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POLUIÇÃO VISUAL

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PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC) - FMF 2014
Congresso de Jornalismo e Publicidade da Faculdade Martha Falcão - FMF
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC) - FMF 2014
Congresso de Jornalismo e Publicidade da Faculdade Martha Falcão - FMF
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Responsabilidade Socioambiental: Poluição Visual 1
Rakel CAMINHA 2
Marla FREIRE3
Ludmila CASTRO4
Antony NOBRE 5
Faculdade Martha Falcão, Manaus/AM
RESUMO
A poluição visual é um das maneiras de poluir o ambiente humano mais visíveis e de maior impacto imediato. Ela se dá através da aglomeração massiva de objetos num mesmo quadro, que por sua vez, causa danos à aparência física do local que afeta. No ramo da comunicação visual, por exemplo, agrega-se valor à algo quando há vários elementos composicionais. Um restaurante vazio, por exemplo, não chama clientes. Acontece que uma quantidade em excesso de informação pode obstruir a mensagem principal – a isso chamaremos de baixa pregnância da forma. Porém, não há só esse meio de poluição visual, mas também a existência da prática de jogar lixo nas ruas, vandalismos de pichação e outras praticas humanas tem tornado a poluição visual crescente no mundo moderno. É essencial buscar métodos que diminuam esses impactos afim de diminuir os danos já causados ao longo do percurso da raça humana. 
PALAVRAS-CHAVE: poluição; visual; ambiente; comunicação; pregnância; .
INTRODUÇÃO
Para falarmos de poluição visual precisamos primeiro buscar o significado de visual. Tudo que é visual é, obrigatoriamente, relativo à visão; o ato de ver. Isso se dá porque os animais no geral possuem cinco sentidos que propiciam sua interação plena com o meio ambiente e a visão é um desses elementos. Ela permite que se observe contornos, cores e formas. A visão, no entanto, engloba outros dois sentidos, captados através de estruturas denominadas cones – responsáveis pela percepção da cor - e bastonetes - responsáveis pela captação de luminosidade. 
1 Trabalho submetido a avaliação na matéria Responsabilidade Socioambiental na Publicidade.
2 Estudante do 4º período do curso de Comunicação social da FMF - AM. E-mail: rakeldealencar@hotmail.com,
3 Estudante do 4º período do curso de Comunicação social da FMF - AM.E-mail: marlafreiree@hotmail.com
4 Estudante do 3º período do curso de Comunicação social da FMF - AM. E-mail: ludmilaccastro@gmail.com
5 Estudante do 4º período do curso de Comunicação social da FMF - AM. E-mail: Anthony_nobre@hotmail.com
PROGRAMA DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA (PIC) - FMF 2014
 Faculdade Martha Falcão - FMF
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6Orientador do trabalho. Professor da Faculdade Boas Novas – AM. E-mail: aladias@gmail.com
Segundo o Departamento Brasileiro de Fisiologia (DBF. IB, Unesp – Botucatu. p. 03, 2002) O olho dos vertebrados é semelhante a uma câmara fotográfica, porém bem mais complexo. O olho possui um mecanismo de busca e de focalização automática do objeto de interesse, um sistema de lentes que refratam a luz (uma fixa e outra regulável), pupila de diâmetro regulável, filme de revelação rápida das imagens e um sistema de proteção e de manutenção da transparência do aparelho ocular. Assim, podemos visualizar sete cores principais, que tendem a milhares de degradações possíveis de acordo com luz e sombra. Ou seja, percebemos os ambiente de acordo com nossos olhos, que é a estrutura orgânica fundamental para esse processo. 
Ainda segundo o DBF, quando observamos externamente o olho, vemos algumas estruturas principais; A pupila - abertura que permite a entrada de luz para o interior do globo ocular em direção a retina. A íris - cuja pigmentação caracteriza a cor dos nossos olhos, possui dois tipos de músculos lisos de ação antagônica -. A córnea: superfície curva e transparente de tecido conjuntivo que funciona como uma lente de grande capacidade de refração e filtra os raios UV. Ela é sempre lavada pela secreção lacrimal (controlada pelo nervo VII) que é espalhada pelas pálpebras que se sobem e descem. A palpebral - a elevação é causada pelo músculo elevador da pálpebra ativado pelo III par.
