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Teorias e prática clínica na terapia centrada na pessoa

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Teorias e prática clínica na terapia centrada na pessoa
Programa geral da disciplina
1ª parte – Carl Rogers e a sua teoria da personalidade.
2ª parte – A teoria da Terapia Centrada na Pessoa. As aplicações clínicas.
PARTE I
· História
· Teoria da Personalidade de base
As primeiras experiências:
1902: Nasce em Oak Park, Illinois, EUA; Foi o quarto de seis filhos; Seus pais eram protestantes calvinistas fundamentalistas; Pouco lazer, muito trabalho; repressão; Lia avidamente, inclusive dicionários e enciclopédias. Foi uma criança tímida, sonhadora e solitária. A experiência rural: desperta seu interesse pela ciência.
“Ao olhar para trás, percebo que meu interesse em entrevistar e em fazer terapia certamente originou-se em minha solidão anterior. Aqui havia uma maneira socialmente aprovada para chegar perto de indivíduos e assim saciar a fome que eu, indubitavelmente, sentia.”
As últimas experiências
1953: Volta para a Universidade de Wisconsin para ser professor; 1961: Escreve seu livro mais bem sucedido: “Tornar-se Pessoa”; 1963: Encerra suas atividades acadêmicas e vai morar em La Jolla, Califórnia; 1964: Integra a equipe do Western Behavioral Sciences Institute na Califórnia. Dedica-se a aplicar as suas ideias na campo da educação, dos conflitos sociais e conflitos políticos; 1977, 1978 e 1985: visitas ao Brasil; 1979: morre sua única companheira após 55 anos de união; 1980: Escreve “Um Jeito de Ser”, um relato do seu sofrimento pela perda de Hellen; 1987: morre no mesmo ano em que é indicado ao Prêmio Nobel da Paz. Deixa dois filhos, David Elliot Rogers e Natalie Rogers.
Vamos conhecer a teoria?
Visão otimista do ser humano
Trata-se de uma visão que considera as camadas mais profundas dos ser humano como positivas. Os procedimentos antissociais que o homem manifesta como o egoísmo, a inveja, a hostilidade, a destrutividade, etc. resultam de frustrações de impulsos mais profundos de amor, segurança, reconhecimento, etc. que, em si mesmos, são desejáveis.
Conceitos fundamentais
Organismo: o indivíduo considerado como unidade psicossomática em interação com o meio.
Experiência: aquilo que se passa no organismo em determinado momento e que pode ser representado adequadamente na consciência. Pode estar disponível à consciência se para ser representada basta os meios comuns; ou pode estar indisponível se para ser representada são necessários meiso extraordinários, como a psicoterapia.
Representação: Construção mental que pode ser elaborada como imagem ou ideia, com ou sem palavras. É correta se existe acordo entre ela e a experiência real e incorreta se existe distorção entre ele e a experiência real. É o mesmo que simbolização e tomada de consciência.
Tendência atualizante (ou à atualização ou ao desenvolvimento ou ao crescimento): É o conceito central da teoria da personalidade de Rogers. Tendência inerente do organismo para desenvolver todas as suas potencialidades e desenvolvê-las de modo que possa favorecer a sua conservação e o seu enriquecimento. Embora a tendência ao desenvolvimento seja comum a todos os seres humanos, o seu exercício não é espontâneo ou automático.
Percepção: a significação subjetiva que o indivíduo dá ao que se passa em si e em torno de si; a “tradução” subjetiva que o indivíduo faz de elementos da realidade, dando-lhes significados pessoais.
Campo perceptivo (ou fenomenológico ou experiencial): o universo subjetivo do indivíduo, sua visão de mundo, o conjunto da realidade tal como é percebida por ele, tudo o que constitui a sua consciência psicológica.
Comportamento: o conjunto de ações e reações resultantes de percepções do indivíduo.
Liberdade experiencial: possibilidade individual de exploração da personalidade necessária para o reconhecimento das experiências organísmicas, estejam ou não representadas corretamente na consciência. É um fenômeno interno que ocorre se houver uma situação pessoal favorável para o exercício da liberdade de expressão.
Centro de avaliação: referência de critérios para avaliar as experiências pessoais. O indivíduo pode ter no seu próprio organismo o seu centro de avaliação, se é capaz de discriminar os seus próprios valores; ou pode ele pode estar em um outro significativo, se não é capaz de discriminar os seus valores dos valores do outro significativo, rejeitando conscientemente experiências que valoriza e aceitando conscientemente experiências que não valoriza.
