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Universidade Federal do Rio de Janeiro 
Departamento de Engenharia Elétrica
Resumo da apostila da disciplina 
História da Eletricidade
Nome: Maria Fernanda Corrêa Feijó
DRE: 116163956
Disciplina: História da Eletricidade
Professor: José Carlos
Sumário
A origem da eletricidade
O magnetismo é conhecido desde as civilizações antigas. Tales de Mileto, na Grécia, já conhecia os efeitos de atração e repulsão de uma pedra de um tipo de óxido de ferro. Essa pedra recebeu o nome de magnetita (conhecido popularmente como imã), pois existiu um pastor grego chamado Magnes que percebeu que as pedras grudavam em seu cajado de ferro. 
Há registros de que a civilização chinesa já utilizava a bússola desde o século III A.C., e que os chineses já sabiam magnetizar o aço através de imãs naturais, mas não existia teoria que explicasse o fenômeno. 
O imã de pedra era conhecido pelos gregos, como Aristóteles, Platão e Homero demonstram em trabalhos diversos, porém eles ficaram na simples constatação e na metáfora poética, não atingindo o nível da explicação científica. Em um dos seus relatórios, Platão menciona o que ele chama "Os Anéis de Samotracia", usado nas cerimônias rituais dos dáctilos, que é uma tribo especializada em trabalhos com ferro. Estes anéis eram de fato aros férreos magnetizados por contato com ímãs naturais ou pedaços de magnetita. Porém eles ficaram
Na Grécia Antiga também era conhecido o fato de que ao se atritar um pedaço de âmbar com o pêlo de algum animal esse adquiria a propriedade de atrair pequenas partículas de pó ou pequenos pedaços de plumas. O âmbar é uma resina fóssil translúcida e amarela derivada de um pinheiro antigo que já não existe mais. 
Na idade média, Petrus Peregrinus produziu uma obra intitulada Epístola de Magnete, onde relatava experiências com o magnetismo, talvez este seja o primeiro trabalho, de que temos notícias, que buscava explicar os fenômenos elétricos e magnéticos. Peregrinus não fazia, porém, distinção entre os diferentes tipos de atração: a magnética e a elétrica. Essa obra permaneceu ignorada até fins do século XVI.
O início da ciência
Apenas no século XVII, quando William Gilbert iniciou o estudo sistemático da eletricidade, é que conseguiram provar que não é apenas o âmbar que adquire essa estranha propriedade. Gilbert descobriu também que ao se esfregar seda num pedaço de vidro este adquiria propriedade semelhante, com algumas características diferentes, e deu nome aos dois efeitos, chamando-os de eletricidade resinosa (para a do âmbar) e eletricidade vítrea (para a do vidro). O nome elétrico deriva da palavra grega Elektron, que significa âmbar. 
Gilbert foi o primeiro a dar uma explicação ao fenômeno, dizendo que existia um fluido nos materiais e que esse fluido era retirado ao se atritar com a pele de um animal. Assim, ao retirar esse fluido, restava uma emanação, a qual causava a força que atraia as partículas de pó. Ele era um médico famoso em Londres e publicou em Latim o tratado “De Magnete”, onde discorria sobre as propriedades de atração do imã e do âmbar, além de sugerir que a Terra era um grande imã, estabelecendo a distinção entre a eletricidade e o magnetismo. A obra de Gilbert pode ser considerada como a primeira tentativa de se teorizar os fenômenos da eletricidade e do magnetismo. 
Com as descobertas de Gilbert seguiu-se uma grande quantidade de pessoas construindo aparelhos eletrostáticos, o pioneiro dessas pessoas foi Otto Von Guericke (1602-1686) que inventou uma importante máquina de fricção utilizando uma bola de enxofre moldada num globo de vidro que gerava cargas elétricas ao se girar a bola. A produção dessas máquinas trouxe grandes mudanças para o estudo dos fenômenos eletrostáticos, pois, passou-se da simples observação para a experimentação.
