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1 Rotac¸a˜o - Coˆnicas 1. Reduza por meio de uma rotac¸a˜o ou uma translac¸a˜o a equac¸a˜o 4xy − 3y2 = 36 a` sua forma canoˆnica. Determine os pricipais elementos desta coˆnica e fac¸a um esboc¸o da curva. 2. Sejam OX, OY um sistema de eixos ortogonais e OX, OY o sistema obtido por uma rotac¸a˜o positiva de 300 dos eixos OX e OY . (a) Se a curva nas coordenadas x, y e´ dada por (x− 1)2 + 4(y + 1)2 = 4, determine os ve´tices, os focos e a reta focal da coˆnica nas coordenadas x, y. (b) Fac¸a um esboc¸o da curva no sistema OX, OY . (c) Mostre que a reta −x+√3y = 1 na˜o intercepta a coˆnica. 3. Efetuando uma rotac¸a˜o positiva de 45o nos eixos cartesianos, fac¸a um esboc¸o detalhado da figura de equac¸a˜o xy + x+ y = −1 4. Por uma mudanc¸a de coordenadas passou-se do sistema OXY para O′X ′Y ′. O ponto (3, 1), em OXY , e´ a origem O′, e os pontos (5, 2) e (2, 3), em OXY , pertencem aos semi-eixos positivos O′X ′ e O′Y ′, respectivamente. Quais sa˜o as coordenadas do ponto (6, 6) no sistema O′X ′Y ′? Gabarito 1. Substituindo na equac¸a˜o dada x = xcosθ−ysenθ e y = xsenθ+ycosθ, obtemos a equac¸a˜o nas coordenadas x, y: (4cosθ senθ − 3sen2θ)x2 + (4cos2θ − 4sen2θ − 6senθ cosθ)xy + (−3cos2θ − 4senθ cosθ)y2 = 36. Queremos que na nova equac¸a˜o na˜o aparec¸a o termo xy e enta˜o devemos ter o coeficiente de tal termo igual a zero: 4cos2θ−4sen2θ−6senθ cos2θ = 0. Lembramos que cosθ 6= 0 e, por isso, podemos dividir a u´ltima equac¸a˜o por cos2θ, obtendo 4−4tg2θ−6tgθ = 0. Resolvendo esta equac¸a˜o do segundo grau em func¸a˜o de tgθ, obtemos tgθ = 6± √ 36−4(−4)(4) −8 = 6±10 −8 . Como convencionamos tgθ > 0, segue que tgθ = 6−10 −8 = 1 2 . Assim senθcosθ = 1 2 , isto e´, cosθ = 2senθ, que substituido na igualdade cos 2θ+ sen2θ = 1, fornece os valores: senθ = 1√ 5 e cosθ = 2√ 5 . Essas u´ltima igualdades substitu´ıdas nas igualdades x = xcosθ − ysenθ e y = xsenθ + ycosθ nos fornece x = 2x√ 5 − y√ 5 e y = x√ 5 + 2y√ 5 (∗) Esses novos valores de x e y substituidos na equac¸a˜o 4xy − 3y2 = 36 nos fornece a equac¸a˜o da coˆnica no sistema OX¯Y¯ : x2 − 4y2 = 36. Esta coˆnica e´ uma hiperbole de esboc¸o: 2 A reta focal e´ no sistema OX¯Y¯ e´ y = 0, ou ainda, e´ formada por pontos de coordenadas (x, y) = (0, t), com t ∈ R. Essas coordenadas substitu´ıdas nas igualdades em (∗), nos fornece a parametrizac¸a˜o {(x, y) = ( 2t√ 5 , t√ 5 ); t ∈ R} para reta focal ou a equac¸a˜o cartesiana x − 2y = 0. Com um racioc´ınio ana´logo obtemos as equac¸o˜es das ass´ıntotas: 4x − 3y = 0 e y = 0. Nos dois sistemas, o centro tem coordenadas (0, 0). No sistema OX¯Y¯ os ve´rtices focais teˆm coordenadas (±6, 0), que substitu´ıdas em (∗) nos fornece as coordenadas (−12 √ 5 5 ,−6 √ 5 5 ) e ( 12 √ 5 5 , 6 √ 5 5 ) em OXY . No sistema OX¯Y¯ , os focos teˆm coordenadas (±3√5, 0) que substitu´ıdas em (∗) nos fornece as coordenadas (−6,−3) e (6, 3) em OXY . 