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Conceitos Básicos sobre C T

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CCOONNCCEEIITTOOSS BBÁÁSSIICCOOSS DDEE CCIIÊÊNNCCIIAA,, 
TTEECCNNOOLLOOGGIIAA && IINNOOVVAAÇÇÃÃOO 
 
 
 
Curso de Atualização 
GERÊNCIA DA TECNOLOGIA 
E DA INOVAÇÃO 
 
 
 
 
 
Prof. Waldimir Pirró e Longo, Ph.D., L.D. 
 
 
CONCEITOS BÁSICOS SOBRE CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO1 
 
Waldimir Pirró e Longo, Ph.D., L.D. 
 
 A primeira dificuldade enfrentada por quem se propõe a discorrer sobre ciência e 
tecnologia, é a exata compreensão dos termos utilizados com mais freqüência no trato desses 
assuntos. A própria palavra tecnologia é empregada com mais de um sentido por diferentes 
autores, provocando sérios enganos mesmo em pessoas diretamente ligadas ao seu uso, 
geração ou política. Talvez isso se dê porque o perfeito conhecimento da problemática 
científica e tecnológica não faz parte da cultura da maioria da nossa população. 
 
 No sentido de minorar este fato, o presente trabalho tem por objetivo divulgar um 
conjunto de conceitos, coerentes entre si, que sirvam de base a uma mais precisa abordagem 
dos temas relacionados com ciência e tecnologia. 
 
Ciência: é o conjunto organizado dos conhecimentos relativos ao universo, envolvendo seus 
fenômenos naturais, ambientais e comportamentais. 
 
O conhecimento científico avança sempre na direção do possível, nem sempre na 
direção que seria desejável. Em princípio, o cientista não se propõe a fazer nem o bem nem o 
mal, mas explicar os fenômenos do universo. Seu compromisso é com a verdade. Porém, o 
uso que se venha a fazer do conhecimento científico envolve tantos fatores, inclusive éticos, 
que faz com, necessariamente, ele deva ser regulado pela sociedade. 
 
A palavra descoberta refere-se à identificação e/ou explicação de fenômeno da 
natureza (conhecimento científico). 
 
 A geração de conhecimento científico faz-se mediante a pesquisa ou investigação 
científica. A pesquisa segue as etapas do que se convencionou chamar método ou 
metodologia científica, que, resumidamente, consiste na : 
- definição das questões levantadas pela observação de algum fenômeno; 
- postulação de hipóteses que expliquem a ocorrência do fenômeno; 
- experimentação para verificar estas hipóteses; 
- proposição de um modelo ou teoria fundamentada nas hipóteses e resultados da 
evidência experimental 
 
Esta última etapa do método torna o trabalho do cientista um processo social, já que as 
teorias e conclusões do seu trabalho de pesquisa devem ser relatadas publicamente e 
sobreviver a um período de debate, avaliação crítica e à repetição dos cálculos, ensaios e 
testes, feita por outros profissionais com nível de competência adequada para rebatê-las ou 
validá-las. Só assim, se confirmados, os novos conhecimentos são incorporados ao acervo 
cientifico universal. Essa exposição à confirmação, realizada, normalmente, por outros 
cientistas, forçou, historicamente, que o conhecimento científico tivesse livre divulgação e 
circulação. Em conseqüência, tal conhecimento é um bem público, constituindo-se em um 
acervo da humanidade. 
 
 
1
 LONGO, W.P. Conceitos básicos sobre ciência, tecnologia e inovação. Curso Gerência da Tecnologia e da 
Inovação. Rio de Janeiro: Fundação Getulio Vargas, 2004. 
 
 Em geral, a ciência é dita pura ou fundamental, quando desvinculada de objetivos 
práticos, e aplicada quando visa conseqüência determinada. Apesar de não ter vínculos com 
preocupações de ordem imediata, hoje, grande parte da ciência fundamental não é 
desenvolvida totalmente livre e de maneira aleatória; em geral, ocorre certa seletividade no 
seu rumo, causada por fatores práticos ou subjetivos de ordem econômica, social, cultural ou 
política. No passado, os cientistas estavam unicamente interessados em descobrir e 
compreender os fenômenos do universo, com total despreocupação pelas possíveis 
conseqüências das suas descobertas. No momento, provavelmente, há um número muito 
maior de cientistas interessados nas conseqüências de suas novas descobertas, do que na 
simples compreensão dos fenômenos envolvidos. Apesar dessa mudança, o cientista, 
normalmente, não está preparado para transformar suas descobertas em um bem 
comercializável. Essa transformação que, em geral não é trivial, exige recursos, serviços e 
profissionais especializados, que geralmente ultrapassam os objetivos e a capacidade do 
laboratório científico. 
 
Tecnologia: é o conjunto organizado de todos os conhecimentos científicos, empíricos ou 
intuitivos empregados na produção e comercialização de bens e serviços. 
 