A esclera - tecido conjuntivo rígido e esbranquiçado que continua a córnea. O conjunto esclera e córnea que dão a forma esférica do olho. Os músculos extrínsecos do olho associada a esclera estão seis pares de músculos esqueléticos que garantem o movimento do globo ocular.
Nervo óptico: fibras nervosas que transportam as informações visuais para a base do cérebro, próximo a glândula pituitária. 
 Compreendido em termos o que seria visão, damos início a nossa jornada para desvendar o que seria então a poluição visual. Poluir é sinônimo de corromper, denegrir, sujar quaisquer nicho componente do ecossistema como um todo, sendo a poluição visual o ato de “sujar” a imagem composta pelo olho através de seus processos biológicos que geram a visão. Ou seja, alterar o padrão visual do ambiente em questão com vários elementos que não pertencem ao grupo. 
POLUIÇÃO VISUAL
 Poluição Visual é o nome dado a excesso de elementos ligados a cartazes, anúncios, propagandas, banners, totens, placas e outros elementos ligados à comunicação visual. Alguns especialistas acreditam que tais coisas promovem o desconforto do espaço e da vista daqueles que passam por locais onde se encontram, além de promover um espaço de promoção e trocas comerciais de empresas capitalistas e também trabalha para a cidade ficar mais “feia”. 
 Em Manaus, no mês de junho de 2013 foram retiradas peças de publicidade das avenidas principais, reduzindo assim a poluição visual.
 A “Operação Cidade Limpa”, ação de rotina do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), executada pela Gerência de Engenhos Publicitários (GEP), retirou das ruas da cidade 162 peças de publicidade das principais avenidas de Manaus.
 Entre os materiais mais comuns, encontrados em postes, na calçada, em logradouros públicos e na via de modo geral, estão os galhardetes, somando 58 engenhos, tendo sido recolhidos ainda 42 placas, 21 faixas, 18 cavaletes e 17 banners, e outras peças publicitárias. 
 As 162 peças foram retiradas das avenidas Costa e Silva, Rodrigo Otávio, Laguna, Desembargador João Machado, Maceió, Paraíba, Nilton Lins, Tancredo Neves, Ivonete Machado e Maneca Marques, e das ruas Recife, Doutor Thomas e Rio Mar. Além dos fiscais do Implurb, o trabalho conta com apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e da Guarda Municipal. Todos os engenhos publicitários retirados são irregulares e anunciam os mais variados tipos de serviços, desde vendas de casas, material de construção e comida, até shows, promoções, reformas e até feijoadas.
 O centro da cidade de Manaus é um belo lugar, mas também onde se encontra a maior parte de poluição visual, os fios espalhados pelas obras arquitetônicas antigas o entrelaçamento de cabos, por exemplo, expostos de maneira agressiva, os lixos jogados na rua. 
 Quando se pensa em poluição visual, logo vem à mente Outdoor, lixo, iluminação inadequada das cidades, carros velhos esfumaçando, fábricas jogando lixo nos rios, praias cheias de sacolas, embalagens velhas, rótulos, papel, copos plásticos, chicletes e lixos jogados em várias áreas da cidade que se tornam um caos com a chuva. Infelizmente, esse tipo de poluição é quem menos recebe atenção do governo. A poluição visual está atingindo níveis alarmantes, criados a partir da desordem urbana que impera em grandes cidades. Com as eleições, a poluição visual ficou gritante com os “santinhos” de candidatos jogados no chão, não é somente feio olhar, mas também é perigoso, o fato é que são escorregadios e pouco se faz ou fala a respeito de algo que ficará perdido na cidade de forma inadequada.
 Esses elementos quando dispostos em grande quantidade, geram uma sensação de mal-estar para a população urbana, pois a cidade assume um espaço apenas de relações comerciais capitalistas, escondendo a sua arquitetura original, geramcansaço visual, além de transtornos no trânsito, onde acidentes são ocasionados em razão do desvio de atenção dos motoristas e pedestres. 
 Pode-se definir Poluição Visual como sendo qualquer tipo de "agressão" aos olhos da população. Lixo jogado em terrenos baldios, cartazes de campanhas políticas afixados em muros e pichação são bons exemplos de poluição visual que podemos ver todos os dias, em praticamente todas as cidades do Brasil. Mas existe um tipo de poluição que estamos tão acostumados que muitas vezes não vemos isto como poluição: são os fios de alta tensão e os cabos telefônicos colocados em postes. 