2. (a) Primeiro consideramos a relac¸a˜o entre os dois sistemas: x = cos (pi6 )x− sen (pi6 )y = √ 3x 2 − y2 y = sen (pi6 )x+ cos ( pi 6 )y = x 2 + √ 3y 2 (∗) Segue da equac¸a˜o dada no exerc´ıcio que temos uma elipse, onde a = 2, b = 1 e c = √ 3. Logo, no Sistema OXY temos: • C = (1,−1) como coordenadas do centro. • F1 = (1 + √ 3,−1) e F2 = (1− √ 3,−1) como coordenadas dos focos. • A1 = (3,−1) e A2 = (−1,−1) como coordenadas dos ve´rtices focais. • V1 = (1, 0) e V2 = (1,−2) como coordenadas dos ve´rtices na˜o focais. Agora, para obter as coordenadas de C no sistema OXY , substitu´ımos x = 1 e y = −1 no sistema (∗) e obtemos C = (1+ √ 3 2 , 1−√3 2 ). Repitindo o mesmo racioc´ınio, obtemos as coordenadas dos focos e ve´rtices no sistema OXY como: • F1 = (4+ √ 3 2 , 1 2) e F2 = ( −2+√3 2 , 1−2√3 2 ) . • A1 = (1+3 √ 3 2 , 3−√3 2 ) e A2 = ( 1−√3 2 , −1−√3 2 ). • V1 = ( √ 3 2 , 1 2) e V2 = ( 2+ √ 3 2 , 1−2√3 2 ). Como na˜o foi exigido o tipo de equac¸a˜o, vamos calcular no sistema OXY as equac¸o˜es parame´tricas da reta focal r. Sabemos que r passa por F1 e F2, por isso temos que o vetor −→ F1F2= (−3,− √ 3). Mas para facilitar as contas, podemos considerar como vetor paralelo a` reta r o vetor ~v = (3, √ 3) e podemos escolher, por exemplo, o ponto F1 para obter as equac¸o˜es parame´tricas (lembrem-se que esta reta coincide com o eixo OX: r : { x = 4+ √ 3 2 + 3t y = 12 + √ 3t com t ∈ R. 3 Mas com as te´cnicas ja´ conhecidas do material dida´tico, das equac¸o˜es parame´tricas podemos chegar na seguinte equac¸a˜o cartesiana: r : −√3x+ 3y = −2√3. (b) (c) Multiplicando a equac¸a˜o da reta l : −x+√3y = 1 por √3, obstemos a equac¸a˜o l : −√3x+ 3y = √3. Logo l e´ paralela a` reta r ( e portanto ao eixo OX) e a distaˆncia entre elas e´ | √ 3+2 √ 3|√ 12 = 32 , que e´ maior que a distaˆncia do centro da elipse ao ve´rtice V1 ( distaˆncia essa que vale b = 1). Logo l na˜o vai interceptar a elipse! 3. Efetuando uma rotac¸a˜o de 45o nos eixos, obtemos um novo sistema O′X ′Y ′, tal que x = x′ − y′√ 2 ; y = x′ + y′√ 2 Substituindo essas duas igualdades na equac¸a˜o xy + x + y = −1, obtemos (x′ +√2)2 − y′2 = 0, isto e´, temos duas retas concorrentes em O′X ′Y ′: r′2 : y′ = x′ + √ 2 e r′1 : y′ = −x′ − √ 2. No sistema O′X ′Y ′, a reta r′2 passa pelos pontos (0, √ 2) e (−√2, 0) (que em OXY equivale os respectivos pontos A = (−1, 1) e B = (−1,−1)), e a reta r′1 passa pelos pontos (0,− √ 2) e (−√2, 0) (que em OXY equivale os respectivos pontos C = (1,−1) e B = (−1,−1)) 4. Nomeando O′ = (3, 1), B = (5, 2) e C = (2, 3), veja no gra´fico como fica o sistema O′X ′Y ′: 4 Observe que para chegar no sistema O′X ′Y ′, o sistema OXY sofreu uma translac¸a˜o para o sistema O′X¯Y¯ (a origem deste sistema tem coordenadas (3,1) no sistema OXY ) e este u´ltimo sofreu uma rotac¸a˜o de aˆngulo θ para chegar no sistema O′X ′Y ′. Agora passemos as relac¸o˜es entre os sistemas:{ x¯ = x− 3 y¯ = y − 1 (∗) e { x′ = cos θ x¯+ sen θ y¯ y′ = −sen θ x¯+ cos θ y¯ (∗∗) Ale´m disso, |DB| = 1, |O′D| = 2 e, aplicando o Teorema de Pita´goras no triaˆngulo retaˆngulo O′DB, temos que |O′B| = √5. Assim, cos θ = 2√ 5 , sen θ = 1√ 5 e, consequentemente, o sistema (∗∗) pode ser escrito como { x′ = 2x¯√ 5 + y¯√ 5 y′ = − x¯√ 5 + 2y¯√ 5 (∗ ∗ ∗) Agora, vamos ver quem sa˜o as coordenadas no sistema O′X ′Y ′ do ponto de coordenadas cartesianas (6, 6). Primeiro substitu´ımos x = 6 = y no sistema (∗) e obtemos, no sistema O′X¯Y¯ , as coordenadas deste ponto iguais a` (x¯, y¯) = (3, 5). Finalmente, substitu´ımos essas u´ltimas coordenadas no sistema (∗∗∗) para obter as coordenadas desejadas: (x′, y′) = ( 11√ 5 , 7√ 5 ).
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