 A palavra tecnologia tem sua origem no substantivo grego “techne” que significa arte 
ou habilidade. Assim, a tecnologia é um conjunto de atividades práticas voltadas para alterar o 
mundo e não, necessariamente, compreendê-lo. A ciência busca formular as “leis” às quais se 
subordina a natureza, a tecnologia utiliza tais formulações para produzir bens e serviços que 
atendam as suas necessidades. 
 
 Alguns autores consideram a tecnologia como sendo ciência aplicada. Na realidade 
esta definição pode não ser sempre verdadeira, embora no mundo atual, a tecnologia dependa 
cada vez mais de conhecimentos científicos. Como prova de que a definição é imperfeita, 
Jorge Sabato usava como exemplo a invenção do container que, a rigor, não envolveu 
nenhum conhecimento científico, mas que é uma das tecnologias de maior sucesso no setor de 
transportes. 
 
 Modernamente, a estreita ligação entre a ciência e a tecnologia fez com que surgisse, 
no trato dos assuntos a elas pertinentes, o binômio Ciência e Tecnologia, referido no singular 
e designado pela sigla C&T. O entrelaçamento ciência/tecnologia tornou-se mais próximo 
ainda, a partir do momento em que o método científico passou a ser utilizado na geração de 
conhecimentos associados à criação ou melhoria de bens ou serviços, ou seja, para a inovação 
tecnológica. 
 
 O domínio do conjunto de conhecimentos específicos que constituiu a tecnologia 
permite a elaboração de instruções necessárias à produção de bens e de serviços. A simples 
posse dessas instruções, que são expressões materiais e incompletas dos conhecimentos 
(plantas, desenhos, especificações, normas, manuais) e a capacidade de usá-las, não significa 
que, automaticamente, o usuário tornou-se detentor dos conhecimentos que permitiram a sua 
geração, ou seja, da tecnologia. Freqüentemente, tem sido empregada a palavra tecnologia 
para designar tais instruções, e não os conhecimentos que propiciaram a base para a sua 
geração, e que, em geral, estão armazenados em cérebros de pessoas. Isto tem sérias 
implicações na correta compreensão do que seja o potencial ou independência tecnológica de 
uma indústria ou mesmo de uma nação. 
 
 
 Como exemplo, chega-se ao absurdo de acreditar que quando uma empresa 
multinacional coloca em funcionamento, num país periférico, o último modelo de uma 
máquina importada de fazer parafusos, o mesmo está dotado da mais alta tecnologia de fazer 
parafusos. Na realidade, ele está dotado das mais altas instruções para fazer parafusos. 
 
 As instruções, ou seja, o saber apenas como fazer (know how) para produzir algo, e 
não porque fazer (know why), são o que devemos entender por técnica. Porém, diversos 
autores, principalmente da área do direito, usam a palavra tecnologia como tradução de know 
how. Além das instruções, a palavra técnica é utilizada, também, para o conjunto de regras 
práticas, puramente empíricas, utilizadas para produzir coisas determinadas, envolvendo a 
habilidade do executor. Como conseqüência, conforme exposto anteriormente, a tecnologia é 
entendida, por alguns autores, como o estudo e conhecimento científico da técnica, 
implicando no emprego dos métodos das ciências físicas e naturais nas suas atividades. 
 
 Geralmente,o que se entende por uma dada tecnologia, que ao ser empregada resulta 
num produto, envolve conhecimentos decorrentes de aplicações das ciências naturais (física, 
química, biologia, etc...), de conhecimentos ligados a regras empíricas (técnicas) e de 
conhecimentos oriundos da aplicação da metodologia científica de pesquisa na compreensão e 
solução de problemas surgidos durante o processo de concepção e/ou produção (que Zagotis 
chamou de “ciências operativas”, que se aproxima do que poder-se-ia nomear como “ciências 
da engenharia”). 
 
 Normalmente, as tecnologias são, também, referidas em correspondência com as 
diversas etapas de agregação de valor/conhecimentos envolvidas na produção e 
comercialização de bens ou de serviços. Assim, por exemplo, encontram-se referências à 
tecnologia de processo, tecnologia de produto, tecnologia de operação, etc. 
 
 Além de fator de produção - ao lado do capital, insumos e mão-de-obra - a tecnologia 
comporta-se, também, como uma mercadoria, pois é objeto de operações comerciais, tendo 
preço e dono. Em conseqüência, trata-se de um bem privado. Para reforçar o argumento da 
sua condição de mercadoria, basta lembrar que, além de poder ser vendida e comprada, a 
mesma pode ser alugada, sendo ainda sujeita à sonegação, ao contrabando e ao roubo. 
 
