Buscar

2.tectonica global 10

Prévia do material em texto

TECTÔNICA GLOBAL
(Tekton = construtor em grego)
Evolução da Geologia comparada a criação da teoria da relatividade para a física, ou a do DNA para a Biologia. A unificação da teoria aconteceu a menos de 40 anos, mas sua filosofia já existe desde o século XX.
TERRA 
Planeta Dinâmico em constante deformação de suas estruturas;
Formada de uma dúzia de placas cuja força motriz se localiza no manto;
Placas são formadas nas dorsais mesooceânicas e ao se chocarem, provocam o mergulho da placa mais densa, retornando ao núcleo;
DERIVA CONTINENTAL
1960 - Francis Bacon apontou o perfeito encaixe da América do Sul com a África;
Ao final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess postulou que o conjunto dos continentes meridionais atuais formaram um único continente gigante chamado GONDWANA.
Teoria da Tectônica de Placas: Início do Século XX por Alfred Wegener;
Pangea (do grego = Todas as terras)(220 milhões de anos): Supercontinente formado dos demais ;
Pangea gerou Laurásia e o Gondwana;
Wegener em A ORIGEM DOS CONTINENTES E OCEANOS, estudou através de evidências:
 Como a direção da Serra do Cabo (África do Sul) quer seria a continuação da Sierra de La Ventana (Argentina);
Planalto na Costa do Marfim da África que teria continuidade no Brasil;
Presença de Fósseis Glossopteris em regiões da África e do Brasil. A similaridade evolutiva de algumas espécies até o momento determinado como a quebra também suportaram a teoria;
Evidências de Glaciação a 300Ma na região Sudeste do Brasil, Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica;
A hipótese errônea do quão rápido os continentes migram reduziu sua credibilidade com outros cientistas.
OBS. A ausência de conhecimento do caráter plástico da astenosfera tirou a credibilidade do livro.
Após cerca de uma década os físicos convenceram que a grande rigidez das placas impossibilitaria seus movimentos.
Em 1928 Arthur Holmes propôs idéias puramente especulativas a respeito de uma possível convecção do assoalho oceânico;
A 2ª Guerra Mundial possibilitou o desenvolvimento de técnicas de levantamento como sonares que detalham o fundo oceânico, quando descobriu-se as fossas que comprovaram a existência de um ambiente geologicamente muito mais ativo;
No final da década de 40 e na década seguinte diversas expedições mapearam o fundo do oceano atlântico, o que permitiu o descobrimento da cadeia mesooceânica , cujo formato evidenciou um sistema tensional. Além disso um fluxo térmico foi constatado;
Final de 50/Início de 60 – Desenvolvimento das técnicas de datação;
Faixas de rochas com mesma idade em lados opostos da cordilheira mesooceânica;
Estudos do magnetismo Tb contribuíram para o embasamento da Tectônica – Expansão do Fundo Oceânico;
Harry Hess publica no início da década de 60 “A história da Bacia oceânica” onde apoia a ideia das estruturas oceânicas estarem ligadas a processos ocorrentes. O fluxo de calor intenso emitido pela dorsal mesooceânica provocaria a ascensão de material do manto afastando as dorsais, acrescendo o fundo oceânico – CORRENTES DE CONVECÇÃO.
Por outro lado, as placas seriam consumidas nas zonas de subducção, onde a crosta mais densa mergulharia em direção ao interior da Terra.
PLACAS TECTÔNICAS
Teoria que descreve o movimento entre placas e as forças atuantes entre elas. Explica também a distribuição de muitas feições geológicas de grandes proporções que resultam do movimento ao longo dos limites das placas, como cadeias montanhosas, associações de rochas, estruturas do fundo do mar, vulcões e terremotos.
Litosfera – porca mais externa da crosta dividida em crosta e manto superior (média de 100km de espessura);
A crosta é dividida em continental (granítica/espessura de 5 a 10km) e oceânica (basáltica/espessura de 25 a 50km);
Astenosfera – limite inferior da Litosfera (Zona de baixa velocidade das ondas P e S, onde a viscosidade resultante das altas temperaturas resultando na condução lenta das ondas;)
NATUREZA DAS PLACAS TECTÔNICAS
As placas Litosféricas podem se divididas em oceânicas ou crosta continental ou oceânica. Placas oceânicas podem não incluir fragmentos da crosta continental (Placa do Pacífico)
As características entre Crosta Oceânica e Continental está principalmente em sua composição litológica e química, morfologia, estruturas, idades, espessuras e dinâmica.
ROCHAS CONTINENTAIS – Composição variada de rochas de caráter ácido até ultramáfica. A crosta continental pode ser dividida em superior e inferior.
