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2. Necessidades a espiral do sim

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CAPITULO 2
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CL ÇAjlÀ/YAxl d o 6 i /M
Que a esposa faça seu marido feliz por voltar para casa 
e que lamente o momento da sua partida.
Martinho Lutero, 
Reformador do Sécido 16
São sempre as mesmas palavras todo dia quando chega a 
casa, mas, dessa vez, o tom da sua voz faz com que sua esposa 
saiba que você teve um dia difícil. A única coisa em que pensou 
durante o caminho para casa foi pedir demissão.
Quando entra em casa, você sente o aroma de algo mara­
vilhoso. Sua esposa ouve a sua voz e corre para recebê-lo. Antes 
de conseguir colocar sua pasta sobre a mesa da sala, ela o abraça 
e lhe dá um beijo. Sua esposa se aproxima de seu ouvido e sus­
surra algumas palavras íntimas sobre uma surpresinha que tem 
para você hoje à noite. Aí ela dá um passinho para trás e pega 
a sua pasta. Então, se aproxima de novo de você e afrouxa o nó 
da sua gravata.
“Eu tenho a coisa certa para você”, ela diz, levando-o 
para a poltrona. Ao lado, há um copo gelado com sua bebida 
favorita, o jornal de hoje e o controle remoto da TV.
“Relaxe um pouco. Servirei a refeição na mesa de jantar.”
Quando esse cenário é apresentado em uma sala cheia de 
casais, não demora muito até que os homens comecem a fazer 
brincadeiras e a rir alto. “Ah, até parece” é o que dizem. “Queria 
que fosse assim lá em casa!” Para a maioria dos maridos, esse 
tipo de recepção é algo pelo que jamais esperariam. É uma coisa 
com a qual eles nem ousam sonhar.
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O que todo noivo precisa saber
Mas espere aí. Existem homens que vivenciam isso — não 
toda noite, é lógico, mas uma vez ou outra. E isso basta para 
concordarem, balançando a cabeça afirmativamente, e a se per­
guntarem o que fizeram para serem tão abençoados a ponto de 
merecer uma esposa assim. E a resposta certa nunca é: “Questão 
de sorte”.
Não, coisas boas assim não ocorrem por acaso. Elas acon­
tecem quando as duas pessoas que formam o casal optam por 
tratar-se com afeto, buscando a satisfação ao atender, de ma­
neiras surpreendentes e criativas, às expectativas um do outro.
Então — eis a questão: “O que leva uma mulher a tratar 
seu marido dessa maneira?”.
Você já sabe qual é a resposta, não é? A esposa só tra­
ta seu marido assim se tiver sido bem tratada. A abundância 
do seu afeto é diretamente proporcional à disponibilidade para 
agradá-la demonstrada pelo marido quando atende às suas 
solicitações.Em um casamento saudável, o marido sente 
imensa satisfação em poder proporcionar alegria à esposa, e 
ela se realiza ao demonstrar, e diversas formas, seu amor por ele.
Provérbios 31, meu irmão!
Desde tempos imemoriais, as pessoas confrontam as mulheres 
com a descrição da esposa ideal — que está mais para a Mulher 
Maravilha, diga-se de passagem — que podemos encontrar em 
Provérbios 31. Mas quando analisamos esses versículos em de­
talhes, vemos que eles foram escritos por um homem.
É fato que, no contexto da cultura do Oriente Médio em 
que eles surgiram, era impossível para uma mulher casada vi- 
venciar esse tipo de sucesso conjugal sem que seu marido fosse 
uma pessoa um tanto — se não bastante — liberal!
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Necessidades: a espiral do sim
O coração do seu marido está nela confiado, e a ela nenhuma fazenda 
faltará (Pv 31.11)
Você náo acha isso lindo? O homem de Provérbios 31 
“está nela confiado”, ou seja, confia plenamente em sua esposa. 
Isso requer um bocado de maturidade — e equilíbrio — no 
relacionamento. Ele não trata a sua mulher como criança, nem 
muito menos como sua mãe. Ele a estimula em suas melhores 
habilidades, e ela, como botão de rosa, protegido na estufa, flo­
resce naquele ambiente favorável.