 Sendo a tecnologia uma mercadoria, um bem privado, é importante a aceitação de sua 
propriedade pelo sistema econômico. Tratando-se, porém, dum bem intangível, a sociedade 
criou convenções, normas e instituições específicas a fim de qualificar e proteger a 
propriedade tecnológica.. Na realidade, o aparato legal da propriedade tecnológica, também 
chamada de propriedade industrial, faz parte do direito mais amplo que é tratado pela 
propriedade intelectual. A propriedade industrial, juntamente com o direito de autor 
(copyright), compõem a propriedade intelectual, cujo fórum é a Organização Mundial da 
Propriedade Intelectual - OMPI. Ultimamente, porém, as questões relativas à propriedade 
industrial, cujo comércio no nível internacional, em dólares, atinge a casa dos bilhões, 
passaram a ser objeto de fortes interferências da Organização Mundial do Comércio - OMC. 
 
 A propriedade industrial compreende, basicamente, a proteção de invenções e de 
modelos de utilidade, de desenhos industriais, marcas, direitos sobre softwares, do uso de 
indicação geográfica, máscaras de micro circuitos eletrônicos, cultivares, de seres vivos e de 
outros bens oriundos da criação humana que apresentem valor comercial. Denomina-se 
patente o título de propriedade sobre uma invenção ou modelo de utilidade, podendo ser de 
produto ou de processo. Esse título é concedido aos inventores detentores dos direitos sobre a 
 
criação, com a finalidade de proteger os produtos ou os processos, nos quais foram investidos 
tempo e recursos, contra a cópia ou comercialização sem a autorização do titular. 
 
No Brasil, a Lei 9279, de 14 de Maio de 1996, conhecida como Lei da Propriedade 
Industrial, regula direitos e obrigações relativos à propriedade em questão, com as alterações 
introduzidas pela Lei 196, de 14 de Fevereiro de 2001. Os procedimentos legais e 
burocráticos referentes à propriedade industrial, à transferência de tecnologia, à concorrência 
desleal e às franquias, são atribuições do Instituto Nacional da Propriedade Industrial - INPI, 
autarquia federal subordinada ao Ministério do Desenvolvimento da Indústria e do Comércio 
Exterior - MDIC 
 
O processo de compra e venda ou de aluguel de tecnologia é, normalmente, referido 
como transferência de tecnologia. O uso da palavra transferência, ao invés de venda ou de 
aluguel, dá idéia que o cedente transmitirá ao receptor todos os conhecimentos que geraram a 
tecnologia e, portanto, o seu domínio. Normalmente, porém, o que ocorre é uma venda, na 
qual o vendedor esconde os conhecimentos (know why) e entrega as instruções (know how). 
Assim os contratos de transferência de tecnologia podem propiciar ou não sua transferência na 
verdadeira acepção da palavra. O processo de transferência é bastante complexo e difícil, 
exigindo, além da disposição do cedente, competência e determinação de quem recebe os 
conhecimentos. A verdadeira transferência de tecnologia ocorre quando o receptor absorve o 
conjunto de conhecimentos que lhe permitem adaptá-la às condições locais, aperfeiçoá-la e, 
eventualmente, criar nova tecnologia de forma autônoma. 
 
 O comércio de tecnologia, por sua vez, é realizado através de transações que podem 
ser enquadradas, teoricamente, nas seguintes categorias: 
 
Assistência técnica e científica: serviço permanente de assessoramento e/ou consultoria, 
prestado por pessoas físicas ou jurídicas, envolvendo conhecimentos científicos e/ou técnicos 
e especializados, inclusive de engenharia de processo, de produto e de fabricação, e 
pressupondo vinculação duradoura entre as partes contratantes. 
 
Licença de fabricação e/ou utilização de patentes: cessão de direitos, por parte de pessoas 
físicas ou jurídicas, de propriedade sobre conhecimentos não patenteados (segredos de 
negócio) ou sobre desenhos e especificações de produtos sujeitos a processos definidos de 
industrializações patenteados e registrados no BRASIL e no país de origem (quando for o 
caso), ambos levando à uma vinculação duradoura entre as partes contratantes. 
 
Serviços de engenharia: serviços temporários de assessoramento e/ou consultoria, prestados 
por pessoas físicas ou jurídicas, envolvendo conhecimentos técnicos especializados, 
pressupondo vínculo transitório entre as partes.Tal categoria de transação pode ser 
considerada como assistência técnica temporária, englobando supervisão de montagem; 
execução de construção; execução de testes e ensaios; instalações; funcionamento e ajuste de 
equipamentos; supervisão de compras, inspeção de materiais, supervisão de embarques; 
treinamento de pessoal; serviços de engenharia especializados e assessoria ou consultoria 
sobre questões específicas. 
 
Elaboração de projetos: estudos baseados em pesquisas específicas, ou em acervo de 
informação e de dados técnicos, que permitem chegar às plantas, desenhos e especificações 
finais para construção de unidades produtivas, ou para a elaboração de produtos industriais, 
pressupondo vínculo transitório entre as partes. 
 