O estudo da eletricidade e do magnetismo no século XVII pode ser considerada essencial, porém é apenas o início, visto que não houve pressuposições de leis, não são adotadas unidades de medida e muitos fatos e características físicas ainda são desconhecidas. Nesse aspecto, podemos dizer que foi o início para uma ciência experimental onde novos físicos viriam a ficar intrigados e curiosos.
O século da revolução científica
Durante todo o século XVIII uma série de experiências foram realizadas, mas, as observações eram meramente avaliativas. Stephen Gray observou, em 1749, que era possível transferir a carga elétrica de um bastão de vidro para uma bola de marfim pendurada por um barbante, porém, a transferência de carga não acontecia se a bola era pendurada por um fio metálico. A partir desse experimento concluiu que o metal "levava embora" o fluido (carga) e afirmou que as substâncias podem ser classificadas em dois grupos: condutoras ou isolantes. Os condutores, como por exemplo os metais e soluções iônicas, permitem o fluxo livro do fluido, enquanto que os isolantes, como por exemplo a madeira, borracha, seda e vidro, não permitem o fluxo do fluido. 
A descoberta das duas eletricidades é baseada nas observações de Charles du Faye na atração e repulsão dos objetos. Assim, em 1733, Charles du Faye propôs a teoria dos dois fluidos elétricos, onde afirma existirem dois tipos de cargas as quais são observáveis como "fluxos elétricos". Além disso, definiu que as cargas iguais se repelem enquanto que as cargas diferentes se atraem, acreditando que estas cargas eram separadas pelo ato da fricção.
As noções de carga e de campo só foram melhores esclarecidas quando, por volta de 1750, Benjamin Franklin propôs que um único tipo de fluido flui de um corpo para o outro pela fricção, caracterizando de positivamente carregado o corpo que acumulou fluido e negativamente carregado o corpo que perdeu fluido.
Como característica desse século, Franklin realizou uma experiência para acompanhar sua teoria. Ele colocou duas pessoas, A e B, sobre um pedestal coberto de graxa a fim de evitar a perda de carga. Depois, carregou um deles com o bastão de vidro e o outro com o pano de seda. Assim, observou que um terceiro indivíduo, C, aproximando-se de qualquer um deles causava o aparecimento de uma faísca, porém, se A e B se tocavam não havia faísca. 
Franklin concluiu dessa maneira que as cargas armazenadas no bastão de vidro e na seda eram de mesma amplitude, mas de sinais opostos. Propôs ainda que a carga nunca é criada ou destruída, mas simplesmente transferida de um corpo para o outro, o que hoje chamamos de Conservação da Carga. 
Franklin, além de físico, era um incentivador da ciência e foi uma das pessoas a incentivar os experimentos de Joseph Priestley. A época, já se sabia que um corpo metálico carregado podia atrair um pequeno corpo descarregado e que este se carregava em contato com a superfície externa do corpo. Porém, ao suspender uma pequena esfera de cortiça no interior de um copo metálico tapado carregado, Priestley constatou que não atuava nenhuma força sobre a cortiça e que, em contato com a superfície interna do copo, a não se carregava. 
Como a única força conhecida era a força da gravidade, proporcional a 1/r2 e sabia-se que a força no centro de uma distribuição de massa na forma de uma calota esférica seria nula, então, por analogia, Priestley propôs que a força elétrica deveria ser proporcional a 1/r2. 
Apesar de Priestley propor que a força elétrica seguia a lei-do-quadrado-inverso, semelhante à lei de Newton da gravitação universal, ele não generalizou ou elaborou a proposta e a lei geral sobre as forças elétricas foi enunciada pelo físico francês Charles-Augustin de Coulomb na década de 1780.
