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Informativo 859-STF (10/04/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 1 
Márcio André Lopes Cavalcante 
 
 
 
DIREITO CONSTITUCIONAL 
 
NACIONALIDADE 
Brasileiro, titular de green card, que adquire nacionalidade norte-americana, 
perde a nacionalidade brasileira e pode ser extraditado pelo Brasil 
 
Se um brasileiro nato que mora nos EUA e possui o green card decidir adquirir a nacionalidade 
norte-americana, ele irá perder a nacionalidade brasileira. 
Não se pode afirmar que a presente situação se enquadre na exceção prevista na alínea “b” do 
§ 4º do art. 12 da CF/88. Isso porque, como ele já tinha o green card, não havia necessidade de 
ter adquirido a nacionalidade norte-americana como condição para permanência ou para o 
exercício de direitos civis. 
O estrangeiro titular de green card já pode morar e trabalhar livremente nos EUA. 
Dessa forma, conclui-se que a aquisição da cidadania americana ocorreu por livre e 
espontânea vontade. 
Vale ressaltar que, perdendo a nacionalidade, ele perde os direitos e garantias inerentes ao 
brasileiro nato. Assim, se cometer um crime nos EUA e fugir para o Brasil, poderá ser 
extraditado sem que isso configure ofensa ao art. 5º, LI, da CF/88. 
STF. 1ª Turma. MS 33864/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 19/4/2016 (Info 822). 
STF. 1ª Turma. Ext 1462/DF, Rel. Min. Roberto Barroso, julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
 
ABONO DE PERMANÊNCIA 
Magistrado que estava recebendo abono de permanência e foi promovido 
terá direito de continuar percebendo o benefício 
 
A ocupação de novo cargo dentro da estrutura do Poder Judiciário, pelo titular do abono de 
permanência, não implica a cessação do benefício. 
Ex: determinada pessoa ocupa o cargo de Desembargador do Trabalho e está recebendo abono 
de permanência; se ela for promovida ao cargo de Ministro do TST, terá direito de continuar 
recebendo o abono, não sendo necessário completar cinco anos no cargo de Ministro para 
requerer o benefício. 
STF. 1ª Turma. MS 33424/DF e MS 33456/DF, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
 
 
Informativo 859-STF (10/04/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 2 
PENSÃO 
O art. 11 da EC 20/98 não proibiu a percepção de pensão civil com pensão militar 
 
A CF/67 e a CF/88 (antes da EC 20/98) não proibiam que o militar reformado voltasse ao serviço 
público e, posteriormente, se aposentasse no cargo civil, acumulando os dois proventos. 
Ex: João foi reformado como Sargento do Exército em 1980. Voltou ao serviço público e se 
aposentou como servidor da ABIN (órgão público federal), concedida em 1995. Essa 
acumulação de proventos é possível. 
O art. 11 da EC 20/98 proibiu, expressamente, a concessão de mais de uma aposentadoria pelo 
regime de previdência dos servidores civis. No entanto, este dispositivo não vedou a 
cumulação de aposentadoria de servidor público com proventos de militar. 
Sendo possível a cumulação de proventos, é também permitido que o dependente acumule as 
duas pensões. Ex: Em 1996, João faleceu e Maria, sua esposa, passou a receber duas pensões 
por morte, uma decorrente de cada vínculo acima explicado. 
STF. 2ª Turma. MS 25097/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
DIREITO PROCESSUAL CIVIL 
 
MANDADO DE SEGURANÇA 
O STF já relativizou o prazo de 120 dias do MS em nome da segurança jurídica 
 
Em outubro/2004, a parte impetrou mandado de segurança no STF. O writ foi proposto depois 
que já havia se passado mais de 120 dias da publicação do ato impugnado. Dessa forma, o 
Ministro Relator deveria ter extinguido o mandado de segurança sem resolução do mérito pela 
decadência. Ocorre que o Ministro não se atentou para esse fato e concedeu a liminar 
pleiteada. Em março/2017, a 1ª Turma do STF apreciou o mandado de segurança. 
O que fez o Colegiado? Extinguiu o MS sem resolução do mérito em virtude da decadência? 
NÃO. A 1ª Turma do STF reconheceu que o MS foi impetrado fora do prazo, no entanto, como 
foi concedida liminar e esta perdurou por mais de 12 anos, os Ministros entenderam que 
deveria ser apreciado o mérito da ação, em nome da segurança jurídica. 
STF. 2ª Turma. MS 25097/DF, Rel. Min. Gilmar Mendes, julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
DIREITO PENAL 
 