 
O INPI averba, em obediência à Lei da Propriedade Industrial, e da legislação 
complementar, atos e contratos que impliquem no licenciamento de direitos e os de aquisição 
de conhecimentos científicos e tecnológicos e contratos de franquia. 
A averbação é condição de validade para: 
a. Contratos que impliquem transferência de tecnologia; contratos de franquia; e 
similares que produzam efeitos com relação a terceiros; 
b. Quando a licença envolver propriedade industrial registrada ou concedida no Brasil; 
c. Para fins cambiais e de dedutibilidade fiscal dos pagamentos envolvidos. 
Os tipos de contratos averbados pelo INPI são: 
• Exploração de patentes 
São contratos que objetivam o licenciamento de patente concedida ou pedido de patente 
depositado junto ao INPI. 
• Uso de marcas 
Contratos que objetivam o licenciamento de uso de marca registrada ou pedido de registro 
depositado junto ao INPI. 
• Fornecimento de tecnologia 
Contratos que objetivam a aquisição de conhecimentos não patenteados. Esses contratos 
deverão indicar com clareza os produtos e/ou processos envolvidos. 
• Prestação de serviços de assistência técnica e científica 
Contratos que estipulam as condições de obtenção de técnicas, métodos de planejamento e 
programação, bem como, pesquisas, estudos e projetos, destinados à execução de prestação de 
serviços especializados. Nesses contratos será exigida a explicação do custo de homem/hora 
detalhado por tipo de técnico, o prazo previsto para a realização do serviço ou a evidencia deque o mesmo já fora realizado e o valor total da prestação do serviço, ainda que estimado. 
• Franquia 
Contratos que objetivam a prestação de serviços, transferência de tecnologia, transmissão de 
padrões operacionais e outros aspectos, além do uso de marcas. Estes contratos devem 
respeitar o disposto no Ato Normativo n.º 115/93 de 30/09/93 
• Participação nos custos de pesquisa e desenvolvimento 
Contratos que objetivam o fluxo de tecnologia entre as empresas domiciliadas no país e 
Centro de Pesquisa ou Empresas com capacidade de geração de tecnologia, no país ou no 
exterior. Estes contratos deverão respeitar o Ato Normativo n.º 116/93 de 27/10/93. 
O pedido de averbação dos contratos acima deverá indicar, claramente, seu 
objeto, a remuneração ou os "royalties", os prazos de vigência e de execução do contrato, 
quando for o caso, e as demais cláusulas e condições de contratação. 
 
No mundo atual, além do seu valor mercantil, a tecnologia tem um valor estratégico 
cada vez maior, comprovado pelo fato de expressões como "dependência tecnológica", 
"neocolonialismo tecnológico" e "autonomia tecnológica", serem cada vez mais correntes 
nas avaliações políticas, econômicas e militares de nações. Tais expressões indicam a 
existência de nações que possuem capacidade de desenvolver tecnologias e de nações que não 
a possuem, e que, portanto, dependem do exterior para o seu desenvolvimento e para a sua 
própria segurança. 
 
Encontram-se na literatura especializada referências a diversas categorias de 
tecnologia que são mais ou menos difundidas e populares, embora difíceis de seren 
conceituadas. Na década de 1970 tornou-se comum a expressão "tecnologia apropriada" ou 
"adequada" indicando, normalmente, aquela gerada ou desenvolvida respeitando culturas e 
disponibilidades materiais locais ou regionais, renováveis sempre que possível. 
Identicamente, usam-se, com freqüência, as expressões "alta tecnologia" e “tecnologia de 
ponta", referindo-se àquelas tecnologias muito intensivas em ciência, na fronteira do 
conhecimento e, portanto, exigentes de moderna infra-estrutura de pesquisa, desenvolvimento 
experimental e engenharia. 
 
 É importante ainda distinguir-se entre invenção e inovação. Na terminologia da 
propriedade industrial, a invenção usualmente significa a solução para um problema 
tecnológico, considerada nova e suscetível de utilização. É patenteável a invenção que atenda 
aos requisitos de novidade, atividade inventiva e aplicação industrial. 
 É patenteável como modelo de utilidade o objeto de uso prático, ou parte deste, suscetível de 
aplicação industrial, que apresente nova forma ou disposição, envolvendo ato inventivo, que 
resulte em melhoria funcional no seu uso ou em sua fabricação. Na realidade, milhares de 
invenções nunca foram patenteadas, e o que pode ser patenteado varia, de certa maneira, de 
país para país. Na realidade, a invenção é um estágio do desenvolvimento no qual é produzida 
uma nova idéia, desenho ou modelo para um novo, ou melhor, produto, processo ou sistema, 
cujos efeitos podem ficar restritos ao âmbito do laboratório onde foi originada. 
. 
A inovação, por sua vez, significa a solução de um problema, tecnológico, utilizada 
pela primeira vez, compreendendo a introdução de um novo produto ou processo no mercado 
em escala comercial tendo, em geral, positivas repercussões sócio-econômicas. O Oslo 
Manual, da OECD (1997), abordando o assunto, no nível das empresas, considera que as 
inovações tecnológicas de produtos e de processos (TPP), compreendem a implementação de 
produtos e processos, tecnologicamente novos, assim como melhoras tecnológicas 
significativas em produtos e processos existentes. O nível mínimo considerado, para 
empresas, corresponde a um produto ou processo “novo para a firma”, não tendo que ser 
“novo para o mundo”. 
 