As Rochas continentais podem ser divididas ainda em superiores (sedimentares, ígneas e metamórficas de baixo a médio grau) e inferiores (metamórficas de alto grau de natureza básica a intermediária).
A crosta continental está se formando a 3,96 bilhões de anos (gnaisses na região centro-norte que apresentam estruturas resultantes de longo histórico).
A crosta oceânica tem uma composição litológica muito mais homogênea, consistindo de rochas ígneas básicas (basaltos), cobertas em várias partes por uma fina camada sedimentar.
O MOSAICO DE PLACAS
De acordo com a teoria da Tectônica de Placas, a Litosfera rígida não é uma capa contínua, mas fragmentada em um mosaico de cerca de uma dúzia de grandes placas rígidas, que estão em movimento sobre a superfície terrestre. 
A maior é a placa do Pacífico. Algumas placas recebem o nome dos continentes que elas contêm. 
TIPOS DE LIMITES ENTRE PLACAS LITOSFÉRICAS
Podem ser divididas em 3 tipos distintos:
LIMITES DIVERGENTES: dorsais mesooceânicas – formação de nova crosta;
LIMITES CONVERGENTES: onde as placas colidem – zona de intenso magmatismo
LIMITES CONSERVATIVOS: deslizamento lateral sem geração ou destruição de crosta – ao longo das falhas transformantes (San Andreas América do Norte).
É nestes limites que se concentram sismos, vulcanismo e orogênese.
Como qualquer modelo, os limites supracitados são idealizados. Além destes existem os “limites oblíquos”, que combinam divergência ou convergência com falhamento transformante. 
O comportamento das placas depende de sua natureza. A crosta continental é formada de rochas mais leves e menos resistentes que a crosta oceânica ou o manto abaixo da crosta. Por ser mais leve a crosta continental não é facilmente reciclada como a oceânica. 
Como a crosta continental é menos resistente, os limites das placas tendem a ser mais espalhados e mais complicados que as placas oceânicas.
LIMITES DIVERGENTES
Os limites divergentes nas bacias oceânicas são formados por riftes mais estreitos. A divergência dentro dos continentes geralmente é mais complicada e distribuída sobre uma área mais larga.
Separação de placas nos oceanos
No fundo do mar o limite entre as placas se dá em uma dorsal mesooceânica que exibe vulcanismo ativo, terremotos e rifteamento causados por forças extensionais (estiramento).
A ilha da Islândia apresenta um rifte emerso.
Separação de placas nos continentes. Os estágios iniciais da separação de placas, como o grande vale em Rifte do Leste Africano, podem ser encontrados em alguns continentes.
Estas regiões são caracterizadas por vales em rifte, atividade vulcânica e terremotos distribuídos sobre uma zona mais larga que dos centros de expansão oceânica.
Outros exemplos: Mar Vermelho e Golfo da Califórnia (em situação mais avançada).
Limites Convergentes
As placas se aproximam em determinados pontos como compensação pelo afastamento em outros. O processo de aproximação é chamado de subducção. A litosfera que descende afunda na astenosfera e é reciclada. Na área de acavalamento forma-se uma profunda fossa. Nas fossa das Marianas é onde foram registradas as maiores profundidades o planeta Terra (Em torno de 10km).
A medida que a placa litosférica fria descende, esta aumenta de calor eliminando vapores de água. O material litosférico menos denso ascende na astenosfera ascende formando os arcos de ilha, atrás da fossa.
Convergência Oceano-Continente
Neste caso a placacontinental é menos densa acavalando sobre a oceânica. A borda continental fica enrugada gerando uma cadeia de montanhas aproximadamente paralela a fossa de mar profundo. As forças de colisão geram terremotos ao longo da zoa de subducção. 
A tração entre as placas gera um desgaste da placa oceânica que solta material que é incorporado a continental gerando um registro extremamente complexo. 
No caso das zonas de subducção submersas a água do mar gera o derretimento da cunha do manto gerando material para a cunha de vulcões localizada nos cinturões de montanhas localizados atrás da fossa.
Exemplo: Andes gerados pela convergência da Placa Sul americana com a Nazca.
Convergência Continente Continente
A convergência de placas menos densa não permite a subducção de uma delas, gerando o espessamento da litosfera nesta região. (Placa Eurasiana sobre a Indiana, gerando a cordilheira de montanhas mais alta do mundo: o Himalaia e o planalto do Tibet.
Limites de Falhas Transformantes
Não há destruição nem criação de litosfera. São Encontradas ao longo das coordilheiras mesooceânicas, onde o limite divergente tem sua continuidade quebrada. Ex: falha de San Andreas.
Combinação dos Limites de Placas
