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Biofísica da Respiração Prof. Gilvan Caetano Duarte Universidade Federal do Tocantins Curso de Ciências Biológicas Disciplina de Biofísica Biofísica da respiração Introdução Os animais necessitam de O2 para a manutenção dos processos metabólicos que lhes garantem a vida; Reações bioquímicas que se passam nos diversos compartimentos dos animais, resulta de uma constante produção de CO2 Insetos (tubos respiratórios) e peixes (brânquias); Animais mais complexos (pulmões); Respiração celular e Respiração externa. Biofísica da respiração Atmosfera terrestre Camada de gases; Gases: 21% O2; 0,03% CO2; 79% mistura de gases (argônio, xenônio, criptônio) e N2 correspondendo a 71%. Atmosfera não homogênea (a pressão atmosférica varia com a altitude); Biofísica da respiração Tabela: Pressões parciais dos gases respiratórios ao entrarem e saírem dos pulmões (ao nível do mar) (GUYTON; HALL, 2002). Biofísica da respiração Efeitos da Hipoxemia Visuais Diplopia Redução da visão em ambiente escuro Cardíacos Taquicardia Angina Neurológicos Confusão Mental Incoordenação Motora Distúrbios do Comportamento Biofísica da respiração Aparelho Respiratório Vias Aéreas Pulmões Caixa Torácica Biofísica da respiração Aparelho Respiratório Biofísica da respiração Tubos respiratórios e alvéolos Figura: Dicotomização das vias aéreas mostrando as estruturas desde a traquéia até os alvéolos pulmonares. T – traquéia; B – brônquios; b – bronquíolos; br – bronquíolos respiratórios; DA – ductos alveolares; A – alvéolos (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Parede torácica Formada por pele, tecido celular subcutâneo, arcos costais, esterno, clavículas, coluna dorsal, ligamentos, músculos, pleura parietal, vasos e nervos. Biofísica da respiração Músculos Inspiratórios Diafragma Intercostais externos Grande peitoral Músculos Expiratórios Musculatura da parede abdominal Transverso do abdômen Oblíquo externo Oblíquo interno Reto abdominal Musculatura da parede torácica Triangular do esterno Intercostais internos Biofísica da respiração Mecânica da respiração Movimentação dos pulmões Expansão pulmonar e pressão pleural Biofísica da respiração Mecânica da respiração Movimentação dos pulmões Freqüência respiratória: varia com a idade, com o exercício e está alterada em alguns estados patológicos; Biofísica da respiração Mecânica da respiração Medidas espirográficas Espirômetro Método de diluição de Hélio Figura: Espirômetro (GUYTON; HALL, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Medidas espirográficas Figura: Diagrama mostrando as excursões respiratórias durante a respiração normal e durante a inspiração máxima e a expiração (GUYTON; HALL, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Medidas espirográficas Tabela: Volumes e capacidades pulmonares em indivíduos normais (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Escoamento do ar nas vias aéreas Tipos de escoamento Descoberta de Bernoulli Figura: Efeito Bernoulli. O esquema mostra que há uma dependência inversa entre a velocidade do fluxo (v) e a pressão (P) que o fluido exerce sobre as paredes do tubo (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Complacência pulmonar É a propriedade que corpos ocos elásticos possuem de aumentar de volume quando submetidos a uma determinada pressão. Figura: Estudo da complacência do pulmão de gato. Pressões de insuflação pulmonar aplicadas ao nível da traquéia; curvas de enchimento pulmonar. O coeficiente angular (gráfico) dessa reta é uma medida da complacência do pulmão estudado (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Complacência pulmonar específica Figura: Complacência pulmonar específica. No gráfico volume-pressão estão as retas obtidas no estudo com dois pulmões (A e B), com um pulmão (B) e com 1/3 de pulmão (A). Ao lado estão os cálculos da complacência que diminui com a redução do volume pulmonar disponível (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Mecânica da respiração Variações na complacência pulmonar Fibrose alveolar difusa Enfisema pulmonar Quanto mais distendido o órgão estiver menor é a complacência. Figura: Experimento de von Neergaard com pulmão de gato. A curva 1 foi obtida insuflando-se o pulmão com solução salina e a curva 2, com ar atmosférico. A maior facilidade em distender o pulmão com líquido levou von Neergaard a pensar na existência de uma tensão superficial no interior do pulmão (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Tensão superficial Líquido em contato com um gás; A tensão superficial tem direção longitudinal à superfície do líquido e constitui-se num tipo especial de força de coesão. Figura: Esquema para mostrar a disposição das forças que atuam sobre uma molécula da massa líquida. As moléculas que estão no interior do líquido estão sendo atraídas por muitas forças externas que se anulam mutuamente. Todavia as que se encontram na superfície estão sendo puxadas para o interior do líquido. Isso faz aparecer uma tensão superficial na interface líquido-ar (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Tensão superficial Unidades da tensão superficial: J . m-2 ou N . m-1 Medida da tensão superficial: Figura a e b: a) Fotografia tomada no momento da retirada de um anel metálico imerso num líquido, mostrando a formação de uma película aderente que tende a puxar o anel de volta para o interior do fluido; b) Método para medir a tensão superficial de uma película de fluido. A haste (H) é móvel. A película de fluido puxa a haste com uma força T. Força equilibrante F é uma medida da tensão superficial (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Tensão superficial Valor de referência da tensão superficial Tabelas: 1) Tensão superficial de líquidos; 2) Efeito da temperatura sobre a tensão superficial da interface água-ar (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Tensão superficial Sabões e detergentes Reduzem a tensão superficial dos líquidos com os se misturam. Substâncias tensoativas e tensorredutoras Biofísica da respiração Surfactante alveolar Funções e produção de surfactante Pneumócitos II; Proteínas de alto peso molecular (SP-A e SP-D): exercem sua função em cooperação com os fosfolipídios para configurar as propriedades tensorredutoras do surfactante; Peptídeos (SP-B e SP-C): absorção e manutenção do filme de surfactante sobre a superfície do alvéolo. Figura: Pneumócitos tipo II mostrando corpos lamelares no seu interior (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Surfactante alveolar Mecanismo tensorredutor Alvéolos comprimido; Alvéolos expandidos. Biofísica da respiração Surfactante alveolar Experimentos de Laplace Comportamento de bolhas de sabão. P = 1 R1 T . + 1 R2 Onde: P – Pressão; T – Tensão; R1 e R2 – Raios externo e interno. Biofísica da respiração Surfactante alveolar Experimentos de Laplace Tubos cilíndricos (vasos sanguíneos); Esferas. P = T R P = 2T R Biofísica da respiração Surfactante alveolar Comportamento laplaciano das bolhas de sabão Figura: Comportamento laplaciano da bolha de sabão formada na extremidade de um canudo como se indicanos esquemas à direita. Foram destacados os momentos A (raio de curvatura de 150μm), B (raio de curvatura de 50μm, C (raio de curvatura 100μm) e D (raio de curvatura 150μm) Os volumes das bolhas bem como as pressões internas, estão representadas no gráfico. (GARCIA, 2002). Biofísica da respiração Surfactante alveolar Surfactante e ventilação dos alvéolos MEAD (1960): os alvéolos de pequeno raio devem exercer uma pressão de retração maior do que os alvéolos de grande raio.
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