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Tur e Esporte MONTANHISMO

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ
BRUNA CAROLINA SEGURO
JULIANA RAZINI
MONTANHISMO
CURITIBA
2009
BRUNA CAROLINA SEGURO
JULIANA RAZINI
MONTANHISMO
Trabalho de Graduação apresentado à disciplina de Turismo e Esporte – Curso de Turismo, Departamento de Turismo, Setor de Ciências Humanas, Letras e Artes da Universidade Federal do Paraná sob a orientação do Prof. Dr. Miguel Bahl.
CURITIBA
 2009
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................4
2 MONTANHISMO ......................................................................................................6
2.1 Descrição..........................................................................................................6
2.2 Modalidades.....................................................................................................8
2.2.1 Escalada.............................................................................................................8
2.3 estrutura física necessária...................................................................11
2.4 Equipamentos específicos.......................................................................11
2.5 Oferta turística no Mundo......................................................................15
2.6 Oferta turística no Brasil.......................................................................17
2.7 Oferta turística no Paraná.....................................................................19
2.8 Perfil da demanda........................................................................................21
3 CONCLUSÃO ........................................................................................................22
REFERÊNCIAS .........................................................................................................23
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1 INTRODUÇÃO
O tema abordado neste estudo é a prática da atividade física desenvolvida em montanhas conhecida como “montanhismo”. Tal atividade dependendo da região em que é praticada exige tanto conhecimentos práticos como, por exemplo, condições climáticas, físicas, quanto conhecimentos técnicos específicos (POURCHIER, 1934).
A busca pela aventura, pelo desconhecido, longe dos padrões urbanos, tem-se mostrado mais frequente ultimamente, quando se percebe o aumento de vivências naturais, presentes nas atividades físicas de aventura em contato direto com meio ambiente natural, no sentido de buscar condições favoráveis à possibilidade de imprimir mais qualidade à vida. 
As relações mantidas entre o homem e natureza já vem sendo discutidas há algum tempo, segundo Inácio (1997), nos estudos referentes às várias áreas de conhecimento humano. Estes estudos procuram levar em conta a importância de reflexões sobre esta interação humana com o meio ambiente, apontando o compromisso com mudanças de atitudes e valores, que possam interferir positivamente nessa relação. 
De acordo com Schwartz (2002) a vivência de atividades intimamente ligadas à natureza vem tornando-se uma nova perspectiva no âmbito do lazer, no sentido do preenchimento da inquietação humana em busca da melhoria da qualidade existencial, especialmente no que tange a área da educação física cujo universo tem se ampliado em direção a novos segmentos de práticas como por exemplo as atividades físicas de aventura na natureza. Segundo Costa (2000), os esportes de aventura na natureza estão associados à ideia de aventura carregada de um forte valor simbólico e à uma tendência de grupos de diferentes partes do planeta a fazer coisas fora do comum. Estes esportes, no movimento ecoturístico, possuem um carater lúdico, uma vez que a atitude dos sujeitos que vivem a aventura no esporte é tomada por um risco calculado no qual ousam pagar a si mesmos com a confiança do domínio cada vez maior da técnica e da segurança propiciada pela tecnologia As emoções nestas práticas explodem no risco de forma fictícia. São riscos provocados, calculados, de certa forma imaginários, uma vez que essa aventura experimentada diretamente, é altamente controlada por um planejamento rigoroso e por um sofisticado aparato tecnológico e de segurança
Costa (2000). afirma que, o aventureiro, ao buscar sensações mais extremas e vivenciá-las mergulha na natureza, apoiado por equipamentos cada vez mais precisos e especializados, aumentando os custos e setencionando o acesso aos que possuem poder aquisitivo para desfrutá-los.
2 MONTANHISMO
A seguir será apresentado como a atividade se desenvolve, bem como suas modalidades, equipamentos, demanda e oferta turística dentro do Paraná, do Brasil e a oferta mundial.
2.1 Descrição
O montanhismo caracteriza-se por ser uma atividade esportiva baseada no ato de atravessar montanhas, com ou sem a utilização de equipamentos. O termo costumeiramente é confundido com alpinismo, devido às famosas conquistas dos Alpes europeus. A atividade é um gênero dentro do excursionismo. 
No início, especialmente a partir do século XIX, a atividade estava associada a um compromisso com a ciência. As primeiras expedições foram em parte financiadas como expedições científicas, cujo objetivo era buscar conhecimentos geológicos e botânicos. 
A história do montanhismo como atividade em si é atribuída a Petrarca, que em 1336 subiu ao alto do Monte Ventoux, com 1910 metros de altitude. As primeiras técnicas de montanhismo foram desenvolvidas em Chamonix, na França. 
Mas foi, sobretudo, a conquista do Mont Blanc, por Paccard e Balmat, em 1786, que marcou o início da existência do montanhismo. 
A partir daí nas décadas seguintes o Montanhismo cresceu espantosamente, surgiram novos equipamentos novas técnicas e consequentemente novas conquistas. As dificuldades técnicas começaram a crescer, uma vez que os adeptos aumentavam e, com eles a vontade de alcançar altitudes cada vez maiores. A expansão do montanhismo como esporte ocorreu no final do século XIX e início do século XX, quando diversas expedições buscavam atingir o cume de montanhas nunca antes visitadas. 
Segundo Nicleviz (1995), dentre as maiores conquistas destaca-se o Kilimanjaro na África, em 1897, o Aconcágua na América do Sul, em 1913, a conquista da maior montanha do mundo o Everest, em 1953, pelos ingleses e a do K2 em 1954 pelos italianos sendo esta a segunda maior montanha do mundo e considerada hoje uma das escaladas mats radicais do planeta uma vez que o número de mortes nessa montanha é alto. (NICLEVICZ 1995).