Quadro de referência: é o conjunto de experiências organísmicas disponíveis à consciência do indivíduo num determinado momento. É o contexto onde existem os significados e que torna inteligível tudo aquilo que um indivíduo expressa. É o mesmo que esquema de referência.
Insight: É o resultado de um processo individual de elaboração interior necessário para uma mudança no campo perceptivo. É a descoberta individual de um novo significado para uma dada situação vivida. Trata-se de um fenômeno que não se realiza apenas na ordem do intelecto, mas que envolve a totalidade da experiência do organismo.
Self: É a percepção de si mesmo; parte integrante do campo perceptual que emerge das interações entre o indivíduo e o seu meio; configuração organizada da identidade individual, resistente a mudanças. É o mesmo que autoimagem, autoconceito, eu.
Self ideal: Refere-se ao conjunto das características desejáveis pelo indivíduo.
O que é ser autêntico?
Congruência (ou autenticidade): Harmonia entre organismo e self. Se o que se passa no organismo for simbolizado corretamente, a imagem que o indivíduo tem de si mesmo coincide realmente com o que ele é em profundidade.
Comportamento congruente: Harmonia entre os três níveis de funcionamento do indivíduo: experiência, consciência e comunicação. Dinamicamente é um processo em que aquilo que o indivíduo experimenta, representa e aquilo que o indivíduo representa, comunica.
Incongruência (ou inautenticidade): Desacordo entre o organismo e o self.
Ameaça: Percepção patente ou latente de que certos elementos da experiência estão em desacordo com o self.
Subcepção: O indivíduo é capaz de discriminar os estímulos ameaçadores dos não ameaçadores e reagir de acordo com eles, mesmo que seja incapaz de reconhecer conscientemente o estímulo ao qual está reagindo.
Obstrução da experiência: Processo de impedimento de acesso da experiência à consciência iniciado pela violência ao direito do indivíduo expressar algo que lhe era significativo. A ameaça repressora á manifestação da experiência. Por meio da introjeção, transforma-se na auto proibição em representá-la na consciência.
Angústia: É o estado de mal-estar ou tensão emocional decorrente da percepção da ameaça e ao perigo ao perigo de tomada de consciência desta ameaça. 
Defesa: É a reação do organismo à ameaça cuja finalidade é manter a estrutura do eu. Consiste na percepção seletiva que resulta na deformação da experiência ou na sua negação. 
Rigidez do self: É a diminuição da abertura à experiência por parte do indivíduo, que implica na não discriminação das nuances da experiência. O indivíduo rígido tende a valorizar a coerência acima de tudo, utilizando rótulos, fórmulas ou normas para conduzir a sua vida. Assim endo, apresenta uma acentuada resistência a mudanças na personalidade, estagnando o seu desenvolvimento.
Consideração positiva: Necessidade universal de aceitação e valorização positiva da parte dos outros. Pode ser condicional, se é oferecida a partir de condições de valor (merecimento), ou incondicional, se dispensa qualquer condição para oferece-la. É bilateral: quem satisfaz essa necessidade no outro, satisfaz a própria.
Pessoas-critério: São as pessoas pelas quais o indivíduo experimenta uma consideração especialmente positiva.
Consideração positiva de si: é aquela que acontece independente da avaliação das pessoas-critério.
Empatia (ou compreensão empática): Consiste na percepção correta do ponto de referência do outro com as nuances e os valores subjetivos que lhes são inerentes. Compreender empaticamente é compreender o campo perceptual do outro “como se” fôssemos o outro analogamente.
Identificaçãoempática: Contágio emocional onde o indivíduo não consegue distinguir as suas experiências das experiências do outro; confusão entre o “eu” e o “tu”.
PARTE II
· Desenvolvimento da personalidade
· Evolução da Terapia Centrada na Pessoa
· Teoria da Psicoterapia
Não ser o mesmo, mas ser eu mesmo. - Anderson Nunes Pinto
Desenvolvimento da personalidade
O que motiva o comportamento humano? Como compreendê-lo?
Todo indivíduo em um mundo de experiências em contínua mudança, do qual ele é o centro. O organismo reage ao campo conforme o percebe e o experimenta. Este campo é, para o indivíduo, a realidade. O organismo reage ao campo fenomenológico como um todo organizado. O organismo possui uma só tendência e um esforço básico: realizar-se, manter-se e desenvolver-se. O comportamento é, basicamente, a tentativa do organismo para satisfazer suas necessidades como foram experimentadas, dentro do campo como foi percebido.
