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Estudo de Impacto Ambiental

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08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 1/15
Estudo de Impacto Ambiental
Site: Campus Online I
Curso: Direito Ambiental - TIV - Turma D - 1217 - Virtual
Livro: Estudo de Impacto Ambiental
Impresso por: Thayná Lacerda Diniz
Data: sexta, 8 Jun 2018, 18:33
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 2/15
Sumário
Introdução da Aula
Tópico 1 - Definições de Impacto, Meio Ambiente e de Impacto Ambiental
Tópico 2 - Aspectos Constitucionais do EIA
Encerramento
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 3/15
Introdução da Aula
Ao abordar o tema “Estudo de Impacto Ambiental”, é necessário conhecer definições importantes sobre impacto, a
relação com o meio ambiente, com o fim de se alcançar a sistematização do Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
Ultrapassada a definição, torna-se relevante observar os aspectos constitucionais relacionados ao EIA.
Ao final desta aula, como objetivos propostos, você deverá:
Compreender a sistemática do EIA e
Avaliar as questões constitucionais relacionadas ao EIA.
Reflexão
Qual a importância do Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA)? Haverá a efetiva proteção ambiental
com a implantação do EIA?
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 4/15
Tópico 1 - Definições de Impacto, Meio
Ambiente e de Impacto Ambiental
O capítulo constitucional dedicado ao meio ambiente (artigo 225, § 1º, inciso IV do texto constitucional) determina a
exigência de Estudo prévio de Impacto Ambiental (EIA) para a “instalação de obra ou atividade potencialmente
causadora de significativa degradação do meio ambiente”.
O texto constitucional ainda determina que seja dada publicidade ao EIA. 
O Estudo de Impacto Ambiental (EIA) é uma das diferentes modalidades de estudos utilizadas para o exame dos
diferentes custos de um projeto. O foco está nos custos ambientais.
Estes são caracterizados pelos impactos positivos e negativos advindos da implantação do empreendimento. 
Lógica semelhante pode ser aplicável ao EIA, com alguns temperamentos. Estes temperamentos passam pelas
repercussões sobre o meio social no qual o projeto se inserirá.
Atenção
Para a avaliação social, é extremamente importante a análise das externalidades dos projetos. Elas são os
resultados não desejados advindos da implementação de um dado projeto (ANTUNES, 2016). 
As externalidades podem ser positivas ou negativas. 
Positivas são aquelas que redundam em benefícios não previstos quando da planificação do projeto.
Negativas são as externalidades que implicam a criação de problemas insuspeitados quando do planejamento e da
implementação do projeto. 
Dentro das externalidades, as ambientais avultam pela importância e complexidade.
Analisar custos de implantação de projetos é uma prática antiga; de fato, o empreendedor de um projeto
busca avaliar se os benefícios compensarão os custos a serem alcançados. Se os benefícios forem maiores que
os custos, diz-se que o referido projeto é viável economicamente (ANTUNES, 2016). 
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 5/15
Dentro das externalidades, as ambientais avultam pela importância e complexidade.
Os EIA são uma evolução das análises do tipo custo/benefício. Cuida-se da análise custo/benefício do projeto,
tomando-se como parâmetro a repercussão sobre o meio ambiente.
Impacto é choque, modificação brusca causada por força exterior que tenha colidido com um objeto. Por sua vez, o
impacto ambiental é uma modificação brusca causada no meio ambiente (ANTUNES, 2016).
No primeiro momento, o EIA somente examina os impactos ambientais antrópicos (causados pela pessoa humana).
Mas, e as mudanças climáticas? Devem ser examinadas pelo EIA?
Saiba mais
O texto “Impactos das mudanças climáticas em cidades no Brasil”, de Wagner Ribeiro, merece destaque
nesta discussão.
Em função do aumento da complexidade, o EIA poderá incluir a contribuição humana para a ocorrência de
impactos ambientais naturais.
