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Sistema de Classificação de Paciente 1 PAPEL ADMINISTRATIVO A função administrativa do Enfermeiro está previsto, com ênfase, na Lei nº 7.498/86, que regulamenta o seu exercício profissional. Em seu artigo 11 define que cabe privativamente ao Enfermeiro: planejamento, organização, coordenação, execução e avaliação dos serviços de enfermagem. Sistema de Classificação de Pacientes O SCP é um processo no qual se procura categorizar pacientes de acordo com a quantidade de cuidado de enfermagem requerida, ou seja, baseada no grau de complexidade da assistência de enfermagem (PERROCA e GAIDZINSKI, 2002). COFEN 1996 A recomendação para o uso da classificação de pacientes e a determinação da competência do enfermeiro veio somente em 1996 (COFEN 189/1996) e atualizada em 2004 (COFEN 293/2004). Foi estabelecido que o cálculo de pessoal de enfermagem deveria ter como base a aplicação de SCP como um dos indicadores para estabelecer o perfil de cada paciente nas unidades hospitalares, as horas mínimas de ausência e a distribuição dos profissionais para cada tipo de cuidado (PERROCA, 2008). Escore de Schein/Rensis Likert Existe uma classificação de pacientes baseada nas teorias administrativas de Edgar Henry Schein e do sociólogo e psicólogo Rensis Likert, chamada de Escore de Schein/Rensis Likert onde os mesmos são avaliados segundo o estado mental, sinais vitais, deambulação, motilidade, oxigenação, eliminação, terapêutica e integridade cutâneo mucosa. RESOLUÇÃO COFEN 293/04 Para Classificar os pacientes da Unidade de internação, a Resolução COFEN 293/04, utilizou o Método de Escore de Schein/Rensis Likert. Sistema de Classificação de Pacientes - SPC 6 6 ESCORE DE SCHEIN/RENSIS LIKERT Aplicação de pesos pelo grau de dificuldade 1 2 3 4 5 Pontuação Cuidados Mínimos: até 17 pontos Cuidados Intermediários: 18 a 28 pontos CuidadosSemiIntensivos: 29 a 39 pontos Cuidados Intensivos: 40 a 50 pontos 1- Estado Mental Lúcido/Orientado no tempo e no espaço (OTE) OTE, dificuldade de seguir instruções Período de desorientação no tempo e no espaço Desorientado no tempo e no espaço Inconsciente sem resposta verbal 2- Sinais Vitais Conforme rotina, 1 a 2 vezes ao dia e/ou não necessita de controle Controle de 6 em 6 horas Controle de 4 em 4 horas Controle de 2 em 2 horas Controle de 1 em 1 hora ou mais frequente ainda controle de horário de PVC, PAM, etc. 3- Deambulação Deambula sem ajuda/Autossuficiente Encorajamentos e supervisão para deambular Uso de cadeiras de rodas, muletas e outros artefatos com orientação e supervisão Uso de cadeira de rodas, muletas e outros artefatos com ajuda efetiva da enfermagem Ausência de movimentos corporais, total dependência para ser removido do leito. 4- Motilidade Movimenta os segmentos corporais (MS e MI) sem ajuda/ Autossuficiente Estímulos, encorajamentos ou supervisão para movimentar os segmentos corporais Ajuda para movimentar os segmentos corporais Movimentação passiva, programada e realizada pela enfermagem Mudança de decúbito e movimentação passiva, programada e realizada pela enfermagem. 5- Oxigenação Não depende de oxigenoterapia Uso intermitente de O2 por cateter ou máscara Uso intermitente de O2 por cateter ou máscara e outros cuidados simples Com traqueostomia ou tuboorotraquealcom cuidados respiratórios simples Com ventilação mecânica contínua ou intermitente, ou vigilância e cuidados respiratórios constantes 7 Aplicação de pesos pelo grau de dificuldade 1 2 3 4 5 Pontuação Cuidados Mínimos: até 17 pontos Cuidados Intermediários: 18 a 28 pontos CuidadosSemiIntensivos: 29 a 39 pontos Cuidados Intensivos: 40 a 50 pontos 6- Eliminação Não necessita de ajuda/Autossuficiente Autossuficiente com controle de ingesta e eliminações Orientação esupervisãopara ingesta e eliminações Ingesta,eliminaçõese controles realizados com ajuda da enfermagem Assistência constante da enfermagem, evacuação no leito e/ou uso de SV. Necessidade de controle das eliminações 7- Alimentação Alimenta-se sozinho/ Autossuficiente Estímulo, encorajamento e supervisão para se alimentar ou tomar líquidos Não se alimenta sozinho, precisa da ajuda da enfermagem Alimentação através de SNG, SNE, realizada pela enfermagem Assistência efetiva da enfermagem, presença de estomas, SNG ou SNE, com controle rigoroso 8- Terapêutica Medicamentos via oral (uma a várias vezes ao dia) ou de rotina Medicamentos VO, IM, ID ou SC intermitente Medicamentos através de SNG, endovenosos contínuos Endovenoso contínuo, mais sangue ou derivados, NPP ou citostáticos Uso de drogas vasoativas para manutenção da pressão arterial 9-Integridade Cutâneo – Mucosa Sem lesão/solução de continuidade Uma ou duas