São rotuladas de inovações incrementais, aquelas que melhoram produtos ou 
processos, sem alterá-los na sua essência ( Ex.: a evolução do automóvel ). São chamadas de 
inovações de ruptura, aquelas que representam um salto tecnológico, e que mudam as 
características dos setores produtivos nos quais são utilizadas (Ex.: o laser, o transistor). 
 
 A tecnologia é, em geral, produzida e levada a utilização pelo setor produtivo, através 
de um encadeamento sistemático de atividades de pesquisa, desenvolvimento experimental e 
engenharia. 
 
 
Pesquisa: é uma atividade realizada com o objetivo de produzir novos conhecimentos, 
geralmente, envolvendo experimentação. 
 
 A palavra pesquisa ganhou muita popularidade de uns anos para cá. Na maior parte 
das vezes, porém, é utilizada para designar atividades que poderiam ser denominadas de 
censo, levantamento de dados ou coleta de informações. 
 
Pesquisa pura, básica ou fundamental: é a pesquisa feita com objetivo de aumentar 
conhecimentos científicos sem qualquer aplicação prática em vista. 
 A pesquisa pura é realizada sem compromisso com a resolução de problemas 
predeterminados. Sua motivação é a curiosidade e o seu objetivo é acrescentar algo novo ao 
acervo de conhecimentos acumulados sobre as propriedades, estruturas e inter-relações das 
substâncias e de fenômenos de qualquer natureza. Ela dá origem a novas leis, teorias ou 
hipóteses, que poderão, ou não, resultar em aplicações utilitárias numa etapa subseqüente. 
 
Pesquisa aplicada: é a busca de novos conhecimentos científicos ou não, que ofereçam 
soluções a problemas objetivos, previamente definidos. 
 A pesquisa aplicada se diferencia da pesquisa fundamental, principalmente pela 
motivação de quem a realiza. 
 
Desenvolvimento experimental: é o trabalho sistemático, delineado a partir do conhecimento 
preexistente , obtido através da pesquisa ou experiência prática, e aplicada na produção de 
novos materiais, produtos e aparelhagens, no estabelecimento de novos processos, sistemas e 
serviços, e ainda substancial aperfeiçoamento dos já produzidos ou estabelecidos. Na área 
industrial, o desenvolvimento cobre a lacuna existente entre a pesquisa e a produção e, 
geralmente, envolve a construção e operação de plantas-piloto (engenharia de processo), 
construção e teste de protótipos (engenharia de produto), realização de ensaios em escala 
natural e outros experimentos necessários à obtenção de dados para o dimensionamento de 
uma produção em escala industrial. Nas ciências sociais e humanas, o desenvolvimento 
experimental pode ser definido como o processo de transformar os conhecimentos adquiridos 
através de pesquisa, em programas operacionais, incluindo projetos de demonstração para 
teste e avaliação. 
 
 Os conhecimentos gerados pela pesquisa e desenvolvimento experimental, podem 
exigir diferentes graus de elaboração para chegarem ao mercado como bens ou serviços, ou 
para serem empregadas numa unidade produtiva. Essa elaboração exige os serviços 
especializados de engenharia. 
 
Engenharia : faz a concepção da produção do bem ou do serviço, estuda sua viabilidade 
técnica e econômica, projeta e implanta as instalações físicas, e conforme o caso, opera as 
mesmas. 
 
 Em outras palavras, os conhecimentos produzidos pela pesquisa e desenvolvimento 
experimental, têm que ser "engenheirados" (segundo Ary Jones) para poderem ser utilizados 
pelo setor produtivo. Assim, para que os conhecimentos gerados pelas universidades, 
institutos e outras organizações envolvidas em pesquisa e desenvolvimento tenham resultado 
concreto no setor produtivo (inovação tecnológica), há que se cuidar do estabelecimento de 
alta competência em "engenheirar". 
 
 
 No caso mais complexo, que envolve a implantação de uma instalação industrial 
resultante de uma nova tecnologia de processo desenvolvida, ela exigirá os serviços 
especializados de engenharia, cujas conceituações seguem abaixo: 
 
• Planejamento : fase em queé estabelecido uma abordagem geral do projeto e 
a sua viabilidade 
Concepção básica : compreende a definição das exigências funcionais e dos dados 
necessários para a elaboração da engenharia básica. Inclui a escolha do processo, diagramas 
esquemáticos, especificações e requisitos fundamentais, todos expressos de forma genérica. 
Estudo de viabilidade : nesta etapa são estimados os investimentos necessários à 
implantação de projetos e os custos operacionais: realizadas análises técnico-econômico-
financeiras, definida a localização e estabelecido o esquema de captação de recursos 
humanos. 
 