Esse homem confia mesmo em sua esposa. Ele não se sen­
te ameaçado pelo seu sucesso ou por sua vida atarefada. A sua 
esposa gerencia o lar e conduz diversos empreendimentos. E ele 
concede a ela liberdade para investir, gerir os assuntos da casa, 
vender o que produz e ajudar os pobres e necessitados.
Passados dez anos, minha mulher e eu nos dedicamos 
a analisar essa ideia de respeito mútuo. Conhecemos casais 
cujo marido era tão dominante, que a esposa vivia com medo 
de cometer qualquer erro e de que seu marido o descobrisse. 
Ele se deixava aterrorizar pelo fantasma de um cheque sem 
fundos voltando do banco ou por um reles amassadinho no 
para-lama. Por outro lado, vimos casais em que a esposa era 
tão independente, que o marido nem tomava conhecimento 
do que ela decidia. Seus amigos, dia a dia e agenda ficavam 
em uma esfera completamente diferente da dele — e isso 
estava ok.
Um marido como o de Provérbios 31 possui confiança 
plena na mulher, e fica bem claro que ele não se sentiria confor­
tável em nenhum desses dois cenários.
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() <fiir to {lo noivo precisa saber
Conhece-se o seu marido nas portas, quando se assenta com os an­
ciãos da terra (P v 3 1.23)
Alguns itens a considerar:
Esse homem é respeitado por seus pares porque tem 
uma esposa que o respeita? Ou
A admiração por parte dela proporciona ao marido 
níveis de sucesso e respeito próprio mais altos?
^ A esposa desse homem o respeita porque ele possui um 
caráter irrepreensível? Ou
^ A sua integridade está condicionada às suas altas expec­
tativas em relação a ele?
A resposta certa a cada uma dessas perguntas é: sim.
Seu marido, que a louva (Pv 31.28)
A esposa de Provérbios 31 adquire autoestima automati­
camente a partir da reputação de seu marido. Quando é vista 
com ele em público, ostenta seu orgulho. A sua integridade se 
estende a ela! “[Seu marido,] que a louva” (31.28). Poucas coi­
sas são mais estimulantes para uma esposa do que palavras de 
sincera admiração vindas de seu marido. O homem de Provér­
bios 31 é liberal com tais expressões.
Mais uma vez, voltamos à questão de quem nasceu pri­
meiro: o ovo ou a galinha: “O que vem primeiro — o louvor ou 
o sucesso?”. Sim, o louvor vem antes do sucesso.
Como essa esposa é casada com um homem que confia 
nela, que a venera com belas palavras e que homenageia seu 
sucesso, a confiança dela aumenta e a torna cada vez mais com­
petente — o que produz mais elogios por parte do marido, os 
quais por sua vez dão destaque às suas realizações. Quando você
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Necessidades: a espiral do sim
vir uma mulher assim, pode ter certeza de que ela é casada com 
um cara bem legal!
Como ouvir sim
Quando os cônjuges satisfazem as necessidades um do outro, 
atingem um conforto cada vez maior em seu diálogo, o que os 
leva a momentos de intimidade mais frequentes; isso, por sua 
vez, proporciona mais satisfação a ambos, o que, por sua vez, 
conduz os dois a mais motivação para satisfazer as necessidades 
um do outro — em um ciclo interminável.
Chamamos esse ciclo de espiral do sim. Ela conduz o casal 
a se superar, buscando cada vez mais demonstrar seu amor. Veja 
como funciona:
Você: “Oi, amor, cheguei”. Não se ouve resposta de sua es­
posa, apenas o bater de panelas na cozinha. “Que tal 
uma recepçãozinha para o rei do castelo?” O seu tom 
de voz deixa claro para ela que é uma brincadeira.
Sua Esposa-. “Desculpe, não ouvi você entrar. Estava ocupa­
da com o jantar”. Ela se aproxima e o abraça pela cin­
tura. Olhando para você, ela lhe dá um longo beijo. 
“Olha, detesto ter de pedir isso a você no momento 
cm que está chegando em casa, mas não posso largar 
o fogão agora e acabo de descobrir que estão faltan­
do alguns ingredientes. Eu realmente preciso deles 
para preparar essa receita. Será que você poderia ir 
comprá-los?”.
