Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Sistemas Orgânicos Integrados II Histologia e Embriologia Informações sobre a disciplina Professores: Daniela de Oliveira Pinto (responsável) Adilson da Costa Filho Michele Costa da Silva Horário: Segundas, das 9:40 as 13:50 Informações sobre a disciplina Avaliações: Apresentação de CC Aulas práticas Testes Provas Informações sobre a disciplina Cálculo das notas: PR1 = PR2 = Média Parcial = (PR1 + PR2)/2 * Para alunos que apresentaram casos de Anatomia Clínica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será calculada, aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média da apresentação de Caso Clínico/TBL e outras metodologias ativas de ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2) Para alunos que NÃO apresentaram casos de Anatomia Clinica neste módulo, a média dos testes de Anatomia será calculada, aplicando-se a seguinte fórmula: (Teste Prático x 0,4) + (LHS x 0,4) + (Média do TBL e outras metodologias ativas de ensino com avaliação, daquele módulo x 0,2) Informações sobre a disciplina Apresentação de casos clínicos: 8 grupos Grupos Apresentação Grupo 1 Anencefalia Grupo 2 Mielomeningocele Grupo 3 Holoprosencefalia Grupo 4 Hidrocefalia Grupo 5 Malformações congênitas do corpo caloso Grupo 6 Encefalocele Grupo 7 Síndrome de Dandy-Walker Grupo 8 Microcefalia MORFOGÊNESE DO SISTEMA NERVOSO Resumo dos eventos das 4 primeiras semanas Primeira e Segunda semanas – Fertilização, clivagem, implantação e formação do disco germinativo bilaminar. Terceira e quarta semanas – gastrulação, neurulação, somitogênese e fechamento do embrião. Gastrulação: É o processo pelo qual o disco embrionário bilaminar se transforma em trilaminar. ***A gastrulação é o início da morfogênese. Durante a gastrulação se formam a linha primitiva, as camadas germinativas e a notocorda. Neurulação: Processo envolvido na formação da placa neural e pregas neurais e fechamentos destas pregas para formar o tubo neural. Desenvolvimento do sistema nervoso Neurulação Tem início entre o 22° e 23° dia (4ª semana) a formação da placa e do tubo neural Placa neural – a partir da diferenciação do ectoderma induzido pela notocorda e mesoderma O tubo neural se diferencia em SNC A crista neural da origem às células que formam a maior parte do SNP e SNA Ação de várias moléculas sinalizadoras: TGFβ (fator de crescimento transformante), SHH (sonic hedgehog) e BMP (proteína morfogenética de osso). A fusão das pregas neurais começam no 5° par de somitos e prosseguem em para a região cefálica e caudal O neuroporo rostral se fecha no 25° dia O neuroporo caudal se fecha no 27° dia Embriologia e clínica: DTN’s – Defeitos do Tubo Neural 23 dias 24 dias 23 dias 27 dias O fechamento dos neuroporos coincide com a vascularização do tubo neural O canal neural forma o sistema ventricular do encélfalo e o canal central da medula espinhal ***Não confundir: Canal central da medula espinhal com Canal vertebral da medula 28 dias 6 semanas Desenvolvimento do tubo neural Origem na parte caudal da placa neural As paredes do tubo se espessam até formarem um estreito canal central da medula (9ª e 10ª semana) 23 dias 6ª semana 9ª semana Tem inicio na região Rombencefálica À medida que as células neuroepiteliais proliferam elas se diferenciam em 3 camadas ou zonas: ventricular, intermediária (ou manto) e marginal As células neuroepiteliais do tubo neural recém fechado iniciam um processo de rápida proliferação e diferenciação originando neurônios, alguns tipos de células gliais e células ependimárias Zona Ventricular: constituída por células neuroepiteliais da parede do tubo neural, dão origem a todos os neurônios e células macrogliais da medula espinhal. **As células ependimárias tem sua origem na zona ventricular Zona Intermediária ou manto: formada por neurônios (que se desenvolveram dos neuroblastos, provenientes das células neuroepiteliais em divisão da zona ventricular) **A substância cinzenta tem sua origem na zona do manto Zona Marginal: composta pelas projeções (axônios) dos neurônios da Zona intermediária **A substância branca tem