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A Economia Politica do Desenvolvimento Introducao Baran

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OS
ECONOMISTAS
CIP―Brasil Cataloga95o―na―Publicacao
camara Brasileira do Livro,SP
indices para cata10go SstemaicOl
l Desenvolvirnento economico 338.09
Baran,Paul Alexander,1910-1964
B18e A econOmia politica do desenvolvimento / Paul
A Baran ; apresenta95o de Tamas szmrecsanyi ; tra_
du95o de S Ferreira da Cunha _―Sao Pau10 : Ab●1
Cultural,1984
(Os eConOmistas)
l Desenvolvirnento econOnlico I Szmrecsanyi,Ta_
mas,1936-1l Tftulo HI Slrie.
83-1855 CDD-33809
PAUL A.BARAN
A Econolnia Pol■ica
do lDesenvolvimento
ApresentacaO de Tamas Szmrecsanvi
Traducao de s.Ferreira da Cunha
?
?
?
????
?‐???R CIVITA
Titulo original:
Thc Po″,cal Economν oJ Groωth
◎ Copyright 1957 by Monthly Review,Inc
Reimpresso mediante permissaO de MOnthly Review Press
◎ Copyright desta edicaO,Ab●l S A Cultural,
saO Pau10,1984
Publicado sob licenga de Monthly Review Press,Nova York,
e Zahar Editores S A,Rio de」aneirO
Tradu95o publicada sob licenca de Zahar Editores S A,
Rio de」anelro
Direitos exclusivos sObre a``Apresenta95o"de autoHa de
Tarnds Szmrecs6nyi,Ab五lS.A,Cultural,Sao Pau10
Paul A.BARAN
(1910-1964)
Tamas szmrecsanvi
(Budapeste,Hun"a,1936)ё
licenciadO em Fllosoia pela
Universidade de S5o Paul。
(1961),com mestrado em
EcOnOmia pela New Schoolfor
Social Research de Nova York
(1969)e Doutor em CiOncias
(EcOnomia)pela Universidade
Estadual de Campinas(1976),
onde trabalha atualrnente Na
g雷
夏
`盟
|なば聡 ,S
organizou antologla das obras de
Keynes e de Malthus Alёm de
sua tese de dOutoramento,0
P′αnりαmanto da AgrOInd`st"α
Canaυieira do Brasil,1930-1975
(1979),publicou recentemente
as coletaneas vldα Rural e
Mudango SοciαI(1979),em
colaboracao com onowaldO
Queda,c Dinamica dα Populacaο
― Teο
"α
.M●:οdos e Tocnicas de
Apresentacaο
SaO pOucOs Os autores contemporaneOs __ e talvez
de todos os tempOs――que tao rapidamente conseguiram
uma s61ida reputacao entre Os econornistas e demais cien―
tistas sociais voltados para o estudo c a prOmocaO dO de_
senvolvirnento econOrnico. S61ida c merecida, ja quc, cm
sua curta carreira dc Professor de EconOrnia――uma carrei―
ra que se estendeu apenas de 1949 a 1964__,Paul Baran
conseguiu elaborar algumas das obras rnais importantes pa―
ra a comprecnsao dOs grandcs problemas soc10-econOrni―
cos de nOssO tempo. Da teona e pratica dO desenv01virnen―
to econOmico as follilas de atua95o lo capital rnOnopolls―
ta,passando pelos rnCtodos de planeiamentO e pelo funciO―
namento concreto das econornias desenvolvidas e subdc―
senvolvidas,praticamente nada cscapou a sua arguta Obser―
vacaO,a sua analise penetrante c original.Alёm de aiuda―
rem a clucidar a cvolucaO recente c as futuras perspectivas
das econornias contemporaneas__capitalistas e socialistas,
centrais e perifOncas ―_ Os trabalhos dc Paul Baran tOm
contribuldo bastante para renovar o pensamento econ6mi―
co maEttsta.Neste sentido,cles podem ser colocadOs ao la―
do das obras de Oskar Lange, Michal Kaleckl, 」Osef
Steindl,Maurice Dobb,Charles Bcttelheim,c mais espccial―
mentc Paul S、veezy,autores com os quais Baran sc identifi―
ca, c com variOs dOs quais chegou a manter s6hdas rela―
90es de amlzade.
こ「ma υida mουimentadα
Paul Alexander Baran nasccu no dia 8 de dezembro
de 1910 em Nikolocv, cidade ucraniana situada nO litoral
do Mar Negro.Seu pal,Abram Baran,era um mOdico natu‐
ral de Vina, Lituania, c sua mac, Rosaly Braude, Onunda
VH
鰍留ピ習しξ罵肥瞥:観
F Leνッ
VⅢ
de Riga, LetOnia. Como estudante,Abram Baran tivera al―
辮
l熙
嬬 翼F麟 灘 餞 1驚髪:榊
contrar escola durante e 1090 ap6s a Primeira Guerra Mun―
dial, acabou ficandO sOb sua tutela ato a ldade de Onze
anos.
O pal dc Paul Baran havia acOmpanhadO cOrn satisfa―
ぽ贈tilil掛
:i':乱
よ1滉T%:rl£薫::二:ふ::子
まFュl:営
do mesmo anO. Devido a tomada do pOder pe10s bolchevi―
qucs e por causa da guerra civil que lavrava em varias re.
rilt貯精 i謝認 1競Ъ:Tまぎn響剛 ぷ 鳥y:棚:
na cm setembro de 1921,tOda a famlia Baran acabOu as―
:寧忠21:督:轟∬漁 aⅧl滉:::∬濡説恩∬:
鮮 驚蠣i攀
caO as sOⅥeticas.
hふ出ゝλ思粧:需鳳肝rttλ∬糖 見詳
ciar a sua carreira de mёdico,c Onde Paul realrnente iniciOu
鼎 競鶯 爵
詭:a里』習]::ittI妻里1]iJ驚]:|:[『:IF:£節亀ra:監
i9磐
C電
:et∫諾捻ξ駄Ⅲ鶏atf:L慇理dls服
pais na Uni5o SoviCtica,cle o fez cOm certa relutancia e na∝
"記需1暢晰珈 襴lL」理1まλ並じ
嵐見守胤慮鷺:留1点星:毬籠:t詰鸞驚:
闘bT:::器I悲:」留み驚i偲潔温鍔:面よ
灘lξ雅温:認:iTsi:潔L:詣侃:‰器攪T
te Uma oportunidade para tanto acabou surgindo nO final
IX
de 1928, attavOs dc um convite para trabalhar numa pes―
quisa de cconornia agrrcOla russo―alema a ser desenvolvida
cm Benim.
Logo ap6s sua chegada a capital alema, Baran matri―
culou―se na Universidade, a fim de continuar seus estudos
ao mesmo tempo em que passou a trabalhar na referida
pesquisa.Em 1929,afastou―se do Partido Comunista c,no
ano seguinte, juntou―se aos social―democratas, nos quais
宙a a inica forca capaz de se conttapOr a ascensaO dO Na―
zismo.Com oに1lHino da pesquisa,Baran resolveu nao vOl_
tar a URSS,aceitando em troca um posto de assistente no
famoso lnsituto dc Pesquisa Social llns,tut rtir sozialforS‐
chungl de Frankfurt,onde velo a conhecer,entre outros,o
l16sofo pol■co Hcrbert Marcuse.Essc lnsututO era O pnnci‐
pal centrO de pensamento marxlsta da Repibhca de Wel―
mar.Sua inluencia sObre a fonnac5o intelectual e ideo16gi―
ca dc Paul Baran iria sertao prOfunda quanto duradOura.
A tarefa de Baran no lnsituto era a de au対liar o seu
Diretor―associado, Friedrich Pollock, a completar O segun―
do volume de um tratado sobre a cconomia soviこica.Co‐
mo a melhor documentacaO a respeito da mesma sc encon―
廿ava na cidade de Breslau,Baran para la se transferiu,per―
manecendo no local atこo final de 1931, ao mesmo tempo
em que completava scus esndos de graduacaO em EconO―
mia.A seguir,transferiu―se novamente para Berlim, ondc
come9ou a trabalhar numa tese de doutorado sOb a orien―
ta95o do professor Ernil Lederer que, rnais tarde, iria ser
um dos fundadores da“Universidade no exllo''(atual Gra―
duate Facultv),da New School for Social Rescarch de No―
va York.