A emoção acompanha e, em geral, facilita o encaminhamento do comportamento a alvos desejados, estando a espécie de emoção relacionada com aspectos exploratórios ou a aspectos consumatórios do comportamento, e a intensidade da emoção relacionada com o significado percebido para o sustento e desenvolvimento do organismo. A melhor maneira de compreender o comportamento está no padrão interno de referências, feitas pelo próprio indivíduo.
Como surge a personalidade individual? Como ela muda?
Uma parte do campo total perceptivo se diferencia gradativamente para formar o self. Como resultado da interação com o meio e, particularmente, como resultado das interações avaliadoras dos outros, forma-se a estrutura do self, entendido como um padrão conceitual, organizado, fluido, mas consistente, de percepções de características e relações do eu com o meio, juntamente com os valores vinculados a elas. Os valores vinculados às experiências e os valores que formam parte da estrutura do self podem ser valores experimentados diretamente pelo organismo ou valores introjetados percebidos como se tivessem sido experimentados diretamente.
Na medida em que ocorrem as experiências na vida de uma pessoa, elas são:
 a) simbolizadas, percebidas e organizadas em relação ao self;
 b) omitidas (por que não são percebidas como tendo relação com o self);
 c) distorcidas ou negadas (por que são ameaçadoras ao self).
A maioria das formas de comportamento pelo organismo são adaptadas ao self. O comportamento pode ser produzido por experiências e necessidades organísmicas não simbolizadas e, portanto, não reconhecidas como próprias do self. A consideração positiva das pessoas-critério pode se tornar uma força diretriz reguladora mais poderosa que o processo de avaliação organísmico. Quando as experiências de um indivíduo são julgadas por pessoas-critério como sendo (ou não sendo) dignas de consideração positiva, a consideração positiva do indivíduo se torna igualmente seletiva.
“ Não foi eu... eu juro”
“A culpa é sua”
Saúde psicológica 
Por que acontece o desajustamento psicológico? Como reajustá-lo?
O desajustamento psicológico existe quando o conceito de self é tal que as experiências do organismo são (ou podem ser) assimiladas em nível simbólico num relacionamento coerente com o self: é a angústia. Qualquer experiência incoerente com a estrutura do self pode ser percebida como ameaça e quanto mais dessas percepções existam, mais rigidamente a estrutura pessoal se organiza para manter-se: é o processo de defesa. Caso o processo de defesa seja ineficaz para conter a angústia, instala-se uma desestruturação psicológica e um comportamento errático: é a incongruência. A incongruência está na base de todos os quadros psicopatológicos. Rogers não apresentou uma teoria da psicopatologia, mas deixou claro que todo desajustamento psicológico é resultado da incongruência que quanto maior a sua prevalência, maior o grau de desorganização da personalidade.
Os quadros ansiosos e depressivos podem ser compreendidos psicologicamente como sinalizações das ameaças percebidas pelo self e da insatisfação de necessidades organísmicas. Há sempre alguma desorganização global de funcionamento, ainda que a pessoa se mantenha socialmente conectada. Rogers menciona a psicose como o grau máximo de desorganização da personalidade e, consequentemente, de incongruência.
Já o suicídio seria um ato extremo resultante da impossibilidade de conciliar as exigências do self e as exigências do organismo, ou seja, de uma situação de ampla frustração da tendência atualizante. A percepção da perda do sentido para viver estaria relacionada com a não realização das potencialidades mais pessoais. O sentimento básico predominante é a angústia nos quadros psicopatológicos é a angústia.
O diferencial de Rogers foi desenvolver uma teoria da personalidade e da terapia tendo como eixo a ideia de crescimento psicológico e não de doença mental (neurose, psicose, perversão, etc.). O mais importante é, então, identificar os pontos de estagnação desse crescimento em função do parâmetro do funcionamento ótimo da personalidade.
Funcionamento ótimo da personalidade: É o acordo perfeito entre o self e a totalidade da experiência movido pela tendência atualizante. Também chamado de “vida plena”. 
Características: Busca pelo crescimento; Abertura para a experiência; Autoconfiança e autonomia; Flexibilidade e espontaneidade; Aceitação de si e dos outros e Ampliação de valores e significados.
Desenvolvimento da personalidade
Sob determinadas condições que incluem, fundamentalmente, a ausência total de ameaça à estrutura pessoal, as experiências que estejam em desacordo com ela podem ser percebidas e examinadas, e a estrutura do self revisada para assimilar tais experiências.
Quando o indivíduo percebe e aceita todas as suas experiências em um só sistema coerente e integrado, então ele se torna mais compreensivo e aceita melhor a si e aos outros. Na medida em que a pessoa percebe e aceita em sua estrutura pessoal mais das suas experiências organísmicas, verifica que está substituindo seu sistema atual de valores - baseado em introjeções e que foram incorretamente simbolizadas -, por um processo contínuo de avaliação.