O impacto ambiental causado por circunstâncias naturais pode ter repercussões ambientais e econômicas
extraordinárias. Exemplo disto estão nas erupções vulcânicas. 
Saiba mais
O vulcão Grimsvotn (Islândia, em 2011) teve a erupção mais forte registrada nos últimos cem anos. Veja a
reportagem “Vulcão entra em erupção na Islândia”. A erupção atingiu diversas localidades, como o norte da
Grã-Bretanha e do Oceano Atlântico, Escócia, Irlanda do Norte e Irlanda, além de partes da França e
Espanha.
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
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De acordo com a teoria geral sobre as externalidades, o impacto ambiental pode ser positivo e negativo.
Normalmente, o direito ambiental está mais voltado para o impacto ambiental negativo. O foco do EIA está em
prever as possibilidades de gerar o dano ambiental e, consequentemente, a responsabilidade (ANTUNES, 2010).
Porém, o EIA deve indicar todos os impactos ambientais, positivos e negativos, como forma de propiciar ao
administrador os instrumentos necessários para a adequada avaliação do empreendimento.
O conceito normativo de impacto ambiental não é simples.
A Resolução n. 1/1986, do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), em seu artigo 1º estabeleceu que:
Impacto ambiental é qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada
por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetam:
I – a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
Vídeo
Em 2010, a erupção de outro vulcão - o Eujafjallajökull - provocou um caos aéreo na Europa e um prejuízo
de milhões de euros. Veja o vídeo a seguir:
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
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II – as atividades sociais e econômicas;
III – a biota [conjunto de seres vivos de uma região];
IV – as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente;
V – a qualidade dos recursos ambientais.
A Resolução 237/1997 do CONAMA - artigo 1º, inciso III – estabeleceu um novo conceito: o de impacto regional.
A finalidade é a de definir os parâmetros para o licenciamento de atividades poluidoras que tenham características
próprias.
Conceito
O impacto regional é todo e qualquer impacto ambiental que afete diretamente (área de influência do
projeto), no todo ou em parte, o território de dois ou mais Estados.
O estudo de impacto ambiental regional pode ser visto na literatura como uma modalidade de Avaliação Ambiental
Estratégica (AAE). Dias (2001, p. 37) o considera como Avaliação Ambiental Regional:
Avaliação Ambiental Regional – processo de avaliação das implicações ambientais e sociais regionais de
propostas de desenvolvimento multissetorial numa dada área geográfica e durante um período
determinado.
A expectativa é que a edição legislativa recente sobre o tema –– abordasse o impacto ambiental regional.
No entanto, a questão regional não foi contemplada em referida legislação.
Ao tratar das ações administrativas da União – como o licenciamento ambiental (etapa posterior ao EIA) – não
houve previsão de atividades regionais. Como estabelece o artigo 7º de referida Lei:
Clique na imagem acima.
Atenção
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Todo projeto que acarrete repercussão negativa sobre a saúde dos indivíduos de uma determinada
comunidadeé impactante. 
A segurança deve ser entendida como segurança social contra riscos decorrentes da inadequada localização de
materiais tóxicos, alteração significativa nas condições de fixação do solo, possibilidade de enchentes,
desabamentos, dentre outros aspectos (ANTUNES, 2016).
Não se pode deixar de mencionar os riscos de ampliação de índices de criminalidade e outros que afetam
desfavoravelmente a segurança pública.
Em relação ao bem-estar, este deve ser compreendido como um conjunto de condições que definem um
determinado padrão de qualidade de vida que deve ser aferido levando-se em conta as condições peculiares de
cada comunidade especificamente considerada.
As atividades sociais e econômicas dizem respeito ao emprego, ao modo de produção da riqueza e dos bens.
Utiliza-se como referencial o modo de vida das diferentes camadas da população que habitam determinada região.
