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Fármacos Antimaláricos Noturno 2015 “International funding for malaria control has risen steeply in the past decade. Disbursements reached their highest ever levels in 2009 at US$ 1.5 billion, but new commitments for malaria control appear to have stagnated in 2010, at US$ 1.8 billion.” 1970: 52.469 1980: 169.871 Década de 90: 632.000 2002: 349.896 Número de casos de malária no Brasil 2002: 349.896 2004: 459.000 2005: 597.000 2006: 546.000 Ciclo de vida do parasita Sintomas • Os sintomas da malária são febre, calafrios, cefaléia, vômito, anorexia, fadiga, diarréia e anemia. Se não tratada adequadamente a doença pode apresentar complicações como doença pode apresentar complicações como edema pulmonar, complicações renais, icterícia e obstrução de vasos sangüíneos no cérebro (nos casos graves da doença), situação que poderá levar à morte do indivíduo. Organização mundial de saúde Cinchona succiruba N N HO MeO Anopheles Quinina-1820 N Tratamento da malária Plasmodium falciparum 300 milhões de casos agudos/ano 1 milhão mortes/ano 40% da população mundial sob risco 90% dos casos na África África - 1 criança morre a cada 30s N N HO 8 9 1 MeO R S quinina Ativa contra as formas Eritrocíticas do parasita N N HO MeO R S N N HO R S N N HO S R quinidina cinchonidina cinchonina N N HO MeO Quinina – começou a ser usada no sec. 17 N MeO Cl HN N 9 Quinacrina – 1934 – fraco antimalárico 4 Começo da II Guerra: preocupações com o fornecimento de Cinchona Esforços sintéticos para novos antimaláricos mais potentes que quinacrina N MeO HN NH2 Primaquina 8-aminoquinolinas N HN N Cl Cloroquina 4-aminoquinolinas Esforços sintéticos para novos antimaláricos mais potentes que quinacrina Esquizonticida N N HO MeO N HN N Cl Cloroquina Quinina 4-AMINOQUINOLINAS4-AMINOQUINOLINAS N N HHO H H CF3 CF3 R S Mefloquina N Cl Cl F3C HO Halofantrina Usada em casos de resistência a cloroquina, mas possui efeitos colaterais Mecanismo de ação 4-AMINOQUINOLINAS • Intercalação no DNA (?) • Ferriprotoporfirina IX (FPIX) Digestão da hemoglobina - hemozoína, que contém FPIX FPIX fica ligada a proteína endógena (atóxica) FPIX livre é toxica ao hospedeiro e parasita quinolinas se ligariam a FPIX, levando a efeitos tóxicos • Hipótese da base fraca Quinolinas - bases fracas se acumulam nos lisossomas do parasita (pH 4,8- 5,2), provocando reações ácido-base que aumentam o pH no lisossoma, diminuindo sua capacidade de digestão de hemoglobina 8-AMINOQUINOLINAS8-AMINOQUINOLINAS N MeO HN NH2 Primaquina N MeO HN N Pamaquina Proposta de mecanismo de ação: auto-oxidação do grupo 8-amino, seguida de Escolha para tratamento das recaídas de P. vivax e P. ovale, além de ser ativa contra estágios hepático de P. falciparum São hipnozoitos (formas exoeritrocíticas) e gametocidas Proposta de mecanismo de ação: auto-oxidação do grupo 8-amino, seguida de formação de espécies reativas de oxigênio N N N N OH H2N Ribose N N N N H OH H2N CH2O P O P O OH O OH OH H2N COOH N N N N H OH H2N N H COOH Guanosina várias etapas ác. p-aminobenzóico (PABA) ác. diidropterióico N N N N OH H N N H N H O COOH COOH N N OH N H N H O COOH COOH diidropteroato sintetase DHFR Formação dos co-fatores do ácido fólico sulfas N NH2N N N H H2NÁCIDO FÓLICO (FA) (dieta) ácido diidrofólico (FAH2) N N H N N H OH H2N N H N H O COOH COOH ácido tetraidrofólico (FAH4)N N N N H OH H2N NH2C NH O COOHHOOC 5 10 5 10 N5,N10-metileno-FAH4 DHFR Antimetabólitos do ác. fólico Serina- hidroxi metiltransferase ANTICANCERÍGENOS, ANTIBACTERIANOS, ANTIPARASITÁRIOS N N N N OH H2N Ribose N N N N H OH H2N CH2O P O P O OH O OH OH H2N COOH N N N N H OH H2N N H COOH Guanosina várias etapas ác. p-aminobenzóico (PABA) ác. diidropterióico diidropteroato sintetase Co-fatores do ác fólico X Células bacterianas e parasitárias N N