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Aula prática 3 Platelmintos

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Aula prática do dia 18/05/2012
Assunto: Aspectos morfológicos e biológicos do filo Platyhelmintes: Classes Turbellaria, Trematoda (subclasse Digenea) e Cercomeromorpha (classe Monogenea e Cestoda)
Introdução
Platyhelmintes é considerado um grupo chave na compreensão da transição dos metazoários radiais para os bilaterais, com um papel importante nas ideias evolutivas atuais e passadas. A monofilia de Platyhelmintes tem sido questionada por diversos autores atuais, principalmente com base em filogenias moleculares. Considerando as características diagnósticas originalmente atribuídas ao grupo, tais como achatamento dorsoventral, ausência de sistemas e órgãos, simetria bilateral e cefalização, dentre outras, verifica-se que nenhuma dessas representa característica derivada exclusiva do grupo e, portanto, o questionamento do status monofilético do filo é compreensível.
Os principais grupos desse filo são: Turbellaria, Trematoda, Monogenoidea, Cestoda.
Os turbelários, representados por cerca de 1.500 espécies conhecidas, são tradicionalmente conhecidos como os “Platyhelminthes de vida livre”, mas muitos são simbiontes de diversos outros grupos animais, como equinodermos, crustáceos e peixes. As espécies de vida livre são principalmente carnívoras e locomovem-se pelo batimento ciliar da epiderme. A diversidade morfológicas desse grupo é bastante grande, sendo que o tamanho dos indivíduos varia de alguns poucos milímetros até cerca de 30 cm de comprimentos.
Os Trematoda, junto com os Monogenoidea e os Cestoda, compõem um agrupamento natural conhecido por Neodermata. Os Neodermata são todos animais parasitos, caracterizados por apresentar uma modificação do revestimento corporal que parece relacionado com este hábito de vida. Este tipo de revestimento corporal é um tecido sincicial, cujos núcleos estão localizados abaixo da lâmina basal e das camadas musculares superficiais. Apesar de não representar uma cutícula, como erroneamente proposto no passado, a neoderme parece conferir proteção, enquanto permite trocas de solutos pela superfície corporal. Os Trematoda são caracterizados principalmente por apresentar um acetábulo ventral, que pode variar de posição longitudinalmente no corpo ou, mesmo estar secundariamente ausente em alguns grupos. Duas subclasses são hoje reconhecidas no grupos, Digenea e Aspidobothria. Nos Digenea, o acetábulo é fortemente muscular e nos Aspidobothria é bastante grande e frequentemente subdividido por septos.
Monogenoidea são Platyhelminthes Neodermata exclusivamente parasitos de animais intimamente associados com ambiente aquático. Eles são na sua grande maioria, ectoparasitos de peixes, sendo encontrados com frequência sobre os filamentos branquiais, superfícies corporal, cavidades associadas ao trato digestivo ( boca, cloaca ) e narinas. Todavia, algumas espécies são parasitas de órgão internos de peixes (sistema excretor ou trato digestivo) e outras são parasitas da bexiga urinária de anfíbios ou da superfície corporal de cefalópodes. 
Cestoda representa o grupo-irmão dos Monogenoidea, sugerido pelo compartilhamento de um haptor armado com ganchos. Essa estrutura nos Cestoda está ausente ou reduzida nos adultos, estando conspícua apenas na fase larval. Existem dois grupos morfológicos de Cestoda: os monozoicos e os polizoicos. Os monozoicos são considerados os cestoides mais basais, representando grupos parafiléticos. Dentre eles, estão os Gyrocotylidea, Amphilinidea e alguns Eucestoda. Os Eucestoda polizoicos por sua vez, formam um grupo monofilético representado por espécies que apresentam corpo estrobilizado, composto por inúmeras proglótides dispostas longitudinalmente no corpo do verme adulto.
Objetivo: Observar e comparar os indivíduos de cada classe e identificar as características distintivas.
Material Biológico: Exemplares de planárias, Taenia sp (Cestoda), Monogenea (ectoparasitas de peixe), Schistosoma mansoni, Fasciola hepática e estruturas correspondentes ao ciclo de vida dos organismos.
1) Classe Turbellaria
NEODERMATA
2) Cercomeromorpha
Classe Monogenea
a) Ectoparasitas de brânquias de peixe
Classe Cestoda
a) Taenia sp
b) Exemplares de cisticerco e ovo
Classe Trematoda
Subclasse Digenea
a) Familia: Fasciolidae
 Espécie: Fasciola hepatica
b) Família: Schistosomatidae	
 Espécie: Schistosoma mansoni
Atividade extra-classe
1)Quais as diferenças encontradas entre os filos anteriormente estudados (Porifera e Cnidaria) e Platyhelmintes quanto às estratégias utilizadas para a obtenção de alimento? Que estruturas permitiram essa “nova” estratégia?