Em 1785 Coulomb realizou um experimento onde ele carregou com uma quantidade de carga Q uma pequena bola de seiva vegetal recoberta de ouro e tocando-a com uma outra bola idêntica, sabia que cada uma delas ficaria com metade da carga (Q/2). Repetindo esse processo Coulomb foi capaz de obter várias quantidades de carga. Ao manter uma das bolas fixas e a outra, suspensa por um fio de seda ligado a um dinamômetro, Coulomb descobriu que mantendo as cargasconstantes, a força é proporcional a 1/r2 , enquanto que mantendo a distância fixa, a força é proporcional ao produto das cargas.
Em 1745, E. G. von Kleist, um clérigo alemão, imaginou que guardando a água carregada numa garrafa seria possível reduzir a perda de carga. Assim, ele colocou água numa garrafa de vidro, tampou-a com uma rolha e espetou um prego através da tampa, que entrava em contato com a água. Segurando a garrafa com uma das mãos, conectou o prego a uma máquina de carregar "fluido elétrico" por um certo tempo, antes de desconectá-lo. Porém, ele cometeu o erro de não colocar a garrafa sobre uma superfície isolante, então, quando tocou no prego com a outra mão, recebeu um tremendo choque. 
Outras pessoas tentaram reproduzir o experimento, porém, sem sucesso, visto que procediam da forma usual, isolando a garrafa enquanto a carregavam. Foi então, em 1746, que Pieter van Musschenbroek, percebeu que era necessário segurar a garrafa tanto durante a carga quanto durante a descarga. Durante o carregamento, o condutor interno carregado (a água) induz uma carga oposta no outro condutor (a mão), que fica conectado a terra por meio de um condutor (o corpo). O choque é sentido quando as cargas passam de uma mão para a outra e processo de descarga é muito mais rápido que o de carga. 
Outros, logo perceberam que a água poderia ser substituída por bolinhas de chumbo. Dessa forma, mais tarde, as bolinhas de chumbo e a mão foram substituídas por folhas de metal cobrindo as superfícies interna e externa da garrafa de vidro. Depois, Benjamin Franklin substituiu a garrafa de vidro por uma placa plana de vidro e finalmente, o mais simples destes dispositivos passou a ser duas placas metálicas paralelas separadas por ar, surgindo assim o"condensador", mais conhecido atualmente como capacitor. 
Agora, imagine a seguinte situação: duas bolas metálicas estão sobre pedestais isolantes, em contato entre si. Aproxima-se um bastão de vidro positivamente carregado de uma das bolas e as bolas separam-se as. John Canton observou que a bola próxima ao bastão de vidro ficou carregada negativamente, enquanto que a outra ficou carregada positivamente, e que a quantidade de carga armazenada era a mesma nas duas bolas, fenômeno que atualmente é chamado de indução. Assim, em 1753, Canton descobriu que é possível carregar um objeto metálico isolado eletricamente mesmo sem tocá-lo fisicamente com outro objeto carregado.
A invenção da pilha
Em 1780 Luigi Galvani, fisiologista italiano, descobriu a "eletricidade animal" e realizava experiências sobre os efeitos da descarga elétrica através de tecidos animais, usando geradores eletrostáticos. Enquanto dissecava um sapo, ocorreu de estar tocando num nervo com um bisturi quando um gerador, nas proximidades, produziu uma descarga elétrica. O fato fez com que os músculos do sapo se contraíssem mesmo sem haver contato elétrico entre o gerador e o bisturi. Ao invés de ater-se à indução no entanto, Galvani observou que as pernas de um sapo pendurado por um nervo se contraíam quando ocorria um relâmpago e decidiu tentar medir a eletricidade existente.
Ele prendeu a espinha do sapo num gancho de latão e pendurou o sapo numa grade de ferro. Mais uma vez, por acidente, enquanto remexia no arranjo inadvertidamente tocou o gancho na grade e começou a observar uma série de contrações dos músculos do sapo. O mesmo efeito foi observado quando o sapo foi colocado sobre uma mesa de ferro e o gancho foi colocado em contato com a mesa. Por meio desses experimentos, mais tarde ele descobriu que outros pares de metais, como o Cobre e Zinco, eram também capazes de causar estas contrações.