N N OH H2N Ribose N N N N H OH H2N CH2O P O P O OH O OH OH H2N SO2NH2 N N N N H OH H2N N H SO2NH2 Guanosina várias etapas sulfanilamida diidropteroato sintetase X Falso substrato H2N S N H O O N N sulfadiazina H2N S N H O O N N OMe OMe sulfadoxina R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N N N NH2 H2N R N N H COOH O COOH MTX - não penetra nas células bacterianas Toxicidade para as células humanas Grupos lipofílicos N N NH 2 H2N Cl PIRIMETAMINA N N OMe OMe OMe NH2H2N TRIMETOPRIM antimalárico antibacteriano Aumento nas interações de VDW Fonte da enzima pirimetamina trimetoprim cicloguanil metotrexato Plasmodium berghei 0,5 70 3,6 0,7 E. coli 25.000 5 - 1 Fígado humano 1.800 300.000 - 90 Fígado rato 700 260.000 - 2 Eritrócito rato 1.000 1.000.000 1.600 - Seletividade na inibição da DHFR (IC50 em nm) N NH2 NH COOH O COOH N NH2 H N Cl CICLOGUANIL R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N N N H2N R N N N OMe OMe OMe NH2H2N TRIMETOPRIM N N N NH2 H2N Cl Me Me N H2N Cl PIRIMETAMINA N N NH 2 N N H COOH O COOH N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH ÁCIDO FÓLICO N NNH2 N CH3 OCH3 OCH3PIRITREXIM Antimetabólitos antineoplásicos R = CH3 METOTREXATO R = H AMINOPTERINA N N NH2N R N N NH2N N OCH3 N H OCH3 OCH3 CH3 TRIMETOTREXATO N N OMe OMe OMe NH 2H2N N N N N OH H2N N H N H O COOH COOH ÁCIDO FÓLICO Antimetabólitos antimicrobianos antibacterianoOMeTRIMETOPRIM CICLOGUANIL N N N NH 2 H2N Cl Me Me N N NH 2 H2N Cl PIRIMETAMINA N N HN NH2 H2N Cl Me Me In vivo PROGUANIL antibacteriano antimaláricos Artemisia annua O H HO OO O O artemisinina Fármaco esquizonticida e gametocida SinteseSintese de de análogosanálogos PreparadosPreparados a a partirpartir de de artemisininaartemisinina: : semisíntesesemisíntese O O O Me H Me O O Me H H H Artemisinin O O OH Me H Me O O Me H H H Dihydroartemisinin NaBH4 O O OR Me H Me O O Me H H H Artemether; R=CH ROH BF3.Et2O Artemisinin Dihydroartemisinin Artemether; R=CH3 Arteether; R=CH2CH3 CO2H HO2C Succinic acid DCC, DMAP O O O Me H Me O O Me H H H O O O Na Sodium artesunate O O H HO O 10 OR R = H DIIDROARTEMISININA R = Me ARTEMETER R = Et ARTEETER R = COCH2CH2COONa ARTESSUNATO DE SÓDIO R = COOH ARTENILATO DE SÓDIO RelaçãoRelação estruturaestrutura--atividadeatividade ••GrupoGrupo trioxanotrioxano é é essencialessencial parapara a a atividadeatividade antimaláricaantimalárica ••DihydroartemisininDihydroartemisinin, , artemetherartemether, , artetherartether e e artesunatoartesunato de de sódiosódio sãosão maismais ativosativos queque artemisininaartemisinina ••DeoxoartemisininaDeoxoartemisinina é é tãotão ativoativo quantoquanto arteéterarteéter ••GrupoGrupolactonalactona nãonão é é essencialessencial ••AnálogosAnálogos semsem o o grupogrupo trioxanotrioxano tem tem poucapouca atividadeatividade ((desoxiartemisininadesoxiartemisinina e e deoxodesoxiartemisininadeoxodesoxiartemisinina)) Deoxoartemisinin O O Me H Me O O Me H H H O O Me H Me Me H H H O Deoxodeoxyartemisinin O O O Me H Me Me H H H O Deoxyartemisinin Hemoglobina Toxicidade seletiva O O O H O O H FeII O O O H O FeIIIO H Hαααα desloc 1,5-H O O O H HO FeIIIO H1 2 4 Ativação redutiva O O O H HO FeIII H O O O O H HO O H FeIVO O O O H O H HO . Alquilação de proteínas Artemisinina - ativada pelo Fe para inibir a enzima PfATP6, que bombeia Ca++ para dentro das organelas • Artemisinina sem endoperóxido - não inibe PfATP6 • Sequestrante de Fe - artemisinina não inibe PfATP6 Artemisinina - ativada pelo Fe para inibir a enzima PfATP6, que bombeia Ca++ para dentro das organelas • Artemisinina sem endoperóxido - não inibe PfATP6 • Sequestrante de Fe - artemisinina não inibe PfATP6 PfATP6: Plasmodium calcium ATPase. • Artemisinina não inibe enzima homóloga do hospedeiro (Toxicidade seletiva) Chem & Eng News 2003, 81 (34), 6 (agosto) Nature 2003, 424, 