• Engenharia de projeto: é a concretização física do empreendimento. 
Projeto de engenharia básica: compreende os diagramas detalhados dos fluxos; exigências 
gerais de operação; descrição completa de processos; balanço de energia e materiais 
consumidos; cálculo das dimensões principais dos grandes equipamentos e dos sistemas de 
utilidade; localização dos componentes; especificações de materiais; normas, etc. 
Detalhamento: compreende os cálculos definitivos; o projeto executivo de construção, 
instalação e montagem, e a elaboração das especificações para compra ou fabricação de 
equipamentos e materiais. 
Compra: envolve a preparação dos documentos de compra; organização das concorrências; 
avaliação das propostas; adjudicação das encomendas e recebimento. 
 
 Com relação à inspiração para a geração de inovações, encontram-se na literatura dois 
modelos: o do “empurrão da ciência” (science-push) e o do “puxão da demanda” (demand 
pull), abaixo esquematizados. 
 
Pesquisa pura� Pesquisa aplicada� Desenvolvimento experimental� Inovação 
 (curiosidade) 
 
Demanda do mercado� Pesquisa aplicada� Desenvolvimento experimental� Inovação 
 (oportunidade) 
 
O funcionamento articulado do setor de Ciência e Tecnologia, de uma nação, requer a 
existência de algumas atividades complementares, como os serviços científicos e tecnológicos 
e o ensino e treinamento de pessoal especializado. 
 
 Os Serviços Científicos e Tecnológicos fornecem o suporte técnico para o 
desenvolvimento dos trabalhos de pesquisa e de desenvolvimento experimental e para 
aplicação e difusão de seus resultados na sociedade. Fazem parte deste grupo: 
- Os serviços de informação técnico-científica, inclusive os serviços de biblioteca; 
- A coleta sistemática de dados (geológicos, meteorológicos, de recursos naturais, 
econômicos, sociais e outros); 
- As atividades rotineiras dos museus, zoológicos, jardins botânicos e reservas 
ecológicas; 
- Os serviços de normalização, de metrologia e de qualidade industrial; 
- Os serviços de propriedade industrial; 
- Os serviços de extensão agrícola e industrial 
 
 
 Finalmente, o Ensino e Treinamento de Pessoal Especializado compreende o ensino 
de nível superior, orientado para a obtenção de um título universitário de pós-graduação ou 
especialização, o treinamento proporcionado pelos cursos de reciclagem para cientistas e 
engenheiros, e a formação de técnicos e laboratoristas. 
 A rede de instituições formadoras de recursos humanos e prestadoras de serviços de 
apoio para pesquisa fazem parte da infra-estrutura de um Sistema Nacional de Ciência, 
Tecnologia e Inovação. 
 
 O orçamento nacional de CT&I compreende as despesas com P&D, com os serviços 
científicos e tecnológicos, mais aquelas requeridas pelo ensino e treinamento de pessoal 
especializado. 
 
 Segundo Jorge Sábato, ilustre argentino que teve muita influência na conscientização da 
América Latina a respeito da problemática cientifica e tecnológica, um sistema nacional de 
ciência e tecnologia (e inovação) envolve três setores principais: governo, educação e 
empresas. Sabato representou tal sistema através da figura de um triângulo eqüilátero, cujos 
vértices são ocupados pelos citados setores principais. O triângulo representativo do sistema 
é, hoje, conhecido como “Triângulo de Sabato”. (Figura1 ). Explorando a mesma idéia básica 
de Sabato, recentemente autores do Hemisfério Norte cunharam a expressão “triple helix”. 
 
Em conseqüência da importância estratégica da C&T, foi salientada, no início deste 
trabalho, que a intervenção dos governos no seu desenvolvimento é crescente na maioria dos 
países, mesmo na vigência de políticas neoliberais que pregam a diminuição da ação 
governamental na sociedade. Outras razões para o envolvimento do governo no setor são os 
custos crescentes das pesquisas e a complexa infra-estrutura física e ambiência social para 
que o mesmo floresça. O governo é, cada vez mais, o grande articulador e coordenador das 
atividades de C&T, direcionando-as no sentido de atender às demandas, presentes e 
antecipadas, julgadas relevantes para o país. Para cumprir o seu papel, além de formular 
políticas e estratégias, o governo tem que ser dotado de órgãos especializados reguladores 
(propriedade industrial, normas, padrões, certificação, meio-ambiente, etc.) e incentivadores 
das atividades (bancos de desenvolvimento, agências de fomento, etc.), prestadores de 
serviços (bibliotecas, museus, etc.) e executores de pesquisas (defesa, meio-ambiente, 
saneamento, saúde, etc.). 
 
