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Para surfar nessa onda é
preciso partir do
diagnóstico de que boa
parte da indústria ainda
está no estágio 2.0
08/08/2016 às 05h00
Indústria 4.0 Brasil
De alguns anos para cá vem ganhando crescente visibilidade conceitos como
"Manufatura Avançada" e "Indústria 4.0". O conceito de Manufatura
Avançada entrou em evidência após ancorar um plano estratégico publicado
pelo governo americano (A National Strategic Plan for Advanced
Manufacturing, Executive Office of the President and National Science and
Technology Council, fevereiro de 2012). Já Indústria 4.0, como prefere
denominar o governo alemão, ganhou vida como uma iniciativa conjunta do
Ministério de Economia e Energia com empresas líderes, universidades e
centros de pesquisa do país quando também em 2012 lançou as bases de um
ousado programa de reconversão tecnológica da indústria germânica com
essa marca (The Vision: Industrie 4.0, Federal Ministry for Economic Affairs
and Energy, 2012).
Ambos os termos traduzem visões da indústria em um futuro próximo no
qual fábricas inteligentes usam tecnologias de informação e comunicação
para digitalizar os processos industriais em direção a níveis inimagináveis de
eficiência, qualidade e "customização". Manufatura Avançada ou Indústriaqualidade
4.0 nada mais são do que um elenco de técnicas que dependem do uso
coordenado de informação, automação, computação, software,
sensoriamento e conexão em rede.
Conjugadas, essas técnicas proporcionam inovações em robótica e eletrônica
embarcada, que propiciam um super-barateamento da automação flexível;
em manufatura aditiva, que estende as fronteiras de descentralização e
fragmentação da produção; e, ainda, em computação em nuvem, internet das
coisas, big data e interfaceamento, que alargam os horizontes dos
experimentos de inteligência artificial. O resultado é um salto evolutivo nas
formas de organização da produção, em que se aprofunda sobremaneira a
capacidade de interação M2M (máquina-máquina) sem a intervenção
humana.
No Brasil, o debate sobre a Indústria 4.0
ainda é muito tímido, restrito a alguns
seminários aqui e ali e a umas poucas
iniciativas de governo ou associações de
classe, o que em si já é revelador da
pequena prioridade que vem sendo
conferida ao tema no país. Mais grave,
nesse estreito espaço de debates muitas vezes predomina um enfoque no qual
a manufatura avançada é vista como uma tecnologia disruptiva, algo como o
vetor de uma nova Revolução Industrial como foram, a seus respectivos
tempos, a máquina a vapor na 1ª, a energia elétrica e a química na 2ª ou os
semicondutores e a informática na 3ª Revolução Industrial.
No entanto, não há razão para se acreditar que esse seja o entendimento mais
correto. A Indústria 4.0 é muito mais um elenco de inovações incrementais
que decorrem da incorporação e, principalmente, da integração de
tecnologias já disponíveis ou emergentes e que, portanto, já fazem parte do
estado da arte. Assim, seus desafios estão muito mais no plano da escalagem
e massificação do uso do que no desenvolvimento inovativo propriamente
dito.
Por isso, a melhor analogia para abordar a Indústria 4.0 é com o que nos
anos 1980 se chamou de pós-fordismo, toyotismo, produção enxuta ou
qualidade total. São tecnologias organizacionais que não dizem respeito aoqualidade
que se produz e sim a forma como se produz Como tal embora os fóruns de
Por David Kupfer
David Kupfer é professor do Instituto de
Economia da Universidade Federal do Rio de
Janeiro (UFRJ), coordenador do Grupo de
Indústria e Competitividade (GIC-IE/UFRJ) e
membro do Conselho Superior de Economia
da Fiesp.
Doutor em economia da indústria e tecnologia
pela UFRJ, Kupfer é autor de artigos sobre
inovação, competitividade e concorrência na
indústria brasileira, além de coautor do livro
“Made in Brazil” e organizador de “Economia
Industrial: Fundamentos Teóricos e Práticas
no Brasil”.
Fale com David Kupfer
David Kupfer
Mensagens dos leitores
Trump
O cerco judicial aos auxiliares de Trump abre
uma brecha que pode colocar em perigo o
mandato do presidente dos Estados Unidos.
Uma vitória dos democratas, nas eleições de
novembro, permitiria o início de um processo
de impeachment após a posse da nova
legislatura em janeiro de 2019.
 
27/08/2018 às 05h00 - Luiz Roberto da Costa
Jr -
Desespero
O eleitor fluminense está numa situação de
quase desespero diante dos nomes
apresentados para a disputa do governo
estadual. Por maiores que sejam as
recomendações estimulando-o a estudar com
atenção o histórico de cada candidato, a fim
g1 ge gshow vídeos
que se produz e, sim, a forma como se produz. Como tal, embora os fóruns de
debate sejam frequentemente dominados pela ênfase no lado da produção
dessas inovações, a Indústria 4.0 é, fundamentalmente, uma questão ligada à
difusão dessas novas técnicas, que dizer, algo que está do lado do uso da
tecnologia.
Sendo essa a chave analítica, é importante ter claro que as oportunidades
abertas pelos preceitos da Indústria 4.0 são transversais, abarcando todo o
tecido produtivo e não somente as indústrias de ponta (de alta tecnologia).
Não é a toa que atividades tradicionais como a indústria têxtil ou mesmo a
agricultura têm sido tão impactadas pela introdução desses preceitos.
No entanto, se o caráter transversal dessa nova onda acena com múltiplas
oportunidades, o desafio brasileiro para surfá-la precisa ser enfrentado a
partir do diagnóstico de que boa parte da indústria nacional ainda está no
estágio 2.0, tendo conseguido incorporar as técnicas relacionadas à produção
enxuta de 30 anos atrás mas apresentando importantes defasagens em
tecnologias de informação e comunicação, que caracterizam o estágio 3.0.
Significa isso que será necessário, mais uma vez, queimar etapas, resultado
que dificilmente será alcançado sem uma extensa construção institucional,
pública e privada, voltada para fomentar esse processo.
Prosseguindo na analogia já feita, a difusão da Indústria 4.0 vai requerer um
esforço de superação de gargalos regulatórios e de infraestrutura tecnológica,
semelhantes ao que objetivou o movimento pela qualidade industrial quequalidade
começou a se constituir no país, tardiamente, apenas nos anos 1990, como
consequência da falta de estratégia e do imobilismo da política industrial
brasileira de então. Será que essa história vai se repetir?
Por certo que as novas formas produtivas ligadas a Indústria 4.0 abrem
também um importante espaço para o desenvolvimento de inovações que
necessita ser ferrenhamente perseguido pelo Sistema Nacional de Inovação
brasileiro. No entanto, nesse campo o sucesso vai requerer uma estratégia
muito mais focada pois não são muitos os setores (e empresas) que estão bem
posicionados para a obtenção de resultados positivos a curto ou médio-
prazos.
David Kupfer é diretor do Instituto de Economia da UFRJ e
pesquisador do Grupo de Indústria e Competitividade (GIC-
IE/UFRJ). Escreve mensalmente às segundas-feiras. E-mail:
gic@ie.ufrj.br.
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