O montanhismo estava intimamente ligado à idéia do pioneirismo, aos desbravadores de terras selvagens. O desejo de ir a algum lugar jamais visitado atraía os aventureiros, bem como a ousadia de desafiar a natureza. 
O primeiro clube de montanha do mundo, o Clube Alpino de Londres, foi criado em 1857. Com ele, o esporte passou a se organizar e ganhar adeptos. 
Segundo Froés (2004), o montanhismo é um esporte que vem crescendo muito por fazer bem à mente e outros fatores benéficos à saúde. Quem pratica o esporte deseja entrar em perfeito contato com a natureza, usufruindo de tudo o que ela pode oferecer, sem prejudicá-la. No Brasil, o marco inicial da atividade foi durante a primeira metade do século XIX, quando já eram registradas subidas à Pedra da Gávea, no Rio de Janeiro.	
Segundo Schwartz (2002), é notória a expansão da prática do montanhismo e, a escolha por essa atividade pode ser traduzida pelo desejo de aproximação maior e mais intensa com o meio natural, movido por inúmeros ideais. 
A prática do montanhismo oferece a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer em função de suas características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da liberdade e da própria vida, conforme evidenciados nos estudos do mesmo autor.
A prática do montanhismo é de características consideradas soba premissa de “radicais”, entre as quais se configuram o risco, a vertigem e a superação de limites internos e externos. Uma busca incessante pelo prazer, concretizando um ideal de liberdade de vida e satisfação da superação pessoal em vivências significativas, onde os seres humanos, atraídos pelo entretenimento, por emoções e pela oportunidade de aventura, buscam as práticas alternativas e criativas, tais como os esportes radicais, os quais requerem o meio natural como cenário principal para sua realização. 
Nota-se diversos motivos que levam à prática do montanhismo. A montanha para cada pessoa tem um significado diferente como: desafio, acolhimento, alívio de estresse, encontro com a paz espiritual e motivação de novas amizades. Para Schwartz (2002), a escolha por essa atividade pode ser traduzida pelo desejo de aproximação maior e mais intensa com o meio natural, movido por inúmeros ideais. A prática do montanhismo oferece a possibilidade de vivenciar sentimentos de prazer em função de suas características que promovem, inclusive, a ampliação do senso de limite da liberdade e da própria vida. A busca pela aventura, pelo desconhecido, longe dos padrões urbanos, tem-se mostrado mais freqüente ultimamente, quando se percebe o aumento de vivências naturais, presentes nas atividades físicas de aventura em contato direto com meio ambiente natural, no sentido de buscar condições favoráveis à possibilidade de imprimir mais qualidade à vida. 
Assim, a prática do montanhismo estimula uma integração entre necessidade e prazer, oriundos dos diversos aspectos positivos provenientes das vivências em meio natural (Schwartz, 2002).
2.2 Modalidades 
Niclevicz (1995) relata que existem atividades de montanha para todas as idades e condições físicas, devido as várias modalidades que o montanhismo apresenta para sua prática. Alguns exemplos são: escalada livre, escalada esportiva, escalada esportiva em paredes artificiais (indoor) escalada de competição, escalada artificial em rocha, big wall, escalada alpina, alta montanha, cascatas de gelo.
2.2.1 Escalada
A escalada é uma prática que utiliza as técnicas e movimentos de montanhismo e que tem como objetivo exigir o máximo de força e concentração do atleta. Os fatores que atraem para esta atividade são a técnica, a coragem, a adrenalina e a força. 
Guedes (1998), relata que a Escalada em Rocha é considerado o esporte de maior contato entre o homem e a natureza. O atleta da escalada tem como objetivo encontrar diferentes soluções para ultrapassar os obstáculos, não importando se está em uma grande cadeia de montanhas ou na parede de uma academia.
A parede de escalada foi criada por um ucraniano que não queria deixar de escalar durante o rigoroso inverno do país e resolveu colocar pedras na parede. A idéia foi um sucesso. Atualmente já é muito difundida a prática da Escalada nos grandes centros, sendo um atrativo para a atividade. Muitos seguidores interessam-se a sair a campo a partir desta opção indoor do montanhismo. Desta maneira, segundo informações retiradas do site www.geocities.com/Yosemite/1151/games a escalada é dividida nas seguintes modalidades:
Escalada em rocha tradicional: É a de montanha, podendo apresentar trecho vertical, trecho positivo e/ou negativo. A meta do montanhista é conquistar o topo, a visão privilegiada que o alto da montanha proporciona. Na escalada livre tradicional o objetivo é escalar a via no melhor estilo possível. Isso significa basicamente evitar o uso de pontos de apoio artificiais. A ascensão é, em geral, feita em duplas. Cada escalador se prende a uma das pontas da corda. Aquele que sobe primeiro é chamado de guia, e dá segurança por cima ao outro, chamado participante ou segundo. É comum os dois trocarem de posições após cada enfiada de corda. A proteção móvel é empregada sempre que possível e pode haver trechos sem proteção nenhuma na via. 
Big Wall: A modalidade big Wall consiste na ascensão de grandes paredões de pedra com trechos verticais, tetos e negativos. Essas escaladas podem demorar vários dias e fazem uso intenso de técnicas de progressão em artificial. 