Você-. “Sim, claro! O que está faltando?”.
Sua Esposa: “Você é um amor. A lista está aqui”.
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O que todo noivo precisa saber
Você: “Ah, já ia esquecendo. Enquanto eu der essa saidinha, 
você poderia ligar para os meus pais e perguntar a eles 
quando posso passar na casa deles para pegar aquela 
encomenda?”.
Sua Esposa: “Claroque sim! Já não falo com sua mãe há 
alguns dias”.
Você se aproxima da sua esposa e lhe dá um abraço.
Sua Esposa: “Te amo tanto”.
Você: “Saio para comprar ingredientes sempre que você 
quiser”.
Sua Esposa: “Ei, moço, se voltar logo, podemos ter uma 
conversinha sobre alguns dos meus temperos mais 
apimentados”. Depois de você sair, ela estará balan­
çando a cabeça positivamente, sorrindo e dizendo 
para si mesma: “Você me faz feliz”.
Isso por acaso parece uma conversa boba? Pode ser. Mas 
você percebeu quantas vezes um disse sim para o outro em um 
diálogo tão curto? 1 2 3 4 5
1. Ela disse sim quando você brincou pedindo uma recep­
ção calorosa.
2. Você disse sim ao concordar em ir comprar os ingredien­
tes que estavam faltando.
3. Ela disse sim quando você lhe pediu para ligar para seus 
pais e perguntar sobre uma encomenda.
4. Você disse sim ao abraçá-la.
5. Ela disse sim para a sua intenção de ter uma noite de 
intimidade com ela — e você nem teve de pedir verbal­
mente.
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Necessidades: a espiral do sim
A cada afirmação — em palavras, gestos ou atitudes — o 
tom do seu sim se amplia, e o casal se sente mais próximo junto, 
mais disposto ao serviço mútuo, mais disposto a satisfazer as 
demandas um do outro, esposa e marido.
Mas e se você e sua esposa escolhessem outro caminho:
Você: “Oi, amor, cheguei”. Não se ouve resposta de sua es­
posa, apenas o bater de panelas na cozinha, “Que tal 
uma recepçãozinha para o rei do castelo?” O seu tom 
de voz deixa claro o sarcasmo.
Sua Esposa: “Desculpe, não ouvi você entrar. Estava ocupa­
da com o jantar”. Ela permanece na cozinha e grita 
para você de lá. “Olha, detesto ter de pedir isso a você 
no momento em que está chegando em casa, mas 
não posso largar o fogão agora e acabo de descobrir 
que estão faltando alguns ingredientes. Eu realmente 
preciso deles para preparar essa receita. Será que você 
poderia ir comprá-los?”.
Você (olhando a correspondência): “Por que você não com­
prou quando saiu? Já fui à mercearia ontem”.
Sua Esposa: “Não me dei conta de que essa receita precisaria 
deles. Minha cabeça anda muito cheia de preocu­
pações, você sabe como é”. Seu tom voz é cortante. 
“Tome a lista.”
Você: “Vamos comer sem os seus temperinhos hoje. Não 
pretendo sair mais. Não depois do dia que tive. E 
você, ligou para os meus pais para saber quando devo 
ir buscar a encomenda?”.
Sua Esposa: “Você não disse que ia fazer isso? Eu sou uma 
só. Tenho emprego também, nPT.
Você: “ Tá bom. Então, acho que vamos ficar sem a enco­
menda. Para mim não faz a menor diferença mesmo”.
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( ) tjue todo noivo fwv/ut uthrr
Sua Esposa\ “Desculpe-me. Eu preciso ir, então, à mercea­
ria. O jantar vai ter de atrasar um pouquinho hoje à 
noite.” Quase náo dá para ouvir o que ela diz entre os 
dentes enquanto caminha em direção à porta da rua 
— “Você me faz rir.”
Qualquer um pode sentir a tensão no ar, não é? À medida 
que você e sua esposa dizem não às necessidades um do outro, 
diminui a vontade de dizer sim. A espiral do não, que gira para 
baixo, vai se afunilando cada vez mais.
Você se sente tão encurralado, que cada vez menos se dis­
põe a ceder, ficando absolutamente sem interesse por satisfazer 
as necessidades de sua esposa.
