova! 
13) (IBFC / Oficial de Promotoria I – MP-SP / 2011) No dia 24 de maio 
de 2011, o Congresso Nacional aprovou o novo Código Florestal após 
diversos embates entre as bancadas ambientalista e ruralista. Acerca 
do Código Florestal brasileiro, é incorreto afirmar que: 
a) O Código Florestal, em vigor desde 1965, reúne um conjunto de leis que 
visam à preservação das florestas. Porém, ele não foi seguido pela maioria dos 
produtores rurais. Estima-se que 90% estejam em condições

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