O percurso é longo, são necessários vários dias para chegar ao cume e este é a meta. É necessário transportar comida e outros equipamentos para pernoitar na rocha. A escalada tradicional e Big Wall vêm do espírito que iniciou a busca do homem pela altura, pelas grandes montanhas. Elas são instrumentos técnicos para se acender a um determinado cume. Normalmente mais técnicas e menos explosivas, exigem um maior conhecimento, preparo psicológico, equipamento e investimento. 
Escalada Esportiva: Modalidade atlética em rocha que se desenvolveu muito nos anos 80. Envolve regras e um vocabulário bastante específicos. Realizada geralmente em falésias (blocos de pedra menores) ou em rochas. A característica principal é a de ser de via curta. A intenção da escalada não é chegar ao cume e sim a técnica e a habilidade física necessária. Na escalada esportiva, não existe conquista de via. As vias são grampeadas de cima para baixo, em rapel. As costuras são também colocadas em rapel. Quando se usa proteção móvel as ancoragens são previamente instaladas na rocha. Como nas competições em muro artificial, o escalador sobe sem nenhum material de proteção e vai engatando a corda nos mosquetões previamente instalados à medida que progride. 
O objetivo básico é escalar a via inteira, a partir do chão, com segurança por baixo, sem cair e sem se apoiar na corda ou nos grampos para descansar. Isso é chamado de redpoint. Se uma via foi grampeada, mas ninguém conseguiu fazer o redpoint, então ela é chamada de projeto. Se o redpoint for conseguido na primeira tentativa, ganha o nome de flash. Se o autor do flash não viu ninguém escalando a via antes, então trata-se de um flash on-sight. Se o escalador cai repetidas vezes enquanto ensaia uma via, isso é chamado de hangdogging. Em geral, os catálogos de vias esportivas indicam o nome do autor do primeiro redpoint que, geralmente, é o mesmo esportista que grampeou a via. Na escalada esportiva ortodoxa, não se escala com corda por cima, exceto como treinamento
Exige muita força e é geralmente a escolha de quem faz Indoor nas academias. A exigência é a força para permanecer "colado" na parede. Mesmo para quem prefere a escalada tradicional, vale a pena praticar um pouco em vias esportivas. É uma ótima maneira de desenvolver as habilidades para escalar graus mais elevados. 
Bouldering: É uma prática moderna e radicalmente atlética, a pessoa faz um trabalho de poucos movimentos, mas de muita força em pequenos blocos de pedras. Atinge os mais altos graus de dificuldade técnica entre todas as formas de escalada. A pessoa tenta "construir ventosas para não cair da rocha". Ao contrário de outras modalidades que são de ascensão, no Bouldering tanto quanto na modalidade esportiva a força é a base e cume não importa. 
Um problema de bouldering consiste num único lance, extremamente difícil, que é escalado sem corda, sempre a poucos metros do chão. As quedas são normais e fazem parte do jogo. Embora o escalador possa ferir o tornozelo se cair de mal jeito, a modalidade é bastante segura; é improvável que aconteça um acidente grave em bouldering. 
Ao praticar o bouldering, é recomendável remover as pedras soltas do chão e ter alguém por perto para equilibrar o escalador quando ele cair, evitando que caia de mal jeito. 
Indoor/Muro Artificial: São paredes artificiais de alvenaria para a pessoa exercitar-se na escalada que simula uma prática na montanha. Exige pouquíssimo equipamento, é bastante segura e pode ser praticada mesmo com chuva ou milhares de quilômetros das montanhas. 				Perde a essência da escalada que é o contato direto com a natureza. Além disso, a "ascensão" é sempre igual não tem variação de adrenalina. Em geral, a escalada em muro artificial para fins de treinamento ou simples diversão é feita com corda por cima. Já nas competições, a segurança é dada por baixo. 
Escalada Alpina: A escalada alpina envolve ascensõesem ambiente de montanha. São sempre vias de grande extensão, em geral com visual espetacular. Podem ou não incluir trechos de progressão em artificial, e também em gelo. Esta é uma modalidade de extrema exposição às condições ambientais. Nela, conhecimentos básicos de meteorologia, navegação, nutrição esportiva e até primeiros socorros são fatores importantes para o sucesso e para a sobrevivência. O guia também precisa ter uma certa habilidade para farejar a via e encontrar o melhor caminho para o cume, que nem sempre é uma linha bem definida. Deve, ainda, ser capaz de avaliar as condições do gelo e da rocha e tomar decisões de maneira a evitar áreas sujeitas a avalanches. Além disso, como as vias são muito longas, é normal começar a ascensão de madrugada, ainda no escuro. Esta é a modalidade de escalada que exercita conhecimentos e habilidades mais variados. 
Alta Montanha: É a ascensão de montanhas de grande altitude. Nela, além de todas as dificuldades da escalada alpina em gelo e neve, é preciso enfrentar a escassez de oxigênio. O escalador de alta montanha deve ter um certo gosto por situações de extremo desconforto. Além disso, deve estar apto a lidar com avalanches, tempestades e temperaturas de muitas dezenas de graus abaixo de zero. É uma modalidade que exige muito tempo para aclimatação, aproximação da montanha, espera por um período de bom tempo, ascensão e retorno. 		
Cachoeiras Congeladas: Nos países frios, onde as cachoeiras se congelam no inverno, elas proporcionam excelente diversão a escaladores de gelo. A ascensão de cachoeiras congeladas atinge graus de dificuldade mais altos do que a escalada alpina em gelo. 
Escalada Mista: Esta é a modalidade que atinge o mais alto grau de dificuldade em gelo. Consiste na ascensão de paredes rochosas parcialmente cobertas de gelo, sempre com crampons e picaretas. 
