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TRABALHO DE TOXICOLOGIA

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Universidade Estadual do Maranhão – UEMA
Centro de Ciências Agrárias – CCA
Curso: Medicina Veterinária
Docente: Profª Dr. Ana Lúcia Abreu
Patogênese, sinais clínicos e epidemiologia das intoxicações por plantas cianogênicas no nordeste brasileiro
Ana Caroline Calixto, Beatriz Santos, Erica Brandão, Gleyce Rose, Gisele Santos, Laila Ripardo, Thiago Martins
Introdução
Plantas cianogênicas são aquelas que contém glicosídeos cianogênicos;
Contêm como princípio ativo o ácido cianídrico (HCN);
1000 espécies de vegetais cianogênicos distribuídas em 250 gêneros e 80 famílias;
Nordeste possui grande incidência de intoxicação.
Mecanismo de Ação
Os glicosídeos cianogênicos liberam ácido cianídrico por meio da ação de hidroxilase;
Amigdalina: Rosaceae (maçã, pêra, cereja); 
Durrina: Sorghum ( grãos de sorgo e do capim-Sudão);
Linamarina (mandioca, trevo branco e linho). 
Mecanismo de Ação
O cianeto inibe a ação de enzimas que contêm metais - citocromo-oxidase;
O cianeto interfere diversos neurotransmissores:
ácido γ-aminobutírico (GABA);
ácido glutâmico;
Acetilcolina;
Dopamina;
aminoácidos excitatórios;
óxido nítrico.
Mecanismo de Ação
Fatores que influenciam a toxicidade:
A concentração do composto na planta;
A quantidade de plantas ingerida;
A espécie animal;
A velocidade de ingestão;
Capacidade do animal em desintoxicar cianeto.
Sinais Clínicos e Achados Patológicos
A toxicidade aguda é promovida quando quantidade de Cianeto é maior do que a suportada por enzimas de desintoxicação.
Doses elevadas de HCN podem acarretar a morte do animal em alguns segundos, com convulsões e parada respiratória, enquanto que doses não elevadas levam o animal ao óbito dentro de minutos e poucas horas após o aparecimento dos primeiros sinais.
Sinais Clínicos e Achados Patológicos
Sinais Clínicos:
Paresia;
Espasmos musculares;
Excitação;
Inicialmente a frequência respiratória é aumentada;
Dispneia;
Nistagmo;
Tremor de cabeça e pálpebras;
Queda do animal;
Permanência em decúbito lateral com movimentos de pedalagem e opistótono.
Sinais Clínicos e Achados Patológicos
Sinais Clínicos e Achados Patológicos
Na necropsia os achados não são patognomônicos. O sangue venoso pode ser vermelho brilhante, pois o oxigênio não é liberado a partir de células vermelhas do sangue para a respiração celular.
O abomaso e intestino podem estar congestos com a presença de petéquias. O odor característico de Cianeto (odor de amêndoa amarga) podem emanar do rúmen.
Sinais Clínicos e Achados Patológicos
O exame histológico de cérebro pode revelar lesões degenerativas, principalmente na substância cinzenta ou branca.
A exposição prolongada ao Cianeto tem sido associada a uma série de patologias:
Diminuição do crescimento;
Hipotireoidismo;
Distúrbios do sistema nervoso;
Distúrbios reprodutivos
Principais Plantas Cianogênicas no Nordeste Brasileiro
Anadenanthera colubrina var. cebil
Nome popular (Angico preto);
Porte arbóreo;
Relatos que as folhas murchas seriam tóxicas para bovinos;
Ingestão de forma acidental.
Cnidoscolus quecifolius Pohl
C. quercifolius 
favela ou faveleira
 Xerófila lactescente
Estudos recentes mostram que a planta é conhecida pelos produtores no Rio Grande do Norte. 
Experimentos em caprinos folhas frescas
Cnidoscolus quecifolius Pohl
Cnidoscolus quecifolius Pohl
Intoxicação por HCN 
Folhas frescas causa intoxicação imediatamente;
Folhas secas trituradas sintomatologia clínica leve;
Cnidoscolus quecifolius Pohl
Sinais clínicos:
Paresia
Espasmos musculares generalizados e excitação. 