Ele publicou os resultados em 1791, chamando o fenômeno de "eletricidade animal", o que atraiu a atenção de Alessandro Volta, que repetiu os experimentos e inicialmente aceitou a ideia da "eletricidade animal". 
Em 1796 Volta descobriu que placas de Cobre e Zinco ficam carregadas pelo mero contato dos dois metais, concluindo finalmente que o efeito dependia do uso de diferentes metais e que o tecido animal funcionava apenas como um meio condutor entre os dois. Dessa maneira, numa tentativa de amplificar o efeito, empilhou vários discos de Zinco e Cobre e, com analogia as enguias elétricas que possuíam órgãos elétricos intercalados por fluido, separou os pares de discos com papel ensopado por solução salina ou ácida efeito. 
Com este arranjo ele pôde produzir várias centelhas e incandescer fios metálicos e em1799 ele anunciou o invento da "pilha voltaica", que pela primeira vez permitiu gerar uma corrente contínua, o que foi de importância fundamental para o estudo futuro do eletromagnetismo.
A união da eletricidade com o magnetismo
Durante o século XVIII os conceitos de diferença de potencial e corrente elétrica foram desenvolvidos aos poucos, contudo, ainda buscava-se um estudo mais sistemático da correlação entre o magnetismo e a eletricidade. Uma das razões que dificultava era a inexistência de uma fonte de corrente contínua. 
Até 1800, a única forma para produzir uma corrente elétrica era descarregar uma garrafa de Leyden através de um condutor. Naturalmente isto produzia apenas uma corrente transitória e não se sabia se o condutor era apenas um caminho por onde passava o "fluido" elétrico ou se esse exercia algum outro papel ativo. Além disso não existiam instrumentos de medidas de grandezas elétricas e nem se podia armazenar a eletricidade por períodos prolongados.
Um avanço importante na determinação da condutividade foi dado por Henry Cavendish, em 1772, quando ele usou seu próprio corpo como um detector de choques produzidos pela descarga de uma garrafa de Leydan. Por exemplo, ele descarregou a garrafa através de tubos preenchidos com água potável ou com água do mar e ajustou o comprimento dos tubos até que a sensação de choque fosse a mesma nos dois casos, concluindo que a água do mar é 720 vezes mais condutora que a água potável. Ele tentou também segurar com as mãos fios metálicos por onde passava uma descarga elétrica para comparar o quanto cada metal conduzia.
Em 1820 um novo fenômeno foi observado por acaso pelo físico dinamarquês Hans Christian Oersted (1777- 1825). Durante uma de suas aulas sobre o efeito térmico das correntes nos fios condutores, percebeu que ao passar uma corrente pelo fio uma agulha magnética próxima ao fio sofria influência. Investigando a fundo percebeu que ao se passar uma corrente elétrica por um fio, um campo magnético é gerado ao seu redor. A notícia se espalhou rapidamente e muitas outras experiências foram realizadas. 
André Marie Ampère (1775- 1836), um matemático francês logo descobriu o efeito das correntes de um fio nas correntes de outro fio próximo e estabeleceu a primeira teoria matemática desse novo fenômeno. Observou que correntes em fios paralelos com o mesmo sentido repeliam os fios e correntes no sentido oposto os atraiam e estabeleceu as equações matemáticas. Construiu em 1822 um solenóide para criar campos magnéticos.