sua origem na Zona marginal **A zona marginal possui axônios entrando e deixando o SNC Conteúdo da histologia - >Dois grandes grupos de gliócitos Microglia (Micróglias) – Origem embrionária mesodérmica – sistema reticular fagocitário; Principal função defesa imunológica Macroglia – Origem neuroectodérmica: • Oligodendroglia – Oligodendrócitos • Ependimoglia – Células ependimárias, células do plexo corióide e células pigmentares da retina • Astroglia – Astrócitos • Glia especilizada – Glia de Bergman (cerebelo); Glia de Miller (retina); Tanicitos (hipotálamo) e Pituícitos (hipófise); Glia radial (criam trilhas para migração de neurônios) • Glia periférica – Células de Schwann e células satélites Diferenciação da medula espinal Tem inicio na 4ª semana na Zona do manto • Placas alares (posterior) • Placas basais (anterior) Essas placas são separadas pelo sulco limitante As placas alares são unidas por uma delgada placa do teto As placas basais são unidas por uma delgada placa do assoalho 6ª semana 9ª semana6ª semana Placas alares dão origem aos neurônios de associação que estão na região dos cornos cinzentos dorsais *Estes neurônios recebem sinapses de fibras aferentes de neurônios dos gânglios da raiz dorsal Placas basais dão origem aos moto neurônios somáticos que estão na região dos cornos cinzentos ventrais ** Possuem função eferente **Os neurônios motores se formam antes dos neurônios sensoriais 6ª semana 9ª semana6ª semana Nervo Espinal Placa do assoalho Raiz ventral Raiz visceral A microglia invade o SNC no período fetal após os vasos sanguíneos entrarem no SNC. Ela tem sua origem na medula óssea e faz parte da população de células fagocíticas mononucleares Desenvolvimento dos gânglios espinais As cél. da crista neural formam os neurônios unipolares dos gânglio espinais O processo periférico é um dendrito O processo central é um axônio e constitui as raízes dorsais dos nervos espinhais Desenvolvimento das meninges Tem origem nas cél. da crista neural e do mesênquima entre o 20° e 35° dia Mielinização das fibras nervosas As bainhas de mielina ao redor da medula espinhal começam a ser formar a partir do 4° mês e continua a se formar durante o primeiro ano pós natal Proteína Básica de Mielina Integrina B1 As raízes motoras são mielinizadas antes das raízes sensoriais Oligodendrócitos -> SNC Cél. De Schwanm -> SNP Desenvolvimento do encéfalo Tubo neural cefálico ao 4º par de somitos A fusão das pregas neurais da região cefálica e o fechamento do neuroporo rostral formam as três vesículas encefálicas primárias - Encéfalo anterior (prosencéfalo) - Encéfalo médio (mesencéfalo) - Encéfalo posterior (rombencéfalo) Durante a 5º semana, se dividem em vesículas secundárias: - Encéfalo anterior → telencéfalo (vesículas ópticas, hemisférios cerebrais) e diencéfalo. - Encéfalo médio → não se divide. - Encéfalo posterior → metencéfalo e mielencéfalo (ponte, cerebelo e bulbo). Flexuras cefálicas – Determinam mudanças no padrão anatômico Flexura do mesencéfalo Flexura cervical Entre o rombencéfalo e a medula Flexura pontina Entre o metencéfalo e o mielencéfalo. Adelgaçamento do rombencéfalo 5ª semana Rombencéfalo Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Mielencéfalo – Bulbo Transição entre a medula espinhal e o cérebro Porção do encéfalo de maior semelhança com a medula espinhal Cavidade: porção inferior do4º ventrículo Placa do teto (parede dorsal) distendida e muito adelgaçada, devido à flexura pontina Neuroblastos das placas alares migram para a zona marginal e formam os núcleos gráceis e núcleos cuneiformes – áreas isoladas de substância cinzenta O bulbo contém os núcleos dos nervos cranianos glossofaríngeo, vago, acessório e hipoglosso Pirâmide: área ventral; contém as fibras do trato corticoespinhal Contêm centros e redes de nervos que regulam a respiração, batimentos cardíacos, movimentos reflexos e outras funções. Metencéfalo – Ponte e Cerebelo Cerebelo: É o centro para controle do equilíbrio e da postura Sua cavidade forma a parte superior do 4º ventrículo Placas alares: o espessamento das placas alares forma o cerebelo Os neuroblastos