A tese de Barap era sobre planeiamento econOrnico e,
como assinala Paul Sweeaゾ,l dela naO sObrou qualquer
exemplar.Todavia,こbastante provavel quc ela tenha servi―
do,se nao de base,pelo rnenos de ponto de partida para o
erudito trabalho sobre a matこna que ele publicOu vinte
anos maistarde nos EUA.2
Durante sua scgunda cstadia cm Berlim, Baran fez
amizade com Rudolf Hllferding,o famoso autor de O Capl―
taI Financeiro, um dos c16ssicos do pensamento econOnlico
marxista.Hllferding con宙dou―o a escrever no iOrnal Dic
G“θ′たchctt dO Partido Sodal DemocMico,coisa quc Ba―
ran fez com alguma assiduidade,mas sempre usando o
pseudOnirno de Alexander Gabriel, a fim de naO criar pro‐
blemas para seus pais, que na Opoca se encontravam na
URSS.
l SWEEZY,P M “Paul Alexander Baran,a Personal MemOir" In:SWEEZY,P M
&HUBERMAN,Lc。(eds)Paul A Baran(19101964,,。Cοllectiυe po“r●:, N■―
mero especial da MonthりReυieω,11(16)Marco de 1965 p 28‐62 Esta C a me‐
lhor biograla de Baran e dela foram extraFdos vdios elementos para a presente apre‐
sentac5o
Ъ鷺翔ふ』轟ぶ鶏Tl「:♀隅譜e耽:F¶i13:州鳥:品温詣響皇劉豚ソげ
ApresentagaO cON■NUAcAO
X
Corn a ascensao do Nazismo,Paul Baran acabou del―
憮盤礎棚鍬灘侵媚::響
centc hegemonia stalinista Desta vez, porCrn, sua sarda da
URSS fOi prOmOuda pelas pr6prias autoridades sOviCticas,
as quais sirnplesmente deixaram de renOvar o seu visto de
::欄鍵」Ъ』爆L∫『::盤雀iξ樵£arlよT∬:
rever sua rnac.
O inico lugar para o qual podia ir era Vilna, a terra
natal de scu pal. Ali, fol auxlllado pOr seus tios, dOnos de
uma grande empresa madcireira,quc o nomearam seu re―
presentantc em Vars6via, de onde lhe cabena tambom di―
rigir as exportac5es da empresa. Valendo―se dessa qualida―
de de empresario p。1。nes, Baran restabeleceu alguns de
seus antigos contatos na Alemanha, passando inclusive a
atuar como clemento de ligacaO entre variOs mOvirnentos
滉庵i瀧1°Sa楓肥,ぜ豫P∬嘲:9:ごЪ輔慧:Nao obstante a sua prosperidade material, Paul Baran
ansiava em poder retornar aos seus estudos econOmicos.
Tentou,sem O対to,arrattar um emprego de pЮfessOr uni―
versitario na lnglaterra. PcrcebendO a inlinoncia da Segun―
da Guerra Mundial,decidiu transた五r―se para os EUA,com
0 0bletiVO dc ali reiniciar seus estudos. Conseguiu seu in―
tento no final de 1939 e,logo ap6s a sua chegada,tendO si_
do apresentado por Oskar Lange c Paul Swee4ノ, dirigiu―se
para a Universidade de Harvard, onde Obteve unl mestra―
do de Econornia no inrciO de 1941.
Durante o ano acadOrnico de 1941/42, 廿abalhou cO―
mo pesquisador da Brookings lnsitution em Washington
Posterior:nente atuou como economista no Departamento
de Administracao dos Pre90s(OJfiCe O/PttCe Adminおtra―
鵠 島』ЪttST誂癬 胤 棚 ::ぽ臨 g
ceu neste iltimo posto atO o final da Segunda Guerra, tra―
balhando sob as ordens de」ohn Kenncth Galbraith, quc
fora seu professor na Universidade de Harvard.
」d a partir do final da gucrra, Baran comecou a ser
hostilizado por alguns iomaiS dOS EUA dcvidO as suas ori_
gens ёtnicas, scu passado comunista, e suas convicc6es so―
cialistas――as quais nunca deixou de manifestar abertamen―
te. As campanhas contra ele tornaram―se particulallllente
insldiosas na ёpoca do macartismo. No lnlclo da dOcada de
1950, chegou a ter dificuldades para宙aiar a lnglaterra, dc
onde fora convidado para ministrar um curso na Universi―
dade de Oxford.
Depois de trabalhar quase trOs anos no Federal Reser―
ve Bank dc Nova York, Baran accitou em 1949 um postO
dc Professor na Universidade de StanfOrd, na Calif6rnia, a
XI
qual iria pertencer att o fim de sua vida. Foi a partir dar
que se iniciou o perlodo mais fecundo de sua carreira inte―
lectual,durante o qual ele ina cscrever todos os scus princi―
pais ttabalhos. Isso na0 0bstante O seu crescente isolamen―
to dentro da comunidade academica dos EUA, de宙do as
press6es ideo16gicas decorrentes da Guerra Fria,e por cau―
sa da progressiva radicalizacao de sua pおpria nlill鯰ncia po―
11●ca
A consciOncia dessc isolamento fazia―o宙aar freqiien―
temente,tanto dentro como fora dos EUA.Scmpre que po―
dia,deslocava―se da Calif6rrlia para a Costa Leste,a fim de
manter contato com seus amigos da MontthりRCυiCw‐Paul
Sweezy,Lco Huberrnan e,mais tarde,Ha興′Magdoff.Ain―
da em 1949, tentou voltar a uRSS, para rever os seus
pais,rnas o governo soviёtico,apesar da intervencaO de os_
kar Lange――entaO ia membrO do goverllo polones__,re―
cusou-lhe o visto de entrada no pars.Baran s6 voltou a宙a‐
jar para o cxteFiOr ern 1953,quando deu as suas aulas em
Oxford, das quais iria resultar O primeiro esboco de sua
Economia Poritica do D“enυο′υimento.3
A publicacao desse livro fora inicialrnente contratada
corn a editora Basil Blackwell que,assustada com O teor po―
1ltico de varias das suas colocac6es, tentou obrigar Baran a
inttodllzir modificac6es nos originais.Baran,cntretanto,re―
cusou―se a fazer qualqucr alteracaO nOs seus pontos de宙s―
ta c, enl 1956, encanlinhou os referidOs Originais a
Monthly Re宙ew Press,de seu amigo Paul Swee2り,que lo―
9o publicou o livro com grandc exito editorial. A obra teve
seguidas reedic6es em ingles,alёm de ter sidO taduzida pa―
ra varias Outras lrnguas, inclusive portugues. Trata―se do
inico livro publicado por Baran ainda cm vida. Os Outros
dois――Capital Monoporista, quc escreveu luntO COm Paul
Sweezy,4 e a COlettnea The Lοnger Vicw, organizada por
」ohn O'Nell15 __ foram p6stumos, tendo sido pubhcados,
respectivamente,dois e cinco anos ap6s a sua morte.
Ern 1955,Baran passou alguns lneses na lndia,a con―
vite do lnstituto de Estatrstica daquele pais. Na viagem de
volta passou por Moscou, entaO em plena efervescencia
p6s―stalinista, c ali conseguiu, finalrnente, reencontrar seu
pai.Em 1960,junto com Sweezy c Huberman,esteve em
Cuba, a convite de Fidel Cas廿o, do qual logo se torllou
arnigo, o mesmo ocorrendo com relacao a Emesto “Che"
[謝潔鴇鼈ぶ換:削が9跳ぎ脳Ъ識蠅Lnm
告ぶ淵'島t£αPSW、鳥馬詣寵鍬1∫躍脇αβr聟I盤牝鯉雷T
M癬彙鮮繁蠍 軋 蠍手聯 |
ApresentagaO cONTNUAいO
XH
Gucvara.Voltou a Europa crn 1962 c,no ano seguinte,foi
a Arnёnca Latina, passando pelo MOxicO, Chile, Argentina
c Brasil. Em tOdOs esses pates, manteve contatos com os
pHncipais econornistas, causando uma forte e duradOura
impressao luntO aos tOcnicos de orgaos cOmO a cEPAL e a
SUDENE.
Essa fol sua iltima宙agem.Depois dela,Baran preten―
dia acclerar a claboracao do Capital MonopOlista, a obra
quc vinha escrevendo com Sweczソdesde 1956 Nao che―
gou,porOrn,a ve―la cOmpletada,tendo morridO de urn ata―
que cardracO ern marco de 1964. Paul Baran era divorcia―
do e deixou urn filho,Nicholas,nascido em 1952.