Os passos iniciais da eletricidade ficaram ainda mais alicerçados quando o físico alemão George Simon Ohm (1789-1854) anunciou em 1827 a lei que hoje recebe seu nome. A lei de Ohm diz que a corrente que atravessa um circuito é proporcional à tensão dividida pela resistência do circuito. Dispositivos que seguem a lei de Ohm são conhecidos de ohmicos e aqueles que não seguem, de não-ohmicos
O desenvolvimento do eletromagnetismo
É interessante observar que, a partir do século XIX, a teoria andou praticamente de mãos dadas com as utilidades práticas em eletricidade. Poucos anos separaram os conhecimentos teóricos sobre eletricidade dos usos possíveis de tais conhecimentos. Pode-se dizer que em muitos casos o desenvolvimento comercial da eletricidade foi resultado de pesquisas científicas. Não que os cientistas que estudavam a eletricidade fossem os mesmos que produziram comercialmente, aparatos elétricos úteis à sociedade. Eles forem por vezes distintos, mas devido ao alto grau de comunicação científica do século XIX muitas pessoasentraram em contato com os novos saberes no campo do eletromagnetismo. 
Michael Faraday (1791-1867), físico inglês, descobriu onze anos depois de Oersted ter feito o casamento da eletricidade com o magnetismo, que a variação magnética ao redor de um fio gera uma corrente neste. Com a descoberta de Oersted muitos motores foram construídos e outras maneiras de gerar movimento através da eletricidade foram inventadas. Enquanto Faraday estudava essas novas formas de gerar movimento ele descobriu que ao se ter um campo magnético variável ao redor de um fio condutor, uma corrente era gerada neste fio, ou seja, descobriu uma maneira de gerar eletricidade através do movimento. 
Mas Faraday não foi o único a fazer esta descoberta. Joseph Henry (1797-1878), professor americano, descobriu a força eletromotriz de autoindução e, como Henry anunciou formalmente antes, foi ele o homenageado por esta descoberta. Além disso Henry, foi pioneiro em muitos outros domínios da eletricidade como a invenção do primeiro telégrafo eletromagnético prático. 
Alguns descobrimentos no campo científico foram de extrema importância para os avanços gerais da eletricidade e do magnetismo. Gustav Robert Kirchhoff (1824-1887) formulou em 1847 duas leis, chamadas "leis de Kirchhoff" sobre correntes e tensões elétricas, que permitiam a resolução, juntamente com a lei de Ohm, dos mais variados circuitos, facilitando, principalmente, em muito o trabalho com a eletricidade. 
Embora em outros campos até o século XIX, grande parte dos avanços tecnológicos tivesse sido consequência de descobrimentos empíricos levados a cabo por homens eminentemente práticos, no campo do conhecimento elétrico, o desenvolvimento tecnológico foi derivado mais das pesquisas científicas. É possível estabelecer uma divisão nítida entre a ciência da eletricidade e a utilidade industrial dos conhecimentos científicos. Logo após o descobrimento de Faraday, ao cabo de pouco tempo já se vendia gerador eletromagnético para o público. Se pessoas como Faraday não tinham tino de transformar os conhecimentos eletromagnéticos nos seus usos práticos, não foi difícil para outros absorveram seus ensinamentos e construir equipamentos úteis à sociedade da época.
Michael Faraday realizou uma série de estudos experimentais os quais foram base para os trabalhos de James Clerk Maxwell, que deu a forma matemática do eletromagnetismo, as leis de Maxwell. A grande descoberta de Maxwell em eletromagnetismo é a previsão de que a luz é uma onda eletromagnética e que sua velocidade pode ser determinada por medidas puramente elétricas e magnéticas.
Em 1888, no artigo intitulado "On Electromagnetic Waves in Air and Their Reflection", Heinrich Hertz prova experimentalmente as previsões de Maxwell. Em 1879 Edwin H. Hall, sob orientação do professor Henry Roland, efetuou a medida do que conhecemos hoje como efeito Hall. Usando um condutor de cobre, descobriu que a corrente elétrica num metal é devido ao fluxo de um fluido que possui carga negativa. Provou ainda que, ao contrário do que Oersted havia sugerido, um campo magnético exerce a força sobre o fluido no condutor e não sobre o condutor. 