Os projetos de intervenção no meio ambiente serão socialmente nocivos se, em sua execução, implantação e
funcionamento, implicarem desagregação social, descaracterização de comunidades, deslocamentos indesejados,
desapossamento de bens (ANTUNES, 2016). É o que aconteceu com a hidrelétrica de Belo Monte, no que tange à
proteção das comunidades indígenas, definido, inclusive, pela jurisprudência da Corte Interamericana de Direitos
Humanos.
Outro ponto de importância para o estudo do EIA são os efeitos desfavoráveis sobre a biota. São aqueles que dizem
respeito, diretamente, às condições de vida animal e vegetal na região considerada (ANTUNES, 2016).
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Além disso, também pode ser considerado como nocivo ao meio ambiente a alteração das condições estéticas e
sanitárias são as transformações que produzem alterações de natureza paisagística ou visual ou mesmo olfativa, que
potencialmente possam resultar em doenças para os membros de uma coletividade. 
Quanto à qualidade dos recursos ambientais, o projeto a ser implantado não poderá trazer alterações
qualitativas aos recursos, tais como enfraquecimento genético de espécies, diminuição de padrões de
concentração de determinados elementos, dentre outros aspectos (ANTUNES, 2016).
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Tópico 2 - Aspectos Constitucionais do EIA
No Brasil, a obrigatoriedade do EIA para a implantação de obras ou atividades potencial ou efetivamente
causadores de significativa degradação ambiental é uma imposição constitucional (artigo 225, § 1º, inciso IV do
texto constitucional).
A constitucionalização do EIA não foi acompanhada de uma legislação ordinária apta a concretizar a determinação
constitucional no plano da prática diária e administrativa.
Fato é que a norma constitucional é aberta e necessita que o Poder Executivo defina critérios capazes de
estabelecer, com segurança, qual é o conceito de atividade que efetiva ou potencialmente possa ser causadora de
significativa degradação ambiental.
Cuida-se de uma situação de inconstitucionalidade formal, pois uma norma constitucional foi “regulamentada” por
uma resolução do CONAMA. O problema não é a regulamentação ser realizada pelo CONAMA, mas o texto
constitucional conter a expressão “na forma da lei”.
Atenção
O EIA incide diretamente na esfera de direitos e garantias individuais, seja o direito ao meio ambiente
equilibrado, seja o direito ao empreendedorismo empresarial.
No caso, o ideal seria a existência de uma lei definindo diretrizes mínimas para o enquadramento de uma obra ou
atividade no conceito de causadora de significativa degradação ambiental, remetendo ao Executivo a implementação
de tais diretrizes. 
É importante considerar que a jurisprudência do Supremo Tribunal Federal não tem considerado as
regulamentações administrativas como aptas a dispor diretamente sobre matéria constitucional.
Atualmente, a matéria permanece, em âmbito federal, regulada por ato administrativo de escala normativa
inferior, que são as resoluções do CONAMA.
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Clique na imagem acima.
De certo ponto de vista, mesmo existindo a lei sobre a matéria, o STF exige a instituição de lei específica para
regulamentar as questões urbanísticas e ambientais.
Inclusive, isto foi decidido em sede de Repercussão Geral no RE 607940/DF.
RE 607940/DF
Ementa: CONSTITUCIONAL. ORDEM URBANÍSTICA. COMPETÊNCIAS LEGISLATIVAS. PODER
NORMATIVO MUNICIPAL. ART. 30, VIII, E ART. 182, CAPUT, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL.
PLANO DIRETOR. DIRETRIZES BÁSICAS DE ORDENAMENTO TERRITORIAL. COMPREENSÃO.
1. A Constituição Federal atribuiu aos Municípios com mais de vinte mil habitantes a obrigação de aprovar
Plano Diretor, como “instrumento básico da política de desenvolvimento e de expansão urbana” (art. 182, §
1º). Além disso, atribuiu a todos os Municípios competência para editar normas destinadas a “promover, no
que couber, adequado ordenamento territorial, mediante planejamento e controle do uso do solo, do
parcelamento e da ocupação do solo urbano” (art. 30, VIII) e a fixar diretrizes gerais com o objetivo de
“ordenar o pleno desenvolvimento das funções sociais da cidade e garantir o bem-estar dos habitantes” (art.
