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TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL

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RESUMO
O presente trabalho tem a finalidade de levantar uma breve discussão sobre a analise das organizações internacionais, suas características e a utilização do Tribunal Penal Internacional, que é considerado necessário para suprir as lacunas deixadas pelos Estados Membros que não tem capacidade ou lei que possa utilizar para condenar os seus criminosos Nacionais.
O Tribunal Penal Internacional (TPI) é uma corte permanente e independente que julga pessoas acusadas de crimes do mais sério interesse internacional, como genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra. Ela se baseia num Estatuto do qual fazem parte 106 países.
Logo, observa-se que acima de tudo o Tribunal Penal Internacional, além de ser um órgão fiscalizador e punitivo, é uma organização internacional capaz de abranger vários países, ser composto por funcionários de múltiplas etnias e ter uma finalidade quase única, a de trazer paz à sociedade mundial.
Nos dias atuais, o Tribunal Penal Internacional possui sede fixa na cidade de Haia, Holanda, contando com uma excelente infra-estrutura composta por Presidência, Gabinete do Promotor, Divisões Judiciais e Secretaria, sendo capaz de abrigar seus mais de 700 funcionários. E possui até sua própria área carcerária.
O surgimento do processo do Tribunal penal Internacional ocorre de maneira simples e objetiva, como será visto tanto Promotoria, Estado-parte e Conselho de Segurança da ONU podem iniciá-lo por um procedimento acusatório, dependendo somente do Tribunal Penal Internacional e de seu setor de questões preliminares darem ou não procedimento ao pedido.
A ADOÇÃO DO ESTATUTO do Tribunal Penal Internacional, na conferência de Roma, em 1998, resultou na reunião de vários Estados soberanos que aprovaram o Estatuto desse sistema permanente de justiça criminal internacional. Essa reunião marca algo histórico na comunidade internacional que por anos tentou combater e punir severamente os criminosos internacionais que desrespeitaram os direitos humanos. 
Esses criminosos que violaram os direitos humanos abusaram de suas autoridades para cometer crimes de dimensões éticas, políticas e jurídicas. E quando esses crimes acontecem de maneira reiterada, fica difícil a convivência pacifica entre os seres humanos.
Além disso, o Tribunal Penal Internacional só poderá agir a partir do momento em que o Governo responsável pelo infrator penal não aplicar corretamente a pena em seu respectivo país, com base no Princípio da Complementaridade que será exposto no decorrer deste estudo, juntamente com os demais que regem o Tribunal Penal Internacional.
Considera-se que o Tribunal Penal Internacional, seja uma corte de última instância, que não agirá se um caso foi ou estiver sendo investigado ou julgado por um sistema jurídico nacional, a não ser que os procedimentos desse país não forem genuínos, como no caso de terem caráter meramente formal, a fim de proteger o acusado de sua possível responsabilidade jurídica. Além disso, o Tribunal Penal Internacional só julga casos que ele considerar extremamente graves. Em todas as suas atividades, o Tribunal observa os mais altos padrões de julgamento justo, e suas atividades são estabelecidas pelo Estatuto de Roma. 
Desta forma é valido por em evidência que apesar do Estatuto de Roma vir contra preceitos existentes nos diversos ordenamentos jurídicos dos seus países signatários, esses serão deixados de lado para que o Tribunal Penal Internacional aja de forma que achar prudente, até mesmo no que se refere às formas existentes de penas a serem aplicadas, sendo que alguma destas pode ferir diretamente princípios dos países parte.
Cabe ainda ressaltar, mais do que esclarecer a mecânica processual do Tribunal Penal Internacional, pretende-se apresentar a brusca realidade dos cinco crimes pelos quais aquele é responsável, demonstrando não só sua rigorosa forma de julgamento, mas também a segurança que traz para a humanidade ao tentar proteger aquilo que todos mais preservam a dignidade.