Obra Hca cm contc`do
Embora s6 tenha resultado em tros llvros, a bibliogra―
fia dc Paul Baran o bastante vasta c diversificada.Na verda―
dc,dela s6 se conhecern os trabalhOs posteriores a sua trans―
ferOncia para os EUA.6 Nao se tentou ainda recuperar os
trabalhos que publicou em sua luventude na EurOpa. Mes―
mo com essa omissaO,trata―se de um cottuntO bastante
respeitavel, quc inclui dezenas dc a閲gos c ensalos de cu―
nho academicO, uma sOne de trabalhos lornaliSticos dc cu―
nho polfuco,7 e numerosas resenhas bibliograficas.8 MuitOS
desses trabalhos nunca chegararn a ser reunidos sOb forrna
de livrO
A classificacao de tOdO essc material pode ser feita de
duas maneiras.Uma ё a quc foi adotada por John O'Neill
na coletanca The Longer Vicωi trata―se de uma classifica―
950 eSSencialrnente tematica, pela qual os trabalhos de
Paul Baran sao agrupadOs em seis grandes cOttuntOS, de
acorco com os assuntos abordados. O pnmeiro e o tercciro
desses coniuntOs sao integrados apenas por um trabalho ca―
da,respectivamente um ensalo Ctico―polFico sobre``O cOrn―
prornisso do intelectual''9 c o trabalho sobre planeiamentO
econOmico menclonado ha poucO. os demais incluenl,res―
6 uma relacao desses trabalhos encontra―se em ISAKSEN, Eleanor “A Preliminary
Bibliography of Paul Baran'' Ini SWEEZY P M &HUBERMAN,Leo (edS),op
c″,p 132 135 Esse nimero especial da Monthtt R`υleω foi pOstenOnlnente traduzi
do para o espanhol e publicado sob o titulo dc Paul Bαrani E′Hornb″ノsu Obra
Madid,Siglo XXl,1971
7 Publicados em sμa maioHa na MonthルRCυieω,c alguns em The Nα
“
On Naこpoca
do macarbsmo,Baran nao assinava seus aぬgos na MOnthりR`υleω,valendo‐se d。
pseudOnirno HttoHcus
8 TalVe2 a ma10r e provavelmente a mais importante delas foi a que Baran fe2 em CO―
laboracao cOm o histonadOr ingles Enc Hobsbawm,dO famoso hvro de ROSTOW,
Walt W EIopas dο D“en υο′υimanto Ecοn6micο Essa resenha a quatro m5os,extre‐
mamente critlca e mu■o bem fundamentada,foi publicada onglnalmente na revista
Kノk′。s,v 14(1961),p 234-242,sob o titulo de“A Non―Communist Manifesto",c
acha―se reproduzida em Th`Longer Vleω,p 52-679 BARAN,P A “The Commltment of the intellectual" Publicado onginalmente na
MonthりReυielt v 13,maio de 1961 p 8‐18;reproduzido no nimero especial da
mesma reusta,mencionado acima na nota l,c tambёm em The Lοnger Vleω
XIH
pectivamente, cinco artigos sobre marxismo, outros tantos
sobre capitalismo monopollsta, quatro sobre a ccononlla
politica do desenvolvirnento,c trOs sobre o socialsmo.
Outa classificacao possivel,c aqui adotada,こde cara―
ter temaico_crOno16gico. Nela os varios trabalhos sao agru_
鮒 l『憲 1躍串:橋rtti:L識濡 鷺 席 訛
de referoncia algumas obras reconhecidamente mais impor―
tantes. Tal l o caso do livro aqul apresentado e tambOm
do Capital Monopοlista, crn relacaO aOs quais todos os de―
mais trabalhos de Baran podern ser considerados secunda―
rios, preparat6●os ou derivados. Dentro dessa perspectiva,
pode―se tambOm agrupar os trabalhos dc Paul Baran em
seis grandes coniuntOs, a saber:(a)trabalhOS sobrc a cco―
nornia soviOtica;(b)trabalhos resultantes de ati宙dades de―
senvolvidas durante a Segunda Guerra Mundial;(c)traba―
lhos preparat6rios para A Economia Politica do Desenυο′υl‐
mentoj(d)trabalhos derivados desse mesmo livro;(c)tra_
balhosrelacionados ao Capital Monopοlista, c(f)廿abalhOs
secundarios sObre temas diversos.
Esses ■ltimos sao cOnsiderados secundanos exclusiva―
mente em tellilos eCOnOnlicos,nao se pretendendo corn es―
sa denorninacao dirninuir o valor e a importancia dO con―
teddo dos mesmos. Incluern―se nesse coniuntO, nao ape_
nas o grosso da producao p011■co―iomalttica de Baran,10
mas tarnbёm alguns ensalos de maior profundidade, bas―
tante onginais e po10micos,sObre temas como a natureza
do mar対smo,1l suas relacOes com a psicandlise,12 a deSesta―
nlllzacao,13 a reV01ucao cubana,14 c o debate sino―soviёti―
c。.15 os tres primeiros coniuntOS Seぬo discubdos a seguir,
enquanto que os dois restantes seraO examinados ap6s a
analise de A Economia Politica do Desenυο′υimento
Os estudos sobre a econornia soviOtica constituem cro―
nologicamente os primeiros trabalhos acadenlicOs publlca―
dos por Baran nos EUA.De certa fo111la,tratava―se de uma
retomada dos trabalhos de que participara na Alemanha.
Ao mesmo tempo,cste fol,sem duvida,um do campos em
que ele mais se destacou Suas contribuic6es a esse respel―
10 Trata―se de uma dezena de aぬgos publicados entre 1949 e 1959 Ver acima a no―
ta 7
L殿Ⅷ'鳥鳥rFttS∬肥]麓鳴t爺醜讐麗せrT悦需調停し合″TI』[
ApresentacaO cOMNUAい○ 』鱗鱗螺癬l翻賦撫革F机
Por sua vez,os trabalhos resultantes das atividades de―
senvolvidas por Baran durante a Segunda Guerra Mundial
驚Ч乳:驚酬∬」曽:悧罠暁隠理:思杷翼:s電詐
bardelos estratOgicos na Alemanha17 e nO」apao,18 bem CO―
mo uma pequcna nota cscnta cm cottuntO COm」.K.Gal―
braith,19 respondendo a crficas feitas ao primeiro desses tra―
balhos.
m総響織冨ド:露ぶ認t箇滉fe£1陥嘆簾
盟督亀翼誂ξЪ紺籠翻e「器盤よ譜臨 黒肥
燎Tr」器ttfC謡嶽qtttaa:搬晰∫:鷺f淵&
i「菫1質急騨:枇藷∬識【語∬r稚
輔封量 樅鏃榊鷺
管 饉
litica do Descnυο!υimento.
No infclo de 1952,Baran publicou ainda urn outro arti―
go, diretamente derivado das suas aulas em OxfOrd e ante―
16 BARAN,P A “Cost Accountlng and Pice Detemninatlon in the Sovlet Union''
驚】鰹動麗ぷ毎1数鼈鍛郵1:″『鰐絆電i鴇悩脇誹::『1孵fよう婚
'lF“
む胤古」過i押iγ「『躍き,f電,犠濫偽器:
懺勝IS'Tダ]留F認慾Lll:鴛ЪSi」‰緊P31電〕ЪⅦぎ蹴珊晩よ|
璧 通
::鏃詣」:‰I‖ltthF°deりЫ p 35335a ttprodu′dO na MotthレRedaω
XV
cipando algumas das teses centrais do livro aqui apresenta―
do. Esse artigo logo teve grande repercussao,sendO poste―
riollllente reproduzido em antolooas e traduzido para va―
rias ifnguas.21 A p五ncipal razao desse sucesso era o fato dc
que se tratava da primeira analise mancsta da situacaO ecO_
nOnllca dos parses subdesenvolvidos.
Em dezcmbrO daquele mesmo ano, Baran vOltOu ao
tema numa resenha de um livro de Walt W.RostOw.22E,
no ano seguinte, publicou um artigo erninentemente te6ri―
c。,23 que Seria o iltimo trabalho preparat6rio24 de Seu livrO,
e no qual discute a fundo o conceito de excedente econ6-
mico. Este O definido por Baran comO a parcela da prOdu―
caO cOrrente de uma sociedade quc transcendc as necessi―
dades do scu consumo corrente, incluindo―se nO mesmo a
depreciacaO dOs equipamentos que ela cmprega num da―
do perFodo de producao.O vOlume c a natureza dos inves―
timentos adiclonais efetuados por essa sociedade no referi―
do perfodo de produ95o dependem fundamentalmente das
dirnensoes e do modo dc utilizacao dO excedente econorni―
co gerado pela sua producao corrente.
