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Atividade do texto "Os Negros do Brasil"

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Atividade: Resenha Critica do Texto “Os Negros da Terra” de John Monteiro
Aluna: Ana Carolina de Montmorency Pestana Varizo
O texto trata desde o seu inicio da participação dos índios na colonização, interioralização e desenvolvimento econômico da colônia brasileira. Os paulistas começaram a adentrar o Brasil não para povoá-lo, mas para garantir cativos, pois os índios eram utilizados como mão de obra escrava nos engenhos de açúcar e nas fazendas com outras plantações agrícolas. Eram conhecidos como “negros da terra”, expressão utilizada pelos colonos luso-brasileiros desde o século XVI para designar genericamente as diversas nações indígenas, diferenciando-as das africanas, e muito bem utilizado como titulo para deixar claro de quem será o foco do autor na sua narrativa. Assim, o autor começa a desmistificar o fato de que o bandeirantismo paulista tenha contribuído decisivamente para o alargamento territorial e povoamento do interior da colônia e afirma que a contribuição dos mesmos e dos paraguaios foi a grande devastação de tribos nativas ao longo do século XVI e XVII até o descobrimento de minas. 
Durante o texto, são citadas diversas investidas em bandeiras, que eram empreendimentos familiares e às vezes, como no caso do governador geral D. Francisco de Sousa, eram investimentos governamentais. Os organizadores forneciam dinheiro, equipamentos e assumiam todo o risco da viagem em troca da possibilidade de ganhar metade daqueles índios eventualmente capturados, e como buscavam em áreas nunca antes exploradas, a presença de índios tornou-se cada vez mais essencial nessas empreitadas. 
A partir de tabelas e documentos, John consegue nos mostrar que a verdadeira riqueza buscada pelos colonos ou pelos jesuítas ao longo do interior, principalmente do sertão, não eram metais preciosos, mas sim os índios, como por exemplo a expedição de Fernão Dias Pais, que trouxe bem mais índios de Minas Gerais que metais ou pedras valiosas. A partir da expansão bandeirante até o Guairá, é possível observar a competição entre luso-brasileiros, paraguaios e jesuítas pela mão de obra indígena, não deixando de ressaltar a ideia de que os paulistas não teriam investido contra as reduções porque até dado momento elas ofereciam mão de obra já disciplinada e educada pelos jesuítas, facilitando a exploração. Mostra também que os portugueses se interessavam pelo povo Guarani desde o século XVI, justamente pela ciência que tinham de sua eficiente agricultura, mostrando assim, que havia uma prioridade na captura de nativos. Não é de surpreender, portanto, que os paulistas assaltassem prioritariamente as aldeias não controladas pelos jesuítas, mesmo depois da chegada dos padres ao Guairá.
Porém os colonos passaram a enfrentar uma crise, uma vez que distâncias maiores geravam retornos e lucros menores, pois os custos e o tempo envolvidos limitavam o tamanho das expedições e isto representava menor poder de fogo contra os indígenas, além do aumento da mortalidade dos bandeirantes e dos aprisionados. Assim, tiveram que buscar alternativas para manter seu fluxo de cativos alto como mostra no capitulo “Novos Rumos” onde tiveram de encurtar as distancias das expedições, fazendo-as por perto de São Paulo, por exemplo, ou caso tenham que percorrer grandes distâncias, acabam ficando por perto a partir de doações de sesmaria como recompensa.
Concluo assim, que Monteiro quebra uma série de “verdades universais” relacionadas à colonização e expansão territorial brasileira, deixando claro o papel central dos índios na história paulista e brasileira, este até então, esquecido pelos historiadores e que teve todo o merecimento de resgate.
Bibliografia: 
Monteiro, John Manuel. 1994. Negros da terra. Índios e bandeirantes nas origens de São Paulo. São Paulo: Companhia das Letras.

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