Ditos crimes em espécies tratados pelo Tribunal Pena Internacional, podem ser elencados da seguinte forma: 1) crime de genocídio; 2) crimes contra a humanidade; 3) crimes de guerra; 4) crimes de agressão. No que tange ao instituto ora versado (competência) aplicável que é aos referidos crimes há que se dizer que a mesma só remanesce no que toca àquelas violações praticadas em época anterior a entrada em vigência do Estatuto de Roma. Assim, após a entrada em vigor do respectivo Estatuto estará o Tribunal Penal Internacional apto ao julgamento dos crimes que ocorrerem nele.
É importante ressaltar no que toca a questão da imputabilidade penal, também denominada capacidade penal que a jurisdição do Tribunal Penal Internacional, na forma do disposto no art. 26 do Estatuto, alcança somente os seres humanos maiores de dezoito anos de idade, em plena compatibilidade com que a apregoa a Constituição da República Federativa do Brasil. As regras penais e procedimentais encampadas no Estatuto de Roma, interpretadas apressadamente, podem levar a falsa interpretação de estarem em dissonância com o texto constitucional brasileiro. Todavia, dita incompatibilidade é meramente aparente no que concerne à entrega de nacionais ao Tribunal; a instituição da pena de prisão perpétua; a questão das imunidades em geral e as relativas ao foro por prerrogativa de função; a questão da reserva legal e, por fim, a questão no toca a coisa julgada.
O Tribunal Penal Internacional guarda para si a competência para fins de julgamento, ostentando as características de permanência e independência no que toca aos crimes de maior gravidade que repercutem na sociedade internacional manchando de sangue e dor a humanidade.
O Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional, materialmente falando, representou um avanço gigantesco no contexto político, social e cultural entre os povos; pois graças a ele conseguiu-se obter o imprescindível consenso para levar a julgamento por um Tribunal de índole internacional, políticos, chefes militares e pessoas comuns praticantes de crimes gravíssimos que lesam a humanidade como um todo e, que, até o presente momento tinham ficado impunes, sob o manto da soberania. Constitui, pois, o retrato maior da efetividade da proteção internacional dos Direitos Humanos.
De tal modo, é fato que o objetivo fundamental o Tribunal Penal Internacional é punir os indivíduos infratores e não suas respectivas Nações, assim sendo, divulgando também a importância do Direito Internacional, a defesa dos Direitos Humanos e o respeito pelo Direito Internacional amparado por este Tribunal vão além de qualquer tentativa anterior, levando a humanidade a um nível de proteção antes inimaginável.
Por conseguinte, justifica-se a escolha com o objetivo de facilitar e simplificar o entendimento a respeito do papel do Tribunal Penal Internacional na esfera jurídica internacional, pois apesar de sua importância, é pouco conhecido em nosso país.
REFERENCIAS
Biblioteca Virtual de Direitos Humanos. Disponível em: http://www.direitoshumanos.usp.br/index.php/Tribunal-Penal-Internacional/o-que-e.html. Acesso em: 07 de maio de 2018.
O Tribunal Penal Internacional e os Direitos Humanos. Disponível em: http://www.conteudojuridico.com.br/livro-digital,o-tribunal-penal-internacional-e-os-direitos-humanos,36539.html. Acesso em: 08 de maio de 2018.
HERNANDES, Alessandra Cardoso. O Tribunal Penal Internacional à Luz da Constituição Federal Brasileira de 1988. Anais do 2° Congresso Brasileiro de Direito Internacional, Curitiba: Juruá, 2006. v. 1.
TAQUARY, Eneida Orbage de Britto. Tribunal Penal Internacional & A Emenda Constitucional 45/04. Curitiba: Juruá, 2008.
A formação do Estatuto do Tribunal Internacional de Nuremberg. Disponível em: < http://www.investidura.com.br/biblioteca-juridica/artigos/historia-do-direito/4108>. Acessado em: 09 de maio de 2018.

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