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1 LABORATÓRIO DE FÍSICA GERAL II Atividade 02 – Movimento oscilatório: pêndulo simples Grupo: ✓ Franciele de Cássia ✓ Edilson Mioli ✓ Gabriela Purcino ✓ Meline Trinca Turma: Engenharia de produção Data: 27/08/2020 Objetivo Obtenção da aceleração da gravidade local, obtida pela medição do período de oscilação de um pêndulo simples. Introdução O pêndulo simples é definido como uma pequena massa m pendurada em uma corda de comprimento L. Quando a massa presa pela corda é deslocada de sua posição de equilíbrio de um ângulo pequeno 1 em relação à vertical, uma força resultante diferente de zero (força restauradora) surge para restaurar a massa em sua posição de equilíbrio. Esta massa quando passa pela posição de equilíbrio, devido a sua inércia, continua em movimento e uma situação análoga se repete do outro lado da posição de equilíbrio, fazendo um ângulo 𝑚á𝑥𝑖𝑚𝑜igual ao ângulo 𝜃 que fora solto inicialmente em relação à vertical (desde que forças dissipativas não estejam agindo sobre este sistema). A massa retorna pela mesma trajetória passando novamente pela sua posição de equilíbrio e novamente atinge a posição inicial completando um ciclo. O tempo decorrido para completar este movimento chama-se período (T). Este movimento, sem forças contrárias e dissipativas (atrito e resistência do ar) continua indefinidamente. A análise da dinâmica do movimento é feita usando a 2ª lei de Newton para o movimento de rotação, levando-se em conta que o torque sobre o pêndulo é causado pela força peso �⃗� = 𝑚𝑔 , ou seja, 𝜏 = 𝑟 × �⃗� = 𝑟 × 𝑚𝑔 . Na expressão para o torque, o vetor 𝑟 é o vetor que vai do eixo de rotação até a massa pendurada pelo fio do pêndulo (veja a figura abaixo). A outra força que atua na massa é a tração do fio, porém ela provoca um torque nulo, uma vez que esta força é antiparalela a 𝑟 . O momento de inércia do pêndulo é 𝐼 = 𝑚𝐿2, onde 𝑚 é o valor da massa pendurada e 𝐿 o comprimento do pêndulo. 1 Ângulo menor que 10 em relação à vertical. 2 Aplicando então estas observações à 2ª lei de Newton para rotação, e para 𝛼 a aceleração angular, tem-se ∑𝜏 = 𝐼𝛼 𝑟 × (𝑚𝑔 + �⃗� ) = 𝐼𝛼 −𝐿𝑚𝑔 sin 𝜃 = 𝑚𝐿2 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 Resultando na equação diferencial do oscilador harmônico simples, para a posição angular 𝜃, se fizermos a aproximação de que sin 𝜃 ≅ 𝜃 𝑑2𝜃 𝑑𝑡2 + 𝜔2𝜃 = 0 cuja solução é (sendo 𝜃0 a posição angular inicial): 𝜃(𝑡) = 𝜃0 cos(𝜔𝑡 + 𝛿) Na equação (diferencial) de movimento e na sua solução definiu-se a frequência angular 𝜔 pela expressão: 𝜔2 = 𝑔 𝐿 𝑜𝑢 𝜔 = √ 𝑔 𝐿 Na solução 𝜃(𝑡) da equação de movimento, devido ao pêndulo ser solto do repouso, a constate de fase é nula, ou seja, 𝛿 = 0. Como a frequência angular é 2𝜋𝑓, onde 𝑓 é a frequência, que se relaciona com o período de oscilação 𝑇, por 𝑓 = 𝑇−1, obtêm-se uma relação entre o período de oscilação 𝑇 e o comprimento 𝐿 do pêndulo, que envolve a aceleração da gravidade 𝑔: 2𝜋 𝑇 = √ 𝑔 𝐿 → 𝑇 = 2𝜋 ∙ √ 𝐿 𝑔 Materiais Linha, massa densa (bola de aço), cronômetro com sensor óptico, régua. 3 Procedimento 1. Monte um pêndulo com a linha uma massa. Tome o cuidado de escolher uma massa muito maior que a massa do fio. 2. Meça o comprimento L do fio (do ponto de apoio até o centro da massa). Anote na tabela, que está no item 4 abaixo, o valor de 𝐿 medido. 3. Ligue o cronômetro utilizando a função F4 para medir o período de 10 oscilações. Para o comprimento medido, coloque o pêndulo em oscilação (para posição angular inicial menor que 10 em relação ao ângulo de equilíbrio). Faça uma média dos períodos registrados e anote na tabela o valor do período encontrado para este comprimento do pêndulo. 4. Repita o procedimento dos itens 2 e 3, para pelo menos oito comprimentos diferentes do pêndulo, obtendo períodos diferentes e complete a tabela abaixo. Para melhores resultados do gráfico que você irá construir, tente incluir medidas próximas ao eixo de rotação. L (m) 0,10 0,15 0,20 0,25 0,30 0,35 0,40 0,45 0,50 0,55 T (s) 0,6360 0,7800 0,9000 1,0050 1,1010 1,1900 1,2720 1,3490 1,4230 1,4920 4 5. Plote os valores encontrados como pontos num gráfico de 𝑇 × 𝐿. (Pretende-se encontrar uma função do período como função do comprimento). Não faça o ajuste de curvas para este gráfico, porém a tabela e o gráfico devem ser anexados ao relatório. 