O setor educacional é o responsável pela formação e aperfeiçoamento dos recursos 
humanos especializados: desde operários fabris até pesquisadores. São particularmente 
importantes as escolas técnicas e as universidades. Tradicionalmente, nestas últimas, é 
realizada a maior parte da pesquisa básica e, consequentemente, nelas é produzida a maior 
parte do conhecimento científico. 
 
 O setor empresarial é o motor do desenvolvimento tecnológico. Em busca de inovações, 
baseadas no aproveitamento de descobertas científicas, de inventos e de aperfeiçoamentos 
daquilo que já existe, crescentemente as empresas têm produzido, também, conhecimentos 
científicos (os Laboratórios Bell, anteriormente pertencentes à A.T.T e hoje integrantes da 
empresa Lucent, ostentavam, dez dos seus pesquisadores agraciados com o Prêmio Nobel). 
Além das indústrias e de seus centros de P&D, são importantes as empresas de consultoria e 
engenharia, as prestadores de serviços técnicos especializados e de serviços de informação 
científica e tecnológica. 
 
 
 Finalmente, o desempenho de um sistema nacional de desenvolvimento científico, 
tecnológico e de inovação, ou de uma empresa no que diz respeito ao seu sistema interno de 
inovação, é aferido através de indicadores. Para avaliar o desempenho corretamente, é 
necessário acompanhar-se a evolução de indicadores que meçam: 
 
- esforço despendido (inputs): recursos financeiros, humanos, laboratoriais, de apoio, etc... 
- resultados obtidos (outputs): descobertas, patentes, artigos publicados, novos produtos, 
agregação de valor a bens e serviços, etc. 
- impactos causados pelos resultados: citações, prêmios, grau de autonomia tecnológica 
nacional, exportações de alto conteúdo intangível, aumento da expectativa de vida, balanço 
nacional positivo na conta de transferência de tecnologia, etc. 
 
 A Figura 2 esquematiza a avaliação de atividades de C&T, e exemplifica indicadores 
comumente utilizados. A Tabela 1 contém as definições dos indicadores de inovação 
utilizados em avaliação do desempenho de segmento empresarial, efetuada pela Associação 
Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Industriais – ANPEI. 
 
 
REFERÊNCIAS BIBLIGRÁFICAS 
 
1. LONGO, W.P., "Ciência e Tecnologia: alguns aspectos teóricos", Escola Superior de 
Guerra, LS-19/87, Rio de Janeiro, RJ, 1987. 
2. LONGO, W. P., “Tecnologia e transferência de tecnologia”, A Defesa Nacional, p. 
55, n0 678, Rio de Janeiro, 1978. 
3. LONGO, W. P., “Tecnologia e soberania nacional”, Promocet, Editora Nobel, São 
Paulo, SP, 1984. 
4. “Manual Básico”, Escola Superior de Guerra, Rio de Janeiro, RJ, 1996.5. FRANK DA COSTA, J., “A estratégia científica e tecnológica e os seus aspectos 
internacionais”, Seminário de Abertura do PROTAP, FINEP, Janeiro, 1974. 
6. SABATO, J., Palestra no Módulo I do PROTAP, FINEP, Nova Friburgo, RJ, 1974. 
7. “Plano Mestre de Siderurgia”, Engenharia de projetos e de instalações, Relatório 
Final, Brasília, 1976. 
8. JONES, A.M., “Serviços de Engenharia”, Livros Técnicos e Científicos Editora, Rio 
de Janeiro, RJ, 1990. 
9. “Manual Frascatti”, Organization for Economic Co-operation and Development – 
 OECD, Cadernos de Informação em Ciência e Tecnologia numero 2, CNPq/IBICT, 
 Brasília, DF, 1978. 
10. UNESCO, “Recomendação para normalização internacional de dados estatísticos 
sobre ciência e tecnologia”, adotado pela Conferência Geral da UNESCO em sua 
vigésima reunião de 27 de novembro de 1978, CNPq, Brasília, 1980 
11. “Oslo Manual”, Organization for Economic Co-operation and Development - 
OECD, Eurostat, Paris, 1997. 
12. “Indicadores empresariais de inovação tecnológica”, Associação Nacional de. 
Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras-ANPEI, 
Dezembro, São Paulo, SP, 1998. 
 13. IRVINE, J. e MARTIN, B.R., “Foresight in science”, Frances Pinter Publishers, 
 Londres, 1984. 
 14. GAMA, R., “A tecnologia e o trabalho na história”, Nobel/EDUSP, São Paulo, SP, 
 1987. 
 
15. ZAGOTTIS, D. L., “Técnica, tecnologia e engenharia: conceituação”, Notas de 
Aula, Escola Politécnica da USP, São Paulo, SP, 1987. 
 
