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Portugues instrumental 2


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5. Uso de acentos gráficos na escrita
Na Língua Portuguesa, todas as palavras de mais de uma sílaba têm sílabas pronunciadas de forma mais acentuada – ou mais forte – do que as demais. A gramática classifica as palavras, de acordo com a sua tonicidade em oxítona, paroxítonas e proparoxítonas. Também são considerados tônicos alguns monossílabos.
MULTIMÍDIA
Antes de continuar seus estudos, reveja agora algumas regras de Acentuação Gráfica: proparoxítonas paroxítonas oxítonas
LEITURA
Antes de continuar, leia sobre a reforma ortográfica e veja ainda a reforma ortográfica e os quadrinhos.
5.1 Palavras oxítonas
	Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas nas vogais – a, –e, –o (seguidas ou não de –S): sofá, bebês, pajé, cipó.
	Acentuam-se as palavras oxítonas com mais de uma sílaba, terminadas em –em, –ens: alguem, parabens, amem.
	Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em ditongo aberto e tônico –éi, –éu, –ói (seguidas ou não de –S): véu, véus, anéis, céu, chapéus, herói, caubóis.
	Os monossílabos tônicos seguem as regras das oxítonas terminadas nas vogais –a, –e, –o (seguidas ou não de –S): pá, pés, pó, fé.
5.2 Palavras paroxítonas
Não recebem acento gráfico as palavras paroxítonas terminadas por vogais –a, –e, –o, assim como em, ens.
As palavras paroxítonas serão acentuadas quando terminarem por:
	–i, –is, –us: júri, táxi, biquíni, grátis, bônus, Vênus.
	–l, –n, –r, –x, –ps: hábil, fóssil, abdômen, âmbar, córtex, bíceps, fórceps.
	–ã, –ãs, –ão, –ãos: imã, imãs, órfão, órfãos, órgão.
	–on, –ons: íon, elétron, elétrons.
	–um, –uns: álbum, álbuns, quórum.
	–ei, –eis: vôlei, pôneis, venderíeis, cantaríeis.
MULTIMÍDIA
Para reforçar seus estudos, clique aqui e assista a mais um vídeo sobre Acentuação Gráfica.
http://www.portugues.seed.pr.gov.br/modules/galeria/detalhe.php?foto=390&evento=6
Os ditongos abertos EI e OI não são mais acentuados em palavras paroxítonas.
Os hiatos OO e EE não são mais acentuados.
5.3 Palavras proparoxítonas
Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.
EXEMPLO
Cômoda, véspera, lívida, álibi, lâmpada, paralelepípedo.
Acentuam-se ainda as palavras terminadas em ditongo oral crescente, seguidas ou não de –S, que admitem uma pronúncia com hiato final, como: náusea, história, glória, secretária, rosário, espécies, vácuo, argênteo, amêndoa.
	CASOS ESPECIAIS
	Nas palavras oxítonas e paroxítonas, acentuam-se o –i e o –u tônico dos hiatos quando ocorrem sozinhos na sílaba ou seguidos de –S, como Piauí (Pi-au-í), baús (ba-ús), aí (a-í), tuiuiús (tui-ui-ús), juízes (ju-í-zes), saúde (sa-ú-de), balaústre (ba-la-ús-tre).
5.4 Acentos Diferenciais
Acentuam-se as formas verbais indicativas de terceira pessoa do plural dos ver-bos ter e vir (e seus compostos), para distingui-las da forma da terceira pessoa do singular: ele tem– eles têm; ele vem – eles vêm.
	pôr (infinitivo verbal, encontrado também no substantivo composto pôr-do-sol) e por(preposição).
	pôde(forma verbal de 3ª pessoa do singular, passado) e pode) (forma verbal de terceira pessoa do singular, presente).
ATENÇÃO
Em fôrma/forma, o acento circunflexo é facultativo.
Porquê (substantivo) e porque (conjunção).
Quê (substantivo, interjeição, pronome, quando ocorre no final do enunciado) e que (nas demais funções e ocorrências).
1. Não se usam mais os acentos gráficos nos ditongos abertos ei e oi das palavras paroxítonas: ideia, boia, joia, boia (substantivo), boia (forma verbal), assembleia, apoia (forma verbal), apoio (forma verbal). As únicas exceções são estas: gêiser, destróier, Méier.