CRIMES NA LEI DE LICITAÇÃO 
Administrador que contrata empresa para reforma de ginásio sem situação de emergência e que 
depois faz aditivo para ampliar o objeto pratica, em tese, os delitos dos arts. 89 e 92 
 
Determinado Deputado Federal, na época em que era Secretário de Estado, contratou, sem 
licitação, empresa para a realização de obras emergenciais em um ginásio. Depois de o 
contrato estar assinado, o Secretário celebrou termo aditivo com a empresa para que ela 
fizesse a demolição e reconstrução das instalações do ginásio. 
O parlamentar foi denunciado pelos crimes dos arts. 89 e 92 da Lei nº 8.666/93. 
Algumas conclusões do STF no momento do recebimento da denúncia: 
1) A declaração de emergência feita por Governador do Estado, por si só, não caracteriza 
 
Informativo 859-STF (10/04/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 3 
situação que justifique a dispensa de licitação; 
2) O crime do art. 89 da Lei de Licitações não é inconstitucional nem viola o princípio da 
proporcionalidade; 
3) O aditamento realizado descaracterizou o contrato original e, portanto, configura, em tese, 
a prática do art. 92; 
4) O fato de a dispensa de licitação e de o aditamento do contrato terem sido precedidos de 
parecer jurídico não é bastante para afastar o dolo caso outros elementos externos indiciem a 
possibilidade de desvio de finalidade ou de conluio entre o gestor e o responsável pelo 
parecer. 
STF. 1ª Turma. Inq 3621/MA, rel. orig. Min. Rosa Weber, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
LEI DE DROGAS 
Se o réu, não reincidente, for condenado a pena superior a 4 anos e que não exceda a 8 anos, e 
se as circunstâncias judiciais forem favoráveis, o juiz deverá fixar o regime semiaberto 
 
O condenado não reincidente, cuja pena seja superior a 4 anos e não exceda a 8 anos, tem o 
direito de cumprir a pena corporal em regime semiaberto (art. 33, § 2°, b, do CP), caso as 
circunstâncias judiciais do art. 59 lhe forem favoráveis. Obs: não importa que a condenação 
tenha sido por tráfico de drogas. 
A imposição de regime de cumprimento de pena mais gravoso deve ser fundamentada, 
atendendo à culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos 
motivos, às circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima 
(art. 33, § 3°, do CP) 
A gravidade em abstrato do crime não constitui motivação idônea para justificar a fixação do 
regime mais gravoso. 
STF. 2ª Turma. HC 140441/MG, Rel. Min. Ricardo Lewandowski, julgado em 28/3/2017 (Info 859). 
 
 
DIREITO TRIBUTÁRIO 
 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
Mesmo antes da EC 20/98, a contribuição social a cargo do empregador 
incidia sobre quaisquer ganhos habituais do empregado 
 
Importante!!! 
A contribuição social a cargo do empregador incide sobre ganhos habituais do empregado, 
quer anteriores ou posteriores à Emenda Constitucional 20/1998. 
STF. Plenário. RE 565160/SC, Rel. Min. Marco Aurélio, julgado em 29/3/2017 (repercussão geral) 
(Info 859). 
 
 
 
 
 
 
 
Informativo 859-STF (10/04/2017) – Márcio André Lopes Cavalcante | 4 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA 
A contribuição social do empregador rural sobre a receita bruta, prevista no art. 25 da Lei 
8.212/91, com redação dada pela Lei 10.256/2001, é constitucional 
 
É constitucional formal e materialmente a contribuição social do empregador rural pessoa 
física, instituída pela Lei nº 10.256/2001, incidente sobre a receita bruta obtida coma 
comercialização de sua produção. 
STF. Plenário. RE 718874/RS, Rel. Orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Alexandre de Moraes, 
julgado em 29 e 30/3/2017 (repercussão geral) (Info 859).

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