Baran toma o cuidado de registrar em nota de rodapo
quc essa colocacaO, a ngOr, s6se refere ern toda cxtens5o
a sistemas econOnlicos fechados, ao deixar de levar em
conta as transac6es extemas, que tarnbom podem cOntri―
buir a um eventual aumento dos investimentos e do esto―
que de capital fixo. Trata―se, porёm, de uma sirnplificacao
que naO altera fundamentalmente a valdade de suas prO―
pOSiCOes.
Muito mais importante C a distincao quc ele apresenta
entre as trOs vanantes ``esttticas" do conceitO de exceden―
te econOnlico, a saberi(1)o eXcedente econOmico real,
cquivalente a diferenca cntre a produ95o real e o consumo
real correntes da sociedade; esse cxcedente c identicO a
poupanca corrente, pass,vel dc materializar―se em invesu‐
mentos atravOs dos variOs tipos de ativos acrescidos a rique_
za social no decorrer do perfodo de producao em ques60;
nele sc incluern tanto os equipamentos adiclonais c os esto―
ques da producao cOm0 0s saldos ern divisas e o ouro ente―
sourado;(2)o cxcedente econOrnico potencial――isto O, a
21 BARAN,P A ``On the Politcal Economy of Backwardness'' InI MancesttrSchοοl
v20,,aneirO de 1952 p 66-84:reproduzldo em AGARWALA,A N&SINGH,S
P (edS I Tho Economics‐or Underdeυolopment Nova York, Oxford Universlヮ
Press, 1963 p 75‐921 essa colettnea fOi traduzlda para o po■ugues e publicada nO
Brasil pela Edtora Forense
22 The ProcessげEc。
"omic Groω
th Nova York NortOn,1952 A resenha de Baran
ioi publicada na Ame"can Economic Reυiettl v 42,dezembro de 1952 p 921-923
20 BARAN,P A ``Economic Progress and EconOmic Surplus'' In:Science cnd So‐
ciety 17(3), outOnO de 1953 p 289-317: reproduzido em The Lοnger Vleω, p
271‐302240a滝g。 ``Renect10ns on Planning of the Economic Development Of lndia'', publi‐
cado ongnalmente no Ecοnοmic Vメ■9k′ダde Bombairn(18‐02-1956), e reprOduzldo
em The Longer Vlett,p 308‐315,,tio pode ser inclurdo nessa categona,p。ls embo‐
ra tenha saidO antes que A Ecοnοmiα POl″icα do D(senυolυirnento, sua publicacらo
foi posteior ao tOrmino dessa obra de Baran,ocorndo no final de 1955
ApresentagaO cON■NUAcA0
XVI
diferenca entrc a producao que poderia ser obuda, dentro
de um dado meio natural e tecn016gico,pelo usO dOs recur―
sos produtivos disponfveis, c o consumo que pode ser en―
carado cOmO csscncial;(3)o excOdqnte econOmico planりα―
do que s6 adquire relevancia nO contexto do planaament。
de uma cconornia socialista; trata―se da diferenga cntre a
producao “6tima" quc uma sociedadc ё capaz de alcancar
num dado rnelo natural e tecno16gico,sOb cOnd196es de uti―
lizacao 6tima ou planaada de todos os recursos produtivOs
disponfveis,c algum nfve1 6timo ou planeiado de cOnsumo
previamente cscolhido.
Na maiona dOS casOs, a materializacaO dO excedente
econOnlico potencial pressupOc uma reorganiza95o mais
ou menos drastica das modalidades de geracao e de distri―
buicaO dO produto social, c implica cm profundas mudan―
9as na cstrutura da sociedade. Na pratica, a disponiblidade
desse cxcedente podo ser constatada attavOs dO excesso
de consumo das classes de altas rendas, atravOs da produ―
95o perdida para a sociedade por causa da cxistoncia nela
de trabalhadores improdutivos,c atravOs das perdas de prO―
duca0 0casionadas pela irraclonaldade e pelo desperdrcio
inerentes a OrganizacaO ecOnOmica vigente.
Baran deixa de incluir entre os indrciOs do excedente
cconOrnico potencial o desemprego keynesiano(ou involun_
tanO),tanto porque parte do pressuposto de plenO emprego
dOs recursOs produtivos disponfveis, como devidO ao fatO
desse tipo de desemprego nao ter rnuita relevancia nos par―
ses subdesenvolvidos. Embora saa de difrcil identificacao e
mensuracao, a disponibllldade desse cxcedente cOnstitui
um dado essencial,seia para situa96es de emergencia(c。_
mo guerras e outras calamidades),scia para quaisquer tenta―
tivas de desenvolvirnento econOrnico consequente.
Por sua vez, os requisitos de materialzacao do excc_
dente econOmico plangado diferenl tanto dos dO exceden―
te econOrnico real,como dos do cxcedente ecOnornico po―
tencial. Essa matenahzacao na―O pressupOc um m6xirno de
producao atingivel em dado pars num deterrninado perfo_
do Embora irnphque numa ampla racionalizacaO dO siste―
ma produtivo,na abol195o de muitas follllas de ttabalho im―
produtivo, e na eliminacao de ampla parcela do consumo
excedente das antigas classes dorninantes,o cxcedente eco―
nOmico planciado pOdC estar associado a um nfvel de prO―
ducaO infenOr aO ma対rno__seia de宙do a uma voluntaria
abreviacao da jOrnada de trabalho,saa por causa de prote―
95o dos recursos naturais disponfveis, saa em decorrencia
da chrninacao consciente de alguns tipos de produtos so―
cialrnente considerados rnais nocivos.
Ao mesmo tempo,o excedenteecOnOmico planeiado
naO pressupOe um rebaixamento do consumo ao essencial.
Antes pelo conttariO,cle pode muitO bem estar associado a
um nfvel dc consumo consideravelrnente mais elevado do
que o sugerido pe10s critёrios de essencialidadc O dado
crucial reside no fato de quc, para o excedente econOmico
XVH
planaad。,。nivel do consumo nao ё deterrninado pelo rnc―
canismo de maxirnizacaO dOs lucrOs das empresas capitalis―
tas, mas por um plano social cttas metas dependem dO
quc a sociedade conscicntemente decidir produzir, consu―
rnir e poupar num perrodO qualquer. Excedente cconOrni―
co planaado pode ser rnalor ou menor do quc o exceden―
te econOrnico real no capitalismo.(Du entaO, cle podc atё
ser igual a zero, se a sociedade porventura decidir nao
mais fazer investimentos adiclonais.
Esses ttts c6nceitos de cxcedente cconOnlico e a prO_
blematica vinculada a materializacao c a reprOducao de ca_
da urn sao retOmados ern malor amplitude e prOfundidade
em A Economia Pο′″ica do D“enυο′υimento.Antes de
passar a andlise dessc livro e dos ttabalhos subsequentes
de Baran, cabe assinalar quc a biblografia sobre sua obra
ё ainda bastante restnta. Alёm de introdu96es e prefacios
as reedic5es de seus trabalhos, 01a consta apenas de um
par de aFtigOs de malor profundidade.25
A reoria dO descPIυOIυimcnlo
Com um prehclo de dezembro de 1956, a pnmeira
edicaO de A Economia Pol″ica do Descnυο′υimento foi pu―
blcada no infclo de 1957.A obra se desdobra ern Oito capr―
tulos,dos quais o HI c o IV,assim cOmo o Vl e o VH,dc―
vem ser analisados ern cottuntO, por constiturrem o comc―
co c o fim de uma mesma unidade.
o caprtu10 1,indtulado“Uma Vista Gerar',contOm
uma discussao do papel ideo16gico da ciOncia econOnllca,
a conccituacao do quc Baran entende por crescirnento eco―
nOnllco, c o delineamento dos seus fatores deterrninantes
Ele define o crescimento (ou deSenvOlvirnentO)com0 0 au―
mento atravOs do tempo da prOducao per capita de bens
matenais. Esse aumento resulta da atuacaO dc um ou mais
dos seguintes processos:(1)a incOrporacao ao prOcesso
produtivo de recursos (humanos e materiais)atO entaO
oclosos;(2)o aumentO da prOduividade do trabalho atra―
vёs de medidas organizacionais ou institucionais;(3)o mes―
mo aumento obtido atravOs do progresso tOcnico, o qual
pode scr alcancado scla mediante a substituicaO de instala―
96es e cquipamentos gastos e/ou obsoletOs por novos c
mais eficientes, seia pOr melo da cxpansaO frsica dO estO―
que de tais equipamentos e instalac5es.