2. O trema foi eliminado – aguentar, sequestro, bilíngue, tranquilo, cinquenta – e só será usado nas palavras estrangeiras e em suas derivadas, como Müller, mülleriano; Bündchen.
3. Não são assinaladas com acento gráfico as formas verbais creem, deem, leem, veem e seus derivados: descreem, desdeem, releem, reveem.
4. Também não recebe acento gráfico o penúltimo o do hiato -oo: voo, enjoo, entoo, perdoo, povoo, zoo.
5. Não são assinaladas com acento gráfico as palavras homógrafas: para (verbo) e para(preposição), pelo (substantivo) e pelo (verbo). Exceção: pôde (pretérito perfeito) e pôr(verbo), polo (s).
6. Não são assinaladas com acento gráfico as palavras paroxítonas cujas vogais tônicas i e u são precedidas de ditongo oral decrescente: baiuca, feiura, bocaiuva, assim como o utônico da forma rizotônica de arguir e redarguir: arguo, arguis, argui.
	Essa regra é válida somente para palavras paroxítonas. Assim, continuam a ser acentuadas as palavras oxítonas terminados em éis e ói(s), como papéis, herói, heróis.
7. Verbos como aguar, apaziguar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins possuem dois paradigmas, a saber: com o u tônico em formas rizotônicas sem acento gráfico, como averiguo, averigue; com o a ou o i dos radicais tônicos acentuados graficamente, como averigúo, enxáguo.
ATENÇÃO
1. Permanecem os acentos que diferenciam o singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, intervir, advir). Observe:
Ele tem dois carros. / Eles têm dois carros.
Ele vem de Sorocaba. / Eles vêm de Sorocaba.
Ele mantém a palavra. / Eles mantêm a palavra.
Ele convém aos estudantes. / Eles convêm aos estudantes.
Ele detém o poder. / Eles detêm o poder.
Ele intervém em todas as aulas. / Eles intervêm em todas as aulas.
2. É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais clara. Observe mais este exemplo: Qual é a forma da fôrma do bolo?
6. Palavras parônimas e homônimas
6.1 Palavras parônimas
A Língua Portuguesa apresenta palavras que se diferenciam na grafia e na pronúncia; apresentando sempre significados diferentes. Essas palavras são chamadas de parônimas. Observe:
EXEMPLO
Antes de continuar seus estudos, clique aqui para ver outros exemplos de palavras parônimas.
6.2 Palavras homônimas
A palavra manga pode ser usada para definir um fruto, a parte da camisa que cobre os braços e no sentido de palavra originária do verbo mangar, que significa zombaria, curtição.
As palavras homônimas podem ser:
Homônimas homófonas;
Homônimas homógrafas;
Homônimas homófonas homógrafas ou homônimas perfeitas.
Mas, em todos esses casos, os significados entre os pares de palavras são sempre diferentes.
A palavra manga pode ser classificada como homônima homófona homógrafa ou homônima perfeita.
RESUMO
Homônimas homógrafas: palavras de mesma grafia e significado diferente.
Exemplos: jogo (substantivo) e jogo (verbo).
Homônimas homófonas: palavras com mesmo som e grafia diferente.
Exemplos: cessão (ato de ceder), sessão (atividade), seção (setor).
Homônimas homógrafas e homófonas: palavras com mesma grafia e mesmo som. Exemplos: planta (substantivo) e planta (verbo); morro (substantivo) e morro (verbo).
CONEXÃO
Para assistir:
O filme “Caramuru a invenção do Brasil”, dirigido por Guel Arraes, trabalha as relações semânticas na sociedade, por meio de recursos audiovisuais. O filme traz trechos que explicitam essa relação do significado das palavras, suas definições e propriedades semânticas.
7. Uso do sinal indicativo da crase
A palavra crase designa, em gramática normativa, a contração da preposição a com o artigo feminino a. Graficamente, é o acento grave (`) o sinal que indica a presença da crase (a + a = à).
A banda Engenheiros do Havaí questiona o fenômeno da crase na letra da música “Às vezes nunca”.