Pense no desperdício de energia comparando os dois di­
álogos. O primeiro flui naturalmente e sem desgaste, embora, 
às vezes, pareça ser necessário empenho adicional para fugir do 
convencional ao responder. Você não passa só a amar sua esposa 
mais ainda depois dessa troca rápida de palavras, mas de fato se 
sente melhor consigo mesmo. Já o segundo diálogo — bem, é 
muito desgastante, deixando-o simplesmente exausto.
"É claro que eu morreria por ela, mas..."
Você pode estar pensando: Eu entendo como conflitos são mais 
desgastantes do que viver em paz — mas, e se eu não sentir vontade 
de atender ao que minha esposa quer que eu faça? Então, é hora 
de respirar fundo e fazer a pergunta que ninguém tem vontade de 
fazer: “Você está sugerindo que eu engula a minha falta de von­
tade e que vá à loja sem reclamar, mesmo que no fundo eu não 
esteja a fim?”.
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Necessidades: a espiral do sim
É isso mesmo que estou sugerindo.
A recomendação bíblica é claríssima: “Maridos, amem 
suas esposas, como Cristo amou a igreja e se sacrificou por ela”8. 
O amor está sempre conectado à ação, mesmo que não perceba­
mos. Como você disse que ama sua esposa, sua escolha precisa 
ser sempre fazer aquilo que lhe agrada, independentemente de 
parecer algo puramente inconveniente.
Em uma conversa no formato espiral do sim , você 
demonstra amor proativo, e os sentimentos fluem como conse­
quência. Você se sente realizado. Mas cm uma conversa do tipo 
espiral de não, você opta pelo que acha ter direito de fazer, aqui­
lo que você está a fim de fazer naquele momento. Mas na hora 
em que a sua mulher sai de casa enfurecida para buscar os tais 
ingredientes, você e ela se veem muito confusos. Você se sente 
certo em alegar que o fato de ter um dia difícil lhe dá o direito 
de não ir, mas ainda assim você se sente péssimo.
Pergunte a um homem se estaria disposto a morrer por 
sua esposa; é bem provável que a maioria responda que sim. 
Podemos imaginar carrascos malvados nos dando a opção de 
escolher poupar a própria vida ou a vida de sua esposa, corajo­
samente daríamos a nossa própria vida para salvar a da esposa. 
“Leve-me no lugar dela”, seria a nossa resposta, com heroísmo 
abundante.
Esse tipo de morte é a do tipo fácil — rápida, honrada, 
marcando uma clara opção pelo sacrifício em vez do egoísmo. 
Mas precisamos encarar os fatos — é muito pouco provável 
que isso aconteça na vida real. “Dar vida” é uma coisa que pode 
ser demonstrada de maneiras menos pomposas, mas também 
dignas de aplausos. Somos condenados a colocar sempre as ne­
cessidades da nossa esposa acima das nossas. Assim, o que ela
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O que todo noivo precisa saber
pede é mais importante que a exaustão que sentimos no fim do 
dia, naquela hora em que só pensamos em descansar. E é muito 
mais importante!
“Mas e se for difícil satisfazer sua esposa?”, você pode per­
guntar-se. “Sou totalmente incapaz de atender ao que a minha 
esposa pede.” Ou então: “Minha esposa sabe que eu não sei cui­
dar da casa”. Ou: “Sou um competidor por natureza, por isso 
respeitar os outros motoristas na estrada não representa bem 
quem sou, mesmo quando a minha esposa me implora para ir 
mais devagar”.
Ok, esse tipo de comportamento não é fácil de ter. Mas 
você aprendeu a andar de bicicleta naturalmente ou teve de 
esforçar-se? E a nadar? Ou ler? Usar computador? Tudo isso 
veio naturalmente ou você teve de aprender? E quanto custou 
até que você consolidasse essas habilidades? Isso é fácil de res­
ponder. Você teve vontade de dominá-las — e conseguiu.
Do que eia precisa?
Certo dia, tarde da noite, um casal saiu para uma caminhada 
pelo bairro em que moram. Então, passaram por dois garotos 
que estavam ajoelhados sob a iluminação pública. Eles estavam 
procurando por algo na grama. Cuidadosamente, passavam as 
mãos pelo terreno, para lá e para cá.