A rigor, apenas a ■ltima modalidade do terceiro pro―
25 Por Ordem cronO16glca,ver,afora o a山go de Paul Sweev citado na nota(1)des
ta Apresentaca。,Os seguintes tabalhosI NOVICKl,Alexandre, ``Croissance et Sous
Dёveloppment d'apたs Paul A Baran'' ini Tie^MOnde lV(6), OutubrO/dezembro
de 1963 p 121-165; MAGDOFF, Hanッ “The Achievement of Paul Baran" In:
SV′EEZY,PM&HUBERMAN,Lc。(edS)Op cir,p63‐8010'NEILL,」ohn ``in―
廿oducton―一 Mardsm and the Sociological lmaglnaton'' In: 刀he Longer t/1eω p
Xll XXVIIl e SUTCLIFFE,R B “Introducton" In:BARAN,P A ThePο″ticα′Ecο―
nοmy of Groωt力 Penguin Books,1973p59104
ApresentagaO coMNUAcAo
XVIII
cesso envolve necessariamente urn aumento dOs investi―
悪朧 勲趨l[憩{櫛鍛撚
翼懸掘幕製講[搬lttTl誉
柵 鞘T覧椰鞘難葬勲
誂譜胤幣撒tf穐:鷺濾芯嶋菫i[
肥λぷ瞥電&』L捜:∬鳳ょ跳謂乳ir器讐aF」γ
亀rぶ]:1為i譜:'a:朋首」亀i厳留麗lttQξ∫野嬰
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:鵠,辮糧∬濯躙 ぶ。哩詮n肌朧熙:
co potencial, o consumo dos capitalistas e dO Governo ё
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椰 鰍 憂
菫機急fa!T::麟窮ぶ露薦i話∫蔦T∴∫態:Ire ao consumo no presente e no futurO. Trata_se de uma
躙 tildade de cxcedenteapenasalcancavei no regirne so―
胤 欄 鞘 ∵ 脚 族 熙 爾 蓮 轡 酢
∬ :樹∬ よL詰 譜 ,15詰雀 織 淵 省 ::鷹tT
sente numa sociedade racionalrnente ordenada. SalvO mc―
XIX
lhOr iu乾0, cssa definicaO o unl tanto genOrica c incon宙n‐
cente, alёm de dogmatica e cOntradit6ria. Isso, alias, trans_
parece no proprio texto de Baran, quc, logo ern scguida,
vO―se obrigado a introduzir deternlinadas qualificac6es no
que se refere ao 廿abalho dos cientistas, mOdicOs, artistas,
professores etc.
E irnportante ressaltar quc esta obra de Baran nao
constitui apenas um estudo da situac5o e das perspectivas
de desenvolvirnento dos chamados parses subdesenvolvi―
dos. Antes dc abordar essa prOblematica, a andlise do au―
tor se volta,nos caprtu10s IH c IV,para a gOnesc e evolucao
do capitalismo monopolista dos paises mais desenv01vidos.
Nesses caprtu10s, cle chama a atengaO para o crescente ex―
cedente econOmico gerado pelos paises capitalstas cen‐
trais, e para a tarnbOm crescente incapacidade das ccOno―
rnias desses paises em investi-lo produtivamente. Para tan―
to,Baran se vale do esquema dc interpretacao quc fora de―
senvolvido alguns anos antes por JOsef Steindl ern Maturi‐
dodc e Estagnaca~o no CapitalismO Amettcano(cuia primel―
ra edicao data de 1952),mostrando quc, nas estruturas de
mercado oligopolizadas, tanto a expansaO da capacidade
produiva como as inovacOes tecno16gicas assumem um nt_
mo mais lentO c estao mais vOltadas para a poupanga de re―
cursos do que para o aumento de prOdug5o. Este ponto se―
na retomado mais tarde em malor profundidade no Capital
Monoporista de Baran e Sweezy.
Nas estruturas de mercado oligopolistas,quc tendem
a ser estaveis atavOs do ternpo, a concorrOncia via precos
ё abandonada c as empresas menos eficientes nao saO ex_
pulsas do mercado.[)isso resulta um generalizadO excesso
de capacidadc em todas as empresas, um excessO quc se
transforma nurn poderoso obsttculo ao cventual ingressO
no mercado de novOs concorrentes. Fazendo uma crrtica
ao conceito schumpetenanO de “desせuicao criadora"26 d。
capitalismo monOpolista, Baran mostta quc, pelo menOs
nas econonlias mais avancadas, o sistema capitalista del―
xOu ha muitO de ser uma foκa progressista, transfOrrnan―
do―se,pelo conttario,num fator adversO ao plenO desenv01-
宙rnento das forcas produtivas A cЮnica insuficioncia dos
investimentos ern relacao a crescente disponibilidade de ex―
cedentes econOmicos faz com quc tais economias estaam
constantemente tendendo para a estagnacao. Tambom es―
sa crrtica c esse diagn6stico iriam ser retomados enl traba―
lhos posteriores de Baran.
As varias possibilidades de superar o referidO estadO
de cOisas ―― ou seia, de absoⅣer excedentes cada vez
malores atravOs do aumento do consumo dos trabalhado―
塾幣i菫虻磯多智L螺:算響i好:∬鍔為墨:弼砒頃
Apresentaf00 cONTNUAcAO
XX
凛窓tf鳳器霜Sn'謁:電器は私計∬鷺鳳∫郷『rior e dOs investimentos externos__s50 sucessivamente re―
露耐 λ峨¶辮 ちmiピ:蹴F&‰
em ttξЪrl」T輩:離:d:°:撃:fttλttd:麗r凛
origens hist6ricas do desenvolvirnento e do subdesenvolvi_
憔[欄∬鰐珈憔脚]拗星
:::盤[:lttA淵窓乳北濯叫rttfょ胤L黒∫
甑1淵ぎ函甍曖1聾電質i,:器:ポt
:雛9&『TT犠:。r憲艦iL記鳳評選過∫露T
謄ぶn:棚:ょ盤::記淋管e星鷺s■おT蹴
酢i肌塁鳥i翻》bl漁聾喪i摸F略鼻
」a em outrOs casos, nos quais os c010nizadores euro―
peus se viram frente a frente com sociedades relativamente
densas em terrnos demograficOs e dOtadas de urn s6hdo e
enraizado complexo cultural e institucional, a mesma estra―
肌 :絲 整 灘 彙
『
鮮 遮 欄 :
gna鳳空乱r器麓翼::棚:庶脳鉾鬼LT∬∬:
蘇藤i覇l報番漢鸞i節事躍逮1懺麗鷺∬鰤脇3鰐:
XXI
ses que宙vem no plor de dois mundos, sendO ao mesmO
tempo capitalistas e prO―capitalistas. Neles,a penetracaO dO
capitalismo s6 servlu para dcstruir as antigas estruturas e
institu196es, deixando de conduzir a fo=11lacao de nOvas__
saa porquc a cxpropnac5o dos recursos desses paises im―
pede―os de acumular excedentes e de incOrpOra‐los ao pro‐
cesso produtivo,saa pOrquc a concorrencia cxtema dificul―
ta a diversificac5o interna de suas economias.
Nos caprtulos vl e vII,quc ttatam da``morfologia''do
subdesenvolvirnentO, Baran procura aprofundar esses pon‐
tos de vistao Nos referidos caprtu10s,ele exarnina sucessiva―
mente o comportamento dos vanOs setores produtivos das
econonlias subdesenvolvidas, os efeitos dos investimentos
esttangeiros, c algumas falacias da teoria ncoc16ssica con―
venclonal do desenvolvirnento econOmico. Sua andlise co―
meca pelo setor agropecuario, por se tratardaquele que,
via de regra, congrega a malor parte da populacaO ecOno―
micamente ativa dos paises subdesenv01宙dos e C responsa―
vel pela geracao de parte consider6vel d6 seu produto na―
cional. O diagn6stico que Baran faz das distorc6es e do len―
to crescirnento desse sctor ё, no geral, adequado c aplica―
vel a ma10ria dos casos concretos. O mesmO nao pode ser
dito, entretanto, das suas n090es urn tanto estreitas, meca―
nicistas e quantitati宙stas sobre a refoHlla agraria, por ele
qualificada comO uma falacia nO quc se refere ao desenvoト
宙rnento cconOmico c ao progresso soCial dos paFses capita‐
listas
Para Baran, os mais prementes problemas do setor
agropecuariO situam―se fora do seu ambitO especrficO: na
cxcessiva intermediacao comercial dos seus produtos, c nO
lento crescimento do setor industrial.Ambos esses fatores
irnpedem naO apenas a sua cxpansao, mas tambom a dO
prOprio mercado interno, tomando inviavel qualqucr pro―
cesso de desenvolvirnento auto―sustentado. Muitas vezes,
essa situacao se vo agravada pela implantacao, nos paises
subdesenvolvidos, de filiais e subsidiarias de grandes em―
presas olgopolistas estrangeiras, as quais, a10m de gerarem
poucos efeitos multipllcadores ern terrnos de renda e de
empregos,linnitarn―sc a cstabelecer urn controle rnOnopolis―
ta sobre os id estreitos mercados internos de tais paiscs,dil―
cultando ainda mais a ampliacao dos mesmOs “Dessa for―
ma" ――assinala Baran――, “na maloria dos paises subde―
senvolvidos, o capitalisrno tem apresentado uma traiet6ria
pecuhallllente sinuosa Tendo atravessado todas as dores c
frustrac6es da infancia, nunca experimentou o 1/igor e a
exuberancia da luVenmde, comecando a apresentar desde
cedo todas as penosas caractertticas da sensibilidade e da
decadoncla.'
