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NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 0 de 36 Equipe Professor Rômulo Passos NOVO CURSO DE PORTUGUÊS NA SAÚDE PRONOMES II Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 1 de 36 Amiga (o), acreditamos que você já tenha se perguntado: qual o significado do termo “relativo”? Quando se diz que uma palavra é relativa à outra, o que isso representa? Relativo é dizer que algo está relacionado/ligado à outra coisa ou circunstância. Na língua portuguesa, trata-se do pronome que se refere a uma palavra ou expressão anterior, do pronome que estabelece uma relação de dependência ou subordinação de um termo consequente em relação a outro antecedente. Veja o fragmento abaixo: “Este último representou uma traição de Dona Neusa à ativa classe dos caixeiros de farmácia, da qual fora até então exclusiva ...” (Jorge Amado, DONA FLOR E SEUS DOIS MARIDOS) Na passagem acima, “Dona Neusa” fora até então exclusiva a quê? A resposta está na oração antecedente, ela fora exclusiva à ativa classe dos caixeiros de farmácia”. A função do pronome relativo “da qual” no período em pauta foi estabelecer a ligação referencial entre termos nas orações, evitando repetições desnecessárias. Os pronomes relativos sempre introduzem as orações subordinadas adjetivas. Estudaremos toda a classificação da orações na aulas seguintes. “Mas o homem obriga a gente a decorar uma porção de definições que ninguém entende. Ditongos, fonemas, gerúndios. . .” (Monteiro Lobato, “EMÍLIA NO PAÍS DA GRAMÁTICA”) A oração subordinada “que ninguém entende” qualifica o termo antecedente “definições” estando a este subordinada. São as conhecidas orações subordinadas adjetivas. Esperamos que você tenha entendido o real significado do termo relativo para a língua portuguesa. Esse entendimento é vital para a compreensão da matéria. Podemos avançar mais um pouco? Então vamos lá! Pronomes Relativos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 2 de 36 Os pronomes relativos são empregados de acordo com os seus referentes: pessoas ou seres personificados, coisas, lugares, tempo, quantidade, maneira ou forma como algo é realizado etc. Vejamos como os pronomes em destaque, nos exemplos abaixo, foram empregados por Jorge Amado na obra “Gabriela, cravo e canela”. Observe que para cada tipo de referente foi empregado o pronome relativo adequado: Da leitura dos fragmentos acima, extraídos da obra de Jorge Amado, observa-se o emprego dos pronomes de acordo com a ideia estabelecida na oração. Por exemplo, quando se quis referenciar uma determinada pessoa como antecedente, utilizou-se o pronome específico “quem”; se a ideia era de tempo, empregou-se o pronome “quando”; ideia de lugar, o pronome “onde” e assim por diante. Vejamos agora a relação dos pronomes relativos e em seguida o emprego particular de cada um. Os pronomes relativos e as circunstâncias em que são empregados. “apenas para mudar um pouco a paisagem da qual já devia estar cansado após tantos anos.” Referente: COISA “O donatário, Jorge de Figueiredo Correia, a quem o rei de Portugal dera, em sinal de amizade” Referente: PESSOA “Ainda há poucos dias, quando Nacib se sentia menos triste” Referente: TEMPO “As primeiras tochas chegavam ao alto, onde estavam as casas.” Referente: LUGAR “homens cuja palavra, por vezes, valia mais que qualquer documento legal.” Referente: POSSE “Tonico sabia tudo quanto se referia ao mulherio da cidade.” Referente: QUANTIDADE Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 3 de 36 É o pronome relativo universal. Pode ser empregado tanto em relação à coisa quanto à pessoa. Em determinadas circunstâncias, pode ser substituído por o qual (e flexões). Vejamos alguns exemplos extraídos da obra de Machado de Assis: “Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão.” (que = motivos) “a casa em que me criei na antiga Rua de Mata-cavalos,” (em que = casa) “grandes pássaros que as tomam nos bicos, de espaço a espaço.” (que = grandes pássaros) O pronome relativo QUAL também se relaciona com antecedentes representados por coisas ou pessoas, porém, sempre vem antecedido por um artigo definido [o, a, os, as]. Quanto à concordância, concorda em gênero e número com o elemento antecedente, originando as variações (o qual, os quais, a qual, as quais etc.). Pronomes Relativos COISA Que Qual (quais) PESSOA Quem LUGAR Onde TEMPO Quando QUANTID ADE Quanto(s) Quanta(s) POSSE Cujo(s) Cuja(s) QUE QUAL (+ Variações) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 4 de 36 A depender da regência do termo consequente estes pronomes poderão apresentar-se preposicionados. São as variações (do qual, dos quais, na qual, aos quais, à qual, às quais etc). Vejamos os exemplos extraídos da obra de Joaquim Manoel de Macedo. “traduziu para a nossa língua e fez dele uma balada, a qual minha neta canta.” (a qual = balada) “exatamente defronte do espelho, do qual não tirava os olhos”. (do qual = espelho) “ouviu-se um grito de dor, ao qual se seguiu viva agitação no interior daquela casa”. (ao qual = grito de dor) “Seguiu-se novo exame da enferma, no qual os quatro estudantes fingiram observar o pulso”. (no qual = novo exame) Cuidado com a ambiguidade! O emprego inadequado do pronome relativo “que” em vez de “qual” e variações poderá resultar em mais de um entendimento para uma mesma situação. Observe: A delegada indiciou o proprietário da empresa que não cumpriu com as normas de segurança ambiental. Veja bem: o proprietário ou a empresa não cumpriu com as normas de segurança? Percebeu como o pronome “que”, no exemplo acima, possibilitou mais de um entendimento para o período no qual foi inserido? Ao contrário, se fosse utilizado o relativo “a qual”, não teríamos qualquer comprometimento da compreensão do enunciado, afastando, portanto, a ambiguidade observada anteriormente. Comprove: A delegada indiciou o proprietário da empresa, a qual não cumpriu com as normas de segurança ambiental. Agora, uma só compreensão é possível: a empresa foi quem não cumpriu com as normas de segurança e consequentemente o proprietário foi indiciado. Quando o termo antecedente estiver distante no texto, também prefira a utilização de “o (a) qual” e variações. Perceba: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 5 de 36 “sete meses depois teve a Maria um filho, formidável menino de quase três palmos de comprido, gordo e vermelho, cabeludo, esperneador e chorão; o qual, logo depois que nasceu, mamou duas horas seguidas sem largar o peito.” (Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias) O pronome em destaque acima tem como referente o termo “um filho”. Se utilizássemos o pronome “que”, teríamos uma dificuldade de entendimento, pois o pronome e o seu referente encontram-se distantes um do outro no texto. É o pronome especifico para antecedentesrepresentados por um lugar ou localização. Admite-se a substituição por “em que”. Vejamos como Graciliano Ramos empregou esse pronome em Vidas Secas. “Coitado, morrera na areia do rio, onde (em que) haviam descansado”; (onde = areia do rio) “estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se equilibrava mal”; (onde = gaiola pequena) “examinou a catinga, onde avultavam as ossadas e o negrume dos urubus”. (onde = caatinga) Quando o termo consequente reger a preposição “a” ou “de”, o pronome relativo assume a forma “aonde” ou “donde”, respectivamente. Observe: “Expliquei-lhe que tinha saído para o teatro donde