182, caput). Portanto, nem toda a competência normativa municipal (ou distrital) sobre ocupação dos espaços
urbanos se esgota na aprovação de Plano Diretor.
2. É legítima, sob o aspecto formal e material, a Lei Complementar Distrital 710/2005, que dispôs sobre uma
forma diferenciada de ocupação e parcelamento do solo urbano em loteamentos fechados, tratando da
disciplina interna desses espaços e dos requisitos urbanísticos mínimos a serem neles observados. A edição de
leis dessa espécie, que visa, entre outras finalidades, inibir a consolidação de situações irregulares de
ocupação do solo, está inserida na competência normativa conferida pela Constituição Federal aos
Municípios e ao Distrito Federal, e nada impede que a matéria seja disciplinada em ato normativo separado
do que disciplina o Plano Diretor.
3. Aprovada, por deliberação majoritária do Plenário, tese com repercussão geral no sentido de que “Os
municípios com mais de vinte mil habitantes e o Distrito Federal podem legislar sobre programas e projetos
específicos de ordenamento do espaço urbano por meio de leis que sejam compatíveis com as diretrizes
fixadas no plano diretor”.
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RE 607940/DF
No que concerne aos impactos ambientais, a Constituição Federal, com as alterações promovidas pela Emenda
Constitucional 42, de 2002, estabeleceu que o exame dos impactos ambientais deve ser “diferenciado”,
considerando-se os produtos, serviços e seus processos de elaboração e prestação (art. 170, VI).
Assim, o inciso IV do § 1º do artigo 225 deve ser lido e compreendido em harmonia com o artigo 170, VI.
Questão interessante e de Direito no tempo. Segundo o STJ, para atividade instalada antes da exigência
regulamentar, não há a exigência do EIA:
Porém, permanece uma exigência – que é a substituição por perícia (avaliação do impacto ambiental de forma
posterior):
4. Recurso extraordinário a que se nega provimento (STF, RE 607940/DF, 2015).
O administrador não pode estabelecer exigências ambientais, notadamente no que se refere à análise de
impactos ambientais que desconsiderem o porte dos empreendimentos e suas repercussões sobre o ambiente.
Cuida-se da adoção de critério de maior proteção ambiental, sem custos excessivos (ANTUNES, 2016).
REsp 766.236/PR, 2007
PROCESSUAL CIVIL. RECURSO ESPECIAL. ADMINISTRATIVO. AÇÃO CIVIL PÚBLICA.
PROTEÇÃO AO MEIO AMBIENTE. ESTUDO PRÉVIODE IMPACTO AMBIENTAL. RELATÓRIO DE
IMPACTO AMBIENTAL. DESNECESSIDADE NO CASO CONCRETO.
1. O Estudo Prévio de Impacto Ambiental revela exigência administrativa que não se coaduna com o
funcionamento de empresa instalada há mais de 3 (três) décadas, conjurando, a um só tempo, a evidência do
direito e o periculum in mora (art. 273 do CPC).
2. Deveras, sobressai carente de prova inequívoca a ação que visa à referida exigência legal instituída após 1
(uma) década da instalação da empresa, por isso que, in casu, através de cognição exauriente e no curso da
lide, prova técnica, sob contraditório, encerra meio pertinente à aferição da verossimilhança da alegação.
3. É defeso ao juiz, em nome do "poder geral de cautela", deferir medida antecipatória satisfativa, porquanto
diversos os requisitos para a concessão da tutela jurisdicionais referidas. É que a tutela cautelar reclama
aparência (fumus boni juris), e a tutela satisfativa, evidência (prova inequívoca conducente à verossimilhança
da alegação).
4. A fungibilidade dos requisitos viola o art. 273 do CPC, tanto mais que, in casu, a tutela antecipada visa a
estagnação das atividades da empresa, caso não apresente o Estudo Prévio, sendo certo que a atividade resta
exercida por 37 (trinta e sete) anos.