7.1 Crase: como usar?
O emprego adequado do acento grave, indicativo da presença do fenômeno da crase, e as regras de regência nominal e regência verbal são imprescindíveis para que se possa apresentar um bom desempenho redacional.
A crase não é um acento, é a contração de a mais a. Para haver crase, é necessário que existam dois a. O primeiro a é a preposição, e o segundo a pode aparecer em três casos diferentes:
A) ARTIGO DEFINIDO:• Ele se referiu a (preposição) + a (artigo) carta. = Ele se referiu à carta.
• Ele entregou o documento a (preposição) + as (artigo) professoras. = Ele entregou o documento às professoras.
B) PRONOME DEMONSTRATIVO:
C) VOGAL A INICIAL DOS PRONOMES AQUELE, AQUELES, AQUELA, AQUELAS E AQUILO:
EXEMPLO
Observe os exemplos a seguir:
Comprei um lote em Angra dos Reis a perder de vista.
A reunião começará a partir das 10h.
Maria Antônia começou a chorar.
Paulo Elísio prefere sair a ficar em casa.
Se a compra é “a prazo”, deveria ser “a vista” sem o acento da crase, pois não haveria o artigo feminino. Há autores, contudo, que defendem a crase para todas as locuções adverbiais femininas, incluindo aí o “à vista” e o “à venda”. Por uma questão até de clareza: “Vender a vista” sem o acento da crase pode parecer que se está vendendo o órgão – “o olho”.
Por essa razão, opta-se pelo uso do acento da crase para desfazer a ambiguidade.
Sendo assim, muitos estudiosos defendem o uso do acento da crase para todas as locuções adverbiais femininas, como:
	a) à vista, à toa, às claras – de modo;
	b) à noite, às vezes, às 14h – de tempo;
	c) à porta, à mesa, à direita – de lugar.
Nos demais exemplos, vê-se também que não há crase, pois antes de verbos jamais haverá artigo, apenas a preposição a.
EXEMPLO
Na frase “Eu estava contando à minha mãe o quanto somos semelhantes”, o uso do acento da crase é facultativo, em razão do pronome possessivo “minha”.
Mas em “Disse à mamãe que estudaria bastante hoje” ocorre, obrigatoriamente, o fenômeno da crase porque o verbo “dizer” exige a preposição a e o substantivo “mamãe” admite o artigo definido a.
Se disser, contudo, “Mamãe começou a rir da minha brincadeira” não se usa o acento da crase, porque antes de verbo, como já dito, não há artigo.
Observe este exemplo:
	A verba não utilizada para a reforma deste monumento será revertida à entidades assistenciais.
O acento grave indicador da crase está incorreto, porque não existe crase, apenas o uso da preposição a antes de uma palavra feminina no plural. Só haveria o acento da crase se houvesse o artigo definido as: “... às Oficinas de Leitura...”. Logo, não ocorre o fenômeno da crase quando o a estiver no singular, seguido de palavra no plural.
ATENÇÃO
O acento grave, indicador de crase, é obrigatório diante de palavras femininas determinadas pelos artigos definidos a ou as quando subordinadas a termos que exigem a preposição a.
As crianças voltaram à piscina.
Ninguém é insensível à dor.
Fez uma excursão à cidade de Florianópolis.
Crase, portanto, não é acento, mas sim a fusão de duas vogais iguais.
7.1.1 Regras: uso do acento grave, indicador da crase
Existe crase quando acontece a contração do a ou as artigo com:
A) A PREPOSIÇÃO A:
Fomos à cidade e assistimos às festas.
B) O PRONOME DEMONSTRATIVO A OU AS:
7.1.2 Emprego de à, à que, às que
Quando o a das expressões a que, as que for pronome demonstrativo, elas podem vir regidas da preposição a, caso em que se usam as formas acentuadas à que, às que. Se o aantes de que for apenas preposição, não levará o acento grave indicativo da crase.
EXEMPLO
Não se referiu à que estava ao nosso lado. (à que = àquela que)
Os prêmios foram entregues às que discursavam. (às que = àquelas que)
A pessoa a que te referes não veio hoje. (a = preposição)
O a inicial dos pronomes demonstrativos aquele(s), aquela(s), aquilo.
EXEMPLO
Refiro-me àquele fato.
Vou àquele cinema.
Não irás àquela festa.
Não dei importância àquilo.