“Qual é o problema?”, o homem perguntou aos garotos. 
“Perderam alguma coisa?”
“Perdemos sim”, um deles respondeu olhando para o ho­
mem. “Meu amigo perdeu seu canivete.”
“Foi aqui mesmo que ele perdeu o canivete?” a mulher 
perguntou.
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Necessidades: a espiral do sim
“Não”, disse o garoto, voltando-se para a mulher. “Ele 
o perdeu um pouco mais adiante, mas a iluminação aqui está 
melhor.”
Eu sei que essa foi uma piadinha sem graça, mas ela contém 
uma mensagem poderosa: às vezes, tentamos satisfazer as necessi­
dades de nossa esposa com base no que é mais conveniente para 
nós mesmos. Mas assim ficamos longe de conseguir ajudá-las a 
conseguir aquilo de que estão realmente precisando. Podemos até 
nosocupar com isso, mas nosso esforço não ajudará em nada a en­
contrar o “canivete perdido” de que a nossa esposa tanto precisa.
Quer uma sugestão? Em ordem de importância, anote 
cinco ou seis coisas que a sua mulher mais quer de você. Po­
dem ser coisas gerais ou específicas. Então, conte a ela que está 
preparando essa lista e peça-lhe para fazer uma também — sem 
que um veja a do outro. Em seguida, marque uma hora para 
vocês compararem as duas. Você pode começar a conversa con­
tando a piada dos dois garotos procurando pelo canivete no 
lugar errado. Isso a ajudará a entender o objetivo desse exercício.
Quando a lista dela estiver pronta, faça a primeira coisa 
que ela pediu, e a diversão terá, então, começado.
Do que eu preciso?
Jeremy entrou no escritório de Mark e desabou na cadeira estofa­
da que ficava no canto da sala. Mark desviou o olhar do trabalho 
e concentrou-se no sócio. Jeremy estava claramente irritado.
“O final de um dia de cão”, começa Jeremy, “é a hora em 
que mais preciso da minha esposa ao meu lado. Mas eu simples­
mente não consigo dizer isso a ela. Minha vontade é contar a 
ela sobre as coisas de que preciso, mas me sinto incapaz de falar 
sobre o assunto — por isso acabo provocando uma discussão.”
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() que todo noivo precisa saber
“Olha, obrigado por me apoiar”, Jeremy acabaria dizendo 
a Cindy, com sarcasmo, frustrado porque ela não era capaz de 
ler sua mente.
Aquela noite estava condenada a ser horrível para o casal 
Jeremy e Cindy.
“Estou farto de noites tensas como essa”, Jeremy admitiu. 
“Será que existe alguma coisa que eu possa fazer?”
Ok, então, deixe-me perguntar o seguinte: O que você 
diria a Jeremy? Como você o ajudaria a resolver esse problema?
Sabemos que Cindy realmente ama Jeremy. No entanto, 
nos dias em que mais precisa dela, Jeremy não dá as informações 
de que Cindy precisa para poder ajudá-lo, não é mesmo?
Em primeiro lugar, esse casal precisa recomeçar do zero. 
E isso só vai acontecer se o Jeremy for corajoso o bastante para 
admitir que o seu sarcasmo e suas estratégias agressivas são 
infantis e infrutíferas. Além disso, Cindy precisa de um alvo de­
finido — uma visão clara a respeito do que seu marido precisa 
que ela faça. Jeremy pode simplesmente refazer o exercício que 
propus na seção anterior, só que ao contrário, somente desta 
vez, ou seja, os dois criando listas das coisas de que o próprio 
Jeremy precisa.
Acho que vale a pena dar uma olhada no livro What Every 
Bride Needs to Know (O que toda noiva precisa saber) — mais 
especificamente nas opiniões de especialistas sobre o que a 
maioria dos homens precisa que suas mulheres façam por eles. 
É necessária muita franqueza para admitir que você precisa de 
sua esposa e então de um pouco mais de esforço para conseguir 
ser honesto a respeito de quais são suas reais necessidades.
Mas, se quiser mesmo encontrar aquele canivete, você 
precisará ir para lugares em que a busca não será tão fácil de 
fazer.
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