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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ LEONARDO GOUVEIA PAES – 2017008071 LUIS GUSTAVO RUFINO DE SOUZA – 2017015648 PEDRO ASSAD ANGELIS – 2017005033 PEDRO HENRIQUE JACINTO DOS SANTOS – 2017007931 FIS313 – FÍSICA EXPERIMENTAL II EXPERIÊNCIA 1 PÊNDULO SIMPLES ITAJUBÁ 2018 2 UNIVERSIDADE FEDERAL DE ITAJUBÁ LEONARDO GOUVEIA PAES – 2017008071 LUIS GUSTAVO RUFINO DE SOUZA – 2017015648 PEDRO ASSAD ANGELIS – 2017005033 PEDRO HENRIQUE JACINTO DOS SANTOS – 2017007931 FIS313 – FÍSICA EXPERIMENTAL II EXPERIÊNCIA 1 PÊNDULO SIMPLES Relatório experimental submetido ao Prof. Dr. Marcelos Lima Peres, como atividade da disciplina Física Experimental II – FIS313 do curso de graduação em Engenharia Elé- trica da Universidade Federal de Itajubá. ITAJUBÁ 2018 3 RESUMO O experimento em questão tem por objetivo observar e medir a aceleração da gravidade local fazendo-se uso de um pêndulo simples, analisar o seu período, construir e analisar gráficos. Por meio da aplicação de conceitos teóricos e clássicos, e também com a utili- zação de materiais adequados como transferidor, trena e cronômetro realizaram-se expe- rimentos a respeito do período do pêndulo para concluir com relação a gravidade do am- biente. 4 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 5 2. MATERIAIS E MÉTODOS ................................................................................................... 8 2.1 Materiais ................................................................................................................................ 8 2.2 Modelo Metodológico ............................................................................................................ 8 2.3 Obtenção dos Dados .............................................................................................................. 9 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS .......................................................................................... 12 4. CONCLUSÃO ....................................................................................................................... 14 REFERÊNCIAS ........................................................................................................................ 15 5 1. INTRODUÇÃO O pêndulo simples é constituído por uma partícula de massa “m” suspensa por uma corda inextensível de comprimento “L” e de massa desprezível. Quando solta de uma posição que faz um ângulo “Ɵ” com a vertical, sob ação da força da gravidade, a partícula oscila sob ação da força da gravidade no plano vertical, descrevendo um arco de círculo em torno da posição de equilíbrio que é a vertical. A diferença entre a tensão na corda e a componente do peso da partícula na direção radial produz a força centrípeta necessária para que a partícula tenha movimento circular no plano vertical. A componente tangencial do peso da partícula obriga o pêndulo a sem- pre voltar para a posição de equilíbrio e faz o papel da força restauradora. Se medirmos o deslocamento angular “Ɵ”, relativo à posição de equilíbrio, no sentido trigonométrico, a força restauradora terá sempre sentido oposto ao do aumento do ângulo “Ɵ”. A figura exemplifica as forças e a oscilação do pêndulo simples: Figura 1 – (a) Pêndulo simples em repouso (b)Pêndulo simples em pequenas os- cilações Podemos descrever a força restauradora como: 𝐹 = −𝑚𝑔 sen 𝜃. Como a força restauradora não é proporcional ao ângulo, o movimento do pêndulo não é um movimento harmônico simples. Com efeito, a equação do movimento do pên- dulo é: 𝑚 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 + 𝑚𝑔 sen 𝜃 = 0 . Esta equação diferencial não é linear e requer métodos especiais para ser resol- vida. Entretanto, se o ângulo for pequeno, podemos escrever que sen Ɵ é aproximado ao próprio Ɵ (em radianos). Logo, o deslocamento da partícula ao longo do arco é s= LƟ. Podemos dizer que: 6 𝐹 = −𝑚𝑔 sen 𝜃 ≈ −𝑚𝑔𝜃 = − 𝑚𝑔𝑠 𝐿 . Isto é, a força pode ser considerada como proporcional ao deslocamento e o mo- vimento, como no harmônico simples. A tabela abaixo mostra vários valores de Ɵ, senƟ e a diferença percentual entre esses valores: Tabela 1 – Valores Ɵ, sen Ɵ e diferença percentual A equação do movimento do pêndulo fica, então, com essas aproximações: ou: 𝑚 𝑑2𝑠 𝑑𝑡2 + 𝑚𝑔𝑠 𝐿 = 0 . ou, ainda, 𝑑2𝑠 𝑑𝑡2 + 𝑔 𝐿 𝑠 = 0 . cuja solução é: 𝑑2𝑠 𝑑𝑡2 + 𝜔0 2𝑠 = 0 ; 𝜔0 2 = 𝑔 𝐿 . em que é a amplitude do movimento. 