“A vida plena é um processo, não um estado. É uma direção, não um destino.”
A evolução da Terapia Centrada na Pessoa
O pensamento de Carl Rogers evoluiu com o passar dos anos, sempre em busca de uma melhor prática em termos de relação de ajuda. Pode-se dizer que permaneceu inconcluso. O próprio termo “Centrado na Pessoa” surge apenas em 1976 e se formaliza em 1977, em “Sobre o Poder Pessoal”, onde Carl Rogers amplia sua filosofia da terapia centrada no cliente para outras áreas, como administração, educação e política.
Três fases: A psicoterapia não-diretiva (1940-1950); A Terapia centrada no cliente (1950-1957); A terapia experiencial (1957 - 1970); Última fase (1970-1985).
A Psicoterapia Não-Diretiva (1940—1950)
Rogers está na Universidade de Ohio. Antes desta fase, Rogers teria seguido uma orientação eclética e basicamente atendido crianças. Encontra como ponto de partida de suas ideias a chamada “Terapia da Relação” de Otto Rank, que focaliza a independência do individuo e a relação terapêutica em si. O interesse maior é o indivíduo e não o problema. Pretende ajudar o indivíduo a crescer, ao invés de simplesmente ajudá-lo a resolver seus problemas.
O conceito central é o de não-direção, ou seja, a abstenção de intervenções que possam vir a se interpor ao processo do cliente.  “Não-direção” é essencialmente a abstenção de juízos de valores e significados. Em outro sentido, “não-direção” não existe. Em torno da ideia da “não-direção”, encontram-se as ideias de:
 - Impulso ao crescimento;
 - Maior ênfase ao afetivo do que ao intelectual; 
 - Maior ênfase ao presente do que ao passado.
Terapia Centrada no Cliente 
(1950—1957)
Esta fase corresponde ao período em que Rogers esteve na Universidade de Chicago. A mudança de “não-diretiva” para “centrada no cliente” não foi simplesmente uma troca verbal, mas um amadurecimento conceitual.
Rogerspassa a entender que o termo negativo “não-diretiva” sugere que a mudança ainda permanece fora do cliente, ainda que a permissividade seja um catalisador para o desenvolvimento do “insight”. “Centrar-se” no cliente sugere que as forças para a mudança estão essencialmente no cliente e não nas condições ambientais.
Cresce o desinteresse pelo diagnóstico e aumenta a confiança na capacidade inerente do cliente. Rogers privilegia a ação facilitadora e a presença do terapeuta. Surgem as condições consideradas “necessárias e suficientes” ao crescimento e à mudança: a empatia, a autenticidade e a consideração positiva incondicional. O conceito de tendência atualizante ganha força.
Terapia Experiencial 
(1957—1970)
A terceira fase se refere ao trabalho de Rogers na Universidade de Wisconsin. Enquanto na primeira fase as palavras-chave são “não-diretiva” e na segunda fase são “centrada no cliente”, nesta fase a palavra-chave é “experiência”. O objetivo nesta fase é ajudar o cliente a usar plenamente sua experiência, promovendo uma maior congruência do self e desenvolvimento relacional. A relação terapêutica passa a ser compreendida como um encontro existencial onde tanto a experiência do cliente quanto a experiência do terapeuta são focalizadas.
Assim, há um aumento da variação dos comportamentos do terapeuta e maior liberdade de expressão. Nesta fase, há uma maior interação entre Rogers e seus colaboradores, e ele aceita sugestões e críticas. É influenciado especialmente pelo conceito de “experiencing” (experienciação) de Eugene Gendlin. Refere-se ao processo psicológico primário, pré-reflexivo e pré-verbal que direciona o nosso comportamento. Graças à influência de Gendlin, começa a fazer uma transição entre uma orientação ainda positivista para uma orientação mais existencialista.
Última fase
(1970 – 1987)
"Foi ouvindo pessoas que aprendi tudo o que sei sobre personalidade, sobre as relações interpessoais. Ouvir verdadeiramente alguém resulta numa outra satisfação especial. É como ouvir a música das estrelas, pois por trás da mensagem imediata de uma pessoa, qualquer que seja essa mensagem, há o universal”.