Urna atencaO especial ё dedicada por Baran aos inves―
timentos estrangeiros nos setores voltados para a cxporta―
95o de prOdutos primanos, e mais particularrnente para a
cxploracao e cOmercializacaO de recursOs minerais O im―
ApresenragaO coN■NUAいO
諄軸 暮鐵紫醐覆gen精霊C諄懲騎:『雷龍iv■3mitttSttstta
A parte correspondente aos equipamentos e demais melos
I壼撒糠欝鮮
鱗 鮮柵職難
続プ轍∬欄種楓
d。謄研!織鰍譜競∫拙Ptti濫』:恩
esttangeiros nos parses subdesenvolvidOs Ele divide tais
XXIII
mento dos pates subdesenvol宙dosi a remocao dOs scus
excedentes econOnlicos pelo capital estrangeiro, ou o seu
reinvestimento no pars pe10 mesmo capital''. No primeiro
caso,ha uma dirninuicaO da renda interna dos referidos par―
ses e, no scgundo, um aumento da desnaclonalizacao de
suas economias.
E verdade quc, a curto prazo, csSa prOducao nlineral
naO teria sido possivel sem os investimentos das empresas
esttangeiras. Mas nada garante quc os pr6prios parses nos
quais se localiza essa producao nao teriam possibilidades
de empreendO‐la mais cedo ou mais tarde,e cm condic6es
menos desfavoraveis para o seu futuro.()mesmO se aphca
a infra_estrutura cspecialrnente criada para pen11ltir as ex―
portac6es de produtos minerais. Essa infra―esttutura, quc,
crn tese,podena cOntribuir para o desenvolvirnento dos re―
feridos pates,de宙do a sua 10calizacao e finaldades especr―
ficas, nunca Chega a integrar―sc, sequer parcialrnente, nas
econornias internas de tais parses.As ferrovias c os portos,
as estradas e os aeroportos,as usinas geradoras de energla
c a rede de telecomunicac6es s6 assumem o papel de eco―
nornias externas para as empresas que delas se beneficiam.
Essas empresas,iuntO COm as facllidades quc as rOdeiam,
tendem a constituir na ma10ria das vezes verdadeirOs encla―
ves primariO_exportadores, que pouco ou nada tOm a ver
corn o restante das econornias quc as abrigam. QuandO
muito,clas apenas reforcarn a prosperidade c o poder polr―
tico de fra96es das classes dirigentes eventualrnente benefi―
ciadas pela sua presenca, as quais geralrnente nao tem
qualqucr interesse em malores transfoェIHacOes das estrum―
ras s6clo―econOnlicas vigentes.
O reforco do status quo O, provavelrnente, o pnncipal
efeito indireto da presenga e da atuacao das empresas es―
廿angeiras, cuia inluencia acaba pelllicandO tOdas as insti―
tu195es cconOnlicas, politicas e culturais dos paFses subde―
senvolvidos, contribuindo em boa parte para detellllinar a
sua futura evolucao. Baran reconhece quc o irnperialismo
contemporaneO, scu modus operandi, c os seuS Omamen―
tos idco16gicos ia nao sa0 0s de cinqucnta Ou cem anos
atras, rnas assinala ao mesmo tempo que nem por issO ele
deixou de cxistir concretamente, apenas sc tomando mais
sunl e mais eicicnte com o passar do tempo.O obeuVO do
capital monopolista quc o promove nao consiste apenas
ern manter sob controle as cconornias subdesenvOlvidas c
dependentes, mas tambOm de garantir a manutengao dos
baixos custos de producao das inatёrias―primas por elas for―
necidas,bem como em manter um acesso pn1/ilegiado aos
seus rnercados internOs.
Na parte final do cap■ulo VH, Baran exarnina algumas
falacias das modemas teorias do desenvolvirnento econOmi―
co Urna delas C a de quc o principal obstacu10 aO prOgres―
so econOnlico dos paises subdesenvolvidos reside nos ter―
mos de trOca do seu comorcio exterior. C)significado dessc
ApresenracaO cON■NUAcAO野fttL髪螂経棚 郁職選
器1lr霧:T邁∫:じ翻器ゝ 二跳:観量&麗津
veniOncias, crn funcao das pOliticas ttbutanas e ttabalhistas
dOs variOs paises em quc atuarn,e com base em considera―
96es relativas a p011●ca de expansaO da cmpresa cm ambi_
鋼留.般朧X朧;智3紺な馘
ma naO esta numa escasscz de talento empresarial,mas an―
tes no mau uso quc lhe O dado nos referidOs paFses,dentrO
滉:『遭薗Li:棚aξT躍二il認よt比:gi詔是:潔
駆 神理i
mento demogぬicO excesdvamenteぬpido.Baran demOns―
廿a quc essa argumentagaO nada tem a ver cOm a realdade
罷灘 即彊盟樵星lii腫電
::晰論 Sao pnndpJmente o ca,tal mOnOpttsh e O im―
O capitu10 VHl e ulimO de A Economic POritica do De―
scnυο′υimentO aponta os canlinhos que devem ser trilha―
dos para cnfrentar e superar esses obstaculos.Trata―se dOs
caminhos da revolucao e dO sOcialismO, dO estabelecirnen―
to de um sistema de plangamento ccOnOrnico sOcialista__
譜瘍 守Ъ紺1品瀧訛:鴛t説]鋼:&
corn todos os seus pontos de vista para reconhecer o mёri―
to c o valor da sua contribuicao
ed。号躍11ふ:隠標富Ъttn蹴般 。W::竃諄
鮮i蝋姐蒲灘 盤螺聯難
:∬讐覗』富ЪttI出乱″irt』::IW認監Ic:胤慮
盤」:]霞溜 竃瀾1:富鴨嚇:おTSttS亀漁
温s鰤留:Lβttettax諸ぶ総e『育l据よ呪:
::陽器:1憲by鵬1■∬鴇∫轟:l麗:£雪cl繁Lё°eda~
篤寵鮮鮮戚曇犠蝉F鷺縦鞄零
XXV
zo, uma completa recstruturacao da sociedade.A moblllza―
950 ern si, aparenternente, O de execucao relativamente fa―
cili trata―se de cxpropriar os ativos dos capitalstas esttangel―
ros e nacionais,bern como dos grandes propricttrios de ter―
ras, e da conseqticnte chnlinacao dos desv10s da renda na―
clonal para o consumo suntuariO das classes dirigentes e pa―
ra as remessas de capitais ao extenor.os bens assim expro―
priados podem, via de regra, ser imediatamente utilizados
na produg5o cOrrentc, ou investidos na sua amphacao,ser_
vindo assirn para aumentar o excedente econOmico da so―
詣1北d灘 £ふ ∫r配:L露蹴 呪 。駕 ∬ 電 鰤 :
irnprodutivo, c que cnvolve indivFduos de todo tipo, nem
scmpre――ou quase nunca――sirnpaticos aO novo regirne,
lndivlduos cuios niVels de renda c de cOnsumo sao brusca―
mente reduzidos de uma hora para outra.Um pЮblema
ainda mais sёrio do quc esse ё a reducao geral dos n"eis
鯖wL「♂規∫∬∫l慶翼淵猟:i』r::軍租
so revoluclonariO.