Para haver crase é necessário, pois, que existam dois a. O primeiro a é preposição, o segundo, como visto, pode ser: artigo definido (a/as), a vogal a inicial dos pronomes demonstrativos aquele, aqueles, aquela, aquelas e aquilo, e a e as quando pronomes demonstrativos.
ATENÇÃO
1. Embora os pronomes demonstrativos femininos a, as tenham a mesma forma dos artigos definidos, não há que confundi-los, pois quando forem pronomes demonstrativos, virão acompanhados de preposição, geralmente, de ou do e do pronome relativo que(oração subordinada adjetiva).
	A capitania de Minas Gerais estava unida à de São Paulo.
Refiro-me à que você namora.
Falarei às que quiserem me ouvir.
2. O pronome indefinido outra(s), quando estiver empregado de modo determinado, referindo-se à restante de duas coisas, pessoas ou animais, precedido do artigo definido a:
	“Paz e guerra, senhores, são duas ideias que se contrapõem naturalmente em nosso espírito, como as expressões antagônicas uma à outra do bem e do mal”. (Rui Barbosa, Antologia, 1955, 106.)
3. Pronomes indefinidos que admitem o artigo feminino, dando ensejo à crase:
	Não fale nada às outras colegas.
Estavam atentas umas às outras.
7.1.3 Locuções: adverbiais, prepositivas e conjuntivas
Acentua-se, geralmente, o a ou as de locuções adverbiais, prepositivas e conjuntivas formadas de substantivo feminino (expresso ou elíptico/oculto).
Locuções adverbiais
Locução prepositiva
Locuções conjuntivas
Constam geralmente de preposição combinada com substantivo, ou de preposição combinada com substantivo e mais um adjetivo ou termo determinante.
Das locuções formadas de preposição, substantivo e adjetivo, muitas há em que se suprime o substantivo. Diz-se indiferentemente à direita, à esquerda ou à mão direita, à mão esquerda; mas deixa-se de mencionar o substantivo (modo, moda, maneira) em expressões, como as seguintes: à francesa, à portuguesa, às boas, às cegas, às ocultas, às claras.
ATENÇÃO
Nas locuções prepositivas e adverbiais, só haverá o acento grave com palavras femininas: à custa de, à procura de, à mercê de, à moda de.
CURIOSIDADE
7.1.4 Casos inaceitáveis
Por não haver artigo definido a/as, é impossível ocorrer crase, nos casos a seguir:
	ANTES DE PALAVRAS MASCULINAS
	Não assisto a filmes de guerra ou de violência.
Isto cheira a vinho.
Admirei os quadros a óleo.
Escreveu um bilhetinho a lápis.
Fomos a São Lourenço, onde passeamos a pé, a cavalo, de charrete.
Amar a Deus.
	ANTES DE ARTIGOS INDEFINIDOS
	Ele chegou a certa hora.
Ele disse que chegaria a uma hora qualquer.
Referia-se a uma velha história.
Chegamos à cidade a uma hora morta.
	ANTES DE VERBOS
	Prefiro isso a aceitá-lo na empresa.
Estamos dispostos a colaborar.
Entra em vigor a partir de hoje a nova legislação.
O Estado deveria estar sempre disposto a resolver os problemas sociais.
Quando me dispunha a sair, começou a chover.
	ANTES DOS PRONOMES DEMONSTRATIVOS ESTA, ESSA, ISSO
	Estamos atentos a essa tendência.
Ofereceu o prêmio a esta aluna aqui.
Entregou a essa secretária tudo que ela pediu.
	ANTES DE PRONOMES PESSOAIS
	Recorreram a mim. (a nós, a ela, a você)
Ele se referiu a ti.
Tudo foi entregue a ela.
Eu me referia a você.
	ANTES DE PRONOME DE TRATAMENTO
	Solicito a Vossa Senhoria o obséquio de anotar nosso endereço.
Não me referi a Vossa Excelência.
Hei de pedir licença a Sua Majestade, e espero alcançá-la.
Cedeu o documento de propriedade a V. Sª.
	Quando a expressão de tratamento só se refere à mulher, pode ocorrer a crase.