𝑠 = 𝑠𝑚 cos(𝜔0𝑡 + ∅). O período do pêndulo simples em movimento harmônico simples independe da massa dele. Com efeito, da definição de período: 𝑇 = 2𝜋 𝜔0 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 . Essa equação mostra também que o período independe da amplitude do movi- mento (desde que ela seja pequena!). Embora o movimento oscilatório do pêndulo dimi- nua com o tempo por causa da ação de forças dissipativas, o período continua pratica- mente constante. Por isso, ele foi o primeiro mecanismo usado em relógios mecânicos. Em um relógio de pêndulo, a perda de energia é compensada por um mecanismo que foi inventado por Christian Huygens (1629 – 1695). 7 Para grandes amplitudes, o período do pêndulo pode ser colocado na forma: 𝑇2𝜋√ 𝐿 𝑔 [1 + 1 2! sen2 𝑠𝑚 2 + 1 2! 32 42 sen4 𝑠𝑚 2 + ⋯] , o que mostra que o período depende da amplitude. Relacionando o período do pêndulo simples com a aceleração da gravidade temos que: 𝑔 = 4𝜋2 𝑙 𝑇2 . 8 2. MATERIAIS E MÉTODOS 2.1 Materiais • Uma esfera de plástico ou metálico; • Uma haste com um barbante de comprimento a ser determinado, ligando a haste até a esfera; • Um transferidor, para realizar a medida do ângulo durante o tempo de oscilação do pêndulo; • Uma trena para medida do comprimento do barbante; • Um cronômetro analógico e um cronômetro digital, para medidas do tempo de oscilação do pêndulo. Figura 2 – Esquema da montagem do experimento 2.2 Modelo Metodológico Durante a aula prática, em laboratório, foram feitas medidas em quatro pêndulos diferentes, que estavam montados em quatro bancadas diferentes. O grupo se alternou entre quatro bancadas aleatoriamente, para fazer as medidas. O grupo selecionou dois integrantes para fazerem as medidas, esses integrantes foram denominados “A” e “B”. O primeiro passo desses integrantes foi medir o compri- mento L do pêndulo, este passo foi repetido 5 vezes. (Para encontrar o comprimento do pêndulo a medida foi feita do início do fio até o centro da bolinha de metal). 9 O “medidor A” utilizou o cronometro analógico e, o medidor B o cronometro di- gital. Com os cronômetros os medidores mediram 9 oscilações completas dos pêndulos (o penduloteve uma posição θ ≤ 10°). Este procedimento foi repetido 7 vezes, e as me- didas foram anotadas em uma tabela. 2.3 Obtenção dos Dados Abaixo segue as tabelas das medições realizadas pelos medidores “A” e “B” com relação ao comprimento de cada pêndulo e o período de oscilação: Tabela 2 – Medidas dos comprimentos do fio dos pêndulos simples (cm). Tabela 3 – Medidas dos períodos dos pêndulos simples (s). A partir disso foram calculados a média dos comprimentos de cada pêndulo e também o valor médio do período dos pêndulos simples e seus respectivos desvios pa- drões, a partir da equação: �̅� = ∑ 𝑥𝑖 𝑁 𝑖=1 𝑁 . Pêndulo 1 Pêndulo 2 Pêndulo 3 Pêndulo 4 A B A B A B A B 86.0 85.9 128.5 128.6 80.5 80.6 91.6 91.4 86.0 86.1 128.6 128.6 80.5 80.5 91.5 91.4 86.0 86.0 128.6 128.7 80.4 80.5 91.5 91.5 85.9 85.9 128.7 128.6 80.5 80.6 91.6 91.4 86.0 86.0 128.7 128.6 80.5 80.6 91.5 91.5 Pêndulo 1 Pêndulo 2 Pêndulo 3 Pêndulo 4 A B A B A B A B 1.83 1.80 2.24 2.22 1.76 1.75 1.89 1.91 1.80 1.82 2.24 2.24 1.78 1.77 1.87 1.90 1.80 1.82 2.31 2.25 1.78 1.79 1.92 1.91 1.82 1.83 2.24 2.23 1.77 1.77 1.89 1.91 1.82 1.80 2.24 2.22 1.77 1.78 1.91 1.89 1.82 