Cada placa é limitada por uma combinação de limites transformantes, convergentes e divergentes. 
O Fundo Oceânico como um Gravador Magnético
Durante a 2ª guerra Mundial foram criados instrumentos de registros de campos magnéticos com o intuito de detectar submarinos. Para estudo de geologia, os mesmos instrumentos foram modificados e utilizados para o registro dos campos magnéticos emitidos pela litosfera.
Assim, foram registrados padrões de alternância magnética regulares, sendo chamadas de anomalias magnéticas. Estes sinais foram uma prova importante da expansão do fundo oceânico.
A dorsal Mesoatlântica é discernível no Oceano Artico, ao norte da Islândia e conecta-se a um sistema de dorsais mesooceânicas que quase circunda o globo e serpenteia pelo oceano Índico e Pacífico, finalizando a costa oeste do Pacífico.
Separação de placas nos continentes
MOVIMENTOS DAS PLACAS TECTÔNICAS
Relação intrínseca entre litosfera e astenosfera. Litosfera com força cinética cuja fonte é o fluxo de calor e que este calor migra para o exterior 
Muitos cientistas não acreditam que as correntes de convecção não são suficientes para movimentar as placas litosféricas.
SUBDUCÇÃO - placas mais antigas e densas mergulham;
VELOCIDADE DE DESLOCAMENTO DAS PLACAS TECTÔNICAS
Em média: 2 a 3m/ano, sendo que a velocidade relativa entre algumas placas possa ser bem maior.
Placas oceânicas apresentam maiores velocidades;
Velocidades proporcionais aos teores de crosta continental presente. Ex.: Sulamericana e Africana: baixas velocidades. Pacífico: altas velocidades.
Velocidades também dependem da geometria da placa;
PÓLO DE EXPANSÃO: Ponto em volta do qual a placa tectônica gira;
Velocidade da placa aumenta à medida que o ponto de afasta do pólo de expansão;
Existem placas que apesar de possuírem a capacidade de migrar, permanecem estacionárias. É o caso da placa africana bordejada por limites divergentes;
A velocidade média das placas é relativa; Mas a absoluta pode ser medida através de hotspots. Estes deixam marcas como vulcões, platôs e cordilheiras (rastros lineares). Através da datação radiométrica é possível calcular a velocidade de movimentação das placas.
Quando o hotspot se localiza abaixo da cordilheira mesooceânica, este provoca um espessamento maior que nas demais partes da dorsal, podendo originar platôs sobre o assoalho oceânico (ex.: Islândia).
Já quando o hotspot se localiza nas placas oceânicas como a do pacífico, as feições formadas podem ser uma cadeia de montanhas vulcânicas.
COLISÕES ENTRE PLACAS OCEÂNICAS
O movimento de choque entre as placas geram feições fisiográficas características. 
Os choques podem ser do tipo continente x continente; continente x oceano; oceano x oceano.
Quando duas placas oceânicas de densidades diferentes se chocam, a mais densa mergulha levando material superficial que em contato com o manto se funde, resultando em intensa atividade vulcânica de composição andesítica gerando arcos de ilha (Japão);
Quando placa oceânica se choca com a continental, a primeira descende, que da mesma forma que o caso supracitado, forma arcos magmáticos na borda do continente (rochas vulcânicas de composição andesítica, dacítica e rochas plutônicas) ex : Andes
Quando duas placas continentais se chocam a crosta continental levada pela oceânica se subside, não produzindo vulcanismo como os demais casos. Gera, porém, intenso metamorfismo de rochas continentais preexistentes. (ex.: Himalaias)
Associados aos processos colisionais estão diversas feições geológicas como bacias de Ante Arco e Retro-Arco.
ANTE ARCO: formadas na placa continental, na frente do arco, entre este e a fossa, devido a formação de uma elevação produto da colisão das placas; estes só se formam com uma contribuição significativa de sedimentos provenientes da erosão de rochas vulcânicas e sedimentares do próprio arco adjacente.
RETRO ARCO: preenchido por sedimentos de mar raso podendo ocorrer vulcanismo basáltico associado aos movimentos tesionais (rupturas).
???????????????????????????????????
MARGENS CONTINENTAIS
ATIVAS: 
Limites convergentes de placas de placas tectônicas onde ocorrem subducção e falhas transformantes;
Atividades tectônicas importantes, formação de cordilheiras (orogênese). Exemplo: Costa do Pacífico. 
Se formam mélanges e ofiolitos.
PASSIVAS:
Se formam durante o processo de formação de novas bacias oceânicas, quando da fragmentação de continentes (rifteamento);
Ponto de junção entre 3 riftes é chamado ponto tríplice 
A abertura e fechamento de bacias se chama “Ciclo de Wilson”

Continue navegando

Outros materiais