2.3 Estrutura física necessária 
A estrutura física necessária para a prática do montanhismo consiste em garantir espaço para bons acampamentos, trilhas sinalizadas e regras para impedir a degradação ambiental.
Segundo dados do site www.inema.com.br, as condições para a prática do montanhismo no Brasil não são tão favoráveis quanto em outros países, onde a infra-estrutura é melhor. As áreas protegidas costumam ser atrativas para a prática, mas ainda encontram-se inexploradas pelas autoridades. Parques Nacionais nos Estados Unidos, Oceania, Europa e até mesmo na Argentina e Chile já apresentam visível preocupação com a atividade. 								A princípio a atividade pode ser realizada em qualquer área natural que tenha relação com o objetivo do montanhista. A primeira dica a quem quer iniciar no montanhismo é olhar ao redor da sua casa. Se no horizonte houver alguma montanha, pode-se começar por ela. Por estar perto, os gastos são menores. Mas para percorrer qualquer roteiro é ideal estar acompanhado de alguém que conheça o local. 
O montanhista deve ter um grau de observação apurado, observando as condições para o montanhismo. 
2.4 Equipamentos específicos 
Para todas as práticas de esportes torna-se necessário ter um cuidado especial seja por meio de um bom condicionamento físico ou via materiais de segurança adequados e desenvolvidos para cada uma das atividades que se deseja praticar. Para o montanhismo não seria diferente, na verdade, esse é um ponto essencial. Com base em informações coletadas do site www.altamontanha.com pode-se perceber alguns desses equipamentos específicos do Montanhismo.
As rotas de montanhismo devem ser cuidadosamente estudadas pelo esportista para que esse saiba qual material deve levar consigo. Alguns trajetos podem ser mais exigentes, como os feitos sobre os glaciares ou que apresentam dificuldades técnicas em gelo ou rocha. 
Uma das qualidades do aventureiro, além da experiência, é o interesse em entender a fundo o território onde ele está pisando. Ter informações importantes tais como temperatura, ar, clima são fundamentais. Quanto maior a altitude maior o frio. A cada 150m de altura que se sobe a temperatura cai cerca de 1ºC. Além disso, com o aumento da altitude há uma menor pressão atmosférica e com isso diminuição da pressão parcial dos gases que compõem a atmosfera, sendo assim, como citado pelo site: http://www.tacio.com.br/tacio/montanhismo/altamontanha.shtml “há menos Oxigênio, um dos gases da atmosfera (cerca de 21%), por volume de ar, passando determinada altitude a quantidade de Oxigênio será tão baixa que é chamada então de zona da morte, sendo em alguns lugares chamada assim as altitudes superiores a 6000m e em outros lugares a 8000m.” O clima também é importante uma vez que o clima nas montanhas é totalmente instável. 
Se a montanha estiver envolta de gelo, torna-se ainda mais importante a atenção do aventureiro, já que devido sua altitude as altas montanhas são frias e com isso boa parte delas se tornam picos nevados tornando sua escalada muito mais perigosa, sendo necessário o uso de materiais especiais no gelo. Por todos esses fatores, a escalada de uma alta montanha necessita de um planejamento e uma estratégia muito mais precisa com materiais básicos e específicos, segundo o site http://www.aconcagua.altamontanha.com/equipamentos.asp, tais como :
Mochila - uma cargueira resistente com capacidade de 80 a 100 litros e regulagens para dirigir o peso sobre a lombar. Bolsos, alças e porta-trecos externos facilitam o rápido acesso a objetos úteis como lanternas, GPS, água e alimentos. Uma mochila pequena será muito útil nas caminhadas de aclimatação e o ataque final ao cume. 
Mapa: Um mapa detalhado do percurso é fundamental. Ele é um dos quesitos básicos para toda caminhada.
Bússola: é com elas que o esportista irá se orientar e seguir as instruções do mapa. 
Kit de primeiros socorros: nunca se sabe o que irá acontecer no percurso. Por isso é necessário sempre estar prevenido para qualquer imprevisto. Além de estar com o kit é necessário que se saiba utilizá-lo da maneira correta. 
Lanternas: as lanternas são essenciais e devem ser utilizadas mesmo se o percurso for durante o dia. Pelo caminho podem existir locais com pouca iluminação, nos quais o uso da lanterna é obrigatório. 
Comida extra: Uma alimentação adequada durante a caminhada é fundamental para o sucesso do percurso. Alimentos leves e de fácil digestão são os mais indicados. 
Roupa extra: levar pelo menos um conjunto de roupas extras para que possa trocar durante o percurso. 
Fogo: Os fósforos e os iniciadores de fogo são outros objetos fundamentais. São utilizados para acender a fogueira e esquentar a comida. 
Canivete: O canivete sempre é utilizado e deve estar afiado e pronto para ser utilizado. A sua importância é grande e ele é utilizado praticamente durante todo o percurso. 
Em montanhas com neve, torna-se importante levar também:
Meias - um primeiro par mais fino para absorver a transpiração seguida por outro mais espesso para a efetiva proteção.
Botas de trekking - precisam ser leves, impermeáveis e muito resistentes para suportarem as longas caminhadas de aproximação. 
Botas plásticas - são duplas, as pantufas internas conservam a temperatura e a carapaça externa isola e protege os pés. Possuem um ressalto posterior para fixação dos crampons e à noite devem ser mantidas dentro do saco de dormir para mantê-las sempre quentes e secas. 
Polainas - de goretex, além de aumentar a proteção térmica, impedem a entrada de pedras, água e neve pelo cano das botas. 
