Conceitos 01E Teoria da Contabilidade

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TEORIA DA CONTABILIDADE 
CONCEITOS Nº 01-E 
Conceitos 01E - Teoria da Contabilidade.doc Prof. FGomes 16/09/13 Página 1 de 3 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O predomínio econômico mundial da França 
e Inglaterra (considerado o “Berço da 
Revolução Industrial”), até a década de 
1930, começa a decair após a 1ª Guerra 
Mundial (na Europa), de 1914 a 1918, 
beneficiando os Estados Unidos da América. 
O “desastre” no continente europeu 
favoreceu os norte-americanos no processo 
de reconstrução daquela Europa destruída, o 
que viria novamente a acontecer na 2ª 
Guerra Mundial, de 1939 a 1945. 
 Os EUA não tiveram conflitos em seu 
território e, apesar da sua “Grande 
Depressão” (1929-1933), a economia e o 
predomínio econômico mundial norte-
americano são as principais características do 
século XX, e que ainda no século XXI 
persiste. 
 Com a criação das gigantescas 
“Corporations” norte-americanas espalhadas 
pelo mundo, a partir do início do século XX, 
o desenvolvimento contábil desse país torna-
se também referência mundial. 
 O extraordinário ritmo de desenvolvimento 
econômico que os EUA experimentou e 
ainda experimenta, assim como o seu 
mercado de capitais, propiciam um campo 
fértil para o avanço das teorias e práticas 
contábeis norte-americanas. 
 A contabilidade volta-se para as necessidades 
de controle e captação de investimentos ao 
final do século XIX. 
 
 
 
 
 O pensamento contábil norte-americano mais 
objetivo e pragmático, voltado para os 
interesses dos investidores correntes e 
potenciais, impõe o que, para muitos, passa a 
representar apenas uma técnica utilitarista a 
serviço do capitalismo. 
 As rígidas e detalhadas normas contábeis 
norte-americanas, aprovadas implicitamente 
pelo órgão regulador do seu mercado de 
capitais, a SEC, espalham este modelo pelos 
países ocidentais. 
 As empresas norte-americanas, ao se 
estabelecerem em países estrangeiros 
precisam reportar para suas matrizes, nos 
EUA, no padrão contábil norte-americano 
para consolidar seus demonstrativos 
contábeis - financeiros numa única moeda, o 
dólar. 
 Junto com as “Corporations” norte-
americanas deslocaram-se para os países 
estrangeiros “investidos” as empresas 
externas norte-americanas responsáveis pela 
auditoria daqueles demonstrativos 
financeiros gerados pelas subsidiárias, 
agências ou filiais estrangeiras (as 
investidas). Com isto, dissemina-se a 
“educação”, nesses países, do modelo norte-
americano de contabilidade, já que o pessoal 
local das empresas de auditoria precisava (e 
ainda precisa) ser “educado” neste padrão. 
 
 
A ESCOLA NORTE-AMERICANA 
(ou ANGLO-SAXÔNICA) 
 a partir de 1920 até fins do século XX 
 
Motivos da Invasão Americana 
 
A Escola Norte-Americana é o oposto da 
Escola Europeia, voltada para a 
“divagação” e mais preocupada em provar 
que a contabilidade era uma ciência 
(IUDÏCIBUS, 1998).. 
 
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 1887 - Origem da Regulamentação 
Financeira 
 Começou com as estradas de ferro, em 
1887, ano em que foi fundado o AICPA. 
Difundiu-se a outros setores numa 
tentativa para controlar os grupos 
econômicos gigantescos. 
 1929 – A Crise 
 Levou à criação da SEC em 1934 e à 
fixação de padrões de contabilidade pelo 
Comitê de Princípios Contábeis. 
 1944 - Expansão do Pós-Guerra 
 Participação crescente de investidores 
individuais no mercado de ações 
provocou o aumenta da demanda por 
uniformidade de procedimentos, para 
permitir comparações, e à formação do 
APB, em 1959. 
 1973 - Era Moderna (O FASB) 
 Incapacidade de dirimir questões 
fundamentais na divulgação de dados 
financeiros levou à substituição do APB 
pelo FASB, que é independente do 
AICPA e conta com um conselho que 
funciona em tempo integral. 
 
