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CONCEITOS BÁSICOS PARA INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE O sistema predial de água quente (SPAQ) tem por finalidade conduzir a água aquecida, através de condutos até os pontos de utilização. É primordial que o profissional execute o projeto considerando as situações que promovam a correta condução deste fluido até o ponto de utilização, garantindo o conforto térmico do usuário. A escolha do sistema de aquecimento é de suma importância para as soluções que serão tomadas para garantir o conforto térmico do usuário. É possível destacar os seguintes sistemas utilizados em larga escala em edificações aqui no Brasil: aquecimento solar ou aquecedores de passagem. COMO ESCOLHER O MELHOR SISTEMA PREDIAL DE ÁGUA QUENTE? A escolha do sistema de aquecimento da água a ser adotado no projeto deve levar em conta os seguintes fatores: Definição do usuário: em geral, o usuário pode inicialmente optar pelo tipo de aquecimento que mais lhe agrada. Fica a cargo de o projetista avaliar se a escolha de fato corresponde à melhor solução para o sistema predial de água quente; Disponibilidade de investimento inicial com o projeto e custos de instalação do usuário; Necessidade de aliar economia na conta de energia a longo prazo com uma solução cuja energia é retirada de uma fonte considerada limpa; Análise da existência do espaço necessário para utilização do sistema de aquecimento. Deve-se, portanto, analisar este e outros fatores específicos que forem apresentados para avaliação da melhor solução a ser adotada no projeto em questão. AS INSTALAÇÕES PREDIAIS DE ÁGUA QUENTE SÃO REGIDAS PELA NBR 7198, E DEVEM SER PROJETADAS E EXECUTADAS DE MODO A: Garantir o fornecimento de água de forma continua, em quantidade suficiente e temperatura confortável, com segurança aos usuários, com as pressões e velocidades compatíveis com o perfeito funcionamento das peças de utilização e das tubulações; Preservar rigorosamente a qualidade da água; Racionalizar o consumo de energia; Os principais usos das instalações prediais de água quente e as temperaturas convenientes nos pontos de utilização são: USO PESSOAL EM BANHOS OU HIGIENE: 30º C a 50º C EM COZINHAS: 60º C a 70º C EM LAVANDERIAS: 75º C a 85º C EM FINALIDADES MÉDICAS: 100º C O SISTEMA DE ÁGUA QUENTE É FORMADO PELOS SEGUINTES COMPONENTES: Tubulação de água fria para alimentação do sistema de água quente; Aquecedores, que podem ser de passagem (instantâneos) ou de acumulação; Dispositivos de segurança (controladores de pressão e de temperatura, e válvula de alívio de pressão; Tubulação de distribuição de água quente; Pontos de utilização (Chuveiros, duchas, pias e lavatórios); MODALIDADES DE INSTALAÇÃO DE ÁGUA QUENTE COMO NÃO HÁ FORNECIMENTO PUBLICO NATURAL DE ÁGUA QUENTE, A MESMA DEVERÁ SER PRODUZIDA DENTRO DA EDIFICAÇÃO. HÁ 3 MODALIDADES DE PRUDUÇÃO DE ÁGUA QUENTE, CABE AO PROJETISTA ESTUDAR A VIABILIADADE DO EMPREGO DE CADA UMA DESSAS ALTERNATIVAS, SENDO ELAS: INDIVIDUAL: Onde se produz água quente para um único aparelho, ou no máximo para aparelhos do mesmo ambiente. Sendo esses aparelhos localizados no próprio banheiro, ou na área de serviço, por exemplo, chuveiro ou torneira elétrica. CENTRAL PRIVADO: Onde se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade residencial, (casa ou apartamento) essa deve ser a modalidade perfeita em prédios de apartamentos em vista da dificuldade de rateio na conta e da manutenção que será de responsabilidade de cada condomínio. Exemplo: aquecedor de acumulação. CENTRAL COLETIVO: Onde se produz água quente para todos os aparelhos de uma unidade da edificação, normalmente situada no térreo ou no subsolo, para facilitar a manutenção e o abastecimento de combustível . É recomendada quando não há rateio da conta, como em hotéis, hospitais, motéis, clubes, industrias, etc. PRESSÓES MÍNIMAS E MÁXIMAS No dimensionamento das canalizações devem sempre ser consideradas as pressões mínimas e máximas admitidas nas peças de utilização bem como as pressões recomendadas nos catálogos dos fabricantes referentes aos aquecedores. A NBR 7189 recomenda que a pressão estática máxima para as peças de utilização e para os aquecedores não ultrapasse 400 kPa (40 m.c.a). As presões dinâmicas mínimas nas torneiras e chuveiros, não devem ser inferiores a 5 kPa e 10 kPa (0,50 e 1 m.c.a), respectivamente. VELOCIDADE MÁXIMA DA ÁGUA De acordo com a NBR 7198, a velocidade da água nas tubulações não deve ser superior a 3 m/s. No local onde o nível do ruído possa incomodar, a velocidade da água deve ser limitada a valores compatíveis com o isolamento acústico. CUIDADOS EXIGIDOS NA INSTALAÇÃO As tubulações devem ser totalmente isoladas contra perda de calor. Os isolantes mais conhecidos são: Calhas de isopor, de lã de vidro e de cortiça; Massa de amiamento e cal; Argamassa de areia, cal e vermiculite. Na tubulação embutida, nunca usar cimento, para que a tubulação fique livre para as dilatações térmicas. Nas tubulações não embutidas, usar meia cana para envolver o cano. Nas tubulações expostas a intempéries, usar, sobre o isolamento térmico, uma lâmina de alumínio, para impedir a entrada de água. Tubulação em caneleta sujeita a umidade, proteger o isolante térmico com uma camada de massa asfáltica ou outro impermeabilizante. DILATAÇÃO - Deve-se evitar a aderência da tubulação com a estrutura. - A tubulação deve poder se expandir livremente. - Em trechos longos e retilíneos, deve-se usar cavaletes, liras ou juntas de dilatação especiais, que permitam a dilatação. PRUMADA A alimentação da água dos aquecedores deve ser feita com uma prumada exclusiva, golpes de aríetes são extremamentes prejudiciais. ESTIMATIVA DE CONSUMO E CAPACIDADE DO RESERVATÓRIO Em países frios, o consumo de água quente chega a representar 1/3 do consumo total de água. Em países quentes como o Brasil, esses valores são menores conforme a NBR- 7198/82 de Instalações prediais de Água Quente. Podemos utilizar os valores da tabela abaixo para fazer uma estimativa de consumo de água quente e a partir desses valores dimensionar o aquecedor e o reservatório de acumulação de água quente. TABELA 1: TABELA 2: EXERCÍCIO: CALCULAR O CONSUMO MÁXIMO PROVÁVEL E A CAPACIDADE DE RESERVATÓRIO, PARA UM EDÍFICIO DE APARTAMENTOS, COM 20 UNIDADES RESIDENCIAIS, COM OS SEGUINTES APARELHOS POR UNIDADE: - BIDÊ, BANHEIRA, LAVATÓRIO, CHUVEIRO E PIA DE COZINHA.
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