Por volta de 1860 foi descoberto que uma grande diferença de potencial através de um ambiente contendo gás rarefeito (0,01 atm) causava fluorescência do gás. O aparato para estes estudos era contido em tubos de vidro, assim, quando a pressão era ainda mais baixa (10-3 mm de Hg) o tubo ficava todo escuro, mas observavam-se feixes luminoso de cor azulada emanando do eletrodo negativo (catodo). Onde os "raios catódicos" invisíveis atingiam a superfície do tubo de vidro observava-se a fluorescência do vidro, que brilhava numa cor esverdeada ou azulada. 
Heinrich Hertz tentou defletir o raio por meio de campos elétricos, aplicando uma tensão, inicialmente de 22 V, entre duas placas planas paralelas, sem resultados. Ao atingir 500 V houve geração de uma descarga entre as placas e os estudos foram interrompidos. P. Lenard, assistente de Hertz, descobriu que o raio era capaz de atravessar finas folhas de metal (2 μm) e percorrer distâncias de até 1 cm no ar. Como as folhas metálicas não permitiam a passagem do gás de hidrogênio, o menor dos átomos, ficava provado que o "raio catódico" não era um feixe de átomos. Se os raios fossem feixes de partículas carregadas deveria haver geração de campo magnético, mas Hertz não foi capaz de medir tal campo. Desse modo, a maioria dos cientistas alemães acreditavam que o "raio catódico" deveria ser algum tipo de campo.
Em 1895, J. Perrin, na França, foi capaz de coletar os raios num cilindro e mostrar que eles carregavam cargas negativa. Com um campo magnético defletindo o raio, foi capaz de evitar a coleta de carga, mostrando que o "raio catódico" era constituído de partículas. O aparato para estudar o "raio catódico" era o tubo de raio catódico (CRT - Cathode Ray Tube). 
Em 1897 J. J. Thomson, em Cambridge, realizou uma série de experimentos utilizando o CRT para estudar o elétron, que à época ele chamava de "corpúsculo". O CRT consistia de um catodo, onde o raio era gerado, e um anodo que possuía um pequeno orifício, para onde o raio era acelerado por meio de uma diferença de potencial aplicada entre os dois eletrodos. O conjunto era montado dentro de uma câmara de vidro mantida a baixa pressão. Na linha da trajetória do raio, o aparato permitia aplicar um campo magnético conhecido e existia ainda um par de placas paralelas, onde se aplicavam tensões que geravam um campo elétrico defletor. 
Thomson conseguiu provar, de início, que o raio podia ser defletido pelo campo elétrico. Isto foi possível porque Thomson trabalhava com níveis de vácuo melhores que os usados por Hertz. Thomson fez diversos experimentos, determinando a velocidade de suas partículas, a relação q/m entre outros. Assim, o elétron foi a primeira partícula subatômica descoberta pelo homem e marca o início da eletrônica tal qual a conhecemos hoje.
Durante os séculos XVII e XVIII acreditava-se que tanto a matéria quanto a carga elétrica fossem contínuas. Em 1900, Max Planck apresentou o seu artigo "Sobre a teoria da lei da distribuição de energia do espectro normal" sobre a radiação térmica em que sugere pela primeira vez que esta radiação não seria um fluxo contínuo de energia, mas sim um fluxo de pacotes de energia. Este trabalho é considerado hoje a origem da física quântica clássica.
Em 1900 Drude sugeriu que, em um metal, a condução de corrente é feita por uma nuvem de elétrons e desenvolveu toda uma teoria de condução térmica e elétrica, aplicando a teoria cinética dos gases. A teoria cinética dos gases supõe que as moléculas de gases são esferas sólidas idênticas que se movem em linha reta até colidir com uma outra molécula do gás. Drude supôs adicionalmente que as cargas positivas pertenciam a partículas muito mais pesadas que o elétron, que eram consideradas imóveis. Em seu modelo supunha-se que os elétrons possuíam uma distribuição de velocidade eletrônica dada pela distribuição de Maxwell Boltzmann. 