Esta fase compreenderia os últimos anos de sua vida, quando viveu em La Jolla, Califórnia, fora da academia. Nesta fase Rogers expressa uma preocupação com o futuro do homem e do mundo, com questões que abrangem outras áreas da ciência. Na suas últimas obras, busca um caminho interdisciplinar para além da ciência tradicional. Neste período, Rogers se dedicou a pensar em questões para além do relacionamento interpessoal e a propor aplicações coletivas do seu pensamento. Do ponto de vista da evolução da terapia, é quando surgem os Grupos de Encontro.
A Teoria da Terapia
As especificidades da psicoterapia
As especificidades têm o caráter de restrições se compararmos com as relações interpessoais que comumente se estabelecem no dia-a-dia da vida social. Uma questão que deve ser realçada é a importância da continuidade das condições restritivas: elas não devem ser vivenciadas apenas em momentos, mas deve ser permanentes. Este processo é muito difícil e não é natural. Nas relações cotidianas as pessoas estão atentas ao que lhes é dito e não ao significado profundo que tem para alguém o que ela nos diz.
 A relação terapêutica é muito diferente de qualquer outra e estas diferenças são justificadas pelas condições que se impõem pela natureza de seus objetivos. A psicoterapia é uma forma de relacionamento interpessoal dotada de peculiaridades e propriedades que a distinguem claramente das formas usuais das relações interpessoais e ela deve ser compreendida a partir dessas características pelos que nela se iniciam.
1ª restrição – atitude do terapeuta
A primeira restrição é quanto a expressão do terapeuta: o aprofundamento da relação se dá pela focalização da experiência do cliente através da relação com o terapeuta. O trabalho terapêutico não envolve a experiência do terapeuta na sua própria vida, mas somente no que diz respeito à experiência do cliente. Uma importante função é manter o foco psicoterapêutico na relação não permitindo que fatores externos desviem a atenção do psicoterapeuta e / ou cliente de seu propósito primeiro que é a compreensão terapêutica do cliente. Qualquer outra vinculação entre cliente e terapeuta que não a terapêutica, pode dificultar muito ou mesmo impedir a sua finalidade. 
2ª restrição – tempo
O tempo da psicoterapia é limitado; um ou mais encontros semanais durante cinquenta minutos ou uma hora cada um. A periodicidade dos encontros deve ser observada com rigor, pois que facilita a criação do processo terapêutico. Inversamente, a irregularidade dos encontros pode criar um clima de desinteresse ou descaso e assim influenciar negativamente na criação do processo terapêutico. O tempo de duração do processo terapêutico é muito variado, pode ir desde uma única sessão, como o “plantão psicológico” como a um tempo imprevisível de muitos anos. O tempo da psicoterapia não é medido nem pelo relógio nem pelo calendário: é um “tempo” próprio criado na relação cliente / terapeuta.
3ª restrição – espaço
O espaço na relação terapêutica é restrito. Restrito a uma sala fechada, protegida do mundo externo; protegida por um Código de Ética, pelo Código Penal, pelo contrato terapêutico firmado entre terapeuta e cliente. A psicoterapia deve ser lugar somente dentro deste “espaço”. No momento em que ele é aberto para o mundo à psicoterapia deve ser interrompida; ela deve acontecer somente protegida neste espaço. Embora possua uma fronteira nítida quando visto por fora, internamente à relação vai perdendo seu aspecto métrico e ganhando as dimensões de um “espaço de vida” determinado pela relação terapêutica. 
Psicoterapia como relação de ajuda
É uma situação relacional permissiva, criada e mantida pelo psicoterapeuta, na qual o cliente tem a oportunidade de fazer a experiência de uma boa comunicação consigo mesmo para compreender-se melhor, entrar no processo de congruência ou melhorá-lo, adquirindo atitudes e comportamentos mais construtivos e satisfatórios para si e para os outros. A comunicação consigo mesmo é o processo pelo qual o indivíduo vai representando corretamente na consciência tudo o que ele vivencia. O relacionamento permissivo é o elemento básico da situação psicoterápica sob o ponto de vista do que o terapeuta necessita fazer. A permissividade consiste em criar uma situação em que o cliente não é julgado, nem avaliado, nem tratado como uma “coisa” ou um “caso”. 
Inversão do movimento: É o movimento terapêutico de reconhecimento e valorização das vivências do cliente a fim de ajudá-lo na conquista da autodeterminação.
Rogers considerava a psicoterapia, o aconselhamento e os grupos de encontro como formas de relação de ajuda. Para ele os princípios a serem aplicados são os mesmos. A psicoterapia se diferencia do aconselhamento pelo grau de envolvimento e profundidade pessoal. Os grupos de encontro são uma forma coletiva da TCP, em que o terapeuta age como facilitador das interações intragrupais.