957 • Artemisinina não inibe enzima homóloga do hospedeiro (Toxicidade seletiva) Chem & Eng News 2003, 81 (34), 6 (agosto) Nature 2003, 424, 957 Problemas que limitam o potencial terapêutico das artemisininas: Vantagens da terapia com artemisinina Problemas que limitam o potencial terapêutico das artemisininas: • Químico: disponibilidade semi-sintética, pureza e custo • Biofarmacêutico: baixa biodisponibilidade e farmacocinética limitada • Tratamento: baixa adesão aos regimes longos de tratamento Desenvolvimento de novos derivados contendo função peróxido C12ββββ- trioxano R ED50 mg/Kg (µµµµmol/Kg) ED90 mg/Kg (µµµµmol/Kg) subcutâneo oral subcutâneo oral 45g HOCH 3,4 (11,0) 5,5 (17,0) 6,8 (21,0) 12,0 (37,0) Novos peróxidos antimaláricos: desenho baseado no mecanismo de ação O OMe O O3R H 12 45g HOCH2 3,4 (11,0) 5,5 (17,0) 6,8 (21,0) 12,0 (37,0) 45j MeC(O)OCH2 2,8 (7,7) 14,0 (39,0) 6,0 (17,0) 22,0 (61,0) 45k p'-FPhCH2OCH2 3,5 (8,2) 3,8 (8,9) 7,1 (17,0) 6,8 (16,0) 45l F 6,8 (22,0) 10,0 (32,0) 13,0 (42,0) 23,0 (75,0) Artemisinina 3,0 (11,0) - 8,5 (30,0) - Cloroquina 1,0 (1,9) - 1,2 (2,3) - OO O N H O NH2 OO O O OH OO O NH2 Novos trioxalanos antimaláricos Nature 2004, 430, 900-904 composto IC50 (ng/mL) 1 x 3 mg/kg (oral) 3 x 10 mg/kg (oral) Cura (%) Cepa K1 Cepa NF54 Atividade (%) Sobrevivê ncia (dias) Atividade (%) Sobrevivê ncia (dias) Controle - - 0 5,2 0 5,2 0 5 6 7 Trioxolano 5 34,0 ±±±± 6,0 45,0 ±±±± 6,0 50 9,0 Nt - - Trioxolano 6 0,39 ±±±± 0,06 0,42 ±±±± 0,06 99 10,0 >99,99 30,0 100 Trioxolano 7 1,0 ±±±± 0,1 0,91 ±±±± 0,12 98 9,0 >99,99 26,2 67 Artesunato 1,3 ±±±± 0,2 1,6 ±±±± 0,1 33 6,6 97,0 11,0 0 Artemeter 0,74 ±±±±0,11 1,2 ±±±± 0,1 56 8,0 >99,99 22,3 0 Cloroquina 62,0 ±±±±4,0 5,1 ±±±± 0,8 85 7,9 99,99 18,2 0 Mefloquina 3,0 ±±±± 0,1 5,8 ±±±± 0,2 18 7,0 99,92 24,3 0 OO O N H O NH2NH2 Boa atividade Boas propriedades farmacêuticas Baixa toxicidade Facilidade sintética, com baixo custo O O Me Me X X SimplificaçãoSimplificação molecularmolecular ••PlanejamentoPlanejamento de de análogosanálogos facilmentefacilmente obtidosobtidos porpor síntesesíntese ••RetençãoRetenção do do grupogrupo farmacofóricofarmacofórico ((grupogrupo trioxanotrioxano)) X= H or Me ••EndoperóxidosEndoperóxidos simétricossimétricos ••MecanismoMecanismo de de transposiçõatransposiçõa 1,5 do 1,5 do hidrogêniohidrogênio nãonão importandoimportando qualqual oxigêniooxigênio iráirá reagirreagir com o com o íoníon ferrosoferroso ••CercaCerca de 7 de 7 vezesvezes menosmenos potentepotente queque artemisininaartemisinina Me O O MeMe OH Me OH Me O O Me O F3C F3C OutrosOutros produtosprodutos naturaisnaturais Yingzhaosu Arteflene ••YingzhaosuYingzhaosu A A isoladoisolado de de umauma plantaplanta ornamental ornamental rararara ••ExtraçãoExtração difícildifícil ••ArtefleneArteflene é um é um análogoanálogo sintéticosintético ••ArtefleneArteflene possuipossui metademetade dada atividadeatividade de de artemisinaartemisina Recomendações de combinações terapêuticas para a África (OMS) Recomendações do Ministério da Saúde para o tratamento da malária: No caso das infecções por P. vivax e P. malariae, é preciso eliminar os plasmódios que se encontram no fígado para evitar as recaídas da doença após a cura clínica. Principais fármacos: cloroquina-base, primaquina, sulfato de quinina associado a doxiciclina e mefloquina. Os casos graves e complicados de infecção por P. falciparum são de emergência médica que exigem pronto emprego de medicação antimalária de ação rápida e eficaz. Em primeiro plano, estão sendo utilizados os derivados de Artemisinina, que se mostram superiores às quinolinas antimaláricas, no tratamento tanto da malária sem complicações quanto da malária grave. Dados do ministério da saúde - 2007 http://portal.saude.gov.br/saude
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