Pouco tempo depois de Pauli apresentar o seu princípio da exclusão, isto é, que dois elétrons não podem assumir exatamente a mesma energia, Sommerfeld aplicou a mesma idéia ao modelo de Drude. Isto implicava em aplicar a distribuição de Fermi-Dirac, o que ajudou a corrigir uma série de falhas do modelo de Drude. O modelo de Sommerfeld ainda deixava de explicar muitas observações experimentais. As razões para as falhas eram algumas hipóteses assumidas no modelo. 
Simultaneamente adquiria-se também uma série de conhecimentos a respeito da radiação eletromagnética, como a sua dualidade onda partícula (fóton), da quantização dos fótons, bem como das diferentes formas como a radiação eletromagnética e a matéria interagem. Um destes conhecimentos era o espectro atômico que era explicado pelo modelo atômico de Bohr.
O uso da eletricidade
Foi em 1899 que, tendo como base os estudos de Nikola Tesla e Heinrich Hertz, o físico e inventor italiano Guglielmo Marcolini, inventor do primeiro sistemaprático de telégrafo sem fios, transmite uma mensagem via rádio, partindo da Inglaterra até os Estados Unidos da América. Esse foi apenas o início no ramo da telecomunicação e do processamento de digitais analógicos (e posteriormente digitais) eletromagnéticos.
Graham Bell veio a realizar o invento do que seria o primeiro telefone, estabelecendo uma comunicação fona dial através de fios semelhantes aos telegráficos de outrora, porém que fossem capazes não só de transmitir notas musicais, mas vibrações semelhantes à da articulação vocal humana. O Imperador brasileiro D. Pedro II realizou a primeira chamada telefônica da história, onde temos a célebre citação “Meu deus, isso fala!”, no espanto que Pedro II teve ao escutar a acústica proveniente do aparelho.
Meados de 1920, Vladimir Zworykin registra a patente do tubo iconoscópico, para a transmissão de imagens. Este dispositivo foi o precursor das câmeras televisivas. O primeiro sistema semimecânico de televisor analógico foi demonstrado por John Logie Baird em 1926 em Londres. Dois anos depois, em fevereiro de 1928, imagens em movimento foram transmitidas por Baird de Londres para Nova Iorque. 
Esse sistema era composto de um disco giratório perfurado, no qual luzes de néon se acendiam por detrás; respondendo ao sinal de uma estação de rádio que capturava as imagens através de um disco idêntico. Os ruídos provocados pelo aparelho dificultavam a emissão sonora, mas mesmo assim foi o primeiro aparelho a reproduzir imagens em movimento com 32 linhas de resolução.
Em 1947, com o fim da Segunda Guerra Mundial, onde já se tinham modernos equipamentos telefônicos sem fio para a época, surgiu o transistor na Bell Labs, uma companhia Norte-Americana. Antes, o processamento de sinais era feito através de válvula, o que tornava o processo complicado e lento. O transistor possibilitou que muitas mais instruções fossem executadas por segundo, em comparação com as válvulas, o que viabilizou posteriormente a criação de sofisticados equipamentos computacionais, tais como memórias, microprocessadores, micro controladores, processadores de sinais digitais, entre outros.
Com estas evoluções registradas ao longo dos séculos, eletricidade passou de uma curiosidade científica a uma ferramenta essencial para a vida moderna. A rápida expansão da tecnologia elétrica nos séculos XIX e XX transformou por completo a indústria e a sociedade. A extraordinária versatilidade da eletricidade enquanto fonte de energia, permite que suas aplicações sejam praticamente de ilimitadas possibilidades. A energia elétrica é o principal pilar de desenvolvimento da sociedade moderna, e assim deve permanecer no futuro.
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