1.84 2.25 2.24 1.78 1.78 1.89 1.90 1.80 1.82 2.20 2.23 1.78 1.79 1.91 1.89 10 Tabela 4 – Valor médio do comprimento do fio dos pêndulos. Tabela 5 – Valor médio do período dos pêndulos simples Após esse procedimento foi calculada aceleração da gravidade local média, g, em metros por segundo ao quadrado (m/s2) para cada pêndulo. E juntamente determinando o desvio padrão propagado do g experimental. Seguem abaixo as equações utilizadas: 𝑇 = 2𝜋√ 𝐿 𝑔 ; 𝜎𝑓 = √( 𝜕𝑓 𝜕𝑥 ) 2 𝜎𝑥2 + ( 𝜕𝑓 𝜕𝑦 ) 2 𝜎𝑦2 + ( 𝜕𝑓 𝜕𝑧 ) 2 𝜎𝑧2 + ⋯ . Tabela 6 – Valor da aceleração da gravidade para cada pêndulo Novamente foi calculado, a partir das mesmas equações dadas acima, a média e propagação do erro da aceleração calculada de cada pêndulo: g = 10,10 ± 0,12[m/s²]. Utilizando por meio do software SciDAVis, e das tabelas 4 e 5, foi traçado um gráfico do comprimento em função do quadrado do período de cada um dos pêndulos: Pêndulo 1 Pêndulo 2 Pêndulo 3 Pêndulo 4 L 85,98 ± 0,06 [cm] 128,12 ± 0,06 [cm] 80,52 ± 0,06 [cm] 91,49 ± 0,07 [cm] Pêndulo 1 Pêndulo 2 Pêndulo 3 Pêndulo 4 T 1,82 ± 0,01 [s] 2,24 ± 0,02 [s] 1,78 ± 0,01 [s] 1,90 ± 0,01 [s] Pêndulo 1 Pêndulo 2 Pêndulo 3 Pêndulo 4 G 10,25 ± 0,11 [m/s²] 10,12 ± 0,18 [m/s²] 10,03 ± 0,11 [m/s²] 10,00 ± 0,10 [m/s²] 11 Gráfico 1 – Pêndulo simples (comprimento em função do período ao quadrado) 12 3. ANÁLISE DOS RESULTADOS A partir do Gráfico 1, pode-se encontrar a aceleração da gravidade, a partir do gráfico da função: 𝐿 = 𝑔 𝑇2 4𝜋2 . Podemos tratar essa função como na forma y = ax+b Onde: x = T^2 (ordenadas - eixo vertical) b = 0 (coeficiente linear da reta) a = g/4^2 (coeficiente angular da reta) y = L (elongação - abscissas, eixo horizontal) Assim, obtendo o coeficiente angular da reta, como: 𝑎 = 𝑔 4𝜋2 . O software nos forneceu os valores dos coeficientes linear e angular como sendo: a= (0,25±0,00); b= (0,01±0,00). Sendo assim, pelos coeficientes, temos que: 𝐿 ≅ 0,25𝑇2 + 0,01. Sendo assim temos a aceleração da gravidade e seu respectivo erro como: 𝑔 = 𝑎4𝜋2 ; 𝜎𝑔 = √( 𝜕𝑔 𝜕𝑎 𝜎𝑎) 2 = √(4𝜋2𝜎𝑎)2 ; 𝜎𝑔 = 4𝜋 2𝜎𝑎 . Desta forma, a aceleração da gravidade experimental encontrada através do grá- fico foi de: g = (9,87 ± 0,00) m/s². Já a aceleração obtida teoricamente pelo cálculo da média das acelerações de cada pêndulo, obteve-se g = (10,10 ± 0,12) m/s². 13 Apesar de serem relativamente próximos os valores da aceleração da gravidade a experimental e teórica não são iguais, mesmo respeitando as margens de erro. Isso pode se dar principalmente por erros na obtenção dos dados. 14 4. CONCLUSÃO Com as análises finais a partir dos resultados obtidos, afirmamos os conceitos ad- quiridos em sala de aula nos experimentos em laboratório. O experimento referente ao pêndulo simples mostra que o período é diretamente proporcional ao comprimento do fio e inversamente proporcional a aceleração gravitaci- onal. Confirmando a equação estudada no laboratório e nas aulas teóricas que nos serviu de base em todo processo do experimento. Além disso com a experiência conseguiu-se calcular a aceleração da gravidade local com grande êxito, aproximando-se muito da gravidade tabelada na Terra ao nível do mar, possuindo o valor aproximado de 9,80665 m/s². Apesar das diferenças, pôde-se concluir que o experimento foi um sucesso pois alcançou os resultados esperados dentro das variáveis de um sistema desconsiderando algumas intervenções. 15 REFERÊNCIAS Roteiro FIS313: Experiência 1: Pêndulo Simples – Universidade Federal de Itajubá, Instituto de Física & Química, Disciplina de Física II, Profª Sandra Nakamatsu. Aulas teóricas com Prof. Dr. Marcelos Lima Peres, onde foram apresentados os méto- dos para realização dos cálculos utilizados nesse relatório. HALLIDAY, D., RESNICK, R., WALKER, J. – “Fundamentos de Física 2” – São Paulo: Livros Técnicos e Científicos Editora, 4ª edição, 1996.
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