 
 
 
Figura 1 - SETOR DE C&T 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
GOVERNO 
UNIVERSIDADE EMPRESA 
TTTRRRIIIÂÂÂNNNGGGUUULLLOOO DDDEEE SSSÁÁÁBBBAAATTTOOO 
 
 
Figura 2 --- OOO CCCiiiccclllooo dddeee iiinnnvvveeessstttiiimmmeeennntttooo eeemmm PPP&&&DDD 
 
1ª fase 2ª fase 
 
 
 
 
 
 
 
Avaliação de desempenho para análise dos 
impactos sociais 
Pessoal 
Fundos 
Equipamentos 
Informações 
Bolsas 
Prioridades 
Programas 
Projetos 
Apresentações 
Publicações 
Patentes 
Citações 
Prêmios 
Royalties/licenciamentos 
Transferência de Tecnologia 
ESFORÇO 
Gerência do 
acervo 
 
C&T 
P&D 
 
IMPACTOS 
Descobertas 
Invenções 
Inovações incrementais 
Inovações radicais Ganhos no bem estar social 
Estimulação do mercado 
Competitividade internacional 
Externalidades 
negativas 
Quantificável Descritível Mensurável 
“Benchmarkable” 
Detectável 
Espectro dos indicadores de C&T 
RESULTADOS 
 14
 Tabela 1 -Indicadores de Inovação 
 
Despesas em P&D Gastos de custeio (salários, encargos, material de consumo, 
depreciação, etc.) incorridos diretamente na geração de 
conhecimentos tecnológicos de teor inovativo, ou seja, em 
atividades de pesquisa básica, pesquisa aplicada e desenvolvimento 
experimental. 
Despesas em serviços 
tecnológicos 
Gastos com atividades que suportam a execução de trabalhos de 
P&D, tais como: treinamento de pesquisadores, documentação 
técnica, manutenção de equipamentos utilizados na P&D, etc. 
Despesas com aquisição de 
tecnologia 
Gastos com royalties, assistência técnica e serviços técnicos 
especializados. 
Despesas em engenharia 
não rotineira 
Gastos com atividades de engenharia diretamente relacionadas ao 
processo de inovação 
Despesas em P&D&E Somatório dos gastos em P&D, serviços tecnológicos, aquisição de 
tecnologia e engenharia não rotineira. 
Investimentos em ativos 
fixos 
Montante anual efetivamente aplicado na aquisição de Terrenos, 
instalações, máquinas, equipamentos, aparelhos, acessórios 
destinados às atividades de capacitação tecnológica. 
Investimentos em ativos 
intangíveis 
Montante anual efetivamente aplicado no pagamento de licenças 
para exploração de patentes, licenças para uso de marcas e de 
contratos de fornecimento de tecnologia industrial, classificáveis no 
ativo diferido do balanço da empresa. 
TNS – Técnicos de Nível 
Superior 
Doutores, mestres e graduados que exercem atividades 
predominantemente técnicas. 
TNM – Técnicos de Nível 
Médio 
Pessoal sem formação superior que exerce atividades 
predominantemente técnicas. 
 15
Indicadores de Inovação - continuação 
 
ADM/OUT – 
Administrativos / Outros 
Funcionários de nível superior e de nível médio que exercem 
atividades predominantemente de natureza administrativa ou 
gerencial. 
Pessoal em P&D Número de profissionais de nível superior (doutores, mestres e 
graduados), de nível médio e de nível administrativo, integralmente 
alocados às atividades de P&D. 
Pessoal em engenharia não 
rotineira 
Número de profissionais de nível superior (doutores, mestres e 
graduados), de nível médio e nível administrativo, integralmente 
alocados às atividades de Engenharia Não Rotineira. 
Pessoal em P&D&E Número de profissionais de nível superior (doutores, mestres e 
graduados), de nível médio e nível administrativo, integralmente 
alocados às atividades de P&D&E. 
Área física ocupada por 
laboratórios (m²) 
Área total ocupada por laboratórios de P&D atualmente. 
Projetos finalizados Percentual dos projetos de capacitação tecnológica que, no decorrer 
dos últimos três anos, não foram descontinuados. 
Patentes obtidas no País 
e/ou no exterior 
Número de patentes concedidas e/ou depositadas no Brasil ou no 
exterior pela empresa, considerando a média anual nos últimos 10 
anos. 
Receitas advindas da venda 
de tecnologia para terceiros 
(US$) 
Receita da venda de tecnologia para outras empresas ou instituições. 
Faturamento gerado por 
produtos novos 
Percentual do faturamento gerado por produtos lançados no 
mercado há menos de cinco anos. 
Redução de custos 
decorrentes de melhoria de 
processo 
Relação percentual entre o montante de economias de custo 
decorrentes de melhorias de processo introduzidas nos últimos cinco 
anos e o valor do lucro bruto 
 
Fonte: ANPEI

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