	Falou à senhora (= Falou ao senhor)
À senhorita (= ao jovem)
À doutora (= ao doutor)
À madame (= ao cavalheiro)
À senhora Maria Antônia (= ao senhor)
	Daqui a uma hora estarei de volta.
Daqui a duas horas entrego-lhe o trabalho.
	Entreguei a chave da casa a Dona Olga.
Contei tudo à D. Carminha.
	ANTES DE PRONOMES INDEFINIDOS
	O letreiro pode despencar a qualquer hora.
Estamos a pouca (ou a certa) distância da fronteira.
Começou a toda força.
	ANTES DE QUALQUER NOME FEMININO TOMADO EM SENTIDO GENÉRICO OU INDETERMINADO, ISTO É, SEM ARTIGO DEFINIDO
	Tudo cheirava a velhice.
Dedicas o trabalho a homem ou a mulher?
Não fui a reunião nenhuma. (Não fui a encontro nenhum.)
O tormento maior era não poder confiar a pessoa alguma os seus cuidados.
	ANTES DE PALAVRAS NO PLURAL (QUANDO O A ESTIVER NO SINGULAR)
	Conferiu prêmios a pessoas que se destacaram na firma.Não atendem a reclamações.
Não vai a festas nem a reuniões.
Não dê atenção a pessoas suspeitas.
	ANTES DE SUBSTANTIVO REPETIDO, NAS LOCUÇÕES ADVERBIAIS
	Tomou o remédio gota a gota.
Estavam frente a frente.
Foi de cidade a cidade.
Entravam uma a uma.
Dia a dia, a empresa foi crescendo.
Com as expressões daqui a, dali a, daí a, não ocorre a crase. Em adjuntos adverbiais de tempo introduzidos por essas expressões, a partícula a é simples preposição.
	Daqui a uma hora estarei de volta.
Daqui a duas horas entrego-lhe o trabalho.
7.1.5 Casos especiais
a) Palavras casa e terra
Não se usa crase antes da palavra casa no sentido de lar, domicílio, quando ela não vem acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva que a caracterize:
	Quando a palavra casa não significa lar, domicílio, e sim estabelecimento comercial, hospitalar, residência oficial de chefe de Estado, dinastia, torna-se obrigatório o uso da crase.
	• Voltamos a casa tristes.
• Chegou Pedro a casa, e atirou-se a chorar sobre a cama.
• Fui à Casa Olga comprar um presente.
• O presidente americano regressou à Casa Branca.
	Se a palavra casa vier acompanhada de adjetivo ou locução adjetiva, ocorrerá o acento da crase.
	• Voltou à casa paterna.
• Fiz uma visita à velha casa de meus avós.
• Fui à casa de meu amigo.
• Dirigi-me à casa da Lívia.
Como a palavra terra, no sentido de terra firme, chão (em oposição a bordo, a mar), não recebe artigo definido, não haverá crase:
	• Os marinheiros tinham descido a terra para visitar a cidade.
• Vendo o tubarão, o nadador voltou logo a terra.
• Depois de tantos meses no mar, chegamos a terra.
	Observação: Quando a palavra terra equivaler à pátria ou região determinada ocorrerá a crase.
	• Vou à terra dos meus avós.
• Retornei à terra natal.
• Chegamos à terra prometida.
b) Pronomes possessivos
O uso do artigo antes dos pronomes possessivos fica a critério de quem escreve. Daí a possibilidade de ser facultativo o emprego da crase.
	• A minha viagem é certa.
• Minha viagem é certa.
• As minhas colegas vêm.
• Minhas colegas vêm.
• Referiu-se à minha viagem.
• Referiu-se a minha viagem.
• Fiz um apelo às minhas colegas.
• Fiz um apelo a minhas colegas.
	Observação: Ocorrendo a elipse do substantivo, o a será obrigatoriamente acentuado.
	• Ele se referia à desgraça do amigo e não à sua.
• Eu fui à formatura dele, mas ele não compareceu à minha.
É, também, facultativo o fenômeno da crase, antes de pronomes possessivos femininos, mesmo seguidos de nomes de parentesco.
	• Recorri a minha mãe.
• Peço desculpas a sua irmã.
• Fizemos uma visita a nossa tia.
• Nunca saio satisfeito das visitas que faço a minha mãe.