da zona intermediaria migram para a zona marginal e se diferenciam em neurônios do córtex cerebelar Placas basais: Neuroblastos da placa basal se desenvolvem nos núcleos motores Plexo coróide Origem embrionária: é formado pela invaginação da pia-máter juntamente com o teto ependimário do 4º ventrículo Secretam líquido ventricular e passa a ser Líquido cefalorraquidiano (LCR) a partir de adições da superfície do encéfalo, medula espinhal e das meninges Mesencéfalo Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Sua cavidade se estreita formando o aqueduto cerebral – conecta o terceiro ao quarto ventrículo Placa alar: O teto é formado por neuroblastos migrantes da placa alar e vão formar os colículos superiores e inferiores (aferências multissensoriais -visuais, auditivas e somestésicas) Prosencéfalo A região rostral do prosencéfalo dá origem ao telencéfalo enquanto que a caudal dá origem ao diencéfalo As cavidades dessas regiões dão origem aos ventrículos laterais (telencéfalo) e ao terceiro ventrículo (diencéfalo). Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Diencéfalo A partir das paredes laterais do terceiro ventrículo se desenvolve 3 intumescências que darão origem ao tálamo, epitálamo e hipotálamo A glândula pineal é formada no epitálamo e a hipófise no hipotálamo Telencéfalo As vesículas telencefálicas são os primórdios dos hemisférios cerebrais e suas cavidades são os ventrículos laterais O córtex cerebral começa a crescer a partir de ondas de migração de neuroblastos para posição abaixo da pia-máter 50 dias Desenvolvimento intra uterino A cada onda de migração os neuroblastos migram através da camada de células em diferenciação e assumem lugar próximo à pia-máter 13 semanas 21 semanas 32 semanas No início do desenvolvimento do telencéfalo, a superfície dos hemisférios cerebrais é lisa Do terceiro ao oitavo mês, surgem sulcos e giros, o que aumenta a área do córtex cerebral sem aumento de volume da massa cefálica Os primeiros sulcos surgem nas áreas filogeneticamente mais antigas Formação das meninges • São formadas por células do mesênquima que migram para envolver o tubo neural formando uma membrana chamada meninge (membrana) primitiva • A camada externa se espessa, formando a dura-máter • A camada interna permanece delgada e forma as leptomeninges (pia-máter e aracnoide-máter) • Dentro das leptomeninges aparecem espaços cheios de líquido que coalescem e formam o espaço subaracnóide • O líquor começa a formar-se durante a quinta semana. Prosencéfalo Metencéfalo Mielencéfalo Metencéfalo Rombencéfalo Desenvolvimento do Sistema Nervoso Periférico Classificação anatômica O Sist. Nervoso Central:cérebro e medula espinal – Tubo neural O Sist. Nervoso Periférico: gânglios e nervos – Tubo neural, Cél. da Crista Neural e placóides ectodérmicos Classificação Funcional Sistema Nervoso Somático Inerva a pele e músculo Componentes sensoriais e motores Sistema Nervoso Autônomo (Visceral) Inerva vísceras (órgãos), músc. liso, glândulas periféricas Componentes Simpáticos (surge associada ao tronco – Toracolombar) Componentes Parassimpáticos (surge em associação ao cérebro e a medula espinal caudal – Craniossacrais) Principal fonte de origem é a crista neural Dá origem às células sensitivas somáticas e viscerais Dá origem a neuroblastos bipolares que então se diferenciam em neurônios pseudounipolares Dá origem aos gânglios sensitivos dos nervos trigêmeo (V), facial (VII), vestibulococlear (VIII), glossofaríngeo (IX) e vago (X) Dá origem aos neurônios multipolares do gânglio autonômico, células de Schwann e células satélites 5 Caso clínico Um bebê é levado ao pronto-atendimento após morder a porção anterolateral da sua língua. Enquanto um cirurgião oral realizava a sutura da língua, o plantonista notou outras lesões suspeitas. Entre elas, lacerações na gengiva com falta de dentes, uma queimadura no dedo indicador esquerdo, múltiplos cortes pequenos e arranhões. Uma radiografia da face, para pesquisar os dentes fraturados, revelou uma fratura oculta no osso parietal. Um levantamento minucioso foi, então, realizado pelo serviço de proteção