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ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA ARQUITETURA DESCONSTRUTIVISTA Arquitetura desconstrutivista, também chamada movimento desconstrutivista ou simplesmente desconstrutivismo ou desconstrução, é uma linha de produção arquitetônica pós-moderna que começou no fim dos anos 80. PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS: Processo de desenho não linear; Fragmentação; Formas não retilíneas; Manipulação das ideias da superfície das estruturas ou da aparência. DESCOSTRUTIVISMO O Desconstrutivismo não foi um estilo de arquitetura, muito menos pode ser considerado um movimento de vanguarda, também não foi um movimento de revolta contra os paradigmas da arquitetura moderna. O Desconstrutivismo poderia ser traduzido como uma provocação, uma incitação à explorar diferentes possibilidades e uma liberdade formal ilimitada. COMO SURGIU? Durante os anos da Primeira Guerra Mundial, vanguardistas russos conhecidos como construtivistas, romperam com os paradigmas da arquitetura e da composição clássica. Suas séries de desenhos ilustravam projetos que desafiavam as “normas geométricas” do mundo da arquitetura. Proporcionando um novo ponto de vista crítico e experimental, suas formas fantásticas provocaram as pessoas à repensar os limites da disciplina, abrindo as portas para um novo universo experimental no campo da arquitetura. No pós-guerra, a Rússia passava por um inevitável e radical período de mudanças e revoluções. Este contexto influenciou decisivamente a maneira de se pensar e conceber a arquitetura. A partir de então, a arquitetura começou a ser vista como uma forma superior de arte, influenciando e sendo influenciada diretamente pela sociedade na qual estava inserida. Por conseguinte, a revolução social resultaria impreterivelmente em uma revolução na arquitetura. A geometria, seja no campo expandido da arte ou na própria arquitetura, assumiu formas completamente irregulares. Naquele momento, Vladimir Tatlin projetou seu monumento em forma de torre, para a Terceira Exposição Internacional de 1919. Seguindo a mesma linha, Aleksandr Rodchenko apresentou um projeto experimental para uma estação de rádio, onde estavam presentes todos os tipos possíveis de experimentação geométrica e irregularidades formais. Entretanto, seja por motivos econômicos ou tecnológicos, essas arrojadas estruturas nunca chegaram às vias de fato, e permaneceram apenas como esboços de uma realidade que ainda deveria ser explorada. Paralelamente ao movimento construtivista russo, o modernismo também começava a por suas asas de fora. Talvez tenha sido apenas uma questão de timing de ambos os movimentos que levou o modernismo a triunfar decisivamente sobre o construtivismo. Com o fim da Primeira Guerra Mundial, tudo o que as pessoas mais desejavam era uma vida estável e descomplicada; O construtivismo não tinha a menor chance de prevalecer em um cenário deste tipo. Toda e qualquer ornamentação foi abolida, deixando apenas espaço para uma funcionalidade elegante e manifesta. O desconstrutivismo não foi um grande movimento dentro da arquitetura e tampouco um estilo artístico que ganhou o mundo da noite para o dia capaz de transformar a realidade tal qual a conhecemos. Foi uma mistura de construtivismo e modernismo, influenciado pelo pós-modernismo, pelo expressionismo e também pelo cubismo. O desconstrutivismo ganhou mais atenção durante a exposição de arquitetura desconstrutivista de 1988 do MOMA, organizada por Philip Johnson e Mark Wigley, apresentando projetos desenvolvidos por Zaha Hadid, Peter Eisenman, Daniel Libeskind, entre muitos outros. Naquela época, o desconstrutivismo não era considerado um movimento estabelecido ou um estilo como o cubismo ou o modernismo. Johnson e Wigley perceberam algumas semelhanças na abordagem projetual dos arquitetos e as apresentaram lado à lado em um dos mais importantes museus de Nova Iorque. O estilo desconstrutivista foi então caracterizado pela assimetria e descontinuidade. As regras do jogo da arquitetura foram quebradas e a máxima moderna “a forma segue a função” foi completamente abandonada, mas ainda assim, algo do refinamento e da elegância do modernismo permaneceu. Os edifícios foram manipulados de forma a assumir formas geométricas imprevisíveis, mas conservando a sua função. ARQUITETOS DO MOVIMENTO DESCONTRUTIVISTA Peter Eisenman Pioneiro no movimento, Peter Eisenmanum, é um arquiteto e teórico da arquitetura norte-americano, um dos principais representantes do desconstrutivismo. Museu Guggenheim Bilbao Rem Koolhaas É um arquiteto, jornalista e cineasta irlandês, considerado por Frank Gehry um "um dos pensadores mais brilhantes do nosso tempo". Suas obras se destacam por serem monumentais e com formas inusitadas. Incorpora conceitos desconstrutivistas caracterizado por um caos controlado e por uma estimulante imprevisibilidade. CCTV Headquarters Frank Gehry Crítico recorrente da arquitetura atual e de projetos que se moldam por linhas brutas e retas, Gehry é amplamente conhecido por sua arquitetura formalista, escultural, apresentando frequentemente curvas feitas em metal. Sendo um dos arquitetos mais discutidos no mundo atual, suas obras também são contraditórias, apresentando-se como edifícios megalomaníacos com utilização interior duvidosa. Fundação Louis Vuitton Zaha Hadid Dama da arquitetura contemporânea, Zaha é conhecida pelo seu estilo futurista e formas polemicas – como o estádio que sediará a abertura das olimpíadas de 2020 em Tóquio. As principais características de seus projetos são a fragmentação, os desenhos não lineares e as formas orgânicas e fluidas. Riverside Museum
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