voltara receoso de Capitu”; (voltara de onde? = do teatro) “Capitu propôs metê-lo em um colégio, donde só viesse aos sábados”; (viesse de onde?) = do colégio) “Eles moravam em Andaraí, aonde queriam que fôssemos muitas vezes”. (Machado de Assis, Dom Casmurro) Este é o pronome relativo especifico quando o antecedente e consequente forem substantivos e expressarem a ideia de posse (algo pertencente a alguém). Não se admite artigos antes ou depois do pronome. Não se esqueça, “cujo o” ou “cuja a” sempre serão construções desabonadas pela norma culta. ONDE Cujo + variações Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 6 de 36 Ao contrário dos demais pronomes relativos, esse pronome concorda (em gênero e número) com o substantivo subsequente, inclusive quanto à regência ou não por preposição. “Ao lado da Sra. D. Ana estavam duas jovens, cujos nomes se adivinharão facilmente”; (Cujo = os nomes das jovens) “Vai exigir que Augusto o ajude a forjar cruel cilada contra uma jovem de dezessete anos, cujo único delito é ter sabido amar o ingrato”; (Cujo = o delito da jovem) “o homem perigoso, cujo contato podia fazer a desgraça de outro” (Cujo = o contato do homem) “uma jovem de quinze anos, cuja cintura se podia abarcar completamente com as mãos.” (Cuja = a cintura da jovem) (Joaquim Manuel de Macedo, A MORENINHA) Emprega-se unicamente quando o antecedente for pessoa. Em regra, será precedido por preposição regida pelo verbo da oração que o pronome introduz. “é um pobre menino com quem me divirto nas horas vagas”; (com quem = pobre menino) “Augusto apaixonou-se por seis senhoras com quem dançou”; (com quem = seis senhoras) “Estava o nosso estudante sonhando que certa pessoa, de quem ele teve até aborrecimento”. (de quem =certa pessoa) (Joaquim Manuel de Macedo in A MORENINHA) É o pronome relativo especifico quando o antecedente exprimir a ideia de quantidade. É acompanhado dos pronomes indefinidos tanto, tudo, todos (e variações) com os quais concordam em gênero e número. Observe: QUEM QUANTO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 7 de 36 “e dará por bem feito tudo quanto o senhor fizer.” “Confesso-lhe que desejo muito a liberdade dessa escrava, tanto quanto desejo a minha felicidade” (Bernardo Guimarães, A Escrava Isaura) Empregado para antecedentes que expressem o valor semântico de tempo. “Um dia, quando todos os livros forem queimados por inúteis, há de haver alguém, ... , que ensine esta verdade aos homens.” (quando = um dia) “no primeiro sábado, quando eu cheguei a casa, e soube que Capitu estava na Rua dos Inválidos” (quando = no primeiro sábado) (Machado de Assis, Dom Casmurro) Empregado para antecedentes que expressem o valor semântico de forma, modo ou maneira com se realiza algo (o modo como, a forma como, a maneira como). Os professores nos ensinaram a maneira como devíamos ter encarado os testes. Passos para não errar no emprego dos pronomes relativos QUANDO COMO 1 •Cerifique-se da natureza do termo antecedente para empregar o pronome adequado; • Exemplo: •Pessoa => quem; Posse => cujo; Lugar => onde, aonde, donde; 2 •Aprenda: o pronome “que” é universal e poderá ser empregado em praticamente todas as situações, exceto nas relações de posse, que exigem, com exclusividade, o pronome cujo; 3 •Observe se na oração subordinada ocorre algum termo que exija preposição, situação em que esta deverá anteceder o pronome relativo. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 8 de 36 Vamos exercitar? 1. (UPE, SUAPE – ENGENHEIRO) Assinale a alternativa cuja sequência completa CORRETAMENTE as frases abaixo. A lei ............. se referiu já foi revogada. Os cálculos matemáticos ................ se lembraram eram enormes. O emprego ................ aspiras é extremamente importante. O conto de Machado ................. gostou foi premiado. A peça teatral ................ assistimos foi de uma sutileza política fantástica. A) que – que – que – que – que B) a que – de que – que – que – a que C) que – de que – que – de que – que D) a que – de que – a que – de que – a que E) a que – que – que – que – a que COMENTÁRIOS: Trata-se de uma questão muito interessante para revisarmos o emprego dos pronomes relativos. A questão explora basicamente o seu conhecimento sobre as regras de regência associadas à escolha do pronome relativo adequado a cada situação. A depender da regência do termo consequente, os relativos poderão apresentar- se preposicionados. São as variações (a que, de que, do qual, dos quais, na qual, aos quais, à qual, às quais etc). Voltando ao enunciado, devemos estar atentos à regência do termo consequente. No primeiro item, a forma verbal “referir-se”, exige a preposição “a” (quem se refere, refere-se a algo ou a alguém). Se o termo consequente rege-se por preposição, esta deverá, obrigatoriamente, acompanhar o pronome relativo, logo: “A lei a que (à qual) se referiu já foi revogada”. Em seguida, verificamos o verbo “lembrar-se”. Novamente, a forma verbal exige um complemento preposicionado (quem se lembra, lembra-se de algo ou de alguém), logo: “Os cálculos matemáticos de que (dos quais) se lembraram eram enormes”. Nos itens seguintes, verificamos as formas verbais “aspiras”, “gostou” e “assistimos”. Nos três casos, temos verbos que se regem por preposição, e que emprestam essa regência às formas pronominais que os acompanham. Logo, estão corretas: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 9 de 36 O emprego a que aspiras ... O conto de Machado de que gostou ... A peça teatral a que assistimos ... Para não errar jamais: Se o termo consequente rege-se por preposição, esta deverá, obrigatoriamente, acompanhar o pronome relativo. Gabarito: Nos termos apresentados, a letra “c”, corresponde ao nosso gabarito. 2. (UPE, LACEN – ANALISTA - ADAPTADA) Com base no fragmento textual abaixo, julgue a afirmativa seguinte: “...produção de medicamentos em embalagens que permitam o fracionamento". O termo sublinhado se classifica como pronome relativo e o verbo "permitam" concorda com o termo que o antecede. COMENTÁRIOS: Os pronomes relativos são aqueles que projetam o termo antecedente na oração seguinte, evitando a sua repetição desnecessária. São, por esta razão, importantes elementos de coesão textual. No caso em tela, o pronome “que” representa o termo “embalagens” na oração “que permitam o fracionamento”. Como afirmado noenunciado, a forma verbal “permitam”, concorda com o termo “embalagens”. Entenderemos melhor esse processo de concordância quando abordamos a função sintática dos pronomes relativos. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se verdadeira. 3. (UPE, LACEN – ANALISTA - ADAPTADA) Com base no fragmento textual abaixo, julgue a afirmativa seguinte: “Os laboratórios terão também que desenvolver estratégias..." O termo sublinhado se refere a "laboratórios", classificando-se como pronome relativo. COMENTÁRIOS: TERMO ANTECEDENTE •Determina as relações de concordância PRONOME RELATIVO •. TERMO CONSEQUENTE •Determina as relações de Regência Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 10 de 36 O termo em destaque não projeta o termo antecede na oração seguinte, logo, não pode ser caracterizado como pronome relativo. Trata-se de uma conjunção integrante, ou seja, que introduz uma oração subordinada subjetiva. O método mais simples de identificação das conjunções integrantes, é substituir o termo pelo pronome “ISSO”. Se a substituição resultar em uma frase coerente (compreensível), estaremos diante de uma conjunção e não de um pronome relativo. Vejamos: “Os laboratórios terão também ISSO...". No caso, o termo “ISSO” representa toda a oração seguinte. A oração “que desenvolver estratégias“, classifica- se como subjetiva objetiva direta, no entanto, esse um tema para as próxima aulas. Gabarito: como observado, a afirmativa encontra-se incorreta. Texto de referência para questão n. 04! Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 11 de 36 4. (ANALISTA PREVIDENCIÁRIO/INSS/CESGRANRIO) Assinale a opção em que o emprego do pronome relativo não obedece à regência do verbo, segundo a norma culta da língua. (A) "...que eu necessito..." (L. 13) (B) "...a que eu devo chegar." (L. 15) (C) "Onde eu me coloco diante de tal fato?" (L. 19-20) (D) "De que lugar eu estou, neste momento, olhando para minha vida?" (L. 20-21) (E) "...que não me pertence..." (L. 36) COMENTÁRIOS: Alternativa “a”: O verbo “necessitar” rege a preposição “de”, que deveria estar antes do “que”. Incorreta, portanto, esta alternativa. Gabarito. Alternativa “b”: O verbo “chegar” rege a preposição “a”, portanto, correta a alternativa. Alternativa “c”: Esta frase indaga um local, um lugar. Nesses casos, emprega-se o relativo “onde”. Correta. Alternativa “d: A relação é: Quem olha está em algum lugar e olha para outra localidade. Assim, a construção “de que lugar...” está de acordo com a norma culta da língua. Se olha a partir, de algum lugar. Correta. Alternativa “e”: A posse se relaciona com a primeira pessoa do discurso, assim, emprega-se o pronome “me”. Correta. Gabarito: Letra A 5. (TÉCNICO PREVIDENCIÁRIO/INSS/CESGRANRIO) Marque a opção em que o termo entre parênteses NÃO preenche corretamente a lacuna, pois não atende à regência do verbo da frase. (A) O emprego __________ aspirava requeria mais preparo. (a que) (B) Muitos alunos __________ frequentavam a escola se formaram. (que) (C) A palmatória era a razão __________ os meninos temiam as sabatinas. (com que) (D) Mesmo nas escolas de antigamente havia aulas __________ os alunos gostavam. (de que) (E) Os jogos __________ a menina assistia lhe pareciam emocionantes. (a que) Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 12 de 36 COMENTÁRIOS: Esta questão cuida de regência verbal, que é o estudo da relação de dependência entre o verbo e seu complemento no que diz respeito à exigência ou não de preposição. Dá ênfase especial à regência com o uso do pronome relativo. Alternativa “a”: “O emprego a que aspirava requeria mais preparo.” O verbo “aspirar” no sentido de pretender, desejar, ter por objetivo, é transitivo indireto, regendo a preposição “a”. Correta. Alternativa “b”: “Muitos alunos que frequentavam a escola se formaram.” O verbo “frequentar” é transitivo direto, dispensando a preposição. Correto, portanto, o “que” não antecedido de preposição. Alternativa “c”: “A palmatória era a razão com que os meninos temiam as sabatinas.” O correto seria “A palmatória era a razão pela qual os meninos temiam as sabatinas. Está errada. Teme-se algo ou alguém por algum motivo e não com algum motivo. É nosso gabarito. Alternativa “d: “Mesmo nas escolas de antigamente havia aulas de que os alunos gostavam.” Correta, pois o verbo “gostar” é transitivo indireto. Alternativa “e”: “Os jogos a que a menina assistia lhe pareciam emocionantes.”. Correta, já que o verbo “assistir” no sentido de “ver” é transitivo indireto. Gabarito: Letra C. 6. (UPE, HEMOPE – TÈC. EM ENFERMAGEM) Quanto às normas gramaticais, julgue o item abaixo: No trecho “...muitos pacientes que precisam de sangue...”, o sujeito é representado pelo pronome relativo “que”, e o verbo concorda com o seu antecedente. COMENTÁRIOS: Primeiramente, o vocábulo “que”, em destaque, seria um pronome relativo? Sabemos que os relativos são os pronomes que se referem ao termo antecedente, projetando-o na oração seguinte e evitando a sua repetição. No caso, o “que”, retoma o termo “pacientes”, logo, trata-se de um pronome relativo. Até aqui, a afirmativa encontra-se verdadeira, mas ainda resta a definição da sua função sintática. É isso mesmo: os pronomes relativos introduzem as orações subordinadas adjetivas e obrigatoriamente desempenham uma função sintática. Veremos, nas aulas seguintes, que o verbo é quem dá as cartas em matéria de análise sintática. É o verbo que nos dirá qual a função sintática desempenhada pelo pronome relativo na oração subordinada. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 13 de 36 Em “...muitos pacientes que precisam de sangue...”, quem precisa de sangue? A resposta é simples: “muitos pacientes precisam de sangue”. Creio que você já tenha entendido! O pronome relativo exerce a mesma função sintática que o termo a que ele se refere exerceria. No nosso caso, exerce a função de sujeito da forma verbal “precisam”. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se verdadeira. 7. (Técnico do Seguro Social-INSS/FCC) Está adequado o emprego do elemento sublinhado em: (A) Mahler, compositor a quem as gerações seguintes fizeram justiça, foi muito incompreendido em vida. (B) A obra de Mahler, na qual tantos manifestaram incompreensão, acabou marcando o século XX. (C) Visitando Steinbach, aonde Mahler tanto se inspirou musicalmente, o turista reconhecerá a paz de que se beneficiou o compositor. (D) Mahler amava a paz da natureza, em cuja se valeu para concentrar-se e compor. (E) O século XX, ao qual sobressaíram grandes compositores, como Mahler, foi marcado por criações bastante polêmicas. COMENTÁRIOS: O assunto central aqui é regência. É tema que também se reveste de grande importância. Procure estudar a regência dos principais verbos e nomes. Regência é a parte da sintaxe que estuda a dependência entre verbos e seus complementos, bem como entre os nomes e seus complementos. Assim, o estudo girará em torno da necessidade de se colocar ou não preposição antes dotermo regido, que é o que complementa os verbos ou os nomes. No caso específico desta questão, a regência explorou também pronomes relativos. Estes são palavras que substituem termos já utilizados, para manter a coesão textual e a beleza de estilo, pois evitará repetições de palavras ou termos na oração. Vamos às alternativas! Alternativa “a”: A expressão “fazer justiça” rege, ou seja, pede, a preposição “a”. Ainda, quem faz justiça fá-la a alguém. Assim, a frase em comento está de acordo com a norma padrão da língua: “Mahler, compositor a quem as gerações seguintes fizeram justiça”. A análise ainda ficará mais fácil se dispusermos os termos em ordem direta. Assim: “As gerações seguintes fizeram justiça ao compositor Mahler”. Correta. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 14 de 36 DICA: Veja que em todas as alternativas teremos um pronome relativo retomando algum termo já utilizado e pedindo determinada preposição, conforme a regência do verbo ou do nome. Para acertarmos, vamos colocar as frases na ordem direta e aplicar a preposição de acordo com a regência. Alternativa “b”: A expressão “manifestar incompreensão” rege a preposição “sobre”. Eis o erro da alternativa. Falsa. Alternativa “c”: O substantivo próprio Steinbach, que era o lugar em que Mahler buscava inspiração para as suas sinfonias, pede o pronome relativo “onde”. “Aonde” é usado com verbos que indicam movimento, como “ir”, que não é o caso da nossa alternativa. Falsa. Alternativa “d”: O relativo “cujo”, e variações, são um resquício do latim. Esse pronome serve para relacionar dois substantivos criando uma relação de posse entre o primeiro e o segundo. Ex.: “O caminhão cujo pneu furou está no meio da rua.”