5. Recurso Especial provido (STJ, REsp 766.236/PR, 2007).
REsp 1172553/PR, 2014
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ADMINISTRATIVO. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO CIVIL PÚBLICA. DANOS AO MEIO AMBIENTE.
USINA HIDRELÉTRICA DE CHAVANTES. OFENSA AO ART. 535 DO CPC. OBSCURIDADE. NÃO
OCORRÊNCIA. LEI 7.990/89. COMPENSAÇÃO FINANCEIRA PELA UTILIZAÇÃO DOS RECURSOS
HÍDRICOS. DANOS AMBIENTAIS EVENTUAIS NÃO ABRANGIDOS POR ESSE DIPLOMA
NORMATIVO. PRECEDENTE STF. EXIGÊNCIA DE ESTUDO PRÉVIO DE IMPACTO AMBIENTAL
(EIA/RIMA). OBRA IMPLEMENTADA ANTERIORMENTE À SUA REGULAMENTAÇÃO.
PROVIDÊNCIA INEXEQUÍVEL. PREJUÍZOS FÍSICOS E ECONÔMICOS A SEREM APURADOS
MEDIANTE PERÍCIA TÉCNICA. RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO.
1. O Tribunal de origem apreciou adequadamente todos os pontos necessários ao desate da lide, não havendo
nenhuma obscuridade que justifique a sua anulação por este Superior Tribunal.
2. A melhor exegese a ser dispensada ao art. 1º da Lei 7.990/89 é a de que a compensação financeira deve se
dar somente pela utilização dos recursos hídricos, não se incluindo eventuais danos ambientais causados por
essa utilização.
3. Sobre o tema, decidiu o Plenário do STF: "Compensação ambiental que se revela como instrumento
adequado à defesa e preservação do meio ambiente para as presentes e futuras gerações, não havendo outro
meio eficaz para atingir essa finalidade constitucional" (ADI 3.378-DF, Rel. Min. AYRES BRITTO, DJe
20/06/2008).
4. A natureza do direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado - fundamental e difusa - não confere
ao empreendedor direito adquirido de, por meio do desenvolvimento de sua atividade, agredir a natureza,
ocasionando prejuízos de diversas ordens à presente e futura gerações.
5. Atrita com o senso lógico, contudo, pretender a realização de prévio Estudo de Impacto Ambiental
(EIA/RIMA) num empreendimento que está em atividade desde 1971, isto é, há 43 anos.
6. Entretanto, impõe-se a realização, em cabível substituição, de perícia técnica no intuito de aquilatar os
impactos físicos e econômicos decorrentes das atividades desenvolvidas pela Usina Hidrelétrica de
Chavantes, especialmente no Município autor da demanda (Santana do Itararé/PR).
7. Recurso especial parcialmente provido (STJ, REsp 1172553/PR, 2014).
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
https://www.campusonline1.ead.uniceub.br/mod/book/tool/print/index.php?id=156204 14/15
Assim, com natureza constitucional, o EIA é uma informação técnica posta à disposição da administração, com
vistas a subsidiar o licenciamento ambiental de obra ou atividade capaz de potencial ou efetivamente causar
significativa degradação ambiental (ANTUNES, 2016).
08/06/2018 Estudo de Impacto Ambiental
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Encerramento
A Administração Pública tem o dever constitucional de proteger o meio ambiente. Dentro dessa responsabilidade
constitucional, o EIA apresenta-se como instrumento técnico capaz de subsidiar o Poder Público para evitar a
potencial e efetiva degradação ambiental.
Com o tratamento adequado conferido pelo EIA, há a grande possibilidade de subsidiar – de forma qualificada – o
licenciamento ambiental de forma hermeneuticamente adequada.
Agora que finalizamos, você está apto a realizar os exercícios desta aula.
Fique atento a sua performance e frequência nas atividades!

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