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humanismo (2)

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Rogers contribuiu através de suas teorias para compreender os fenômenos psicológicos com a compreensão de que a pessoa de funcionamento integral é aquela que tem consciência de seu self contínuo, possui características distintas, ela torna-se capaz de viver completamente a experiência do seu organismo, sendo livre para responder e experienciar suas próprias respostas ás situações por ela vivenciada. Husserl propôs a epoché tendo em vista pôr "entre parênteses" o mundo quando da apreensão do fenômeno, isso consiste em deixar provisoriamente de lado todos os preconceitos, teorias, definições. 
 Os autores contribuíram para os processos de práticas do terapeuta, as atitudes essenciais do terapeuta envolve a autenticidade, onde mostra-se sincero ao cliente, outra atitude é a consideração positiva incondicional que implica em distanciamento de si, em concentração no cliente, tendo empatia e “olhando com os olhos do cliente”. Além disso, a congruência também é um aspecto importante, pois é o retorno para si, é a aceitação de si. O terapeuta é aquilo que é, suas relações com o cliente são autenticas, quanto mais o terapeuta souber escutar, e aceitar o que se passa dentro dele, mais “congruente“ será.
 A fim de acessar a subjetividade do cliente, o terapeuta utiliza dessas ferramentas, na Terapia Centrada no Cliente criada por Carl Rogers, sendo um atendimento não-diretivo, ao que se é imediatamente sentido e que é implicitamente significativo para o sentimento que o cliente experimenta ao ter uma experiência. O terapeuta, assim, age como um facilitador, as atitudes apresentadas pelo terapeuta vai propiciar o sucesso ou insucesso da terapia. A terapia é um mecanismo de mudança na estrutura da personalidade e um melhor ajustamento psicológico.
 Há algumas hipóteses centrais que dão unidade à pesquisa de novos conhecimentos em que terapia centrada no cliente possui, seja porque essas hipóteses podem ser testadas e comprovadas, oferecendo progresso. O orientador escolhe trabalhar de modo coerente sobre a hipótese de que o indivíduo tem capacidade suficiente para lidar com todos os aspectos de sua vida, sendo capaz de conduzir a si mesma.
 A forma como o cliente experimenta a relação terapêutica é a maneira como o cliente percebe a relação, esse movimento terapêutico depende principalmente da maneira como o cliente experimenta tudo o que ocorre em sessão. No inicio da terapia o cliente passa ela experiência da responsabilidade, pois a partir da relação terapêutica passa enxergar-se como responsável por si nessa relação.
Após a experiência da responsabilidade, ele experimenta o processo de exploração de atitudes em que ele sente que participa ativamente na terapia e quando o cliente sente se livre para falar e se expressar, começam a aparecer contradições que antes não foram notadas, conteúdos que fora negados na consciência, neste momento é que manifesta-se a necessidade de um processo de reorganização do self, para possibilitá-lo de novas percepções das experiências, podendo gerar um desconforto. O ultimo estagio é a experiência da conclusão, o termino da terapia, esse processo pode gerar medo e insegurança.
As técnicas utilizadas possibilitam o cliente aprender e a conhecer cada vez mais sobre si, e do ambiente em que ele esta inserido após a organização resulta as formas de comportamento, acreditando na sua capacidade de progredir na exploração de si mesmo, deste modo a terapia é vista com um processo de aprendizagem, um dos movimentos é o relato verbal, a atitude expressada e movimento de ter acesso aos conteúdos que foram negados ao self.
 Para uma terapia bem sucedida, o cliente passa a perceber-se como uma pessoa mais adequada, com ajustamento psicológico, todo progresso evidencia um melhor ajustamento psicológico, mas podendo gerar outros desajustamentos. Desta forma, uma das mudanças que ocorre em terapia, é a substituição de símbolos deficientes e generalizados por outros mais adequados e o processo de trazer a consciência experiências. A terapia produz mudança na organização e estrutura da personalidade e no comportamento, proporcionando maior integração de experiências à estrutura do self e um ajustamento.
 Na psicoterapia centrada no cliente não tem a transferência como um elemento importante, o terapeuta se baseia na aceitação e compreensão, o que leva a cliente a reconhecer que os sentimentos estão dentro dele, não no terapeuta, o self é respeitado, assim, ocorre o fim das atitudes de transferência. Como o cliente é a única pessoa capaz de conhecer a dinâmica de suas percepções e de seu comportamento, a terapia centrada no cliente tem seu ponto de vista de que o diagnóstico psicológico é desnecessário para a psicoterapia e pode ser prejudicial ao processo terapêutico, pois a terapia é diagnóstico, a terapia centrada no cliente tem aplicação ampla, contribuindo para o crescimento pessoal.

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