lesões com pequenos curativos simples (troca uma vez ao dia) Uma ou mais lesõescom curativosgrandes (troca uma vez ao dia) Duas ou mais lesões (escaras,ostomas), com curativos grandes (troca duas vezes ao dia) Duas ou mais lesões infectadas com grandes curativos (troca duas ou mais vezes ao dia) 10- Cuidado Corporal Cuida-se sozinho/ Autossuficiente Encorajamento para banho de chuveiro e higiene oral Banho de chuveiro ehigiene oral com auxílio da enfermagem Banho de chuveiro em cadeira de rodas e higiene oral realizada pela enfermagem Banho de leito e higiene oral realizados pela enfermagem 8 Segundo o Score de Rensis/Linkert, somam-se todos pontos de acordo com grau de dependência e assim será possível classificar os pacientes de acordo com o nível de cuidados por eles requeridos, Sistema de Classificação de Pacientes Cuidados Mínimos Até 17 pontos Cuidados Intermediários De 18 a 28 pontos CuidadosSemi-Intensivos De 29 a 39 pontos Cuidados Intensivos De 40 a 50 pontos 9 ATIVIDADE De acordo com o Escore de Schein/Rensis Likert, a pontuação para classificação dos pacientes em cuidados intermediários deve ser até 40. de 29 a 39 de 40 a 50 de 17 a 27 de 18 a 28. 10 Steve Rogers Nome: M. B. C. Sexo: Masculino Idade: 69 anos Nacionalidade: Brasileira Naturalidade: Anápolis - Go Residência: Bairro: Rua Onde Judas Perdeu as Bota N. 14 Escolaridade: Analfabeta Profissão / ocupação: Dona de casa Número de identificação no hospital / prontuário: 530667 Data de internação: 06/05/2016 12 M.B.C se encontra consciente, porém desorientado, não respondendo a nenhum chamado verbal. Necessita auxilio dos Enfermeiros para deambular até o banheiro e apoio da equipe para realizar sua higiene corporal e oral e com queixa de dificuldades a urinar. Apresenta dificuldade em se alimentar e em ingerir líquidos, necessitando apoio total da equipe de enfermagem. Sobre prescrições médicas seus SSVV devem ser observados de 4 em 4 horas. No prontuário ás 17:30 foi registrado os seguintes dados: PA:100/60mmHg, FC:62bpm, FR:12mpm. Tax:37,8ºC. 1 – Estado Mental = 3 2 – Sinais Vitais = 3 3 – Deambulação = 3 4 – Motilidade = 3 6 – Eliminação = 4 7 – Alimentação = 3 10 – Cuidado Corporal = 3 13 Ventilando em ar ambiente com auxílio de O2 à 1L/min por cateter nasal. Padrão ventilatório eupnéico. SpO2: 100% Possui acesso central duplo lúmen em veia subclávia direita com infusões em via distal de noradrenalina e em via proximal de soro fisiológico 0,9% à 10mL/h Possui pequenas lesões na região trocantérica direita com a presença de secreção purulenta. Diurese clara, em bom volume por sonda vesical. 5 – Oxigenação = 2 8 – Terapêutica = 5 9 – Integridade Cutânea = 4 14 1 – Estado Mental = 3 2 – Sinais Vitais = 3 3 – Deambulação = 3 4 - Motilidade 3 5 – Oxigenação = 2 6 – Eliminação = 4 7 – Alimentação = 3 8 – Terapêutica = 5 9 – Integridade Cutânea = 4 10 – Cuidado corporal = 3 _______________________ Classificação = 33 pontos na Escala de Schein / Rensis Likert 3317-1408 15 Pacientes de cuidados mínimos (PCM)/autocuidado Paciente estável, sob o ponto de vista clínico e de enfermagem e fisicamente autosuficiente quanto ao atendimento das necessidades humanas básicas.Pacientes de cuidados intermediários (PCI) Paciente estável, sob o ponto de vista clínico e de enfermagem, requerendo avaliações médicas e de enfermagem, com parcial dependência dos profissionais de enfermagem para o atendimento das necessidades humanas básicas. Pacientes de cuidados semi-intensivos (PCSI) Paciente recuperável, sem risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. 18 Pacientes de cuidados intensivos (PCIt) Paciente grave e recuperável, com risco iminente de morte, sujeito à instabilidade das funções vitais, requerendo assistência de enfermagem e médica permanente e especializada. Referencias Bibliográficas Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen n. 189/1996: estabelece parâmetros para dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas instituições de saúde. Brasília: 1996 Conselho Federal de Enfermagem. Resolução Cofen n. 293/2004: fixa e estabelece parâmetros para o dimensionamento do quadro de profissionais de enfermagem nas unidades assistenciais das instituições de saúde. Brasília: 2004. DUTRA, V.O. Administração de Recursos do Hospital. In: FUGULIN, F.M.T. ET ALLI. Implantação do Sistema de Classificação de Pacientes na Unidade de Clínica Médica do Hospital Universitário da USP. Rio Med. HU USP, 54 (1/2): 6318, 1994. PERROCA, M.G; GAIDZINSKI, R.R. Sistema de classificação de pacientes: construção e validação de um instrumento. Rev. Esc. Enf. São Paulo ‐ USP, v.32, n.2, p. 153‐68, ago. 1998. 20
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