6. Como pode ser observado, os pontos no gráfico não estão sobre uma reta, a forma deste gráfico é de uma raiz quadrada, pois já vimos da teoria que o período é função da raiz quadrada do comprimento, 𝑇 = (2𝜋 √𝑔⁄ )𝐿1 2⁄ . O período 𝑇 como função do comprimento 𝐿 tem a forma da equação 𝑇 = 𝐶𝐿𝑃, onde o coeficiente 𝐶 e o expoente 𝑃 serão determinados experimentalmente a partir da linearização desta função. Para linearizá-la, aplique o logaritmo natural aos dois lados da equação 𝑇 = 𝐶𝐿𝑃. Qual nova variável deve ser colocada no eixo 𝑌 e qual nova variável deve ser colocada no eixo 𝑋 para que a expressão seja a de uma função linear nestas novas variáveis? Cálculos: Resposta: 𝑌 = 𝐿𝑛(𝑇) 𝑋 = 𝐿𝑛(𝐿) 5 7. Faça outro gráfico, agora com as novas variáveis encontradas no item 6. Se o gráfico apresentar comportamento linear, faça um ajuste de curvas e reproduza aqui os resultados encontrados, indicando: a forma da função encontrada, os valores dos coeficientes da equação linear com suas respectivas incertezas e o coeficiente de correlação. Registre corretamente os valores obtidos com atenção aos algarismos significativos da sua resposta. A tabela, o gráfico e a análise como foram encontrados no software também devem ser anexados a este relatório. Resposta: 6 8. Mediante seus resultados do item 7, e comparando com suas respostas para o item 6, pode-se determinar quais são o coeficiente 𝐶 e o expoente 𝑃 da função 𝑇 = 𝐶𝐿𝑃. Qual o resultado experimental, com as suas incertezas, para 𝐶 e 𝑃? Lembre que toda incerteza é representada pela diferencial da função, ou seja, você precisa determinar 𝑑𝐶, e 𝑑𝑃 sabendo que 𝐶 e 𝑃 são funções dos coeficientes encontrados no ajuste linear da curva. Mostre seus cálculos para as incertezas. Cálculos: A= 0,4998008 +/- 0,0003 B= 0,6986646 +/- 0,0004 R= 0,9999 Resposta: 𝐶 = 2,01 𝑃 = 0,5 7 9. Comparando o resultado teórico, 𝑇 = (2𝜋 √𝑔⁄ )𝐿1 2⁄ com o resultado experimental, 𝑇 = 𝐶𝐿𝑃, determine o valor da aceleração da gravidade terrestre em Poços de Caldas, com a sua respectiva incerteza. Observe que a aceleração da gravidade 𝑔 é um a função do coeficiente 𝐶. Para encontrar a incerteza de 𝑔 e o valor esperado de 𝑔 você deve encontrar esta função 𝑔(𝐶). Cálculos: Resposta: 𝑔 = 9,7716 𝑚/𝑠² 10. Dois valores encontrados na experiência são importantes para a confiabilidade dos resultados da experiência. Um é o coeficiente de correlação, e o outro é o expoente encontrado para a função 𝑇(𝐿). O resultado encontrado para 𝑔 é o esperado? Segundo seus resultados, comente sobre a confiabilidade para o valor encontrado da gravidade. Resposta: Tecnicamente o valor encontrado está muito próximo do valor da gravidade segundo sistema universal de medidas, entretanto podemos considerar que por conta de algumas aproximações nos valores e levando em conta a porcentagem de erro, o resultado era esperado. 11.Se a massa for alterada, mantendo o comprimento do pêndulo, o que acontece com o período? Explique a sua resposta. Resposta: O período não será influenciado pois a conservação de energia não depende da massa. 12. Como é ajustado um relógio de pêndulo? Resposta: O pêndulo oscila com um período que varia com a raiz quadrada do seu comprimento efetivo. Para as pequenas oscilações do período T , o tempo para um ciclo completo (dois balanços), é onde L é o comprimento do pêndulo e g é o local de aceleração da gravidade . Todos os relógios de pêndulo têm um meio de ajuste da taxa. Esta é geralmente uma porca de ajuste sob o pêndulo prumo que se move a prumo para cima ou para baixo na sua haste. Movendo o bob(Um bob é o peso na extremidade de um pêndulo encontrados mais comumente) se reduz o comprimento do pêndulo, reduzindo o período do pêndulo para que o relógio ganha tempo. Em alguns relógios de pêndulo, de ajuste fino é feito com um ajustamento auxiliar, que pode ser um pequeno peso que é movido para cima ou para baixo a haste pendular. Em alguns relógios master e relógios de torre, o ajustamento é conseguido por uma pequena bandeja montada na haste onde pequenos pesos são 8 colocados ou removidos para alterar o comprimento efetivo, assim que a taxa pode ser ajustada sem parar o relógio.
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