As condições necessárias e suficientes
ENCONTRO PESSOAL - Que duas pessoas estejam em contato humano real e integral, para além do desempenho de papéis sociais.
INCONGRUÊNCIA DO CLIENTE - Que o cliente se encontre, total ou parcialmente, num estado de desacordo interno, de vulnerabilidade ou de angústia.
CONGRUÊNCIA DO TERAPEUTA - Que o terapeuta esteja num estado de acordo interno pelo menos durante o contato com o cliente e no que diz respeito ao tema que está sendo abordado na relação terapêutico.
CONSIDERAÇÃO POSITIVA INCONDICIONAL PELO CLIENTE - Que o terapeuta a experimente e a expresse pelo cliente durante o encontro terapêutico.
COMPREENSÃO EMPÁTICA DO TERAPEUTA – Que o terapeuta a experimente e a expresse durante o encontro terapêutico.
PERCEPÇÃO DAS ATITUDES TERAPÊUTICAS – Que o cliente perceba minimamente a congruência, a consideração positiva incondicional e a compreensão empática do terapeuta.
As atitudes facilitadoras do terapeuta
A Terapia Centrada na Pessoa é baseada em atitudes,não em técnicas. 
A Terapia Centrada na Pessoa não possui técnicas específicas. Se o terapeuta utilizar alguma técnica psicológica, deverá ser sempre a serviço das atitudes promotoras de crescimento. O terapeuta pode fazer qualquer coisa desde que atenda as condições necessárias e suficientes para a mudança terapêuticas da personalidade. Em todo caso, não é o que o terapeuta faz que determina a direção das mudanças, mas sempre a tendência atualizante. O terapeuta é sempre um facilitador e são as suas atitudes terapêuticas que podem facilitar a mudança do cliente. Cada terapeuta desenvolve o seu próprio jeito de ser terapeuta.
Compreensão empática
“Estar com o outro dessa maneira significa deixar de lado, neste momento, nossos próprios pontos de vista e valores, para entrar no mundo do outro sem preconceitos. Num certo sentido, significa por de lado o nosso próprio eu, o que pode ser feito somente apenas por uma pessoa que esteja suficientemente segura que não se perderá no mundo possivelmente estranho ou bizarro do outro e que poderá voltar sem dificuldades ao próprio mundo do seu próprio mundo quando assim desejar”.
Congruência
“Descobriu-se que a transformação pessoal é facilitada quando o psicoterapeuta é aquilo que é, quando as suas relações com o cliente são autênticas e sem máscaras e fachadas, exprimindo abertamente os sentimentos e as atitudes que nesse momento ocorrem. Os sentimentos que o terapeuta estiver experienciando são válidos para ele, válidos para a sua consciência e ele pode viver esses sentimentos, assumi-los e pode comunicá-los quando se for o caso”.
Consideração positiva incondicional
“Quando o paciente está experienciando uma experiência calorosa, positiva e de aceitação para com aquilo que está no seu cliente, isto facilita a mudança. Isto implica que o terapeuta esteja realmente pronto a aceitar o cliente, seja o que for que esteja sentindo no momento. Isto significa que o terapeuta se preocupa com o cliente de uma forma não possessiva, que o aprecia mais na sua totalidade do que de uma forma condicional, quando este segue determinados caminhos e desaprová-lo quando segue outros”.
A escuta terapêutica
"Quando digo que gosto de ouvir alguém estou me referindo evidentemente a uma escuta profunda. Quero dizer que ouço as palavras, os pensamentos, a tonalidade dos sentimentos, o significado pessoal, até mesmo o significado que subjaz às intenções conscientes do inter­locutor. Em algumas ocasiões ouço, por trás de uma mensagem que superficialmente parece pouco impor­tante, um grito humano profundo, desconhecido e enter­rado muito abaixo da superfície da pessoa”.
Escutar terapeuticamente é buscar o significado para além dos signos e significantes (imagens e palavras). Não se trata do significado objetivo e geral, mas subjetivo e particular. Não se trata do significado cognitivo desprovido de afeto, mas do vivido na sua totalidade. Escutar deste modo não é deduzir a partir de teorias e discursos explicativos prontos, muitos menos a partir do próprio quadro de referência pessoal. Neste sentido, escutar na Terapia Centrada na Pessoa não implica em interpretar. Escutar implica, sim, em ressoar a fala do cliente de tal modo que o seu significado apareça o tanto quanto possível. É explicitar o que está implícito.