 O lixo contribui para a poluição visual. Atinge o ser humano com doenças transmitidas por pragas, insetos ou animais que se alimentam do lixo.
 Insetos como os que transmitem a malária, dengue e a febre amarela costumam se concentrar em áreas sujas que contenham água parada. Os ratos são transmissores da peste bubônica, da leptospirose, do tifo e da disenteria, que podem causar até a morte do ser humano.
 O urubu, apesar de considerado como símbolo da sujeira, é animal protegido por lei que proíbe sua matança. Sua utilidade está no fato de retirar o material orgânico da superfície do solo. Por outro lado, é transmissor da leptospirose.
 Em Manaus, no mês de junho de 2013 foram retiradas peças de publicidade das avenidas principais, por conta da poluição visual, então pensando em reduzir a poluição iniciaram a lei “Operação Cidade Limpa” ação de rotina do Instituto Municipal de Ordem Social e Planejamento Urbano (Implurb), executada pela Gerência de Engenhos Publicitários (GEP), retirou das ruas da cidade 162 peças de publicidade das principais avenidas de Manaus.
 Entre os materiais mais comuns, encontrados em postes, na calçada, em logradouros públicos e na via de modo geral, estão os galhardetes, somando 58 engenhos, tendo sido recolhidos ainda 42 placas, 21 faixas, 18 cavaletes e 17 banners, e outras peças publicitárias. 
 As 162 peças foram retiradas das avenidas Costa e Silva, Rodrigo Otávio, Laguna, Desembargador João Machado, Maceió, Paraíba, Nilton Lins, Tancredo Neves, Ivonete Machado e Maneca Marques, e das ruas Recife, Doutor Thomas e Rio Mar. Além dos fiscais do Implurb, o trabalho conta com apoio da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp) e da Guarda Municipal. Todos os engenhos publicitários retirados são irregulares e anunciam os mais variados tipos de serviços, desde vendas de casas, material de construção e comida, até shows, promoções, reformas e até feijoadas.
 Um dos meios para se divulgar um produto, serviço ou marca que cresce em ritmo acelerado no Brasil é a chamada mídia exterior, também conhecida como mídia externa e out of home.  Essa mídia corresponde à ação publicitária ao ar livre. Os grandes centros urbanos vêem sofrendo grandes mudanças com a difusão de publicidades externas que surgiram conjuntamente aos processos de industrialização e globalização. As informações passaram a estar acessíveis a qualquer tempo e qualquer lugar.
 Essa visibilidade contínua da mídia externa cria uma importante dualidade; gera um meio democrático por sua gratuidade e domínio público, não se escolhe quem vê, esta ali para toda a população, entretanto, ao mesmo tempo impossibilita o direito de escolher de não ver, privando o cidadão de não adquirir aquela informação.
 De acordo com os dados divulgados pelo Projeto Inter-Meios, coordenado pelo Meio e Mensagem, o investimento em mídia externa como outdoor, busdoor, fachada, painel, letreiro luminoso e mobiliário urbano, por exemplo, cresceu em 11,5% no 1º semestre de 2013. A expectativa é que o investimento em mídia exterior cresça mais 6% até o final de 2014.
 Estes dados mostram a força que esse meio vem ganhando nas ações publicitárias. Além disso, surge como uma alternativa mais barata comparada a outras mídias.
 Apesar de ter grande impacto esse tipo de mídia gera bastante discussão em algumas regiões, onde esse tipo de ação é proibido por lei, pois é considerada poluição visual, isso se tem pelo fato de que em algumas cidades é tanta informação que algumas passam despercebidas pelas pessoas e em outras ocasiões interferem nas paisagens e belezas de alguns centros urbanos.