Resposta: Platyhelmintes foi o primeiro filo a serem cefalizados, ou seja, possuir um sistema nervoso mais complexo, basicamente cordões nervosos que formam uma rede nervosa que irão se ramificar em outras partes do Platyhelmintes, principalmente no cérebro. O sistema nervoso mais especializado permitiu que esses vermes pudessem perceber e responder aos estímulos do ambiente com mais eficiência como a ausência e a presença de luz (alguns cnidários também), podendo locomoverem-se com uma maior noção de orientação. Porifera não se deslocam em grande distância, então precisam esperar que partículas alimentares cheguem perto dele para poder filtrar e absorver esses alimentos através das suas células que realizam a digestão. É possível perceber o desenvolvimento de receptores ciliares que provavelmente possuem quimiorreceptores capazes de localizar seus alimentos.
2) Qual a importância de um mecanismo reprodutivo com fertilização interna?
Resposta: Os animais providos de fertilização externa possuem suas gônadas basicamente como um tubo de transporte de esperma. Os animais que possuem a fertilização interna têm em suas gônadas funções além do transporte de esperma, no sistema masculino por exemplo, há algumas glândulas que nutrem o esperma, permitindo que ele sobreviva por mais tempo, além do transporte, no sistema feminino, existem bolsas que permitem o armazenamento do esperma por certos períodos, fazendo com que a proximidade entre os ovos e o esperma aumente bastante e a chance da fertilização dos ovos seja ainda maior.
3) Que novidades morfológicas contribuíram para o sucessos dos Platyhelmintes parasitas – Neodermata?
Resposta: Surgimento de ganchos e ventosas para a fixação no hospedeiro e ajudam também na alimentação; o tegumento que proporciona proteção especialmente contra as enzimas do hospedeiro nas espécies que habitam o intestino por exemplo e em alguns endoparasitas, ainda serve para absorver glicose e alguns aminoácidos.
4) Existe alguma relação entre formato e tamanho do corpo e ausência de sistema circulatório em platelmintes? Justifique
Resposta: Sim. Pela ausência do sistema circulatório, as trocas gasosas ocorrem através da difusão e para ocorrerem de forma eficiente, as distâncias devem ser curtas. Em platelmintes pequenos, os nutrientes irão se difundir a partir do intestino central até os tecidos próximos, enquanto nos maiores a distância do intestino central à margem corporal lateral excede a extensão da difusão simples, logo, os maiores possuem grandes ramos intestinais que transportam nutrientes para as partes periféricas do corpo.
5) Quais as diferenças que podemos encontrar entre as classes Cestoda e Trematoda?
Resposta: Os vermes da classe Trematoda possuem duas ventosas, uma oral e outra ventral, possuem esôfago curto, de onde surgem dois ramos intestinais, podem ser ecto ou endoparasitas. Os da classe Cestoda possuem geralmente um conjunto de quatro ventosas localizadas no escólex , corpo dividido em vários segmentos chamados de proglótides e não possuem sistema digestório, por isso absorvem seus alimentos pela pele, são exclusivamente endoparasitas.
6) O filo Platyhelmintes é considerado o mais basal entre os bilatérios. São caracterizados pela ausência de celoma e sistema circulatório, mas possuem um sistema reprodutivo complexoe diversificado, além de uma capacidade de se regenerar impressionante. Em sua opinião, qual seria a posição mais adequada para os platyhelmintes na árvore filogenética dos metazoários e por que?
Resposta: A posição mais adequada seria a mais basal entre os bilatérios. O celoma e o sistema circulatório são características que surgiram e permaneceram em filos que apareceram depois dos platelmintos. A capacidade de regeneração não é exclusiva dos platelmintos, pois poríferos e cnidários, mesmo não sendo animais bilaterais, também possuem uma grande capacidade de regeneração. Filos posteriores ao platelmintos tiveram o potencial de regeneração reduzido devido ao grau de especialização de seus tecidos, quanto mais especializado o tecido, menor o seu potencial de regeneração. Os dois tipos de sistemas reprodutivos, arcoóforo e neoóforos são uma sinapomorfia do filo, mas não seria uma evidência que faça com que ele seja considerado mais derivado, já que também existem outros filos com sistemas reprodutivos diferentes e complexos.

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