As respostas terapêuticas às falas do cliente
São respostas que expressam o que e como o terapeuta está escutando o cliente, e que ele está presente junto ao cliente. Por meio dessas respostas o terapeuta pode comunicar as atitudes facilitadoras e o cliente pode percebê-las. As respostas possíveis na Terapia Centrada na Pessoa são os 3 R’s:
Reiteração; Reflexão; Reformulação
Reiteração
Também chamado de “reflexo simples” ou “repetição”. Consiste em servir de eco para que o cliente possa ouvir o que acabou de falar. Aqui o objeto da atenção são as palavras. Pode ser uma repetição exata do que o cliente falou, falando na primeira pessoa. Pode ser uma repetição exata, trocando o sobrenome para a segunda pessoa. Pode ser a repetição de uma parte essencial do que o cliente falou. Pode ser um resumo do que o paciente falou, no caso de uma fala mais extensa.
Cliente: Eu me senti com frio e desamparado.
Terapeuta: Eu me senti com frio e desamparado.
__________________________________________
Cliente: Eu me senti com frio e desamparado.
Terapeuta: Você se sentiu com frio e desamparado.
__________________________________________
Cliente: Eu fui atacada e antes que eu pudesse me dar conta estava caída, sem conseguir reagir...Foi terrível!
Terapeuta: Você foi atacada e foi terrível!
__________________________________________
Cliente: Não podia contar a ele por que nunca ficávamos sozinhos – os nossos filhos ou amigos podiam perceber o que estava acontecendo ou...Não sei. Tudo o que sei é que toda vez que tentei contar a ele tinha gente por perto e eu não podia contar...Em parte por causa dessas pessoas.
Terapeuta: Você não conseguia ficar sozinho pra contar a ele.
Reflexão
Também chamada de “reflexão de sentimentos” ou “reversão figura-fundo”, onde a figura é a palavra e o fundo é o sentimento. É uma resposta que consiste em um produzir um esclarecimento sobre o que o cliente sentiu enquanto falou. Aqui o objeto da atenção é o sentir inerente as palavras. O terapeuta foca no sentir para além dos problemas ou fatos expressos. O terapeuta permanece muito próximo do que o cliente falou, mas simplifica o que foi dito para torná-lo mais claro. Para tanto, o terapeuta usa as suas próprias palavras e tenta verbalizar as vivências que o cliente teve dificuldade de expressar. É como se traduzisse as suas vivências.
Cliente: É tão difícil saber que ela está no hospital e que não há nada, absolutamente nada, que possa ser feito...
Terapeuta: Você sente ansiedade e está totalmente desorientado.
___________________________________________________________
Cliente: Se fosse minha irmã que tivesse feito aquilo, minha mãe não teria dito nada. É sempre assim.
Terapeuta: Você sente que a sua mãe sempre a discriminou, e você se ressente disso.
____________________________________________________________
Terapeuta: Você está dizendo que seu marido não é tão ruim e que sua vida também não é tão ruim; mas, ao mesmo tempo, seu rosto mostra uma grande tristeza e seus olhos estão lacrimejando.
Reformulação
Também chamada de “elucidação”. Consiste em elucidar o significado da vivência do cliente a partir do seu discurso, do seu comportamento e do contexto da comunicação. O terapeuta traz à luz e reenvia ao cliente o significado mesmo que ele expressou de modo confuso, tateante, desorganizado, fragmentado. Neste caso, existe a comunicação de um significado do qual o cliente não tinha consciência. O terapeuta não faz conjecturas nem pressuposições, apenas devolve verbalmente o conteúdo não percebido.
A reflexão pode ser verbal, se ela se refere à fala do cliente, ou pode ser não-verbal, se ela se refere a expressões não-verbais (posturas, gestos, fisionomia). Pode ser na forma afirmativa ou interrogativa. Requer uma escuta mais refinada e compreensão empática mais profunda.
Cliente: Não sei dizer se foi realmente bom ele ter vindo. Foi uma demonstração de amizade, bondade e generosidade da parte dele, mas não mereço isso...Se é que ele fez por mim. E se não fez por mim, mesmo assim estou satisfeita por que veio, por que realmente não mereço. Mas ele é assim, e nada pude conseguir dele. Não pude nem mesmo dizer a ele como me sinto. Fiquei totalmente confusa...
Terapeuta: Você não pode dizer a ele como se sente indigna da sua atenção.
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Cliente: Eu já estou acostumada a ser paralítica, mas, no fundo, eu acho que a gente nunca se acostuma...Não é claro, eu sei, mas não consigo falar de forma mais clara...Você entende o que eu quero dizer?
Terapeuta: Entendi você dizer que é possível viver como paralítica, mas que a gente nunca se sente inteiramente da maneira como se sentia antes.