Camisas - o principio é o mesmo das calças; camisas e camisetas de polipropileno ou poliéster são ideais para o trekking de aproximação, depois se adiciona um camisetão polartec e por fim um anorak de goretex, impermeável e resistente. 
Jaquetas - o anorak em goretex é muito prático durante a escalada e alguns modelos são forrados com pille, mas durante as paradas e nos acampamentos superiores nem sempre são suficientes. 
Luvas - um primeiro par mais fino de polipropileno seguido por outro de lã. As luvas externas devem ser de goretex paraproteção contra os ventos com reforços na parte inferior para facilitar o manuseio de ferramentas de escalada. Na rota normal que é menos técnica e nos acampamentos pode-se usar os mitenes, que são luvas de goretex forradas com pille, mas sem os dedos como as luvas de boxe, que permitem massagear os dedos por dentro das luvas. 
Gorros - deve-se proteger a cabeça com um gorro de pille e nas grandes altitudes também o rosto com uma bataclava tipo Joana d'arq. O anorak e a jaqueta devem obrigatoriamente possuir capuz regulável.
Chapéu - ou boné de legionário para proteção contra o sol forte durante o trekking de aproximação. Nas rotas mais técnicas e ocasionalmente na subida da canaleta final deve-se usar capacete de escalada para proteção contra o gelo e as rochas soltas que caem pela ação de outros escaladores. 
Óculos - precisam ter efetiva proteção ultravioleta, extensões laterais que impeçam a entrada dos raios solares e da neve pulverizada pelo vento durante as tempestades. Use-os sempre amarrado à cabeça para não perdê-los. Os modelos que possuem proteção para o nariz podem ser muito convenientes para prevenir queimaduras do sol e do frio. 
Crampons - sobre-solas metálicas dotadas de esporões para caminhar sobre o gelo ou rochas congeladas que são fixadas às botas por engates rápidos e fitas de segurança. É indispensável nas travessias e escalada em glaciares e pode ser muito útil na rota normal durante e após as grandes nevadas. Também é comum usá-los na canaleta que antecede o cume. 
Bastão de esqui - deve-se usá-los em todas as caminhadas para auxiliar na impulsão, facilitar o equilíbrio e como apoio durante as freqüentes e rápidas paradas de descanso. 
Piolet - é uma ferramenta de múltiplo uso. Serve de apoio nas caminhadas sobre rocha ou gelo, para frear quedas em glaciares, como estacas para fixação de cordas de segurança em gelo e neve, para cavar o gelo em busca de água, fazer uma caverna no gelo para abrigo numa tempestade.
Barraca - deve suportar os fortes ventos e o peso da neve, ter as costuras impermeáveis e reforçadas, altura que permita uma ou duas pessoas ficarem sentadas ou vestirem as roupas em seu interior. Na rota normal a barraca é fixada ao chão somente com pedras o que torna ideais os modelos iglus com três ou mais varetas. Um avanço frontal é muito útil para proteção da porta e da cozinha durante ventanias e tempestades.
Saco de dormir - o modelo sarcófago confeccionado com plumas de ganso são excelentes por serem leves, muito quentes e fácil de comprimir. Também deve ser grande o suficiente para abrigar o dono e boa parte do equipamento. Botas, cantil com líquidos, cremes, máquina fotográfica e muitas outras coisas sujeitas ao congelamento devem passar a noite dentro do saco de dormir, bem junto ao corpo.
Isolante térmico - é uma densa manta de poliuretano usada embaixo do saco de dormir para isolar o corpo do frio e da umidade do solo. Existem modelos infláveis muito eficientes, mas sujeitos a vazamentos causados por objetos pontiagudos como rochas e crampons, tornando imprescindível levar também um kit de reparos. 
Cozinha - um fogareiro abastecido com benzina é ideal para as condições de alta montanha onde o oxigênio é mais escasso e o frio intenso. Apesar de mais complicado que os de gás, tem rendimento infinitamente superior e é sempre bom carregar um pequeno kit de reparos. 
Com todos os materiais necessários em mãos, o aventureiro dá o primeiro passo para uma atividade de montanhismo com sucesso.
2.5 OFERTA TURÍSTICA NO MUNDO 
	A oferta Turística de montanhismo no mundo é grande. Muitos continentes apresentam belas montanhas paras subidas com visuais inesquecíveis. Pode-se citar os mais conhecidos, porém, sempre existirão montanhas para serem desbravadas por aventureiros em busca de adrenalina.					Segundo Airton Ortiz, no site http://360graus.terra.com.br/montanhismo/default.asp?did=404&action=reportagem o primeiro grande desafio de quem admira o montanhismo é escalar o monte Everest. O segundo é o Sete Cumes. E o terceiro maior desafio é escalar as quatorze montanhas com mais de 8.000 metros existentes na face da Terra: 
Everest (8.850 metros), no Himalaia, na fronteira entre o Nepal e o Tibete;
K-2 (8.611 metros), nos montes Karakoram, no Paquistão;
Kanchenjunga (8.598 metros), no Himalaia, lado nepalês;
Lhotse (8.501 metros), Himalaia, lado nepalês;
Makalu (8.463 metros), Himalaia, lado nepalês;
Cho Oyu (8.201 metros), Himalaia, lado nepalês;
Dhaulagiri (8.167 metros), Himalaia, lado nepalês;
Manaslu (8.156 metros), Himalaia, lado nepalês;
Annapurna (8.091 metros), Himalaia, lado nepalês;
Hidden Peak (8.068 metros), montes Karakoram, no Paquistão;
Broad Peak (8.046 metros), montes Karakoram, no Paquistão;
Shisha Pangma (8.046 metros), Himalaia, lado tibetano e
Gasherbrum II (8.034 metros), Paquistão 
São muitas as belezas naturais desafiadoras que chamam atenção dos aventureiros. Ainda no mesmo site, Ortiz comenta que existem os chamados Sete Cumes. Esses são formados pela montanha mais alta de cada continente, acrescido de um pico nos Estados Unidos. Os outros são:
Everest (8.850 metros), na Ásia;
Kilimanjaro (5.895 metros), na África;
Elbrus (5.641 metros), na Europa;
Maciço Vinson (4.897 metros), na Antártida;
Carstensz (5.039 metros)
Ortiz afirma que o primeiro grande alpinista a escalar todos os Sete Cumes foi o canadense Patrick Morrow. As montanhas citadas mostram que as opções são várias e estão a procura de esportistas capazes de desafiar o frio e os caminhos íngremes desses acidentes geográficos.							Também por concentrar em seu território uma grande quantidade de altas montanhas, o Nepal é conhecido por montanhistas do mundo inteiro. Além do Everest, Annapurna, Langtang e Helambu, segundo o site http://www.timetour.com.br/ttnews_dicas.php?id=230.