à criança. Os pais alegam que todas as lesões foram “autoinfligidas” e descrevem que o garoto “não sente dor”. Eles explicaram que os dentes fraturados são devido ao hábito de morder brinquedos e que o dedo queimado ocorreu quando o menino tocou uma chapa quente. Ele não chora com nenhuma dessas lesões significativas, incluindo a mordida na língua, e eles expressaram sua surpresa quando a fratura de crânio foi descoberta. Seu histórico médico mostra que ele foi admitido no hospital por diversas vezes com febre alta e sepse (infecção grave), que foi tratada com antibióticos. A família percebeu que ele ficava vermelho e letárgico no calor e que nunca o viram suar. A criança chorou pouco durante o procedimento de sutura da língua e se mostra indiferente a picadas de agulha para coleta dos exames laboratoriais. A investigação do serviço de proteção à criança não encontrou nenhuma evidência de abuso do menino. A família tem duas outras crianças mais velhas, saudáveis e bem cuidadas. A neurologia foi consultada e uma biópsia de pele obtida mostrou escassas fibras nervosas na pele e ausência de inervação das glândulas sudoríparas. Com base na história clínica e nos achados histológicos, chegou-se ao diagnóstico de insensibilidade congênita à dor com anidrose (anidrose significa ausência de produção de suor). O sequenciamento do gene NTKR1 mostrou duas mutações deletérias, cada qual proveniente de um dos pais, confirmando o diagnóstico. NTKR1 é um receptor para FATOR DE CRESCIMENTO DE NERVOS (NGF) que é requerido para o desenvolvimento da inervação sensorial nociceptiva (dor) da pele e para a inervação autônoma das glândulas sudoríparas écrinas (cujo canal excretor abre diretamente em poros na superfície da pele). Desenvolvimento dos nervos espinhais e gânglios ***Axônios motores da coluna ventral são os primeiros a brotar da medula espinal Os primeiros neurônios a emergiram da medula espinal são motoneurônios (neurônios multipolares) somáticos nas colunas cinzentas ventrais. Isso ocorre por volta do 30° dia. Dará origem às vertebras e costelas Neurônio pseudounipolar Neurônio multipolar Nervo espinal (tronco misto) Verde: Neurônios Vermelho: Neurofilamentos Região ventral da mesoderme Região dorsal da mesoderme As cél. da crista neural formam os neurônios unipolares dos gânglio espinais Raiz anterior – origem na placa basal da medula espinal. Formam a raiz anterior do nervo espinal Raiz posterior - origem no gânglio espinal- formado pela crista neural Padrão segmentar de inervação motora e sensitiva: Dermátomo Nervos motores esensitivos inervam a parede do corpo e membros em um padrão baseado na organização segmentar estabelecida pelos somitos Dermátomos -> Área da pele inervada por um nervo periférico que cresceu a partir daquele mesmo nível Na 5ª semana penetram nos brotos dos membros os neurônios motores e em seguida, os neurônios sensoriais. Cél. da crista neural, precursoras das cél. de schwann, formam o neurilema e a bainha de mielina Entretanto o componente sensitivo de cada nervo se espalha alcançando dermátomos adjacentes (sobreposição) Sistema Nervoso Autonômico • Derivado de células da crista neural. A aferência do sistema nervoso autônomo possui dois neurônios: um pré-ganglionar e um pós-ganglionar • As células da crista também migram para outras regiões periféricas para formar outras estruturas do SNA como os gânglios e a medula das glândulas suprarrenais (paragânglios) • Dividido em: • Simpático ou toracolombar – originados da crista neural da região torácica. Seus gânglios formam uma cadeia bilateral conectados por fibras nervosas longitudinais. • Parassimpático ou craniossacral – Surgem do tronco encefálico e porção sacral da medula espinal. Nervos cranianos: Oculomotor (III); Facial (VII); Glossofaríngeo (IX) e Vago (X). Sistema Nervoso Entérico Origina-se do vago e do sacro e constitui a divisão maior e mais complexa do sistema nervoso periférico, contendo mais neurônios do que a medula espinhal. Todos os componentes do SNE originam-se de precursores que migram para o intestino do vago e/ou da crista neural sacra
Compartilhar