. A relação está sendo feita entre caminhão e pneu, indicando que este pertence àquele. Na frase em análise, não há relação de posse entre Mahler e natureza. O pronome relativo correto, então, será “que” ou “qual”. Ademais, o verbo “valer-se” rege a preposição “de” e não “em”. Fica correta da seguinte forma: “Mahler amava a paz da natureza, da qual se valeu para concentrar-se e compor.”. Alternativa Falsa. Alternativa “e”: “O século XX, ao qual sobressaíram...” está indicando um tempo determinado; assim, o correto seria: “O século XX, no qual sobressaíram...”. Falsa. Gabarito: Letra A 8. (UPE, HUOC – MÉDICO) Quanto às normas gramaticais, julgue o item abaixo: Em “Ele (o homem) passa seu tempo fazendo coisas nas quais não está interessado”, a preposição usada antes do pronome relativo desobedece ao padrão culto da língua. COMENTÁRIOS: Como vimos, a depender da regência do termo consequente, os pronomes relativos poderão apresentar-se preposicionados. São as variações (do qual, dos quais, na qual, aos quais, à qual, às quais etc). Vejamos: quem não está interessado, não está interessado em alguma coisa. Percebam que o termo consequente exige a proposição, que, no caso, acompanha o pronome relativo “quais”. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 15 de 36 Para não errar: Se o termo consequente rege-se por preposição, esta deverá, obrigatoriamente, acompanhar o pronome relativo. Gabarito: a preposição foi empregada corretamente, logo, a afirmativa encontra- se incorreta. 9. (UPE, LACEN – ANALISTA) Quanto às normas gramaticais, julgue o item abaixo: No trecho “...produção de medicamentos em embalagens que permitam o fracionamento", o termo sublinhado se classifica como pronome relativo e o verbo "permitam" concorda com o termo que o antecede. COMENTÁRIOS: A banca, nesses casos, busca o seu conhecimento sobre o reconhecimento dos pronomes relativos e das regras de concordância verbal. O vocábulo “que” refere-se ao termo antecedente “embalagens”, transportando- o para a oração seguinte e obrigando a conjugação do verbo na terceira pessoa do plural. Simples assim. Gabarito: a afirmativa encontra verdadeira, e já podemos concluir que o verbo da oração subordinada (a oração introduzida pelo pronome relativo) concordará com o termo antecedente ao qual o pronome se refere. 10. (HEMOMINAS-MG/ IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Visitei o lugar _________ seu pai nos falou. a) que b) o qual c) na qual d) de que COMENTÁRIOS: Amiga (o), tratando-se de pronomes, os relativos são os mais explorados pelas provas de concursos. Porém, não há mistério nesta parte da matéria. Devemos ter um cuidado especial apenas na escolha do pronome adequado para determina circunstância (tempo, modo, lugar, coisa, pessoa, posse ou quantidade) e na utilização ou não de preposição. TERMO ANTECEDENTE •Determina as relações de concordância PRONOME RELATIVO •. TERMO CONSEQUENTE •Determina as relações de Regência Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 16 de 36 Na oração acima, se busca o pronome adequado para estabelecer a relação entre o termo antecedente “o lugar” e o termo consequente “seu pai nos falou”. Caso não houvesse o emprego do pronome relativo, teríamos uma construção no mínimo esdruxula: “Visitei o lugar. Seu pai falou do lugar”. Na oração subordinada adjetiva iniciada pelo pronome relativo, verifica-se o verbo “falou”, que exige complemento com preposição (quem fala, fala de algo ou alguém). No caso, o pai falou do lugar que foi visitado. Podemos de cara eliminar as alternativas [a, b], já que desconsideraram a regência verbal e a necessidade de preposição acompanhando o pronome. Como o verbo falar rege a preposição “de” a alternativa que completa adequadamente a lacuna é a letra [d], “Visitei o lugar de que seu pai nos falou”. Inicialmente, parecia uma questão trivial, porém exigiu o conhecimento dos candidatos sobre os conhecimentos básicos de regência verbal. É nesse ponto que reside o maior risco de erro de questões envolvendo os pronomes relativos: não considerar a regência verbal ou nominal que pode influenciar decisivamente no emprego adequado do pronome. Gabarito: nos termos apresentados a alternativa [d] encontra correta. 11. (IDECI-CE/IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. O rapaz contou uma história ________ não acreditei. a) que b) a qual c) em que d) onde COMENTÁRIOS: Eu não acreditei em quê? Na história que o rapaz contou. Fácil e sem mistérios. O verbo acreditar rege a proposição “em” (quem acredita, acredita em algo ou em alguém). Não poderíamos empregar os pronomes “que” ou “o qual” e muito menos o pronome “onde”, especifico para antecedentes representados por lugares. Resta-nos a alternativa [c], “O rapaz contou uma história em que não acreditei”. Gabarito: apenas a alternativa [c] observa as regras de regência verbal e portanto apresenta o pronome adequado ao caso em tela. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 17 de 36 12. (CRA-SP/IBFC) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, as lacunas. I. As cenas ________me lembro são boas. II. Não vi o texto _________ o professor fez referência. a) que – que b) que – a que c) de que – a que d) de que – que COMENTÁRIOS: Acreditamos que você já esteja compreendendo que a observância da regência verbal é determinante parao emprego adequado dos pronomes relativos. É neste ponto que a maioria dos candidatos erra e perde pontos preciosos. Vamos á questão! Eu me lembro de quê? Das cenas. No item [I], o verbo pronominal “lembrar-se” rege a preposição “de” (quem lembra-se, lembra-se de alguma coisa). A forma pronominal “de que” é à adequada para a situação, logo: As cenas de que me lembro são boas. No item [II], o professor fez referência a quê? Ao texto. O termo “referência” exige um complemento preposicionado (quem faz referência, faz referência a alguma coisa). Nesse caso, o pronome relativo “a que” completa adequadamente a lacuna: Não vi o texto a que o professor fez referência. Gabarito: nesses termos, a alternativa [c], ao respeitar as regras de regência verbal, apresenta os pronomes adequados ao preenchimento das lacunas. 13. (ILSL-MG/IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Conheci a cidade _______ ele foi em julho. a) que b) a qual c) a que d) onde COMENTÁRIOS: Ele foi em julho para onde? Para cidade que conheci. O verbo “ir” rege a preposição “a” (quem vai, vai a algum lugar), portanto podemos eliminar as alternativas Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 18 de 36 [a, b, d], uma vez que trazem pronomes não precedidos de preposição, ou seja, em desacordo às regras de colocação pronominal. Gabarito: a alternativa [c] apresenta a forma pronominal coerente à situação trazido pelo enunciado, portanto: “Conheci a cidade a que ele foi em julho”. Mas professor, você não falou que o pronome “onde” seria utilizado especificamente quando o termo antecedente indicasse lugar? Desta forma, por que a alternativa [d] encontra-se incorreta? Amiga (o), o relativo “onde” será utilizado sempre que o termo consequente não se reger por preposição. Caso contrário, exigindo-se a preposição obrigatória, empregam-se as formas “donde (de + onde)” ou “aonde (a + onde)”. Vejamos: 14. (Franca-SP/IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Ela era uma amiga ________ eu contava meus segredos. a) que b) à qual c) a qual d) na qual COMENTÁRIOS: Ao longos da aula você perceberá que não há dificuldades em questões envolvendo pronomes relativos. Basta empregar o pronome adequado à relação semântica estabelecida entre os termos antecedente e consequente, bem como respeitar as regras de regência. Os pronomes relativos “a qual” e “as quais” recebem o sinal indicativo de crase quando antecedidos pela preposição “a”. Termo antecedente indicando lugar Termo consequente não exigindo preposição onde Termo antecedente indicando lugar Termo consequente regendo a preposição “a” aonde Termo antecedente indicando lugar termo consequente regendo a preposição “de” donde Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 19 de 36 Na oração em pauta, o verbo “contar” é transitivo direito e indireto (quem conta, conta algo a alguém). Exige, portanto, dois complementos, dos quais um é regido pela preposição “a”. A alternativa adequada ao preenchimento da lacuna é a letra [b]: “Ela era uma amiga à qual eu contava meus segredos”. Gabarito: considerando as normas de regência verbal associadas às regras de emprego dos pronomes relativos, a alternativa [b] encontra-se correta. Os pronomes relativos preposicionados: Como vimos, o termo consequente rege alguma preposição (a, de, com, por, sobre etc), esta deverá preceder o pronome relativo. Observe nos exemplos abaixo, extraídos da obra “Senhora” de José de Alencar, como os pronomes relativos respeitam a regência do termo consequente: “dando-lhe os mais amplos esclarecimentos, (...) sobre uma bela mulher, por quem a Excelência se apaixonara.” (quem se apaixona, apaixona-se por alguém). “A Adelaide deve casar com o Dr. Torquato Ribeiro de quem ela gosta.” (quem gosta, gosta de alguém) “encontrou Alfredo Moreira com quem de véspera apenas falara de relance.” (quem fala, fala com alguém) “Havia em cima da mesa uma caixa de jogo, donde Aurélia tirou um baralho, com que se entreteve.” (que tira, tira algo de algum lugar) (quem se entretém, entretém-se com algo ou alguém) “A mãe e as irmãs, às quais ele confiara o projeto” (quem confia, confia algo a alguém) [a] preposição [a qual/as quais] Pronome relativo [à qual/às quais] Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 20 de 36 “Esse fenômeno devia ter uma razão psicológica, de cuja investigação nos abstemos” (quem se abstém, abstém-se de algo) “o mais sublime de todos os estilos, a cuja eloquência arrebatadora não se resiste” (quem não resiste, não resiste a algo ou a alguém) 15. (ABDI – ADI/IBFC) Assinale a alternativa que completa adequadamente a lacuna: Gostamos do filme ______ enredo trata do conflito em Ruanda. a) onde b) que c) no qual d) cujo COMENTÁRIOS: O que trata do conflito em Ruanda? O enredo do filme. Verifica-se uma relação de posse entre os termos antecedente e consequente. Essa relação é estabelecida pelo emprego do pronome relativo “cujo” (e variações). Logo: “Gostamos do filme cujo enredo trata do conflito em Ruanda”. Gabarito: o pronome adequado à situação em tela é o que se encontra na alternativa [d]. 16. (INEP/IBFC) Assinale a alternativa que completa a lacuna abaixo. Não li o texto _____ a professora fez alusão. a) que b) o qual c) de que d) a que e) em que COMENTÁRIOS: Quem faz alusão, faz alusão a alguma coisa, no caso, “ao texto”. O verbo rege a preposição “a” que deverá apresentar-se antecedida ao pronome relativo, logo: “Não li o texto a que a professora fez alusão.” Gabarito: nesses termos, a alternativa [d] encontra-se correta. 17. (ILSL-SP/IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Li a reportagem ___________ você se referiu. a) que b) a que c) na qual d) a qual COMENTÁRIOS: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 21 de 36 Quem se refere, refere-se a algo ou a alguém, no caso, “a reportagem”. O verbo rege a preposição “a” que deverá apresentar-se antecedida ao pronome relativo, logo: “Li a reportagem a que você se referiu”. Se você marcou precipitadamente a alternativa [d], não se preocupe, muitos também o fizeram. A banca, propositadamente, sugeriu o pronome “a qual” sem o sinal indicativo de crase, que no caso é exigido pela regência do verbo “referir-se”. Também estaria correta a seguinte construção: “Li a reportagem à qual você se referiu”. Gabarito: a letra [b] corresponde à alternativa correta. 18. (PGE-SP/IBFC/ adaptada) Assinale a alternativa que completa, correta e respectivamente, a lacuna. O texto _______ o professor fez referência está disponível no site. a) que b) de que c) o qual d) ao qual e) no qual COMENTÁRIOS: Não custa repetir: a depender da regência do verbo ou do substantivo da oração que iniciam, os pronomes relativos poderão vir antecedidos por preposição. Vejamos mais um exemplo: “Acrescentarei a moça, por quem V. S.ª se interessa”. (Bernardo Guimarães, A Escrava Isaura) No período acima, o verbo “interessar” rege a preposição “por”(quem se interessa, se interessa POR alguém). Voltando à nossa questão, devemos estar atentos à regência do termo consequente. Nesse sentido, na oração em pauta, o pronome “ao qual” corretamente preenche a lacuna, observe: “O texto ao qual o professor fez referência está disponível no site”. Gabarito: nesses termos, a alternativa verifica-se correta. 19. (SEPLAG/IBFC) Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna. Leia as orientações ______ todos os funcionários devem obedecer. a) que b) as quais c) na qual d) a que COMENTÁRIOS: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 22 de 36 Os funcionários devem obedecer a quê? Às orientações. O verbo obedecer, como transitivo indireto, rege a preposição “a” que se apresentará antecedida ao pronome relativo. Logo: “Leia as orientações a que todos os funcionários devem obedecer”. Mas professor, também não poderia ter sido empregado o pronome “as quais”? Qual seria o erro na frase: “Leia as orientações as quais todos os funcionários devem obedecer”. Amiga (o), mais uma vez, este é um ponto que derruba muitos candidatos desatentos na hora da prova: os pronomes relativos “a qual” e “as quais” recebem o sinal indicativo de crase quando virem acompanhados pela preposição “a”. No caso em pauta, o verbo obedecer requer um complemento antecedido por preposição, portanto, o pronome adequado seria “às quais” (Leia as orientações às quais todos os funcionários devem obedecer). Gabarito: a alternativa [d] traz o pronome adequado ao caso proposto no enunciado. 20. (SEAD/SECULT/PB) Assinale a alternativa que completa a lacuna. A violência é um problema __________ ainda não se encontrou solução. a) onde b) no qual c) para o qual d) cujo COMENTÁRIOS: O termo antecedente “problema” complementa o sentido do termo consequente “solução”, que por sua vez rege a preposição “para” (quem tem solução, tem solução para alguma coisa). Logo: “A violência é um problema para o qual ainda não se encontrou solução”. Gabarito: a alternativa [c] preenche corretamente a lacuna. 21. (CISMEPAR-PR/ AOCP) “Seria uma ‘punição’ a Trump, que considera concorrer à presidência pelo Partido Republicano, em 2012, e tem dado declarações questionando a cidadania de Obama e sua legitimidade no posto.” A forma questionando pode ser substituída, sem prejuízo para o contexto, pela expressão (A) que questiona. (B) para as quais questiona. (C) com que questionam. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 23 de 36 (D) nas quais questiona. (E) de que questionam. COMENTÁRIOS: Ops! Temos novidade na área. A questão tratou dos pronomes relativos dentro do contexto das orações subordinadas adjetivas, particularmente das orações subordinadas adjetivas reduzidas de gerúndio. Professor, que negócio é esse de orações reduzidas? Vimos todas as aulas de sintaxe e você não falou nada sobre elas. Amiga (o), propositadamente, nas aulas sobre a sintaxe da oração e do período, resolvemos negligenciar este tema por acreditar que confundiríamos mais do que esclareceríamos. No entanto, ao final do curso, nas aulas de aprofundamento, retornaremos a este a outros assuntos peculiares e mais complexos, que exigem, para a sua perfeita compreensão, um domínio maior da disciplina, algo que teremos alcançado quando chegarmos à nossa 16ª aula. Mas deixa de conversa fiada e vamos ao entendimento da questão. Analise as frases abaixo e tente decifrar o pronome relativo oculto. Percebi apenas alguns meninos brincando ao redor do jardim. Eu gosto de amigos me visitando sempre. Nos exemplos acima, temos mais de uma oração, e isso é óbvio, pois se verifica mais de uma forma verbal em cada período. Se temos mais de uma oração, é porque os períodos são compostos, ok? Certo professor, até aqui entendi perfeitamente que os períodos acima são compostos, porém, são compostos por coordenação ou subordinação? Amiga (o), muito simples, se as orações não são sintaticamente independentes uma da outra, ou seja, se isoladamente não possuem sentido completo, é porque fazem parte de um período composto por subordinação, como o que observamos nos exemplos acima. As orações subordinadas se classificam em três espécies: as substantivas, as adverbiais e as adjetivas. Estas últimas, as adjetivas, caracterizam-se pela presença do pronome relativo unindo a orações principal á oração subordinada, restringindo-a ou explicando-a. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 24 de 36 Agora, passemos à analise dos exemplos em tela: Oração principal Oração subordinada adjetiva reduzida de gerúndio Oração subordinada adjetiva desenvolvida Percebi apenas alguns meninos [brincando ao redor do jardim.] Percebi apenas alguns meninos que brincavam ao redor do jardim. Eu gosto de amigos [me visitando sempre] Eu gosto de amigos que me visitem sempre. Em ambos os casos, a oração subordinada foi reduzida através da ocultação do pronome relativo e flexão da forma verbal no gerúndio. Voltando novamente à questão, o enunciado pede, nada mais, que o candidato, reconhecendo a como subordinada reduzida de gerúndio, faça adequadamente a conversão para a sua forma desenvolvida, ou seja, com o pronome relativo explicito. Muito fácil, porém, todo cuidado é pouco: para o emprego adequado dos pronomes relativos sempre observe as relações de concordância com o termo antecedente e regência do termo consequente. Tomados estes cuidados, não há como errar. Vamos lá? “(...) e tem dado declarações questionando a cidadania de Obama (...).” Não vemos, na oração acima. qualquer termo regendo as preposições [para, de ou com], logo as alternativas [b,c,e] não correspondem ao nosso gabarito. A alternativa [a] sugere a expressão “que questiona”, no entanto, caso a empregássemos, incorreríamos em erro de concordância verbal. Observe: “e tem dado declarações que questiona a cidadania de Obama (...)”. Nessa situação, o pronome relativo deveria concordar com o termo antecedente, no caso, o substantivo “declarações”. A forma aceitável seria: “e tem dado declarações que QUESTIONAM a cidadania de Obama (...)”. Chegamos à alternativa [d], ela apresenta a forma correta do emprego do pronome relativo de acordo com o objetivo do enunciado. Pereba que o pronome foi flexionado para o plural (nas quais) para assim atender à necessidade de concordância com o termo antecedente “declarações”. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 25 de 36 “(...) e tem dado declarações nas quais questiona a cidadania de Obama (...).” A questão foi muito importante porque nos possibilitou o entendimento introdutório das orações reduzidas, tema ao qual voltaremos em outro encontro. Reforçou também a necessidade obrigatória de observância da concordância do pronome relativo com o termo antecedente e respeito à regência do termo consequente. Para não errar jamais: Gabarito: nos termos apresentados, a alternativa [d] verifica-se correta. 22. (ORTIGUEIRA-PR/ AOCP) Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome relativo. (A) “Ele ressalta a importância da norma e lembra que, nos primeiros 30 dias de suaaplicação, houve redução de 50% das mortes no trânsito.” (B) “A associação entende que seria mais eficaz trabalhar com campanhas educativas.” (C) “A perigosa combinação entre álcool e volante é tema de pelo menos 50 projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional atualmente.” (D) “... ainda que o motorista não tenha se envolvido em acidentes. (E) “... diz que o projeto pode ser analisado na Câmara no primeiro trimestre deste ano. COMENTÁRIOS: Chegamos a um ponto IMPORTANTÍSSIMO do nosso curso, o reconhecimento dos diversos papéis que o vocábulo [que] pode assumir na língua portuguesa. Essa polivalência é MUITO explorada pelas bancas de concursos públicos e, geralmente, confunde muitos candidatos. Mas quais são as funções possíveis para essa “palavrinha” tão importante? TERMO ANTECEDENTE • Determina as relações de concordância PRONOME RELATIVO • . TERMO CONSEQUENTE • Determina as relações de Regência Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 26 de 36 Vejamos as principais: QUE = SUBSTANTIVO Sempre acentuado e precedido por determinantes, geralmente os artigos. É equivalente à expressão “alguma coisa”. Exerce as funções sintáticas próprias dos substantivos (sujeito, objeto direto, objeto indireto, predicativo). Caetano Veloso tem um quê de encantador. Que = (alguma coisa) Caetano Veloso tem alguma coisa de encantador. QUE = PRONOME Pronome Indefinido Interrogativo São observados nas orações interrogativas indiretas ou indiretas. Pronome Relativo Refere-se a um termo da oração antecedente, trazendo-o para oração seguinte. QUE Substantivo Pronome interrogativo Pronome relativo Advérbio Conjunção Preposição Interjeição Palavra expletiva Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 27 de 36 Pode ser substituído pelo “o qual” [+flexões]. Em que mundo você vive? Ontem, vocês fizeram o quê? Todos os alunos que levarem o estudo a sério serão, um dia, aprovados! QUE = ADVÉRBIO DE INTENSIDADE Assume esse papel quando acompanha outros advérbios ou adjetivos, sendo equivalente a “ quão”. Que estudioso esse menino se tronou. = Quão estudioso esse menino se tornou QUE = PREPOSIÇÃO (grave esse regra) Observado unicamente nas locuções verbais unindo o verbo ter (auxiliar) ao verbo principal. É equivalente à preposição “de”. Não vou sair, pois tenho que estudar (Tenho que estudar = tenho de estudar) QUE = CONJUNÇÃO Une duas orações em um mesmo período. Pode relacionar tanto orações coordenadas, quanto orações subordinadas. Dentre as conjunções, sua classificação depende da relação semântica que estabelece. Estude muito, que é preciso. Conj. Coordenativa Explicativa Estudou tanto, que foi aprovado em 1º lugar. Conj. Subordinativa Consecutiva Os nossos alunos disseram que a prova foi fácil. Conj. Subordinativa integrante QUE = INTERJEIÇÃO A interjeição é classe de palavra que exprime surpresa, espanto ou admiração. Confere maior realce à oração seguinte. Não possui função sintática. Vem geralmente acompanhada do ponto de exclamação. Quê! Você ainda nau leu as aulas do professor Rômulo e sua equipe, só lamento! QUE = PARTÍCULA EEXPLETIVA OU DE REALCE As partículas de realce são termos acessórios das orações, e como tais podem ser suprimidos, sem provocar qualquer prejuízo sintático ou semântico. Que saudade que tenho dos tempos da minha infância. Quase que não o vi entrar. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 28 de 36 O estudo é que abre portas. Dentre as várias funções representadas pela palavra [que], a diferenciação entre o pronome relativo e as conjunções integrantes é a mais relevante. Essa distinção é “mamão com açúcar”: quando pronome relativo o [que] refere- se a um termo anterior, trazendo-o para a oração seguinte; ao contrário, quando conjunção integrante, não se refere a nenhum termo antecedente, e resume toda a oração subordinada dentro da oração principal. O [que], enquanto conjunção integrante, pode ser substituído por isso ou disso. Vejamos mais alguns exemplos: Mas depois deste longo comentário, vamos voltar à questão? Vejamos cada alternativa isoladamente, lembrando que o enunciado busca qual dentre os termos destacados exerce o papel de pronome relativo. (A) “Ele ressalta a importância da norma e lembra que, nos primeiros 30 dias de sua aplicação, houve redução de 50% das mortes no trânsito.” Ele lembra [ISSO] Que = conjunção integrante (B) “A associação entende que seria mais eficaz trabalhar com campanhas educativas.” “A associação entende [ISSO] Que = conjunção integrante (C) “A perigosa combinação entre álcool e volante é tema de pelo menos 50 projetos de lei que estão em tramitação no Congresso Nacional atualmente.” (...) é tema de pelo menos 50 projetos de lei que estão em tramitação Que = projetos de lei = pronome relativo QUE Pronome Relativo Os alunos que fizeram as provas neste domingo reclamaram da desorganização. [que] = alunos Conjunção Integrante Os alunos disseram que houve muita desorganização durante a realização das provas. [que] = ISSO Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 29 de 36 (D) “... ainda que o motorista não tenha se envolvido em acidentes. Ainda que = conjunção subordinativa concessiva (E) “... diz que o projeto pode ser analisado na Câmara no primeiro trimestre deste ano. “ ...diz isso... Que = conjunção integrante. Gabarito: nos termos apresentados, apenas a alternativa [c] apresenta a palavra [que] como pronome relativo. 23. (PARANAVAÍ-PR/ AOCP) Assinale a alternativa em que o termo destacado é um pronome relativo. (A) “...pode significar que não precisa da mulher...” (B) “...entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo...” (C) “...para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.” (D) “Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades...” (E) “Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade...” COMENTÁRIOS: As questões envolvendo a diferenciação da palavra [que] pronome relativo ou conjunção é muito frequente em concursos, e muito simples também. O pronome relativo retoma um termo antecedente, enquanto que a conjunção integrante representa toda uma oração subordinada na oração principal, e por esta razão sempre pode ser substituída pelo pronome ISSO. Vejamos cada uma das alternativas: (A) “...pode significar que não precisa da mulher...” Pode significar [ISSO] Que = conjunção integrante B) “...entender que, ao firmar uma parceria, compramos um pacote completo...” Entender [ISSO] Que = conjunção integrante (C) “...para tentar entender o fenômeno que ela chama de atrações fatais.” O fenômeno que ela chama de atrações fatais... Que = o fenômeno = pronome relativo Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 30 de 36 (D) “Diane pediu que a mulher se lembrasse das qualidades...”Diane pediu [ISSO] Que = conjunção integrante (E) “Ela observou que quanto mais acentuada é a qualidade...” Ela observou [ISSO] Que = conjunção integrante Gabarito: nos termos apresentados, apenas a alternativa [c] apresenta a palavra [que] como pronome relativo. 24. (GDF-SEAP/ IADES) De acordo com o fragmento textual abaixo, julgue a afirmativa seguinte. Fragmento do Texto: De qualquer modo, a língua constitui marca identitária da comunidade que a usa, e, em princípio, os parâmetros que a identificam permitem identificar indivíduos como pertencentes à comunidade. No trecho “os parâmetros que a identificam”, o pronome relativo “que” remete a “parâmetros” e, por isso, admite a substituição pelo pronome os quais; entretanto, nesse contexto, essa substituição provocaria ambiguidade. COMENTÁRIOS: (...) os parâmetros que a identificam permitem identificar indivíduos (...) (...) os parâmetros os quais a identificam permitem identificar indivíduos (...) Vamos analisar cada aspecto da afirmativa: 1. A palavra [que] é um pronome relativo e retoma o termo antecedente “parâmetros”; 2. Pode ser substituído normalmente pelo pronome relativo “qual” e variações, desde que se respeite a concordância com o termo antecedente e à regência do termo consequente; 3. No caso em pauta, o pronome “os quais” cabe perfeitamente no período uma vez que concorda com “parâmetros” e não apresenta problemas de regência com o termo consequente “identificam”. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 31 de 36 4. Quanto à ambiguidade, ela é verificada em certas ocasiões com o pronome “que”, e não com o pronome “qual” e variações, logo não se observaria qualquer dificuldade de entendimento caso a alteração sugerida pelo enunciado fosse realizada. Gabarito: nos termos apresentados, a afirmativa encontra-se incorreta. 25. (EBSERH/SEDE/IADES/adaptada) A respeito da redação do verso “É sinal que amei demais”, julgue a sentença seguinte. “Que” poderia ser substituído por o qual, já que se refere a “sinal”. COMENTÁRIOS: Mais uma questão muito simples que tratou da diferenciação da palavra [que] como pronome relativo ou conjunção integrante. Na oração em pauta, o vacúolo não retoma nenhum termo antecedente, ao contrário, resume toda a oração subordinada como complemento da oração principal. Observe que o vocábulo ainda pode ser substituído pelo pronome DISSO. Estamos falando de uma conjunção integrante, logo não há que se falar em substituição por quaisquer pronomes relativos. Gabarito: nos termos apresentados a afirmativa encontra-se incorreta. 26. (EBSERH/SEDE/IADES/adaptada) A respeito dos aspectos gerais da norma padrão da língua portuguesa, julgue a afirmativa seguinte. A oração “A AIH, preenchida pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e controle de gastos públicos.” também poderia apresentar a redação: A AIH, o qual é um instrumento preenchido pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e controle de gastos públicos. COMENTÁRIOS: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 32 de 36 Mais uma interessante questão trazida pela banca IADES. O segredo para análise da situação proposta na afirmativa está no reconhecimento e no emprego adequado do pronome relativo. Vejamos a situação proposta: A AIH, o qual é um instrumento preenchido pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e controle de gastos públicos. Amiga(o), o pronome relativo, via de regra, concorda com o termo antecedente a que se refere. No caso em tela, o termo referido é a expressão “A AIH”, logo, o pronome “o qual” estaria inadequado à situação proposta. Corrigindo: A AIH, a qual é um instrumento preenchido pelos profissionais de saúde no momento da internação, é ferramenta essencial para gestão dos hospitais e controle de gastos públicos. Gabarito: a afirmativa verifica-se incorreta. 