A viablidade da nOva Ordem sOcial dependera cm
boa parte da duracao dessa fase de ttansicao, da natureza
e da intensidade dOs problemas、que nela sc c010cam e do
carater das medidas adotadas para abre宙a_la c para ate―
nuar os seus efeitos. Mas, uma vez superada a cnsc, O de_
senvolvirnento da cconomia pode ser retomado em nOvas
bases, attavOs da geracao e utihzac50 dO excedente econ6-
mico planaado. Para quc isso se tome possfvel, uma das
cond196es essenciais O quc as ati宙dades agropecuarias se
l器霧 用
S寵
轟 北 c胤詰 警 脚 t謂Ⅷ 鮒 tl紺
va ou predominantemente para a auto―subsistoncia dos
seus produtores. A producao agrOpecuaria tern que ser
transformada num setor de atividadescOmo Os demais,
orientado para o atendirnento das necessidades da socieda―
de cOmO urn todo. Dentro de um regirne sOcialista, cssa
transformacao deve ser alcancada pOr meio da colabOra―
caO dOs pbprios produtores,c atravOs da progressiva colcti―
vizacao de suas atividades Cabe ao Governo, n5o apenas
淵 輔 舅
r轟
鷲 胆
:」糧 脇 霜
Sぶ
満 鼻 麗器 駅llτ:ll腑ぶ 。鶴:
co plangado deve cOntemplar o crescirnento dc ambOs
atravOs do ternpo, a firn de garantir sirnultaneamente o au―
mento da producao e dO bern―estar dos prOdutOres. E issO
vale nao apenas para o sctor agropecuario,rnas para a tota―
lidade da ccononlia socializada.
e∝t淵 :雹lw雷ふ 鷹 ‰ 鑑『 ∬ 留 露 彗
mas centrais da construcao de uma econornia socialista.
ApresentagaO cON■NUAcAo
XXVI
Urn dos dlemas que se colocam 10go no infclo desse desen¨
volvirnento diz respeito a priOridade que deve ser conferida
l」謝甘::雷『:∫槻灘鯖歌lムT糧電鑑:嵐艦
lema nao cnv01ve, no fundo, altemativas mutuamente ex―
dusivas, mas estratOgias econOmicas cOmplementares, Ba―
ran opta claramente pela primazia da industrializacaO. E,
ao justificar sua opcao, cle acaba revelando uma visaO es_
F:」F露:よよ鶴島翼:ξtt L『垢∬Ъ『t紺鷺URSS a partir do final da dOcada de 1920. Baran chega a
minirnizar os custos sociais e econOmicos dessa sOlucao, as_
sinalando quc a coleti宙zacao fOκada c acelerada fOra, na
ёpoca, a unica sOlugao pOssfvel e quc, dO pOnto de vista
da cconornia soviCtica como urn todo, ela acabou dandO
certo.¨
Trata―se de proposicOes bastante discutiveis, mas quc
naO chegam a comprometer o restO dO caprtu10, nern o
teor ou a validade geral do livro. O pr6prio Baran assina―
lou, no prefac10 da segunda ed1950 de A EconOmia Polttica
do Desenυο′υimento,28 que naO cOnsiderava esta Obra isen―
ta de crrticas. E, o que ё mais importante, ele certamente
naO a encarava como sua■ltima palavra sobre os varios as_
≫拠晏贈蕪榊漂孵慰弱撚
織'∬∫:工電『朧alぶ胤IW尾鑑fI鴛'c躍da mais tarde,no Capital Mon9ροlista.
Lcgαdo dos`:`imos trabαlhos
Nos anos subsequentes a publicacao de A EconOmia
驚孵蠍鰹職『聯僕椰}麗鮮
猾 f l孵織鰐
紳鮮職聯 鰹脚嚇鍵
葬讐欝撮覗貰郷搬横辮T荘
奎l議槻嚇お:尾胤Ijdillit確::軍mfお■_
私燎混鮮ヶ瑕挽膜用野:T霊デda M°nthly Rettοω mendonadO na naa
XXVH
dos ap6s a morte de Baran.Devido a impodancia quc eles
tiveram na sua traict6ria intelectual,cabe fazer uma rapida
referOncia a cada um deles.
O pnmeiro em ordem cЮno16gica foi“RenexOcs s。_
bre o Subconsumo",preparado para uma coletanea publi―
cada pela Universidade em que leclonava.31 Para Baran, 0
subconsumo O uma das tendOncias inerentes ao capitahs―
mo monopollsta contemporaneO, resultandO da crescente
defasagem entre os ntrnOs dO crescimento da produtivida―
de do trabalho e da demanda cfetiva, uma defasagem que
faz crescer constantemente o excedente econOrnicO dos par―
ses capitalistas mais avangados, nao apenas enl termos ab―
solutos, mas tambOm com relacao ao prOduto agregado.
Essa tendOncia C reforcada pela atuacao das grandes em―
presas oligopolistas, as quais concentram em suas m5os
urn volume crescente da producao e dOs lucrOs.
Se essa tendencia fOssc a inica,a depressao cЮnica c
o crescente desemprego seriam as condic6es nO111lais do
sistema capitalista.Ocorre,poたm,que ela ё frequentemen_
te compensada por outras tendOncias que operarn em senti‐
do conttano.Tal ё o caso,por exemplo,das crescentes des―
pesas de publicidade e de promo95o de vendas, quc 宙e‐
ram substituir a reducaO dOs pre9os como principal a111la
da concorrOncia intercapitalsta. Essas despesas c os cOntr―
nuos esforcos de diferenciacao dos prOdutos tern contribur‐
do para reduzir O excedente宙a desperdrcios e宙a trabalhO
naO_prOduivo. Mas essa reducao nao tem sidO suficiente
para impedir o crescirnento do cxcedente atravOs do tem―
pO, naO apenas porque a produtividadc c a prOducao tem
crescido mais depressa do quc o consumo, mas tambOm
porque todos Os dispOndlos quc acabam de ser referidOs
saO repassados aos pre9os pelas empresas oligop01istas. Na
verdade,o crescente cxcedente econOmico dos parses capl―
talistas avancados s6 poderia ser reduzido por melo de
uma atuacao cOnsciente por parte do Governo; uma atua―
caO difrcil de OcOrrer na pratica usual do capitalismo mOno‐
polista.
Essa constatacao leva diretamente ao segundo arti―
g。,32 reSultante de uma comunicacaO apresentada por Ba―
ran no IV Congresso Mundial de SOciOlogia, realizado em
1959 na cidade de Strega(1161ia),aO qual ele fora especial―
mente con宙dado para comentar d9おtrabalhos ali apresen―
tados por Gunnar Myrdal e por Charles Bcttelheim 33 Nes―
颯磁鳥径撚警義星勇髄鋼山蠅滋濃 _
ger Vleω,p 185‐202
施器 棚 Ⅷ 椒 ザ趙 明薔柵嚇 雛
ApresentacaO cON■NUAいO 滉I認:%思ツ器鴇∫租割F肝稔龍:鶏:
!篭熙ち濯F肝黒服現lT:慶臨ぶ」畦』退
霊鶏寵鳳規i灘:糧:鑑::『鑑]:λittЪ:T:T
靴肌肌認Tλ酬:C鷺鼈∬喫:Lg瓢施艦
uma tendOncia estagnaclonista, a qual n5o o prevista nem
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?8需器 譜 温
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躍 Il地gQ C quc ma rea
parecer com maior foKa no CapiFal MonOpοlista, refere―se
a dismbu195o setorial do pessoal ocupado na econOmia nOr―
露 署鑑 導 L殿服 鶴 fZ雷織 施 ::llittЪ:猛
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acentuado subemprego de recursos materiais c humanos.
A prosperidade dccorrente de tais despesas cOexiste atual―
mentc com a misOria宙gente na malor parte dO chamadO
mundO subdesenvolvido, c atO em alguns segmentos da
pr6pria sociedade norte―americana.
e pttr『電λirT電:艦評l鳳評t:λlⅧ
Sweczy.34 comO essc artigo foi uma versaO prellrninar dO
淵 ::91机留ti帷18喀鷺と:‰Ttti∬:::y
gundo artigo em co―autoria que clcs publicaram em 1963
no MO対co,35 e quC S6 velo a apareccr nos EUA no final dO
ano seguinte36 ia depOis da morte de Baran. C)teor desse
artigo foi retomado no capitulo 5 do Capital Monopolista.
Antes de passar a apreciacao dessa Obra, cumpre chamar a
搬 魚 献
1品
驚 隠 鵠 ∫『 朧 c転露『 :ぶ帽 徴
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Um desses artigos, com o t■ulo de``NOtas Sobre a
Teoria do lmperialismo",foi publcadO ern 1964,num volu―
me de ensalos em homenagem a Kalecki.37 Apesar de ter
passado despercebido na Opoca de sua publicacaO, c tarn―
bёm desdc entao, csse pequcno artigo tem uma consider6-
vel irnportancia devido ao scu ploneirismo Trata―se de
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鵠g歌観i‖穐晏ル店躙F蠍雷蹴岬鵬 胤′鷺
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to de suas atividades serem geralrnente muitO mais lucrati―
vas no exterior do que cm tais paises.E o justamente nesse
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muita,onginando―se basicamente do reinvestimento dOs lu―
胤智Ⅷ嘱n鍍:i駕:l出し撤鰹i継肥l晨
i澪mi聯驚::懇黒勝鐵:
rior somaram 13,7 bilh6es de d61ares cOntra 23,2 bllh6es
de d61ares de rendirncntOs repatriados pOr investidores dOs
EUA.