 
 
 O grande avanço e o refinamento das 
instituições econômicas e sociais; 
 O investidor médio é um homem que deseja 
estar permanentemente bem informado, 
colocando pressões não percebidas no 
curtíssimo prazo, mas frutíferas no médio e 
longo prazo, sobre os elaboradores de 
demonstrativos financeiros, no sentido de 
que sejam evidenciadores de tendências; 
 O Instituto dos Contadores Públicos 
Americanos é um órgão atuante em matéria 
de pesquisa contábil, ao contrário do que 
ocorre em outros países; 
 O governo, as universidades e os corpos 
associativos de contadores empregam 
grandes quantias para pesquisas sobre 
princípios contábeis; e 
 A criação, mais recentemente, do FASB 
(Financial Accounting Standard Board) e, há 
muitos anos, do SEC (a CVM deles), tem 
propiciado grandes avanços na pesquisa 
sobre procedimentos contábeis. 
 
 
 
 O desenvolvimento da teoria e das práticas 
contábeis americanas baseia-se no trabalho 
de equipe. 
 A essência da obra de autores americanos é a 
clareza e a didática da exposição. 
 Partem de uma visão de um conjunto de 
relatórios emanados da contabilidade (o 
balanço principalmente) para, a partir daí, 
descer ao nível de detalhe dos lançamentos 
originários. 
 O aluno tem muito maior interesse e 
facilidade em aprender desta forma do que 
na ordem inversa, pois é assim que evoluiu, 
historicamente, a Contabilidade. 
 Primeiramente fizeram-se inventários, em 
momentos distintos, a fim de apurar a 
variação da riqueza, para depois se 
imaginarem as formas de registro das 
operações elementares. 
 As partidas dobradas são explicadas como 
resultado de um raciocínio algébrico (como 
de fato são), sem se preocupar em enxergar 
pessoas atrás de cada conta (como na escola 
personalista). 
Brevíssima Cronologia 
Bases para Sólida Contabilidade Americana 
O ensino da Contabilidade nos Estados Unidos 
 
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 Predomina nos textos americanos, a 
preocupação com o usuário da informação 
contábil. 
 A Contabilidade é sempre utilizada e 
apresentada como algo útil para tomar 
decisões. 
 
 
 
 The Theory and Measurement of Business 
Income, 1961, de Edwards & Bell, que 
discute o problema da Contabilidade em face 
das flutuações de preços em geral (não 
apenas da inflação), com ampla abordagem 
econômica; 
 a obra de Hendriksen, até o momento, o 
estudo mais profundo e completo sobre 
teoria contábil; 
 o trabalho de Mattessich que, de tão 
avançado conceitualmente, ainda não foi 
avaliado com a devida ênfase; 
 Chambers, na avaliação de ativos e preços de 
realização; 
 Walter, sobre a teoria dos fundos; 
 Bedford, sobre a teoria do lucro. 
 
 
 
 Pouca importância atribuída à sistematização 
dos planos de contas, pelo menos nos livros-
texto; 
 Apresentação dos tópicos dos livros de 
forma não ordenada, dificultando distinguir, 
às vezes, os de menor importância; 
 Pouca consideração - por parte dos corpos 
responsáveis pela edição de princípios 
contábeis, pelo menos até pouco tempo atrás 
- pelo problema inflacionário, embora 
algumas das melhores obras sobre 
“indexação” tenham sido escritas por autores 
americanos e alemãs. 
 
 
 
 
QUESTIONÁRIO 01-E 
 
1. Cite 2 motivos para a contabilidade norte-americana ter prevalecido mundialmente no século XX 
(desde 1920). 
2. Na sua opinião,com base no texto desta apostila, o ensino da Contabilidade é diferente no Brasil, 
comparado com os EUA? Melhor ou pior? Por que? 
3. Na sua opinião, dentre as características da contabilidade norte-americana, cite 3 delas que são 
melhores que as brasileiras. Explique o porquê da supremacia de cada uma delas. 
Principais trabalhos teóricos norte-americanos 
 
Principais defeitos da Escola Norte-Americana