27. (GDF-SEAP/ IADES/Adaptada) Com base no fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. O pronome relativo em destaque retoma o elemento expresso pelo pronome demonstrativo que o antecede. Fragmento do Texto: Não é de hoje que nossa relação com os textos escritos é assim: eles têm formato próprio, suporte específico, possíveis propósitos de leitura - em outras palavras, têm o que os especialistas chamam de "características sociocomunicativas", definidas pelo conteúdo, a função, o estilo e a composição do material a ser lido. COMENTÁRIOS: O enunciado faz referencia à seguinte passagem do texto: (...) em outras palavras, têm o que os especialistas chamam de "características sócio comunicativas" (...) Amiga (o), falamos anteriormente que as palavras [o, a, os, as] também podem exercer o papel de pronomes demonstrativos sempre que corresponderem aos pronomes aquele(s), aquela(s), aquilo: No caso em pauta, a expressão “o que” equivale a “aquilo que”. Temos a junção de um pronome demonstrativo com o pronome relativo. Observe: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 33 de 36 (...) em outras palavras, têm AQUILO que os especialistas chamam de "características sócio comunicativas" (...) Gabarito: afirmativa encontra-se correta. 28. (GDF-SEAP/ IADES) Com base no fragmento de texto abaixo, julgue a afirmativa seguinte. Nas relações coesivas no texto, o pronome “que” retoma as expressões “recursos” e “resíduos”. Fragmento do Texto: É preciso tomar uma decisão e reconhecer que o crescimento econômico consome os recursos e produz resíduos que degradam o ecossistema. COMENTÁRIOS: Amiga(o), tudo o que falamos nesta aula pode ser resumido a um simples entendimento: os pronomes relativos existem para que possam referenciar termos anteriormente citados no texto e retomá-los nas orações seguintes, evitando assim a repetição desnecessária. A questão trata exatamente desse papel representado por essa espécie de pronomes. O enunciado busca o referente do relativo [que] em destaque no fragmento textual. Vejamos: (...) o crescimento econômico consome os recursos e produz resíduos que degradam o ecossistema. Quem degrada o ecossistema? Os recursos ou os resíduos? Muito simples, os resíduos produzidos pelo crescimento econômico é que provocam a citada degradação. Gabarito: nos termos apresentadas a afirmativa encontra-se incorreta. 29. (CREFITO 8-PA/IDECAN) Assinale a alternativa em que o antecedente do pronome relativo está INCORRETAMENTE indicado. a) “... que temíamos.” (5º§) – monstros b) “... que são comidos...” (2º§) – destino c) “... que tocamos,...” (5º§) – ecossistemas d) “… que nos assustam…” (4º§) – elementos Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 34 de 36 e) “… que usa cabeças de cachorros…” (1º§) – serpente Fragmento do Texto: Não vivemos sem monstros (...) Entre os gregos, há relatos de gigantes canibais de um olho, do Minotauro, de uma serpente que usa cabeças de cachorros famintos como um cinto. Não importam as diferenças de tamanho e forma. Os monstros têm uma característica emcomum: eles comem pessoas. Expressam nossos medos de sermos destruídos, dilacerados, mastigados, engolidos e defecados. O destino humilhante daqueles que são comidos é expresso em um mito africano a respeito de uma ave gigante que engole um homem e, no dia seguinte, o expele. (...) ... (...) Em sua evolução no plano cultural, os monstros passaram a explicar a origem de outros elementos que nos assustam e colocam nossas vidas em risco, em especial fenômenos naturais como vulcões, furacões e tsunamis. Mais que isso, esses seres fictícios nos permitiram lidar com a mudança de nossa situação neste planeta. Conforme nos tornamos predadores, passamos a incorporar os monstros como forma de autoafirmação. E, diante do imenso impacto que provocamos nos ecossistemas que tocamos, também de autocrítica. De certa forma, nos tornamos os monstros que temíamos. Isso provoca uma sensação dupla de poder e culpa. ... (Paul A. Trout. Revista Galileu. Março de 2012, nº 248 I. Editora Globo.) COMENTARIO: A questão trata da função referencial e coesiva dos pronomes relativos. Basta identificarmos a que elemento antecedente cada pronome listado nas alternativas se relaciona, buscando em qual item se observa a referenciação incorreta. Vamos lá! “... que temíamos.” = monstros “De certa forma, nos tornamos os monstros que temíamos.” Verdadeiro “... que são comidos...” = destino “O destino humilhante daqueles que são comidos ...” Incorreto “... que tocamos,...” = ecossistemas “... provocamos nos ecossistemas que tocamos ...” Verdadeiro Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 35 de 36 “… que nos assustam…” = elementos “...passaram a explicar a origem de outros elementos que nos assustam ...” Verdadeiro “… que usa cabeças de cachorros…” = serpente “...de uma serpente que usa cabeças de cachorros famintos ...” Verdadeiro Gabarito: a alternativa [b] apresenta a única referenciação incorreta dentre as alternativas. No caso, o pronome relativo retoma o pronome demonstrativo “daqueles” e não a palavra destino. 30. (HU-UFRN/IADES/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte. Na oração “Projeto Memória do SUS que dá certo”, o pronome relativo refere-se ao vocábulo “Projeto”. OMENTÁRIOS: Olha como é simples, não tem mistério algum neste tipo de questão. O que dá certo? O projeto ou SUS? Perceba que o pronome relativo refere-se ao SUS, ou melhor, ao SUS que tem bons resultados, o SUS que dá certo. Gabarito: a afirmativa encontra-se incorreta por sugerir um referente inadequado pela o pronome relativo em questão. 31. (HU-UFRN/IADES/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte. Na oração “O trabalho que a gente faz”, o termo em destaque é um pronome relativo. COMENTÁRIOS: Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22 NOVO Curso de Português na Saúde | Videoaulas, eBooks e Questões Comentadas Página 36 de 36 Amiga(o), mais simples ainda. O vocábulo “que” retoma o elemento antecedente “trabalho”. Por esta razão classifica-se como pronome relativo e introduz uma oração subordinada adjetiva restritiva. Gabarito: afirmativa encontra-se correta. 32. (HU-UFGD/AOCP/Adaptada) Julgue a afirmativa seguinte. Em “...a questão do livre arbítrio terá que ser...”, pode ser substituída por terá de. COMENTÁRIOS: Você se lembra de quando apresentamos as várias funções da palavra “que”? Falamos que ela poderia assumir o papel de preposição quando vier acompanhando o verbo ter em uma locução verbal. É equivalente a preposição “de”. Portanto, a expressão terá que ser” é equivalente à “terá de ser”. Gabarito: nos termos apresentados a afirmativa encontra-se correta. Chegamos ao final de mais uma aula. A sua determinação, persistência e disciplina farão a diferença para a sua aprovação. Busque o maior número de horas de estudo por dia. Aproveite os horários do ônibus para o trabalho, o intervalo da aula ou do expediente, enfim, aproveite todo o tempo que você puder. No entanto, faça-o com qualidade e concentração. Mais vale duas ou três horas estudadas com organização e planejamento, do que seis estudadas de forma aleatória ou dispersa. Professor Ciro Passos, Professor Rômulo Passos e Equipe. Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
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