Analisando ainda um site já citado, http://altamontanha.com/news/18/news/news_item.asp?NewsID=131, vale destacar ainda os dois mais elevados picos andinos - Aconcágua, 6959m, e Tupungato, 6800m - situam-se na fronteira entre Argentina e Chile, nas proximidades da Ruta 7, que une Mendoza a Santiago/Valparaíso. Tupungato - vulcão inativo que une a fronteira dos dois países, e cujo nome de origem Huarpe significa "Mirador das Estrelas".
Para descrever melhor uma das maiores montanhas mundiais, vale descrever algumas, como o Aconcágua e Makalu.
Ainda segundo o site citado acima:
	
O Cerro Aconcágua está localizado em território argentino, na província de Mendoza e departamento de Lãs Heras. Com altitude de 6.962 metros acima do nível médio do mar é a maior montanha de todo o hemisfério sul, sendo somente superado pelos gigantes do Himalaia na Ásia central. 
O Glaciar dos Polacos é realizado com dificuldades moderadas para a altitude e exige conhecimentos básicos de técnicas de escalada em gelo e neve. Ideal para quem se prepara para excursionar pelo Himalaia. A parede sul tem rotas para os escaladores mais experientes com grau de dificuldade extrema em gelo, neve e rocha. 
Makalu, a quinta montanha mais elevada no mundo com 8,463 metros está situado a apenas 23 quilômetros ao leste do Everest na região do Khumbu. Makalu é na verdade um pico duplo. O pico subsidiário levanta-se ao norte do cume principal, conectado por uma sela e é chamado Chomolonzo (7.818 m) e é interessante notar que a crista do cume é o ponto de demarcação que indica a fronteira entre Nepal no lado sul e Tibet ao norte, segundo o site citado acima.
2.6 OFERTA TURÍSTICA NO BRASIL 
	O montanhismo no Brasil ainda não é um esporte tão difundido quando comparado a outras atividades desenvolvidas dentro do país, como o futebol por exemplo. No entanto, os esportes de aventura vêm ganhando uma importância memorável dentre seus adoradores brasileiros. 
	Sendo um país famoso por suas belezas naturais, o Brasil possui um potencial fascinante quando o assunto são esportes de aventura que envolvem uma interação maiorcom o meio ambiente, tais como rapel em cachoeiras, rafting, ou até mesmo o montanhismo.
Segundo medição do IBGE (site http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=215&id_pagina=1, p.), no Brasil não existem montanhas com uma altitude muito elevada, uma vez que não ultrapassam mais que 3000 m de altitude, porém, as belezas naturais brasileiras são o grande diferencial. As montanhas brasileiras mais altas são o Pico da Neblina e a 31 de Março que se localizam no estado do Amazonas, fronteira com a Venezuela. A grande maioria das montanhas mais altas se localiza na Serra da Mantiqueira, que passa pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais e na Serra do Caparaó, na divisa dos estados de Espírito Santo e Minas Gerais. 
De acordo com o site:
“Medir a altitude das montanhas mais altas do País. Um projeto antigo e audacioso, mas que proporcionará uma atualização dos dados cartográficos em todo território brasileiro. O projeto traz outra vantagem: a correção nos valores das altitudes brasileiras até então estabelecidas ajudará a atualizar as cartas aeronáuticas e poderá até prevenir acidentes aéreos nas regiões pesquisadas. Um acordo de parceria científica entre o IBGE e o Instituto Militar de Engenharia (IME) possibilitou o levantamento de informações para um novo cálculo de altitude de quatro picos brasileiros. Denominado Projeto Pontos Culminantes, o trabalho tem como principal objetivo medir com absoluta exatidão as altitudes dos pontos mais elevados do País. Utilizando recursos mais modernos e novas tecnologias, como o GPS (Sistema de Posicionamento Global) - sofisticado sistema de navegação e posicionamento por satélite -, as expedições realizadas este ano revelaram mudanças nas altitudes de quatro picos brasileiros: Pico da Neblina, Pico 31 de Março, Pico das Agulhas Negras e Pico da Pedra da Mina. E o projeto não pára por aí: ainda este ano, o IBGE pretende medir as altitudes do Pico da Bandeira (cujo último valor de altitude é 2889,8 m) e do Pico do Cristal (2780 m), ambos na divisa entre Minas Gerais e Espírito Santo.
Veja abaixo as novas determinações altimétricas para os Pontos Culminantes do Brasil.