• Arrependi-me de ter falado a minha prima.
c) Numerais
Antes de numerais cardinais, referentes a substantivos não determinados pelo artigo, não há crase:
	• Chanceler inicia visita a oito países africanos.
• Assisti a duas sessões (ou a uma só sessão).
• A fazenda ficava a três léguas da cidade.
• Daqui a quatro semanas tudo terá mudado.
• O número de candidatas aprovadas não chega a vinte.
	Observação: Usa-se, porém, o acento grave nas locuções adverbiais que exprimem hora determinada e nos casos em que o numeral estiver precedido de artigo, pois há crase.
	• Chegamos às oito horas da noite.
• Assisti às duas sessões de ontem.
• Entregaram-se os prêmios às três alunas vencedoras.
• A aula começa sempre às 7h.
• A reunião será às 10h.
• A sessão só começará às 17h.
• A próxima reunião será à uma hora da tarde.
	Observação: Se houver a presença de outra preposição, significa que não há a preposição a, logo não haverá crase.
	• Após as 18h, o leilão será encerrado.
• Romário fez o gol com a mão.
• A reunião ficou para as 16h.
• Ele teve de comparecer perante a justiça.
• Ele ficará aqui até as 18h. (facultativo)
d) Palavras masculinas
Só ocorre o fenômeno da crase diante de palavras masculinas quando, antes delas, estiverem em elipse as expressões moda de, maneira de ou estilo de:
	• Calçados à Luís XV.
• Cabelos à Sansão.
• Estilo à Machado de Assis.
• Magníficas perucas à Luís XIV.
• Bife à milanesa.
• Filé à francesa.
e) Nomes próprios
Facultativo é também, na linguagem familiar, o uso do artigo diante de nomes próprios personativos:
	• Mandamos um convite à (ou a) Antonella.
• Escrevi à (ou a) Solange.
• Entreguei a carta à (ou a) Maria Teresa.
	Observação: Haverá crase, se o nome vier acompanhado de um termo determinante (de um adjunto).
	• Refiro-me à Epitácia do Dr. Leite.
• À querida Neida (nas dedicatórias).
Antes de nomes próprios (pessoa célebre ou lugar) que repelem o artigo, não ocorrerá a crase:
	• Rezo a Nossa Senhora.
• Dedicaram templos a Minerva e a Júpiter.
• O guerreiro falou a Iracema.
• O historiador referiu-se a Joana d’Arc.
• Fiz uma promessa a Santa Teresinha.
• Iremos a Curitiba e depois a Londrina.
• Fomos a Paquetá.
	Observação: Haverá crase quando o nome próprio admitir o artigo ou vier acompanhado de adjetivo ou locução adjetiva.
	• Fomos à Bahia.
• Chegamos à Argentina.
• Referiu-se à Roma dos Césares.
• Cheguei à histórica Ouro Preto.
	Observação: Não se emprega o artigo diante de nomes próprios quando os adjetivos São, Santo ou Santa aparecem como parte integrante do nome.
	• Santa Bárbara sempre foi invocada nas horas de tempestade.
RESUMO
Há ocorrência da crase:
• Quando se pode trocar o a por ao;
• Antes da palavra casa, quando especificada;
• Antes da palavra terra — no sentido de “terra natal” (no sentido de chão não haverá crase);
• Antes da palavra distância — só quando determinada;
• Diante de palavra feminina subentendida — ocorrendo troca de a por ao;
• Antes de aquele, aquela, aquilo trocados por ao;
• Antes de localidade, na troca de a por da ou na, e ainda para a.
NÃO ocorre o fenômeno da crase:
• Antes de palavra masculina;
• O a no singular seguido de palavra no plural;
• Antes de pronome de tratamento;
• Depois das preposições para, ante, perante, após, sob, entre, contra;
• Nas locuções formadas por palavras repetidas (cara a cara, frente a frente, costa a costa e outras);
• Com o pronome relativo cuja e flexões;
• Com o pronome relativo quem;
• Com pronome relativo que, quando o a que o precede for antes uma preposição;
• A pessoa a que me refiro estuda nesta Instituição;
• Quando a preposição a estiver precedida por outra preposição.
Crase é facultativa
• Antes de pronome possessivo (minha, sua);
• Antes de nomes próprios femininos.

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