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(Disponível em: http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2013/01/acao-de-combate-poluicao-visual-apreende-26-itens-irregulares-no-am.html. Acesso em: 21 de outubro de 2014.) Marla
 Porém acessando diariamente essas informações, acabamos não questionando a sua presença nem o seu conteúdo. Dominique Wolton, estudioso das relações entre comunicação midiática e espaço público afirma que:
As media são movidos por leis de mercado e por leis monetárias, estando completamente dependentes do setor econômico. A dependência excessiva do lucro leva a que exista liberdade a mais. O interesse público não é, muitas vezes, respeitado pelas media privadas. Para existir espaço público é necessário existir uma série de regras. A liberalização dos conteúdos é uma ameaça ao espaço público e uma ameaça a essas regras. Há alguém que decide os conteúdos a que somos expostos, o que fere de morte todas as idéias pré-concebidas sobre liberdade informativa." (WOLTON, Dominique, 1995)
 Constatação que não chega a ser nenhuma novidade em uma sociedade onde a privatização do espaço público já é uma realidade, e não apenas no âmbito da comunicação, como também no âmbito da nossa estrutura política e econômica, como explana o pesquisador Gilberto Dupas: 
Este início do século coloca-nos diante de graves questões que nos impõem a necessidade de repensar as bases do tipo de sociedade que queremos. O espaço da liberdade reduz-se progressivamente a um ato de consumo e a democracia fica ameaçada pelo individualismo extremo e pela desagregação das sociedades política e civil... As grandes corporações apropriaram-se do espaço público e o transformaram em espaço publicitário. fazendo esvair o espaço de igualdade dos cidadãos em torno das instituições públicas." (DUPAS, Gilberto, 2005).
 A publicidade que se desenvolveu no Brasil a partir do processo de industrialização, tinha como função primordial apenas comunicar a existência de determinado produto ou serviço. 
 Essa mídia ainda era indefinida e se confundia muitas vezes com a fachada das próprias fábricas e lojas que o distribuíam. Entretanto, com o aumento da concorrência foi necessário criar o conceito de "marca" e diferenciar cada produto dos demais agregando a ele valores não necessariamente ligados às suas características físicas, como promessas abstratas e não necessariamente componentes do produto em si, tais como liberdade, poder e sedução, solidificando o hábito de consumo. Desde então a comunicação publicitária assume muito mais o papel de diferenciar o produto do que apenas informar a seu respeito.
 Com a ampliação da utilização das mídias externas para dar maior ênfase no produto das empresas surgiu um fenômeno que posteriormente foi denominado como poluição visual. Tal tema ganha relevo, pois, trata justamente dos efeitos da mídia externa no meio ambiente artificial e seus efeitos à sociedade. A Política Nacional do Meio Ambiente (Lei nº 6.938/81) em ser artigo terceiro, inciso terceiro, define poluição como:
III poluição, a degradação da qualidade ambiental resultante de atividades que direta ou indiretamente:
a)Prejudiquem a saúde, a segurança e o bem-estar da população;
b)Criem condições adversas às atividades sociais e econômicas;
c)Afetem desfavoravelmente a biota;
d)Afetem as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente;
e)Lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões ambientais estabelecidos. (Art. 3º Lei 6.938/81).
 Dessa forma, definimos poluição visual como sendo, qualquer alteração resultante de atividade que causem degradação da qualidade ambiental desses espaços, vindo a prejudicar, direta ou indiretamente, a saúde, a segurança e o bem-estar da população, bem como a criar condições adversas às atividadessociais e econômicas ou a afetar as condições estéticas ou sanitárias do meio ambiente.
As mídias externas têm como vantagens:
Custos: O investimento nesse tipo de mídia é praticamente nulo comparado a outros meios mais tradicionais.
 Oportunidades: A mensagem pode ser colocada nos momentos oportunos e sua substituição é relativamente rápida.
 Maleabilidade: Pode ser utilizada em uma extensão nacional, em uma cidade ou apenas em um bairro.
 Impacto: ação rápida e constante: Impressiona pelo tamanho e pelas cores. Por ser uma mídia que passa a informação de maneira objetiva, as pessoas captam melhor a mensagem. Como as pessoas geralmente circulam diariamente pelas mesmas ruas, faz a ação ser constante.
 Massificação: Atinge todos os segmentos na mesma proporção. Mídia com penetração abrangente.
 Fixação: Em geral, as pessoas circulam pelos mesmos locais diariamente e vêem as placas repetidamente. A mensagem concisa breve facilita a memorização.
E suas desvantagens são:
 Proibição: Em algumas cidades esse tipo de publicidade é proibido por lei.