 
 
Foi pensando em melhor atender às demandas e disponibilizar informações mais precisas para a sociedade que a Coordenação de Geodésia do IBGE criou o Projeto Pontos Culminantes.
A parceria IBGE/IME deu certo e quatro picos brasileiros já têm valores de altitudes corrigidos. Apesar de dificuldades como clima instável, difícil acesso e peso do equipamento, a equipe envolvida no Projeto ficou satisfeita com os resultados. A escalada contou, ainda, com a participação de um técnico especializado em Geodésia e dois engenheiros-cartógrafos do IBGE, encarregados de instalar e utilizar de forma correta o receptor do GPS geodésico, além dos militares responsáveis pela logística. 
2.7 Oferta turística no Paraná 
Parque Estadual do Marumbi: De acordo com informações retiradas do site www.geocities.com/Yosemite/3103/Marumbi, o Conjunto Marumbi fica em plena Mata Atlântica e conta com oito picos que se destacam na imensa paisagem verde do local. Há diversos locais para a escalada no Conjunto, porém pelo fato deste localizar-se na Mata Atlântica, onde chove muito, a prática da escalada fica restrita aos curtos períodos de estiagem. Alguns dos picos são o Abrolhos (1200m de altitude), o Ponta do Tigre (1400m), o Gigante (1487m) e o Olimpo (1539m). 	As trilhas que levam aos cumes dos picos estão todas sinalizadas através de fitas amarradas nas árvores e exigem disposição para enfrentar algumas horas de uma subida íngreme; em alguns trechos há correntes para facilitar a subida pelas pedras lisas. A recompensa da subida é uma bela visão de todo o conjunto e do litoral. 
Ao falar do Marumbi, há um paranaense de destaque que não pode ser esquecido, Paulo Henrique Schmidlin, o Vitamina. Segundo dados do site www.cpmorg.com.br/cpm/hist_vitamina, nasceu em 1930 e há quarenta anos é um ardente defensor do Parque Marumbi, e a serra é quase como, uma extensão de sua casa. Seus cuidados, no entanto, não se limitam somente a natureza, são extensivos aos freqüentadores da Montanha. Ele quem sinalizou as trilhas com fitas nas árvores e fiscaliza voluntariamente as correntes de apoio existentes no trecho. Vitamina também foi o idealizador da placa com o roteiro turístico que se encontra encravado em frente à Estação do Marumbi, que é de fundamental importância, principalmente aos jovens que vão ao Marumbi pela primeira vez. 
Na década de 40 a 50, a época de ouro do montanhismo no Paraná, não só ajudou nas grandes conquistas como conheceu e escalou com quase todos os grandes alpinistas da época. 
Nestas quatro décadas de montanhismo, reuniu um precioso acervo histórico, através de relatos minuciosos de todas suas excursões e Serra do Mar, somada a centenas de fotografias, retratando diversos ângulos e aspectos da Serra do Mar. Gostaria de algum dia fazer público todos esses documentos e fotos, através de um "Museu de Montanhismo", porém não vinculado a nenhum Clube, pois experiências anteriores lhe deixaram experiências pouco agradáveis, já que os Clubes podem sofrer ingerências políticas e administrativas, que podem colocar tudo a perder. 
Anhangava: O Anhangava é o “campo escola” dos paranaenses. Localizado em Quatro Barras, possui 1430m e não é de difícil acesso. No topo, a recompensa é uma bela vista das cidades. É muito procurado por praticantes de esportes como: vôo livre (asa delta) e paraquedismo, trekking e escaladas.	 			Tecnicamente, é composto por várias vias esportivas curtas. As extensas paredes rochosas de suas encostas superiores oferecem desafios técnicos variados, desde a simples caminhada ao cume até escaladas em rocha mais íngremes. 
	Além da facilidade de acesso, o Anhangava conta com um excelente refúgio de montanha na base e um completo manual que descreve e mapeia 174 vias classificadas por dificuldade, indicando acessos e cuidados.
Pico do Paraná: O Pico Paraná é a montanha mais alta do estado e da região Sul do Brasil. É uma formação rochosa formada por granito e gneisse, localizada entre os municípios de Antonina e Campina Grande do Sul. Fonte: fazendapicoparana.altamontanha.com
Na “Fazenda Pico Paraná” há uma pequena infra-estrutura para atender os montanhistas que vão ao local. Deste ponto são aproximadamente seis a oito horas de caminhada ininterruptas para chegar ao cume. É recomendação geral que a ascensão ao cume do Pico Paraná não seja feita por iniciantes, sendo necessária uma experiência mínima na prática do montanhismo. A trilha não apresenta dificuldades técnicas, mas exige atenção do montanhista e um considerável exercício físico para chegar ao topo. Dentro desta mesma região de montanhas, denominada Ibitiraquire estão o Pico Caratuva, com 1860 m e o Pico Itapiroca, com 1805 m.
Waldemar Niclevicz: Um ícone paranaense do Montanhismo. Depois da escalada do Aconcágua, a maior montanha da América do Sul, em 1988, Waldemar Niclevicz não parou mais de enfrentar grandes montanhas. Escalou as maiores montanhas da Bolívia, Peru, Equador, Chile, Argentina, Venezuela, França, Itália e Suíça. Foi o primeiro brasileiro a tentar chegar ao cume do Everest, e o primeiro a fazê-lo, em 1995. Depois deste feito escalou as maiores montanhas de todos os continentes e em 2000 alcançou o topo do K2, considerada a montanha mais difícil de ser escalada. 