Experienciação
A Terapia Centrada no Cliente em suas duas primeiras etapas(com a negação à consciência e a subcepção) assemelha-se à Psicanálise. Trata-se de uma maneira indireta de tratar o psiquismo, uma vez que sentimentos, emoções, cognição, valores, etc. são compreendidos como representações, perdendo, assim, seu caráter processual. A teoria de Rogers ainda não estava à altura da sua prática até aquele momento. Sua formulação conceitual fundamentava-se em uma equação entre vivências e estrutura de self, muito mais estática do que o fluxo que se observava na prática da terapia, através das gravações de sessões.
A formação filosófica existencialista de Gendlin contribuiu decisivamente para o desenvolvimento da teoria da Terapia Centrada no Cliente, ao elaborar em termos conceituais uma constatação de ordem prática: em sua atuação como terapeuta, passa a importar mais o que acontece na vivência das duas pessoas em interação numa relação terapêutica do que o conteúdo verbal discutido. Focaliza-se o processo intersubjetivo e não a problemática discutida. “Tornar-se pessoa” aproxima-se da ideia de “vir-a-ser” dentro de um encontro existencial.
“Experienciação é o processo de sentimento, vivido corpórea e concretamente que constitui a matéria básica do fenômeno psicológico e de personalidade” (Gendlin). Assim como o fluxo sangüíneo é o fluido que alimenta a vida somática, a experienciação (ou fluxo experiencial) é o “sangue psicológico” que alimenta a vida subjetiva de cada ser humano. É na apropriação reflexiva desse processo, ou seja, na sua focalização, que os valores e significados pessoais vão se mostrando e sendo examinados ao longo da terapia. 
A mudança principal se dá na medida em que o que antes era percebido como uma estrutura pronta (self) aproprie-se de si mesmo como um processo inacabado (vir-a-ser). Cabe ao terapeuta acompanhar este processo e facilitar o maior acesso possível do cliente a ele na medida em que as experiências são expressas e compartilhadas. Para tanto ele procura se manter no “entre”, apropriando-se reflexivamente do seu processo enquanto ajuda o cliente a apropriar-se do seu próprio processo. Em todo caso, o foco é no processo do cliente e a apropriação reflexiva do terapeuta deve estar à serviço dele. O terapeuta pode então comunicar o que está vivenciando se avaliar que isto pode favorecer ao cliente no sentido de entrar em contato consigo mesmo no encontro terapêutico.
“O paradoxo é que quando eu me aceito como eu sou, então eu mudo.”
Quando começa a psicoterapia?
Será na primeira sessão? Mas o querer fazer psicoterapia já não é um começo? A primeira sessão não seria já a continuidade desse querer? Ou quando uma pessoa que vai a vários psicoterapeutas antes de escolher aquele com o qual a psicoterapia vai efetivamente se realizar? 
A experiência terapêutica pode levar a outro critério através do qual poderíamos situar o início da psicoterapia: a primeira experiência terapêutica realmente vivenciada, aquela experiência na qual o cliente se sente “diferente” e sente concretamente o efeito da psicoterapia.
Quando se está em psicoterapia?
Quando se tem um horário marcado com um psicoterapeuta? Mas uma pessoa pode ter um horário marcado com um psicoterapeuta e não frequentá-lo, ou não frequentá-lo com a constância necessária... Pode-se afirmar que estar em psicoterapia é ter uma parte de seu tempo efetivamente dedicado à psicoterapia. Então a psicoterapia tem um “lugar” na vida de uma pessoa. A vida desta pessoa é organizada tendo a psicoterapia um lugar próprio e importante. Porém, mais do que isto, deve-se indagar se a psicoterapia tem um “lugar” na experiência do cliente e se a vida experiencial do cliente estaria sendo transformada a partir de sua psicoterapia.
Quando termina uma psicoterapia?
A psicoterapia acaba quando o cliente deixa de frequentar as sessões? Um cliente pode frequentar as sessões sem que haja realimente psicoterapia e, então, esta psicoterapia já teria terminado (ou sequer começado) antes que o cliente tenha deixado de frequentá-la
Mas então não é o psicoterapeuta que decide? a psicoterapia termina para quem?
A psicoterapia como contrato de prestação de serviços pode acabar por decisão do cliente ou do terapeuta, porém como processo de facilitação do crescimento pessoal por meio da compreensão da experiência do cliente não tem um fim que se possa determinar de antemão. Em todo caso, o terapeuta não dá alta ao paciente como se se tratasse de uma cura e nem pode determinar até quando a psicoterapia será necessária para o cliente.

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