 Poluição visual: Em alguns lugares a poluição visual chega a ser tanta que a mensagem pode passar despercebida pelas pessoas
 Localização: Por ser uma mídia barata existe muita procura, consequentemente encontra-se a dificuldade de escolha de locais específicos, principalmente em locais de mais trafego de pessoas.
 Vulnerabilidade: Por tratar-se de mídias que ficam em vias públicas, esse meio está sujeito a sofrer atos de vandalismo.
 Mensagem: É uma mídia que não permite que as mensagens a transmitir sejam complexas e longas
 Em Manaus está se tornando um fenômeno cada vez mais assustador. Ante os fatos, seus efeitos. Na Avenida Djalma Batista e Constantino Nery, para não falar da Zona Leste, escancara-se para o cidadão comum, a poluição visual da qual é vítima, sem o menor pudor por parte de quem a provoca. 
O IMPLURB e a SEMMAS hoje em dia combatem a poluição visual através de ações, após aprovada a LEI N° 583 DE 27 DE DEZEMBRO DE 2000 ESTABELECE normas de combate à “poluição visual”, define as sanções administrativas e pecuniárias por infrações ao direito coletivo do povo à paisagem urbana limpa e sadia e dá outras providências.
 O PREFEITO MUNICIPAL DE MANAUS no uso das atribuições que lhe são conferidas pelo artigo 80, inciso IV, da Lei Orgânica do Município. FAÇO SABER que o Poder Legislativo decretou e eu sanciono a presente.
LEI:
 Art. 1° - O direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, assegurado a todos pelo art. 225, da Constituição da República, e 229, da Carta Estadual, como “bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida”, será garantido pelo Poder Público Municipal e pela coletividade, em relação à paisagem urbana de Manaus, mediante o permanente e severo combate a todas as formas de poluição visual, segundo as normas estabelecidas nesta Lei.
Art. 2° - O uso de recursos visuais por parte de estabelecimentos industriais, comerciais e de serviços, inclusive os de cunho médico-hospitalares e os destinados à educação, ao ensino e à cultura, será regulado por ato da administração municipal no atinente aos seguintes aspectos:
I – áreas e locais, do domínio público ou particular, onde esses recursos podem ser utilizados ou não;
II – natureza, tipos e dimensões dos anúncios a serem usados em propagandas, manifestações públicas ou avisos e chamadas, segundo o lugar de seu uso;
III – apresentação estética (a arte utilizada e a forma) que assegure a preservação dos traços característicos da “paisagem urbana” natural e sadia;
IV – estrutura e forma que não ponham em risco a segurança de bens e de pessoas;
V – a clara definição de responsabilidade por danos e prejuízos que venham a ser causados a terceiros.
Parágrafo Único – de nenhuma forma serão admitidos anúncios cujas mensagens atentam contra o decoro público, o bom nome das pessoas e instituições, ou denotem preconceitos de qualquer natureza, especialmente em relação à raça, cor, sexo, nacionalidade, profissão, fé religiosa, convicção política e preferência sexual.
Art. 3° - A existência, no perímetro urbano da cidade de Manaus, de terrenos baldios e de prédios abandonados e em ruínas, capazes de pôr em risco a segurança de pessoas e bens, em virtude de se constituírem em valhacoutos de marginais e desocupados, é considerada, para os efeitos desta Lei, como caso de agressão à “paisagem urbana”, e deverá sofrer severa e efetiva ação da política administrativa do poder público municipal, sujeitando-se, os seus proprietários, aos rigores do Código de Posturas, se estes não atenderem as providências exigidas e impostas pela municipalidade. parágrafo Único – Inclui-se nas hipóteses deste artigo a inexistência ou mal estado de calçadas, das fachadas de prédios e de muros ou paredes expostas à vista do público.
Art. 4° - VETADO.
 
Art. 5° - VETADO.
 
Art. 6° - O Prefeito Municipal de Manaus regulamentará a presente Lei no prazo improrrogável de 30 (trinta) dias, a contar de sua publicação.
 
Art. 7° - Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições com contrário.
Mas não devemos esperar apenas pelos órgãos responsáveis, devemos fiscalizar uns aos outros, através de campanhas que reeduquem o cidadão e faça com que ela tenha consciência que a cidade também faz parte da sua casa, e que a poluição prejudica a estética da cidade e principalmente a saúde da população.

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