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鬼ぷ 歯 L』電∫露 ∬ 1∬∵ l肥職 維
mento dos paもes perifOricos, 桜)rn constituFdo, na verdade,
urn instrumento para a transferencia dOs excedentes desses
parses para os cofres das empresas que os fazem (embOra
naO mais necessariamente para os paFses dc origem de tais
empresas). E importante notar quc essas transferOncias nao
輩
Apresentafao coN■NUAいO
XXX
O outro artigo ern cO―autoria, intitulado“A EcOnomia
de Dois lvlundos'',foi publicado em 1965 num outro vOlu―
鱗通富轟鸞輔囃頂
熊濃為藤I縄驀Ⅷ響帯鑑:
zacaO de tёcnicas matematicas, tanto em seus raciOcrniOs
te6ricos cOmo nos trabalhos emprncos.
Assinalando que naO sera o mero usO de mOde10s rna―
踊 :TЪttξ鳳 霊 :':鶴』∫辮 :r需胤
Algo bem diverso o O quc ocOrre com a Econonlla PO_
cro, ela se tOrna a guardia te6rica da rac,Onalidadc e da
:1:獄]繁認課lλ脱『1織拙,PI獅:路ぎ■:,お:
塾織[勇鳥鋪稚軌1職掛蠅1偲s躍鵬|
XXXl
letiVOS econOrnicos da sociedade, bem como da estratOgia
para alcanca‐los. Ela n5o apresenta, entretanto, as mesmas
potencialidades no ambitO nlicro―econOmico, onde,por en―
quanto, a Economia Politica marxista s6 tena a ganhar
com a aplicacao de alguns raclocrn10s e motodos da ciencia
cconOrnica burguesa. Ao incoηpora_10s c adapta―los as suas
にcnicas de planciamento, a Economia Politica marxista
naO estara fazendo ``conCeSS6es" a ciencia ccOnOrnica bur―
guesa, mas apenas procurando aperfeicoar o seu pr6prio
instrumental. E atO na andlise macrodas econornias capita―
listas―― centrais e perifёncas―― a ciencia ecOnOnlica bur―
guesa tem alguma contribu195o a oferecer, principalrnente
em telHlos da andlisc keynesiana das lutuac6es a curto pra―
zo. Mas essa contribu19ao sempre sera lirnitada, face a rica
perspectiva crrtica da Econornia Politica marxista.40
Para completar esta apresentagao, cabe finalrnente te―
cer algurnas considera90es sObre o Capital Monopolista de
Baran e Sweezy. Esse livro,publicado ern 1966, dois anos
ap6s a morte dc Paul Baran, pode ser encarado como a
sua derradeira e mais acabada conMbu195o a ciencia eco―
nOmica,cmbora saa muito difrcil,se nao impoSsivel,sepa―
rar nessa obra os scus pensamentos dos dc Paul Swceaゾ・
De qualquer foIIna, nunca O demais assinalar quc se ttata
de uma tentativa bastante ambiclosa de atualizacao e de re_
formulagao dO pensamento cconOmico mancsta.
Nesse intento, os autores declaram estar seguindo a
orientagao de LOnin, tal como fora cxposta no seu farnoso
op6sculo sobre o imperialismo. Em boa parte,todavia,tra―
ta―se na verdade de uma tentativa de integrac5o das pr6‐
pnas idёias de Swecη e de Baran, antenollllente expostas
pelo primeiro nos caprtu10s 14 e 15 de sua Teoria do De―
senυο′υinnen`ο Capitalista,41 e pelo segundo nos cap■ulos 3
e4da sua A Economia Porttca do D“enυolυimento.Por
sua vez, a base emprnca dO trabalho ё proporciOnada pelo
desenvolvimento recente da cconomia norte¨amencana,
encarada pelos autores como a quintessOncia do capitalis―
mo monopolista do nosso tempo, da mesma follHa quc a
cconornia britanica podia ser considerada, ern meados do
sCculo passado, o modelo mais acabado e mais avancado
do capitalismo concorrencial.
O livro se compOe de onze capitulos: o l constitui
uma breve introducao ao tema;o2c03 sao os que dizem
respcito mais de perto a teOna c a pratica do capitalismo
40 Ё cunosO Observar que,apesar de se tratar de um ensalo escntO em homenagem a
Oskar Lange, os autores nao fazem qualquer referOncia a coloca05es muito seme‐
lhantes que esse autor能愛ra tnnta anos antes de Baran e Sweev,no seu aぬg。
`■4andan EconOmics and Modem Economic Theolノ'', publicado em junho de 1935
na Reυie"or Ecοnomic Sttdi‐e reproduttdo em HOEOWITZ,Davld(ed)MaⅨ
and Modem Economics New York,Monthly Revlew Press,1968 p 68-87 Esse vo―
lume de ensaios foi tradu′do para o portuguOs e publicado pela Editora Zahar41 swEEZY,PM「he Theο″ or Capiぬ騰,Deυelopment―P″ncゎ魅 げ Mattαn
Pοlltical Econοmソ la ed, 1942 0bra traduzida paFa O ponu9os e publicada no
Brasl pela Edltora Zahar
メDCXII
ApresentagaO coMINUAcAO mOnopolista;os cap■ulos 4 ao 7 mOstram a incapacidade
do sisterna de absorver o crcscente excedente que ele ge―
ra, apontando, portanto, para a sua constante tendencia a
estagnacao; O caprtulo 8 traz um hist6rico da evolucaO dO
capitalismo monopolista nos EUA;e os tres ilimos,d09
ao 12 tratam de variOs aspectos da situacao sOcial reinante
naqucle pat.Alёm disso,cXiSte ainda no Livro um ApOndi―
ce elaborado por」. D. Philips, no qual se tenta quantificar
o excedente econOnlico dos EUA.
Talvez a principal contribu19ao te6rica dessa Obra dc
Baran e Sweczy reside na prOposta quc apresentam de
substitu19ao da rei daナendOncia decrescente da raxla dc ru_
cro, formulada por Marx no Livro Tercciro de O Capital, c
por eles considerada pr6pria ao capitalismO cOncorrencial,
pela lei do cresccrlte cxcedente econOmico, tida comO ine―
rente ao capitalismo monopolista dos nossos dias. POr
麗Ъ麓為淵:呂鎌翼1滉譜寵鵠.爵訛風譜:7
se e a cstagnacao,rnas apenas pOr em questao o modo pe_
lo qual istO se da. Em vez de uma crescente concOrrOncia,
quc tende a reduzir cada vez mais a lucrati1/idade dOs em―
preendirnentos, desestimulando a realizacao de nOvas in―
vers6es,a teoria de Baran e Sweeη aponta para um excc―
dente economico cada vez malor, gerado por uma concor‐
rOncia cada vez menos intensa crn termos de precos,c que
leva a um aumento das margens e das taxas de lucrO atra―
vOs do tempo―-lucro csse,no entanto,que nao ha cOm。
invesur produtivamente cm sua totalidade nOs marcos do
sistema capitalista.
Nao O facn deternlinar em que medida de f01lHulacao
dessa lei do funcionamento do capitalismo monopOlista po―
de ser atriburdO mais a um ou a outro desses dois autOres.
Em termos crono16gicos,Sweezy teve indubitavelmente a
primazia, ao qucstionar em vanOs capitulos da sua reotta
do Desenυο′υimento Capitarista a vandez universal da lei
da tendoncia decrescente da taxa de lucrO.42 MaS, aO mes―
mo tempo,O inegavel que Baran fo1 0 pnmeiro a formular
e a definir O conceito de excedentc econOrnico, contrapon―
dO_O a nOcaO mar対sta de mais―valia 43 MeSmO se nao hOu_
vesse quaisquer outros motivos, essa contribuicaO, pOr si
s6, ia scna suficiente para asscgurar a sua inclusaO no r01
dos grandes econOrnistas marxistas do nossO tempo.
Tarnds Szmmecsdnソi
42 0p cit,cap VI,IX,X,Xl e XII
43 ver a respeito o artlgo citado na nota(23)e o capitulo ll da Obra aqui apresentada

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