 Frequência respiratória 
dispneia
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Gênero: Manihot;
 Família: Euphorbiaceae;
 Distribuição: maior predominância do Piauí a Bahia;
Manihot esculenta mandioca
Produtores conhecem a toxicidade e 
Forma de manejo adequado
Manihot spp 
Intoxicação ocorre por:
Folhas ricas em glicosídeos cianogênicos 
Raízes tuberosas são administradas sem o “período de descanso” 
 Relato de caso existente no Norte do Brasil 
Manipueira ou tucupi
Manihot spp 
Experimentos realizados:
Folhas frescas de duas espécies silvestres;
M. piauhyensis e M.carthaginensis subsp.glaziovii
Morte de bovinos 2,5 a 9,3g/kg
 Exemplares na Paraíba 
 Bovinos 5, 7, 8 e 10g/kg
Estudo realizado com M. carthaginensis subsp. Glaziovii;
 Intoxicação por caprinos
 Toxicidade intrega após a colheita e triturada
Manihot spp 
Passiflora foetida L. 
Família: Passifloraceae
Nomes populares: canapú-fedorento, maracujá-do-mato, maracujá-de-estalo;
Forma de vida : Trepadeira
Originária da América do Sul e tem no Centro-Norte do Brasil, o maior centro de distribuição geográfica.
A flor é muito características do gênero, diferindo das demais;
Passiflora foetida L. 
Nesta espécie foram isolados diversos compostos, dentre eles:
Flavonoides
Glicosídeos Cianogênicos
Ácidos Graxos
Passiflora foetida L. 
Levantamento de intoxicações por plantas em ruminantes e equídeos no Sertão Paraibano
Os produtores relatam como tóxica;
Sem toxidade comprovada;
Associada a ocorrência de abortos;
Passiflora foetida L. 
Testada em estudos anteriores com resultados negativos;
Passiflora foetida L. 
Trabalho quantificando as intoxicações por plantas diagnosticadas e estimativa das perdas econômicas.
Não foi citada.
Passiflora foetida L. 
Recentemente tem sido mencionada:
Como causadora de intoxicação espontânea;
Relatos de um surto no município de Tenório;
Causa de aborto em bovinos, caprinos e ovinos em Seridó.
Passiflora foetida L. 
Testes:
Finalidade : Determinar a toxicidade de P. Foetida em caprinos.
Amostras: 27 animais experimentais;
Passiflora foetida L. 
Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. 
Ou popularmente – espinheiro ou surucucu. 
Pode crescer 10-18 metros de altura.
America, Argentina, Paraguai, Brasil central e nordeste, Bolivia, Mexico.
Leguminosa da subfamilia Mimosoidea. 
Piptadenia viridiflora (Kunth) Benth. 
Relatos de intoxicacao por P.viridiflora no municipio de Wanderley regiao oeste da Bahia.
Folhas dessecadas durante 30-45 dias.
Doses de 4,43 e 7,95 g/kg. 
Sorghum spp 
Gênero de numerosas espécies em regiões tropicais e subtropicais;
 Alta concentração de glicosídeos cianogênicos;
Fase de brotação;
Sorghum spp 
No nordeste brasileiro as principais espécies causadoras de quadros de intoxicação :
S. halepense
S. bicolor
Sorghum spp 
Enquanto que no sul :
S. sudanense 
Sorghum spp 
Relato de caso:
Surto que aconteceu na Paraíba;
 Com 20 bovinos leiteros;
 Foram soltos em uma área, ao redor de um açude onde havia S. halepense;
 Com um estágio de rebrota com 25 – 30 cm de altura;
Sorghum spp 
Dois animais apresentaram sinais mais graves; 
3 horas após a ingestão
Conclusões 
 É notória a grande distribuição e importância da intoxicação por plantas cianogênicas no Nordeste brasileiro;
 Principalmente Cariri Cearense;
O diagnóstico diferencial deve-se incluir a intoxicação por outras plantas com evolução superaguda e que também ocorrem na região semiárida, como as intoxicações por Amorimia septentrionalis (Mascagnia rigida), Palicourea aeneofusca ,Marsdenia hilariana e a intoxicação por nitratos e nitritos;
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