Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Combinação de Enxertos de Células de Schwann e Exercícios Aeróbico Aumenta Regeneração do Nervo Isquiático Aluna: Paula Cumaru Introdução Potencial regenerativo do Sistema Nervoso Periférico Tratamento mais comum: enxerto de nervo autólogo >> muitas desvantagens Novas estratégias para estimular crescimento axonal periférico: Células de Schwann exógena Tubo biodegradável Treinamento em esteiras Quanto mais rápido ocorre a regeneração, maior chances de reenervação do órgão alvo OBJETIVO: testar a eficácia terapêutica da combinação desses tratamentos no reparo do nervo isquiático de camundongos após transecção Métodos e Resultados Animais: 32 machos de camundongo C57BL/6 divididos em 4 grupos: DMEM: enxertos acelulares e sem treinamento em esteira SC: enxertos com células de Schwann e sem treinamento em esteira TMT: enxertos acelulares e com treinamento em esteira TMT + SC: enxertos com células de Schwann e com treinamento em esteira Células de Schwann foram isoladas e purificadas de outros C57Bl/6 Procedimento cirúrgico Exposição do nervo isquiático esquerdo e transecção no meio da coxa Suturação do tubo de PCL ou colágeno no coto proximal Adição do respectivo enxerto em cada grupo e suturação do coto distal Após 8 semanas, eutanásia por perfusão cardíaca. Retirada do nervo isquiático regenerado com o tubo, L4 da medula espinal, L4 gânglio da raíz dorsal e músculos gastrocnêmios com posterior processamento para imunohistoquímica ou miscroscopia Treinamento em esteira Uma semana de familiarização anterior a lesão Inicio do treinamento três dias após a transecção Dois períodos de 30 minutos contínuos de exercício com intervalo de 10 minutos para descanso, 3 vezes por semana durante 8 semanas Animais dos grupos DMEM e SC em esteiras sem movimento pelo mesmo período de tempo Análise Estatística Todas as análises foram realizadas pelo programa GraphPad Prism 5.01 Dados apresentados com seus corespondentes desvios Valores p <0,05 foram considerados significantes Terapias combinadas melhoram regeneração do nervo funcionalmente e morfologicamente Secções semifinas revelaram a melhor organização no grupo TMT + SC (A–D) Secções transversais semi-finas de nervos isquiáticos em regeneração. (E-H) Micrografia Eletrônica de Transmissão de nervos em regeneração. Aglomeradas de fibras nervosas em regeneração/células perineurium-like: cabeças de seta Fibras mielinizadas: setas largas Vasos sanguíneos/fibras não mielinizadas: setas finas Núcleos de células de Schwann: asteriscos Terapias combinadas melhoram regeneração do nervo funcionalmente e morfologicamente Quantificação dos parâmetros morfológicos nos nervos em regeneração por fotografias em microscópio óptico e contagem por software Área da mielina Área do axônio Área da fibra Número de vasos sanguíneos Razão-G: razão entre diâmetro do axônio e diâmetro da fibra Terapias combinadas melhoram regeneração do nervo funcionalmente e morfologicamente Avaliação da função motora pelo “Sciatic Functional Index” toda semana após a cirurgia Oscila de 0 (função motora normal) a -100 (perda total de função motora) Terapias combinadas melhoram regeneração do nervo funcionalmente e morfologicamente Teste global de mobilidade (GMT) Regeneração dos axônios formou junções neuromusculares Resultados funcionais e morfológicos sugerem que houve reenervação dos músculos alvos Análise qualitativa das junções musculares por imunomarcação Vermelho: receptores acetilcolina marcados com a-bungarotoxina Verde: terminal nervosos marcados com NF200 (anti-neurofilamento) Grupo TMT + SC com posicionamento mais correto entre terminais nervosos e placa motora Tubos de policaprolactona: substrato indicado para a regeneração do nervo e degradado progressivamente in vivo Observação de características ultraestruturais do tubo antes e depois da implantação por miscroscopia eletrônica Células de Schwann transplantadas se reintegraram funcionalmente ao tecido Avaliação da sobrevivência das células de Schwann por marcação do segmento distal do nervo isquiático Vermelho: células de Schwann marcados por S-100 Azul: núcleo das células marcados por DAPI Verde: células de Schwann GFP+ Imunomarcação por ouro revelou contato direto das células de Schwann com fibras mielinizadas Linha pontilhada: limite do axônio Linha tracejada: limite externo da fibra nervosa mielinizada pelas células de Schwann GFP+ Asterisco: RER das células de Schwann Combinação das terapias aumentou os níveis de fatores tróficos in vivo Análise dos níveis de fatores tróficos por anticorpos e quantificação pela razão entre área marcada e total do campo Marcação positiva in vitro para BNDF, NGF, NT-3 e NT-4 (vermelho) Oito semanas após o transplante de células, o nervo isquiático, os gânglios da raíz dorsal e secções da medula espinal dos animais lesionados mostraram imunoreatividade para todos os fatores tróficos. Combinação das terapias aumentou os níveis de fatores tróficos in vivo Análise dos níveis de fatores tróficos por anticorpos e quantificação pela razão entre área marcada e total do campo Marcação positiva in vitro para BNDF, NGF, NT-3 e NT-4 (vermelho) Oito semanas após o transplante de células, o nervo isquiático, os gânglios da raíz dorsal e secções da medula espinal dos animais lesionados mostraram imunoreatividade para todos os fatores tróficos. Terapias influenciam a sobrevivência neuronal Quantificação dos neurônios motores e sensoriais 8 semanas após a lesão os tratamentos SC e TMT + SC protegem neurônios motores da morte celular o tratamento com TMT foi mais efetivo na proteção de neurônios sensoriais que o tratamento com SC ou TMT + SC 16 Discussão Discussão Necessidade de desenvolvimento de novas terapias e combinação de diferentes estratégias otimizam o processo de regeneração A combinação feita pelo estudo resultou em: Aceleramento do processo regenerativo do nervo isquiático Aumento do número de fibras mielinizadas e da área de mielina Aumento da recuperação da função motora Mais fibras na Razão-G apropriada (indica a mielinização apropriada para o potencial de ação) Melhor organização estrutural dos terminais motores nervosos, sugerindo uma reenervação mais eficiente do músculo gastrocnêmio, confirmada pela análise qualitativa da morfologia das junções neuromusculares. Grupos DMEM, TMT e SC com junções expandidas e desorganizadas, além de deficiência em NF-200, que impede o correto endereçamento de vesículas pré-sinápticas para placa motora Discussão Tubos de policaprolactona ou colágeno como uma alternativa promissora ao enxerto de nervo autólogo: Substratos adequados para a adesão e o crescimento das fibras Taxa de biodegradação adequada e consistente com resultados prévios Terapia com células de Schwann exógenas Principal célula de suporte e, em terapia, atua tanto no SNC quanto no SNP Produção de fatores tróficos Discussão Células de Schwann exógenas podem ser reconhecidas como nativas ao tecido: Mostrado pela primeira vez Formam bainha de mielina ao redor do nervo em regeneração Retículo Plasmático Rugoso proeminente, indicando que permaneceram ativas e provavelmente secretam proteínas Reintegração traz vantagem sobre outras terapias com bases celulares Primeiras evidências de que o treinamento em esteira tem efeito positivo direto, quando combinados com a terapia tubo – celular, na regeneração de nervo periférico após transecção completa. Discussão O que explica o sucesso das terapias combinadas: Secreção de neurotrofinas como BNDF, NGF, NT-3 e NT-4 pela presença de células de Schwann e pelo estímulo do exercício (upregulation) Promovem regeneração axonal e de neurites e reenervação dos órgãos alvos Regulam a sobrevivência neuronal: grupo DMEM com redução substancial de neurônios motores e sensoriais O que precisa para passagem a estudos clínicos: Desenvolvimento de protocolode expansão de células de Schwann em cultura Desenvolvimento de protocolo individualizado e para cada tipo de lesão do treinamento em esteira Estudo comprova que a combinação dessa terapia é uma estratégia promissora para promover a regeneração de nervos isquiáticos após lesão traumática em camundongos
Compartilhar