 	Diversos outros desafios vencidos entraram para seu currículo e Waldemar tornou-se o maior alpinista brasileiro de todos os tempos, e é reconhecido mundialmente como um dos mais completos e dedicados alpinistas da atualidade. 
2.8 Perfil da demanda
Os homens aventureiros possuem personalidades com predisposições biológicas para receber estímulos máximos, são pessoas que tem a necessidade de sensações e experiências novas, complexas e variadas, e o desejo de correr riscos físicos e sociais por prazer sendo vistos pela sociedade como excêntricose loucos (COSTA, 2000)
Costa (2000) afirma que o interesse por esportes de aventura é bem maior entre os jovens citando que muitos psicólogos afirmam que a busca de emoções e aventuras tendem a decrescer com o aumento da idade dos indivíduos.			Qualquer pessoa pode aderir ao montanhismo, sendo este um esporte que exige atenção e cuidado. Por ser um esporte onde o risco está sempre presente, acidentes não são raros e muitos deles podem levar à morte, por isso é indispensável que seus praticantes sejam capazes de entender e assimilar o motivo e a responsabilidade de uma segurança competente e o uso adequado de seus equipamentos.
Segundo dados do Senso 98 de praticantes de montanhismo no Brasil, o perfil dos praticantes de montanhismo é de maioria entre 18 e 25 anos, com elevado grau de escolaridade. Destes, 69% das pessoas pesquisadas estão cursando ou já cursaram graduação ou pós-graduação. 
Verificando relatos de montanhistas, nota-se que o primeiro passo é amar as montanhas. O perfil do montanhista revela alguém que sabe que sendo rápido ou devagar, chegando a cumes difíceis ou não, ou até mesmo nem chegando a muitos cumes, não fará de alguém mais ou menos montanhista. 	
Montanhistas compartilham conhecimentos, compartilham equipamentos, compartilham a comida e a água. Montanhistas não competem contra outros montanhistas, e sim cooperam para que ambos atinjam um objetivo. As competições fogem ao estilo. 
Um ponto importante é o entendimento de que o montanhista não luta “contra” a montanha, e sim se completa em seu ambiente, de forma a entender seu funcionamento e como agir para conquistá-la. 
3 CONCLUSÃO 
A seguinte conclusão foi feita a partir das pesquisas realizadas para a confecção deste trabalho. Nossos apontamentos e nossa percepção a respeito de tudo que foi exposto até aqui.
Para a maioria dos montanhistas a montanha é o seu “habitat”, um lugar sagrado, pois é um local de paz, um meio de diversão onde se sentem bem para refletir sobre a vida. Alguns dizem “não conseguir ficar longe da montanha”, pois lá encontram o seu “eu”. Outros afirmam ser um lugar que se sentem mais próximos de Deus, onde obtém energias para encarar novos desafios descarregando o estresse. Para outros é uma forma de esporte que está em contato com a natureza, é um local onde novas amizades podem ser feitas. 
Para eles não há nada tão maravilhoso e gratificante quanto chegar ao cume de uma bela montanha, depois de percorrer trilhas, contemplar cachoeiras, fauna e flora, que impressionam a todo ser humano, ou quem sabe transpor paredões de rocha, desafiando a aventura de vencer, não a montanha, mas os próprios limites e medos.
Existem muitos perigos dentro do esporte e seus conseqüentes riscos, no entanto a cautela e a precaução são fundamentais para a prática sadia do montanhismo. Quando os riscos não são considerados ou simplesmente são ignorados, as conseqüências são desastrosas. Por esses e outros motivos recomenda-se aos iniciantes do montanhismo, calma. Um brusco contato com os elementos naturais pode ser traumatizante. Respeitar seu próprio corpo e a natureza é essencial. É comprovado que, como em todo esporte, o montanhismo é um esporte de risco que exige preparo físico e mental. Atualmente o montanhismo vem ganhando cada vez mais espaço entre os esportes, sendo muito procurado principalmente por quem quer fugir do estresse e deseja ter um contato maior com a natureza.
Um montanhista completo é aquele que pratica esse esporte de forma consciente, respeitando a flora, fauna e população local, causando o mínimo impacto ambiental e auxiliando os inexperientes ou desinformados visitantes. Sempre conferir equipamentos é essencial, para evitar acidentes com a sua vida e de seus demais companheiros.
4 REFERÊNCIAS
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Ambafrance. Disponível em: <http://www.ambafrance.org.br> Acesso em: 20/05/2009.
CAMINHOS E MONTANHAS. Disponível em: <http://caminhosemontanhas.zip.net> Acesso em: 20/05/2009.
COSTA, V. L. M. Esportes de aventura e riscos em alta montanha. São Paulo: Manole, 2000
FROES, L. L. A Prática mal assessorada do montanhismo. Rio de Janeiro: Zahar, 2004.
GEOCITES. Disponível em: < http://www.geocities.com> Acesso em: 25/05/2009.
GUEDES, R. D. Características das atividades físicas na Natureza. São Paulo: Manole, 1998.
INÁCIO, H. L. D. Educação Física e Ecologia: Dois Pontos de Partida para o
Debate. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, v.18, n.2, p. 133-36, 1997.
INEMA. Disponível em: < http://www.inema.com.br> Acesso em: 25/05/2009.
NICLEVICKZ, W. Everest: O diário de uma vitória. Curitiba: Sagharmata, 1995.
NICLEVICKZ, W. Disponível em: < http://www.niclevicz.com.br > Acesso em: 25/05/2009.
SCHWARTZ, G. M. Emoção, aventura e risco - a dinâmica metafórica dos novos
estilos. Santa Cruz do Sul: Unisc, 2002.

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